PASSATEMPO Biedermann e os Incendiários
O Blog Cultura de Borla em parceria com a ARTEVIVA tem bilhetes duplos para a peça Biedermann e os Incendiários para os dias 14 e 15 de Junho às 21h30 no TEATRO MUNICIPAL DO BARREIRO aos primeiros leitores que:
- Enviem um email para o culturadeborla@sapo.pt com a frase "Eu quero ver Biedermann e os Incendiários com o Cultura de Borla" com nome, BI e nº de telefone.
- Façam likes na página do Facebook da ARTEVIVA;
- Partihem o evento no seu perfil pessoal;
- Sejam amigos do Cultura de Borla no Facebook e façam um like no post do passatempo.
Sobre a peça
Os jornais não falam de outra coisa: vendedores ambulantes conseguem ser recebidos por cidadãos incautos que, no dia seguinte, vêem as suas casas em chamas. Chegam a arder bairros inteiros. Instala-se o medo. Reclamam-se medidas drásticas contra os incendiários.
Tocam à campainha da porta do Sr. Biedermann: é um vendedor ambulante!
É este o ponto de partida do espectáculo que vos apresentamos.
Arquitecto e escritor suíço de língua alemã, Max Frisch escreveu “Biedermann e os Incendiários” em 1953.
Influenciado pelo teatro épico de Bertold Brecht – mais ao nível da forma do que da temática – a peça é um dos maiores êxitos teatrais do autor.
Vista como metáfora da chegada ao poder do nazismo e partindo da perplexidade que tal facto provocou (“como é que aquilo pôde acontecer?”) - a peça continuou sendo apresentada um pouco por todo o mundo, agora também como referência a todas as ameaças totalitárias, de cariz político ou religioso.
No seu registo irónico, na sua aparente simplicidade, a alegoria de Biedermann confronta-nos com o facto de a instalação do medo ser o primeiro sintoma das democracias em perigo.
Poderá chocar-nos a inércia, a complacência, o medo de Biedermann perante todas as evidências?
E o que faríamos se estivéssemos no seu lugar? – pergunta ele.
Sobre o autor
Arquitecto e escritor suíço de língua alemã, Max Frisch é sobretudo conhecido fora do seu país como romancista e dramaturgo. Inicia-se na escrita ainda nos anos 30 do século passado, numa Suiça neutral mas potencialmente ameaçada pelo expansionismo alemão. Já no pós-guerra, Frisch alcança enorme sucesso, no contexto da criação de uma nova dramaturgia alemã. Na década de 60, as suas peças são já representadas por toda a Europa, incluindo Portugal.
Em 1962, “O Respeitável Senhor e os Seus Hóspedes” estreia no Teatro Experimental do Porto, numa encenação de João Guedes, com o título censurado (“Biedermann e os Incendiários” não fora aceite). A peça foi apresentada sem epílogo (sendo certo que este não constava do texto original, tendo sido acrescentado em 1958). Já com o título do presente espectáculo e encenação de Pedro Lemos, “Biedermann e os Incendiários” foi levada à cena em 1963, no Teatro Nacional D. Maria II, agora com todo o epílogo censurado. Em 1977, o Teatro de Animação de Setúbal apresentou a peça, sob o título “O Senhor Benquisto e os Incendiários”, numa encenação de Carlos Wallenstein.
Influenciado pelo teatro épico de Bertolt Brecht – mais ao nível da forma do que da temática - Frisch tem em “Biedermann e os Incendiários” (1953) e “Andorra” (1961) os seus maiores êxitos teatrais. A primeira, explicitamente afirmada como “lição sem doutrina”, não parece tanto afirmar a capacidade transformadora do teatro (Brecht), como servir o próprio teatro enquanto arte de fazer perguntas.
Ficha Técnica
Autor: Max Frisch | Encenação: Jorge Cardoso | Interpretação: Rui Félix, Patrocínia Cristovão, Vanda Robalo, Ricardo Guerreiro, Henrique Gomes, Vítor Nuno, Alexandre Antunes, Celeste Mestre, Rita Reis, Helena Cruz, João Reis, Maria Matos, Paula Gonçalves e Susana Marques.
Assistência à encenação: Ana Samora | Cenografia: Sara Franqueira | Música: Miguel Félix | Movimento: Andreia Martins | Figurinos: Ana Pimpista | Adereços e Apoio aos Figurinos: Maria Cavaco | Guarda-roupa: Catarina Gonçalves | Desenho de Luz: João Henrique Oliveira | Operação Técnica: Miguel Félix, André Concórdia, Sérgio Ventura, Inês Valente | Contra-regra: Pedro Duarte | Design: João Pimenta | Produção/Divulgação: Rita Conduto | Apoio Geral: Dário Valente, João Oliveira Jr. | Serralharia e carpintaria: José Luís Galego, Amélia Careto | Agradecimentos a: Ângela Farinha, Joana Pimpista e Manuel Alpalhão.
Classificação: M12