Nas conversas de salão daquela altura, houve quem apontasse o dia 16 de junho de 1904 como sendo o do primeiro encontro furtivo entre o artista enquanto jovem e aquela que seria a sua futura esposa. Outros falavam em vias de facto. O artista perdera a virgindade nesse dia e decidiu eternizar a data na sua obra-prima. Os mais púdicos referiam um singelo primeiro passeio de mãos dadas com a futura cara-metade. Seja qual for a verdadeira versão, passados mais de 100 anos, o Bloomsday é o único feriado em todo o mundo dedicado a um livro, exceptuando a Bíblia. Faz parte do calendário cultural de vários países, e por cá também, e não é restrito ao grupo de leitores que conseguiram a proeza de ler as mais de 900 páginas onde Joyce narra a odisseia de 16 horas de Leopold Bloom. Hiper-mega-realismo meus senhores. É disso que se trata. / Raquel Ponte
O 25 de Abril vive todos os dias no plano do desejo, umas quantas vezes por mês nas acções dos cidadãos, uma vez por ano no Calendário Gregoriano, e seis dias por semana na Rua da Misericórdia a quebrar as fronteiras da arte instituída. Estamos bem para além do território das calças skinny, dos sapatos brancos em bico e dos óculos de ver Clark Kent style sem lentes. Temos exposição colectiva com Schööuwt (Jaime Raposo), Francisco Noá, Guilherme Almeida Ribeiro, e Rita Frazão, temos Live Acts todas as Sextas-feiras, que é tão mais emocionante do que ter concertos ou performances, temos entrada livre e ainda bem porque 1,5€ por UNIDADE de sardinha deixa pouco espaço de manobra nesta proximidade do solstício de Verão. Pequenas grandes alegrias que ainda nos assistem. / Bananita
E se quatro contentores de carga – daqueles que já têm o passaporte carimbado por todo o mundo – se transformassem em autênticas caixas de surpresa? Seriam uma espécie de portal para um outro “mundo”, a partir de cenários urbanos industriais, cinzentos e monótonos. Este projecto, denominado mesmo de “Contentores”, vem juntar precisamente isso: uma espécie de pré-fabricados que se transformam em galerias de arte mais ou menos móveis, que se podem colocar onde se quiser e da forma que se quiser. São uma espécie de ovos Kinder das galerias – cada contentor com a sua imprevisível, mas nunca decepcionante, surpresa. Não me cabe a mim estragá-las. Posso adiantar que apresentam trabalhos de Bruce Nauman, Luísa Cunha e Fernando Ribeiro. Vens desembrulhá-las? / AugustoAugusto
Retratos de um país endividado poderia ser a elegia para um qualquer país distante – mas é o nosso que é retratado neste documentário em formato directo por Margarida Leitão. É o género de doc toma lá – murro no estômago e para evitar tiro no pé e propagar a discussão (mais do que necessária) segue-se à sessão diária das 19h, debates em conversa pelo retomar deste país low cost (hoje com Tolentino Mendonça). Oportunidade também para ver a linha documental lusa – devedora de Costa e de Mozos e do grande Reis e sempre interessante no seu escalpelizar deste país rectangular. Lisboa será sempre a ponta do nariz da face portuguesa e tu o seu mais dinâmico capilar. Vê, vá, vai! / Rafa Tut
10 anos . é muito ano. 10 primaveras que fizeram brotar ideias revolucionárias no mundo sem fronteiras da imagem e da guerra das marcas.10 anos de esteria gráfica, de design gritante, de fornadas de designers malucos , de cores garridas. Uma exposição com 190 projectos de mais de 70 designers e estúdios, um acervo que ultrapassa as 420 peças. Viva! Viva aos últimos 10 anos , ao pé direito no novo milénio, à introspecção, à imaginação, à REVOLUÇÃO e a tudo que acaba em ão que normalmente é grandioso. Vão! / Margarida Patrício
Chiado, Rossio, Av. da Liberdade, Saldanha, Jardim de S. Pedro de Alcântara
E se pegássemos num texto de Fernando Pessoa e percorrêssemos Lisboa a partir das suas palavras? E se passeássemos pelos locais que ele descreve e os comparássemos com o aspecto actual? Plim! Seja feita a nossa vontade! Estamos perante teatro-móvel, um espectáculo-percurso. E ora com um actor a falar-nos ao ouvido, ora com headphones, passeemo-nos pela metrópole. E mesmo quem vive em Lisboa vai descobrir uma cidade desconhecida. Basta escolher, portanto, o ponto de partida, definir os locais a percorrer, hoje, amanhã e até domingo, sem pressas, porque os escritos de Pessoa devem ser saboreados com vagar. Convém reservar, já que há limite de actores e de leitores de CD. / Sónia Castro
Iniciativa organizada no âmbito do projecto Ciência na Universidade de Lisboa (UL), pretende abordar temas de vários domínios científicos. As palestras têm uma duração de 30 minutos, seguindo-se um espaço para questões e debate. A entrada é livre.
Programa:
18 Junho: O que nos contam os ossos 2 Julho: Bater o pé sem bater as botas 16 Julho: Biotecnologia azul
A Câmara Municipal do Barreiro (CMB) lançou para este ano uma vasta programação de Animação de Verão, com o lema “do Solstício ao Equinócio”. “Música no Terminal Rodo-Ferro-Fluvial do Barreiro”, na sexta-feira, dia 4 de Junho, a partir das 8h00, assinala o arranque de mais de três meses de eventos – com o epílogo previsto para Setembro.
Refira-se que durante todo o Verão estão previstas visitas à embarcação pertença do Município, Varino Pestarola. As marcações podem ser feitas para o contacto: 21 214 87 60. Para já está lançada a calendarização de Junho. A Programação para os meses de Julho, Agosto e Setembro será anunciada oportunamente.
Mais informações: Divisão de Cultura e Património Histórico e Museológico; telefone 21 214 74 00; endereço electrónico: cultura@cm-barreiro.pt. O programa – que pode ser consultado no Sítio Oficial da CMB na Internet em http://www.cm-barreiro.pt - está sujeito a alterações e às condições climatéricas.
«O Verão é a estação dos dias longos e das noites curtas. É uma estação do ano marcada por duas datas: o solstício e o equinócio. O solstício tem lugar a 21 de Junho e tem a noite mais longa do ano e o equinócio a 23 de Setembro, em que dia e noite têm precisamente a mesma duração. Marcam também o início do Verão e do Outono. Para aproveitar ao máximo o Verão, a Câmara Municipal do Barreiro apresenta o programa de Animação de Verão construído conjuntamente com as Juntas de Freguesia, que pretende dinamizar espaços públicos, divulgar artistas locais, fomentar a prática de desporto, trabalhar com o nosso movimento associativo e divulgar o nosso património. Este programa tem como ponto alto as Festas do Barreiro mas também destaca todas as Festas das Freguesias do Concelho que ocorrem neste período. E não podemos deixar de também destacar os Ateliers de Verão e os Parques Vivos, um programa de animação especialmente vocacionado para dinamizar os parques do concelho.» In folheto de divulgação do evento