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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

WOK - Ritmo Avassalador

 

14 de Julho de 2010
22h15

 

Fábrica de Lanifícios da Arrentela

Arrentela

 

Bombos, timbalões e caixas de rufo são as principais "armas" de guerra e de paz do WOK, envolvidas neste espectáculo numa estética mais assumidamente futurista.

Ano 2223, margem sul do Tejo. À primeira vista, é como se Blade Runner tivesse assentado praça na velha Lisboa, com a ponte em ruínas e uma vegetação selvagem a tomar conta do que resta de edifícios e embarcações. Os sobreviventes são guerreiros, divididos por ódios e medos. Têm nomes como Alkas, Cat, Mae, Dahlia, Fuchsia, Holok, Protero, Shatur, Yur, Zenda, Zoika. E histórias como a de Shatur, que é mudo e é duas pessoas numa só: Sha, que nascera só tronco; e Thur, seu irmão, nascido só pernas. Alguém coseu cirurgicamente as duas partes, fazendo dos dois um só corpo, embora no interior continuem divididos. "Sou dois em um", explica ele, por gestos.

WOK, nome do grupo e também do espectáculo, nasceu do cruzamento dos tambores e das suas sonoridades com uma estética mutante de "forte componente cénica, teatral e também humorística." Deu os primeiros passos com um grupo de jovens em 1999, em Almada, depois de sair do berço. Ou seja, da sede do Tocá Rufar e do Centro de Artes e Ideias Sonoras (CAIS), fundado três anos antes, no Seixal, margem sul do Tejo. Rui Júnior, músico, mentor destes projectos e criador do WOK, é também o autor deste novo espectáculo com um elenco renovado e cada vez mais rodado nos palcos, onde, explicou ele em conferência de imprensa na sede do Teatro D. Maria II, "há uma visão da margem sul sobre Lisboa num cenário pós-apocalíptico. Mas não é pessimista." Pelo contrário. A combinação de tambores, percussões e danças guerreiras hostis abre caminho à formação amistosa de novos clãs. É uma fábula de renascimento humano em forma de drummer tale: "A solidão, o medo e a angústia dão lugar à aceitação e à tolerância. A raiva, a discórdia e agressão cedem perante a confiança e a solidariedade. O vazio, o desespero e a dilaceração renunciam e nasce o grupo, o clã, a pertença."

Nuno Pacheco (PÚBLICO)

 

http://tocarufar.com/wok

bANDARRA

14 de Julho de 2010

18h30

 

Fnac do Colombo

Centro Comercial Colombo
Lisboa

Esta é daquelas que lembra feveras e garraiadas e garrafonadas e pura festa. Tremoços e santos e gente sorrindo, bifanas e petiscos. Pica-pau, pernas de frango e canja de galinha com ovos. Lembra-me também Sitiados, facto a que não será alheio como curiosidade o facto de estar aqui o toque de produção de Varatojo, que andou por ali a ceifar boa música com os Naifa e também Carlos Guerreiro dos Gaiteiros de Lisboa. Agora voltemos ao tema da festa – os bANdARRA são a festa em bom português em música e fazem recordar o Verão em aldeias perdidas em ilhas, em montes, em pureza de acordes e de lírica. A escutar e a comparecer, tanto como és tão lisboeta como de outras paragens! / Rafafafa