Uma bateria siamesa, um baixo maior que a tua mãe e teclados que te fazem sentir coisas. Catchy, hein? É assim que PAUS se descrevem. A parte da bateria siamesa é incrível e exige uma coordenação motora levada da breca para, como diz um amigo meu, não tocarem no bombo ao mesmo tempo. Depois há outro amigo que diz que a coisa soa demasiado a Battles, mas em pior. Ele disse isto de forma bem mais extensa e sarcástica, mas a ideia é essa. Por mim, acho que é uma ideia gira e de saudar. Os PAUS são uma super-banda composta por três músicos de If Lucy Fell e Quim Albergaria, dos extintos Vicious Five. Os PAUS são bons e vale a pena ouvir. E vão tocar à borla. Portanto é ir. / Ricardo Quintela
Já não é novidade para ninguém que a Europa e a América estão saturados e que temos que nos virar para novas opções. Tentemos África, desta vez. África é um bom continente. Tem bananas, tem embondeiros, tem leões, tem as cores e a luz para as fotos perfeitas, daquelas que recebem 30 likes e 43 comments no Facebook, tem os sorrisos cinematográficos. Tem ainda o Mundial da bola e da jola e tugas por todo o lado, entre outras coisas menos óbvias mas bem mais interessantes. Por exemplo, tem o grande prémio do cinema africano, o filme “En Attendant le Bonheur”, que é mais ou menos como quem diz, esperando a sorte. Este filme de Abderrahmane Sissako (agora sim, uns quantos caramelos para quem conseguir pronunciar) que recebeu o tal prémio no célebre festival FESPACO do Burkina-Fasso, vai passar ali no Instituto Franco-Português. E é à borla. Só sorte, e sem esperar. Ainda tás aí? / Sara Vale