“O que se ouve em Zambujo é algo que vai mais fundo. É um jovem cantor de fado que, intensificando mais a tradição do que muitos dos seus contemporâneos, faz pensar em João Gilberto e em tudo o que veio à música brasileira por causa dele”, escreve Caetano Veloso no seu blog, em outubro de 2008.
A elogios desta dimensão António Zambujo já se tem habituado. Expoente máximo da nova geração fadista, particularmente inovadora e que não pára de levar a música de Lisboa além-fronteiras, o cantor e compositor alentejano continua a emancipar-se ao fado na sua forma tradicional. A sua música encontra-se tingida de música popular brasileira e jazz, com uma pitada arrastada de cantares alentejanos. Uma forma peculiar e única de tratar o fado.
António Zambujo, 38 anos, nascido em Beja, está de regresso ao Cine-Teatro de Estarreja, quatro anos passados, para integrar o ciclo Concertos Íntimos que celebra a sua 7ª edição. Com o último disco debaixo do braço – “Quinto”, Melhor Disco Português de 2012 para a revista Blitz – António Zambujo promete um concerto de proximidade, onde o fado ingressa numa fantástica travessia transatlântica.
A voz de “Flagrante”, vencedora do Prémio Amália como Melhor Interprete Masculino de Fado, em 2006, chega a Estarreja no próximo sábado, 16 de março, às 22 horas. A lotação para o concerto está prestes a esgotar. |