Receita simples para uma para-exibição em três passos: 1 – ter obra, 2 – escolher espaço central, de preferência Praça ampla e de fluente passagem e 3 – chegar e expor. Montar os tarecos com amigos e expor. Por um Fio é uma colectiva que surge do desejo de um grupo de fotógrafos brasileiros que rumando a/por Lisboa, desejam partilhar a sua obra da maneira mais imediata e inteligente possível: montando galeria bem perto de ti, na rua por onde passas. Além de objecto fotográfico, a peça assume-se também como instalação pontual numa táctica de guerrilha artística que tão bem Haring e os primeiros artistas conscientes de rua lançaram. Todos ao estendal das Amoreiras – estende-se o fio para que dances o limbo sob a imagem, estica-se a guita para que ensaies o slacklining pela arte. Sem quedas. / Anicleto Cachaça
Se há coisa que nós gostamos é de gente que faz. E aí o MAL está de parabéns porque FAZ. Faz os Portas Abertas, o Cinelençol, o Ledbombing e o Sushi na praia. Experimenta aqui e ali, faz o Laser Tag com artistas espanhóis e alimentou o Museu Efémero. Eles Fazem. A cidade de Lisboa, que tanto precisa de ser acordada agradece e os seus seguidores também. Lisboa é tua, diz a malta do MAL e eu concordo, Lisboa é tua, minha, nossa. Fazer dela um recreio onde tudo é possível é o mote para se criar a urbana praia no Rossio. Troca a água salgada pela ideia refrescante de improvisar, tira o chinelo, a raquete e o pareo do armário e estende tudo na praia de calçada em plena Baixa da cidade. Sábado é dia de Lisboa salgada de chinelo no pé, vamos dar um mergulho? Eu vou! / Vasco Barbosa
O jardim é dos Índios mas a boa onda vem da Índia. Chama-se Yoga ( segundo os mais puristas, lê-se algo parecido com i-ô-g-â ; para nós, é i-ó-ga mesmo) e hoje é ao ar livre e à borlix. Nós cá do Ocidente podemos fazer a modinha mas há mais de 5 mil anos que a malta da Índia já pratica esta filosofia-barra-estílo-de-vida-barra-desporto-do-bem-estar que propõe uma vida mais saudável e o conhecimento do eu. Isso, do eu, do tu, de nós próprios, o que quiseres chamar. Nada que não saibas na ponta da língua. Mas será que já experimentaste parar para ouvir a tua respiração e esquecer o stress de rabo para o ar? Tem a sua piada. Hoje não podes é encher o bandulho ao almoço, come uma frutinha com iogurte ou uma tosta de salmão – veste um modelito confi, calças ou calçonetes, tu escolhes, e vai até à Serafina aka parque dos índios. Finalmente, deixa-te levar. Namastê. / Sara Vale
Ora, o prazer é é todo meu em apresentar-te uma obra que se dissemina por tantas e diversas áreas como a de Bráulio Amado, desde o mais detalhado corpo de cd musical até à mais burilada tshirt ou identidade. Fortemente enraizado numa temática e forma street art e devedora do punk-diy, Bráulio aproveita aqui para se mostrar pela primeira vez com todas as suas armas de criativo. Há que ser homem do Renascimento e expandir horizontal e verticalmente tudo o que fazemos, diversificar, fazer mais, produzir. E sobretudo – ouve – vir a esta exposição. / Rafamplan
Movida. E dança. Corpos suados deslizando sobre o som do Dj. O dance floor conquistado por seres nocturnos que parecem votados a uma eterna sede de dançar. É certo que garanto grande noite no Bar do Cais, com chancela e toque da Rooster e com os Photonz ao comando. Fogo-fátuo do Djing, fotões luminosos que queres ouvir e ver, mestres do jogo da cabra-cega com a monotonia, há aqui algo que prometo com garantias vitalícias de noites brancas, a diversão será total e não vais queres estar de fora. Apontas-te? / The Fourth Beatle
Em conversa, debruçamo-nos com Onésimo Teotónio Pereira (doutorado em Filosofia e professor na Universidade de Brown), Bruno Nogueira e Maria Rueff sobre a filosofia do humor.