Tenho ouvido por aí dizer que em Lisboa não se festeja o Carnaval. Anda meio mundo enganado, digo-vos eu. Fiquem então a saber que este ano sai para a rua o 12º Desfile de Carnaval de Lisboa. Antes de mais, se quiserem juntar-se à festa, tomem nota. A concentração é na Praça do Município às 15h. A partida está marcada para daí a meia-hora. O desfile passa depois pela Rua do Comércio, a Rua da Prata e termina na Praça do Rossio. Termina não! A folia continua com um concerto com a Gilbert’s Feed Band e um baile de Carnaval. Neste desfile participam várias juntas de freguesias, associações e colectivos. Mas como é Carnaval e ninguém leva a mal, todos podem integrar o festim. Não se esqueçam é do dress-code: máscaras e fatiotas, perucas e serpentinas, risos e muita animação. Sónia Castro
Eih, psst. Tu que estás ai. Deixa de ser levada pela maré. Esquece as cenas românticas que estão completamente demodé. Prepara um programa anti/pós/ressaca Valentim ao teu namorado e vão chorar a rir durante 2 horas. Apresenta-lhe a Lulu e bem juntinhos e de mãos-dadas ajudem-na a encontrar um novo sorriso para a sua maman. La tête de maman, de Carine Tardieu, faz parte do ciclo Primeiros Filmes do Instituto Franco-Português. Nesta sua primeira abordagem cinematográfica, Carine fala-nos de amor e sofrimento. De relações (a pronunciar com 3 R’s), discussões e paixões. Ai tãooo lindo.Felisa
Dois mil e dez. Soa bem, hã? Assim de repente, não ocorre melhor data para quebrar o jejum das máscaras. E olha que é bem mais simples do que parece. Começa por comer um rebuçado Dr Bayard e acabar com aquele nó na garganta crónico em frente ao roupeiro da Tia Mitó, no momento em que tentas escolher a fatiota. Melhor, esquece o próprio roupeiro ou, pelo menos, junta-lhe o baú da vizinha chata, alguma loja com pechinchas em segunda mão, os achados feira-ladrianos, linhas, agulha e uma pitada de criatividade. Já escolheste? Ovo Estrelado, Mitch Buchannon, Murshmallow ou Doninha Fedorenta nunca falham. Feliz e satisfeito? Então agora, que estás lindo e tu linda, saltem para o Bairro Alto , levantem o cupão de participação (que até rima) e vão laurear-se de bar em bar noite dentro, até à votação final. Lembra-te que o Carnaval são dois dias e tu não vais perder o melhor. Sara Vale
Criatividade. É esta a palavra que me ocorre quando penso na intensa e imensa obra de Eduardo Nery. Parece um lugar comum. Criar-Arte – Em- Actividade – Constante. Nery mostrou e provou ser fabuloso e eloquente a trabalhar sobre tela, papel, mosaico, tapeçaria, pavimentos, movendo-se para a fotografia, escultura e para a Arte Pública (aquele painel de azulejos às lista amarelas, azuis, laranjas que nos fazem despertar na da Infante Santo é obra dele). Formas geométricas, cores fortes, vibrantes, equilibro das formas. Agora é rumar a esta exposição de fotografia, a preto e branco, com recurso à sobreposição de figuras – pessoas e objectos do quotidiano – criando uma atmosfera quase bizarra e perturbante. Um outro lado do percurso do artista que vale a pena complementar, como a peça do puzzle que faltava para o entender tão cheio de tudo. Há uma novo termo que me ocorre quando observo a obra de Eduardo Nery: Energia.Daniela Catulo