A Quinzena do Livro Infantil está de volta ao Mercado da Ribeira. Milhares de livros para crianças e jovens estão expostos neste espaço e podem ser adquiridos a preços baixos, aproveitando as várias promoções diárias. No dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, há promoções especiais para as leitoras que adquiram livros. Além dos livros destinados ao público infantil, mantém-se a oferta habitual de livros antigos, usados e manuseados.
Visitas à hora de almoço para contacto mais próximo e familiar com uma obra seleccionada da colecção permanente ou de alguma das exposições temporárias em cartaz, no CAM.
O risco era enorme. Que nem me venham dizer que é um acto audaz, provocador, que rompe convenções e o diabo a sete. Integrar na arte plástica bonecada cintilante – que eu caia aqui ceguinha se não vi por lá uma Hello Kitty – é um tiro no pé. E esta escriba não é dada a bonecada, vestígios de uma epifania distante com um José Carlos Malato plastificado. Submergir essa mesma bonecada num universo grotesco, obsessivo, perturbador já me parece golpe de génio. Uma curvada vénia a David Rosado , que não só diagnostica traumas de infância como arquitecta, com perturbadora obsessão (é possível que já tenha usado este adjectivo antes), uma exposição mista de pintura e instalação cavernosa e desnorteante. O divã de psicanálise está – isso mesmo – no bunker de arte contemporânea do costume. Inês Alvim
Ah e tal, faz sol e até já apetece ir dar umas curvas antes de entardecer e de nos enfiarmos em casa de mantinha, muito zangados com o tempo e a chuva, a ver séries de médicos ou de malta eternamente perdida em ilhas. Já apetece ir ver as vistas, sentir a dinâmica da baixa, mostrar que o frio não nos corrompe. Ah, a primavera irrompendo timidamente, uma e outra vez. Sim às andorinhas riscando o céu, sim aos sorrisos esbanjando vitamina D, sim aos corações transbordando poesia. E sim à actuação poético-musical que as meninas da Camponeza nos prepararam e a todos os livros que nesta tarde se espalham pela leitaria mais (arte) nova cá do burgo, para que possamos dar azo aos Vitores de Sousa que se escondem em nós. A minhota nos azulejos dar-vos-à as boas vindas, enquanto insectos e papoilas fazem a contagem crescente para o dia mundial da poesia. Raquel Ponte