Agora que o calor já nos faz transpirar, é tempo de calçar a sandália e tirar do armário o vestido às bolinhas ou risquinhas. Sim, porque se o que vamos (aprender a) dançar é algo como o folk tradicional, é melhor irmos bem preparados para isso. Os eventos são organizados pela tradballs, portanto experiência têm eles quando toca a levantar o pé do chão e pôr todo o mundo a dançar (talvez mais em modos celtas ou italianos que brasileiros). Música e dança, não vos parece apetitoso? Vá, não tenhamos vergonha, um passo de cada vez, dando a mão ao colega do lado não custa tanto. Todos na mesma roda e imaginem, nas medievais Ruínas do Carmo à noite! Soam-me a sorrisos e gargalhadas. Prometem ser noites mágicas, onde realmente “tudo pode acontecer…” Elisewin
Aqui fabrica – se muita coisa. Ideias novas, boas, modernas, avant garde. Tudo fabrico próprio, tudo fabrico nacional. Longe vãos os tempos que a fábrica significava trabalhar em série e linhas de montagem sem espaço para a mínima criatividade ou realização pessoal. A “LX Factory” prova isso – tudo gravita em volta da individualidade e do capital intelectual e é já na Sexta que a máquina festeja a todo o vapor com Projecções, instalações artísticas, inaugurações, ateliers aberto, exposições, dj set, concertos, workshops, e muito mais. Margarida Patricio
Anjos Urbanos são crianças, as crianças de José Cabral e crianças da rua. Como para muitos fotógrafos as crianças parecem personagens de espontaneidade, por vezes pela sua aparente inocência ou ingenuidade. Muitos tentam trabalhar o que haverá por trás disto, penso que seja o caso de José Cabral, um dos primeiros grandes fotógrafos de Moçambique. Não existe, então, uma imagem idílica onde, apesar de tudo, vemos as semelhanças dos seus filhos para as outras crianças. Não, aqui, vemos as diferenças. Em cor, condição social, comportamento… e isso é o mais interessante, elas existem e estão lá. Durante duas décadas a fotografia moçambicana mostrou o seu rosto, mas como em acontece por diversas vezes na história, em alturas demasiado turbulentas, a arte cede. Agora está de volta e percorrem um tempo entre 1979 e 2002. Temos tempo para láir, portanto não deixemos passar. Elisewin