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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

“Balada de Gisberta”, de Pedro Abrunhosa, dá música a peça de teatro no Brasil

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Pedro Abrunhosa está a gravar o seu oitavo álbum de originais, a ser editado ainda este ano

Há 10 anos, Pedro Abrunhosa compôs “Balada da Gisberta”, canção dedicada a Gisberta, mulher transgénero que foi assassinada no Porto, em 2006, tendo incluído o tema no álbum “Luz” (2007). Agora a canção foi incluída numa peça de teatro brasileira, simplesmente intitulada “Gisberta”, através da versão que Maria Bethânia fez da canção para o disco ao vivo “Amor, festa, devoção” (2009). 

Entretanto, Pedro Abrunhosa encontra-se a gravar o seu oitavo álbum de originais, que tem edição prevista ainda para este ano. Prossegue assim num trajecto de escrita de Canções onde a palavra é cada vez mais o epicentro do trabalho. É desta cepa que são feitos alguns dos temas que tem marcado sucessivas gerações.

“Gisberta”, a peça, encenada e interpretada por Luis Lobianco, e com direção de Renato Carrera, está em cena no Teatro III no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, conta a história de vida de Gisberta Salce Junior e tem merecido rasgados elogios da imprensa brasileira. No site da Globo escreveu-se: “‘Gisberta’ é grito capaz de acordar multidões”. 

A peça está em cena até ao dia 30 de abril, no Rio de Janeiro, sendo que também vai estrear em Lisboa e no Porto. O ator que ficou conhecido como um dos membros do coletivo Porta dos Fundos, realizou várias viagens a São Paulo e ao Porto para mergulhar na história de vida de Gisberta, tendo visitado e conhecido vários dos lugares por onde esta mulher passou e viveu.

Um “pungente libelo contra a transfobia”, nesta peça a canção composta por Pedro Abrunhosa acaba por ter um poder central, como é referido na crítica da Globo: “é elemento fundamental para proporcionar diversão e, nas entrelinhas das letras, denunciar gritos de dor na treva do preconceito que vitima seres humanos para quem o amor parece tão longe, como diz o verso final da balada que é de Gisberta e de todos os que saíram de cena ao longo dos anos, no Brasil e no mundo, por conta de crimes gerados pela transfobia.”

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