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Cultura de Borla

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Jorge Jacinto - "Sou um admirador das mulheres, elas são tudo para mim" | "As Mulheres da Minha Vida" em exposição até 5 de abril

COMEMORAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

“As Mulheres da Minha Vida” |em exposição até 5 de abril

 

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O AMAC - Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Parque da Cidade, revela até 5 de abril quem são as ‘Mulheres da Minha Vida’. Este é o nome da exposição de fotografia de Jorge Jacinto inaugurada a 8 de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. A mostra revela, segundo o autor “a essência das mulheres fotografadas” e as imagens, inéditas, fazem parte de um espólio maior com 178 fotografias captadas ao longo de toda uma vida.

 

A receber o fotógrafo convidado, e em nome da Câmara Municipal do Barreiro, a Vice-Presidente Sofia Martins saudou todos os presentes dizendo que o AMAC “é uma casa de Cultura, onde todos os artistas são bem-vindos”.

Agradecendo a Jorge Jacinto “por trabalhar connosco e por aqui trazer tantas mulheres conhecidas”, a Vice-Presidente estabeleceu uma relação direta com as comemorações do Dia Internacional da Mulher, no âmbito das quais esta exposição se enquadrou, para dizer que para além de ser um dia de afirmação da Mulher, emancipada, da Mulher trabalhadora, “este Dia (8 de março) é também uma oportunidade para lembrar que ainda há, pelo mundo, muitas mulheres que continuam a não ter direitos reconhecidos. Ao nível do trabalho, ou no seio familiar. Estas mulheres precisam de grandes exemplos, vindos de grandes mulheres que ao se terem afirmado na vida, lhes vão abrir portas”.

A terminar referiu que o Barreiro é, e sempre foi, uma terra ligada à fotografia.

“E hoje cada vez mais”, afirmou, salientando o papel que o Clube de Fotógrafos do Barreiro tem desempenhado na dinamização da fotografia, “designadamente aqui, nesta casa, o AMAC”.

 

Foram muitas as amigas de longa data que marcaram presença na abertura desta mostra. Isabel Angelino, a ‘cara’ da exposição é barreirense e este aspeto foi por ela afirmado. “Para mim é um prazer poder estar na minha cidade natal e num dia tão especial como este, o dia 8 de março. Como foi referido pela Vice-Presidente da Câmara, esta é uma luta constante que começou em 1857 com um grupo de mulheres que reivindicavam a igualdade do salário. Ainda hoje esta luta se mantém, por parte de todas nós, mulheres, para nos afirmarmos de igual para igual”.

Sobre a exposição, Isabel Angelino disse ser com prazer redobrado que se vê retratada por Jorge Jacinto, “o grande mestre da fotografia e sobretudo um grande amigo também. E é por isso que nesta exposição o que podem ver são mulheres reais, não estamos a fazer pose, estamos a olhar para os olhos do Jorge, um amigo, esta homenagem neste dia, é cheia de significado para todas nós”.

 

Agradecendo a presença de todos Jorge Jacinto falou da sua antiga ligação familiar ao Barreiro e na sua participação em concursos/salões de fotografia promovidos pela CUF. “Atualmente mantenho ligações de amizade com muitos dos elementos do Clube de Fotógrafos do Barreiro, ao qual também pertenço”.

 

Assumindo que foi “muito difícil” a escolha das cerca de quatro dezenas de imagens da exposição, de entre um universo de cerca de 178, Jorge Jacinto manifestou a sua profunda satisfação por poder homenagear “neste dia tão especial” as mulheres da sua vida.

 

Um dia, Augusto Cabrita, “o mestre (e amigo) que tive o prazer de ter como convidado nalgumas das minhas exposições disse-me «Tu tens a certeza no olhar, continua … é verdade, até hoje ainda não parei.»

Texto retirado do catálogo da exposição.

 

Jorge Jacinto na primeira pessoa

“Comecei muito novo na profissão, tinha 16 anos, e criei fortes laços de amizade com todas estas mulheres ao longo da minha vida. Posso dizer que comecei no mundo do espetáculo por causa da Madalena Iglésias, estávamos os dois em início de carreira. Fui locutor de rádio e presidente do clube de fãs dela, fiz de tudo um pouco relacionado com o mundo do espetáculo, ao mesmo tempo conjugado com fotografias sobre a vida dos artistas.

Não são manequins que eu fotografo. São pessoas e gosto de lhes revelar a alma. Todas estas fotos têm uma época, são marcos, e foi por isso que as escolhi para mostrar pela primeira vez.

Primeiro que tudo, numa mulher, procuro o olhar. Captar a expressão das mulheres, é isso que me importa, acima de tudo o resto que se possa considerar de ‘beleza’.

Sou um admirador das mulheres, elas são tudo para mim”.

Um livro sobre Lisboa, com poemas de autores portugueses que falam de Lisboa, numa edição bilingue é a sua próxima aposta.

 

CMB

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