Quão irónico é que se fale de saúde mental e que o que venha à cabeça sejam coletes de forças e asilos? Não é conceito que evoque sol, roupa branca a cheirar a sabão de Marselha, crianças de cabelo aos caracóis e coelhinhos, sorrisos, fruta fresca e tanta harmonia, iluminação e cristais curativos como na Era do Aquário. E também seria aborrecido ver filmes sem fim sobre o poder do amor, da saúde e do vegetarianismo. Se estiverem prontos para a viagem, deixem que os psicóticos, as alucinações, os electrochoques, as sedutoras diabólicas, os manicómios, a amnésia, mais manicómios, os terapeutas bons, os terapeutas dementes, fobias, as falsas identidades, os lutos, os desgostos de amor e todas as outras coisas que espreitam do outro lado do bem-estar emocional vos arrastem para a realidade que anda escondida ao nosso lado. / Bananita
Quem não se lembra do seu primeiro amor? O momento em que percebemos que o Joãozinho não é só o nosso melhor amigo…na verdade, ele é lindo! Aquele sorriso e aqueles olhos verdes…E um dia ele sorri – para a Ritinha, a nova aluna de longos cabelos loiros, que acabou de se mudar para a Amadora. De repente, o nosso amor transforma-se…e descobrimos a raiva e o ódio (e sim, Joãozinho e Ritinha, o meu coração ainda chora)! A exposição “Amor Cachorro” (puppy love), de Jordi Burch é um trabalho sobre Mulheres que Amam Demais Anónimas (MADA) – programa de reabilitação para mulheres dependentes de relações pouco saudáveis. Elas estarão no Chapitô – acompanhadas na noite de inauguração pelo convidado Vítor Belanciano – até 27 de Julho! / Zara
Obras de Fauré e Rossini interpretadas por Daniel Godinho (piano), Susana Duarte (soprano), Joana Nascimento (contralto), José Pedro Bruto da Costa (baixo), João Moreira (tenor).