Existe a “Arte de Amar”, de Ovídio, e a “Arte da Guerra”, de Sun Tzu. Mas, e não menos importante, existe a tão portuguesa “arte do desenrasca”, pois se nos falta o engenho, aguça-se a arte, e vice-versa. A primeira Feira da Arte do Desenrasca aconteceu em Lisboa há mais de 30 anos e, em 2011, uma vez mais a Culturona – Fábrica de Comunicação, em parceria com a Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, nos convida a reflectir sobre o que é o desenrasca. São dez dias de artes cénicas, artes plásticas, música, artesanato, fotografia, cinema, arquitectura, letras e leituras. Uma mostra heterogénea e multidisciplinar onde abunda o saber, o engenho e a arte. / Lino Palmeiro
A tarde caía nesse lusco fusco ardente dos primeiros dias de Verão. O calor fazia-se palpitante e o ar condicionado não funcionava. Pego em mim e saio para a esplanada, que aqui fora sempre corre uma brisa. No MUV Motel há espaço para todos, e a dança promete perigos de quebrar corações. O rosáceo púrpura fica negro estrelado e nesse misto de undergroud que se quer ouvir revejo o reflexo Menitra da Carla com Funk, Soul, Africa e Hip-Hop. Um prelúdio de formas que nos enchem e preparam a vontade. Como a tensão sobe e o pecado mora ao lado, sinto um John Holmes anfitrião de clássicos negros escaldantes em camisa de chita colorida bem engomada. Uma noite que se faz, refaz e acontece na lembrança dos sons que mais gostamos. Um Heartbreak Motel feito da paixão. / Frank
O Noobai presta-se à molenga, convida a ir ficando - com toda a carga que o gerúndio traz por cá - ficando. Um pouco abaixo do miradouro e sob a vista do gigante Adamastor e com vista em quadro sobre o rio, o Noobai é um postal de Lisboa. E a cada quinta, agora que o Verão se alojou por Lisboa em querer ficar, tens grooves com convidados a cada semana. Visível e reconhecido em lides musicais como os Dead Combo e parte certa dos Mikado Lab e Mazgani, Pedro Gonçalves troca o contrabaixo e o baixo pelo groove no terraço. A-ver-Lisboa, rio e o Cristo-rei a abrir os braços de satisfação (chega a simular um bater de palmas perante Lisboa assim preenchida). / Rafael Batista
Uma Kelly, duas Kelly, três Kelly (duas, três kellies). Ainda antes de se tentar fazer um exercício lengalengo matemático, eis que nos surge a banda argentina com três Kelly que não partilham do mesmo sangue mas debitam juntas um post punk insaciável. Com três álbuns já lançados (Shaking Dog de 2007, Kalimera de 2009 e o último homónimo como Kellies já de 2011 - tanto deixam cair o artigo como o colocam em abertura), são das mais refrescantes bandas a surgir nos trilhos da riot grrrl. O Lounge ferve sempre em concertos, mas hoje levanta voo. Haverá espaço para o mosh por aqui? Há sempre, espera é um stage divin' rasteiro! Cheira a rock por aqui. / Fernando Mondego
O C.E.M – Centro em Movimento proporciona aos lisboetas, e não só, bailes móveis em várias ruas da cidade de Lisboa. Os Micro Bailes são uma espécie de passeio em que as pessoas caminham por ruas e ruelas até ao local onde o baile vai acontecer. Ao longo do percurso vão arrebatando a curiosidade de outros que se juntam ao grupo.
Micro Baile V Início: Beco do Jasmim Chegada: Escadinhas da Saúde 1 Jul: 19h30-21h30
Micro Baile VI Início: Rua da Mouraria Chegada: Rua da Mouraria 7 Jul: 20h30-22h30
Micro Baile VII Início: Rua da Mouraria Chegada: Rua da Mouraria 9 Jul: 22h-24h
Ainda me lembro da primeira vez que passei à porta do de Londres e as filas eram de fazer inveja. Nem mesmo os carros dos famosos, com o seu alarido, lhes davam acesso personalizado. Ali entrava desde o mais simplório até à nata da realeza britânica. Não estávamos de posses e o hamburguer era o prato que se queria comer. Lembrava um qualquer lar de liberdade que por aqueles tempos por cá ainda não se queria sentir. O sonho tornado realidade que ao longo dos anos, quase que em disputas territoriais, lendas da musica foram adornando com as suas memórias e lembranças. Quarenta anos se passaram, e a liberdade americana já se sente na capital lusitana, com direito a celebração internacional. Agora já não me preciso lembrar de Londres, crio as memórias de Lisboa, com canções de gerações, numa festa de VJ's ao melhor som do Hard Rock. É um Café, isso e muito mais. / Von Rau Pipiska
Camiões (até final do ano), Vidrões (Até ao fim ano e quando chegar aos 415)
Amplia o teu campo de visão, e já agora o lexical, e passa a falar de street art com muito mais pompa e frequência. É agora que vais “Reciclar o Olhar”, iniciativa da câmara alfacinha para promover a arte urbana. Observa, então, os cinco camiões de recolha de resíduos alvo de intervenções de personalidades do mundo do graffiti e da street art, que vagueiam pelo Bairro Alto, Baixa, Av. 24 de Julho. Agora, vira-te para os 20 vidrões “iglo” dispersos pela cidade, nos quais os criadores inscreveram os seus dizeres artísticos. Esta acção nas ruas procura conciliar a expressão artística com o próprio espaço urbano, simplificando o respeito pelo património ou pelo teu prédio ou pelo meu. Os graffitis por Lisboa podem deixar de ser sinónimo de vandalismo e de egoísmo artístico, passam a ser da comunidade, da nossa comunidade. / Inês Pires
Pinhal Novo recebe visita dos Gigantes a 1 e 2 de Julho
Nos dias 1 e 2 de Julho, o Jardim José Maria dos Santos, em Pinhal Novo, acolhe o Fim-de-Semana de Gigantes FIG.
O programa deste evento, que celebra a cultura popular, integra mais de uma dezena de espectáculos (ver programa em www.cm-palmela.pt). Gigantes e Cabeçudos, o teatro, a animação de rua, as danças tradicionais e a música dos bombos e gaitas fazem a festa.
O Fim-de-Semana de Gigantes FIG é uma iniciativa da Câmara Municipal de Palmela, com os parceiros Bardoada – O Grupo do Sarrafo, ATA – Acção Teatral Artimanha, Associação Juvenil COI e PIA – Projectos de Intervenção Artística.