Oh Beeeeeerta, anda para a festa! Na Vila Berta, na Graça, está garantido um grande bailarico que não tem como falhar, não tem! A agitação começa à tarde, para se aproveitar a luz agraciada daquela Vila – que é um mimo – e só acaba na luz seguinte, de madrugada. Aqui há Lisboa com cheiro, com apetite, com gargalhada farta, com Marcha e música sem pudores com os decibéis. Há sumo de cevada e sumo de frutos – daqueles que é para beber com moderação, não é? –, caldo verde – e a rodelinha de chouriço, cadê? – e já me cheira a sardinhas e a febras, e a manjericos; nada de pôr o nariz onde não és chamado, o manjerico cheira-se com a mão! O desafio vai ser equilibrares-te com a tal bifana, a tal sardinha, o tal sumo, o tal petisco e os 639 (aproximadamente, vá) músculos do corpo a pulsarem para acompanhares o arraial. / Inês Pires
Lisboa saiu de si. Chega de lojas arrumadinhas, passeios ordeiros, recato do lar. Lisboa deu o grito do Ipiranga, bateu com o punho na mesa, perdeu a cabeça. Tornou-se bipolar, multipolar, pan-polar. Virou-se do avesso. E gostou do que viu. Tanto que mostra, radiante, as entranhas, sem pudor nem falsas modéstias. Hoje, um conjunto de 16 ateliers alfacinhas, saem porta fora e dão a conhecer as suas maquetes em outras tantas montras de lojas distribuídas pelo Bairro Alto, Príncipe Real e Santos Design District. Dão-se a conhecer a olhos públicos, espicaçam a curiosidade transeunte e revelam o trabalho de arquitectos e o papel destes enquanto agentes à paisana da qualidade de vida e do panorama construído. Aconselho a deixar-se vandalizar pela curiosidade e não oferecer resistência. / Inês Alvim
Apaixonei-me por ele antes de o ouvir. Apaixonei-me por ele, aliás, muito antes de o ver (coisa que nunca fiz). Apaixonei-me da única maneira que é total: platónica, intangível, sem saber se é baixote, careca ou corcunda. Apaixonei-me quando me explicou que a sua música explora a relação entre música, fotografia e escrita. E aqui pensei ‘Bem pode ser baixote, careca, corcunda’. A música a que dá vida é orgânica, instrumental, paisagista. Utiliza o som para fotografar uma paisagem e cristalizá-la em palavras e harmonias sonoras. Faz da música um vértice criativo de artes, com várias camadas e leituras transversais, com vida, força anímica, personalidade. Hoje a melhor vista de Lisboa é secundária. Hoje a melhor vista de Lisboa é reduzida a palco e cenário de Nno Mar. / Inês Alvim
Ritinha Lobo, herdeira de um sobrenome consagrado na música de Cabo Verde, reflecte o espírito aberto da nova geração de vozes do arquipélago. Começa ainda criança a pisar os palcos, crescendo com o batuque, o funaná e as coladeras. Faz-se mulher e encarna a sensualidade da música caboverdiana. A morna faz parte dela, mas Ritinha abraça a África lusófona no seu repertório, para uma festa das sete partidas em português e em crioulo. http://www.youtube.com/watch?v=RQJJOJoyKro RITINHA LOBO (Cabo Verde) quinta 9 Junho, 22h00 Praça Francisco Barbosa, ESTARREJA sexta 10 Junho, 22h00 Centro das Artes e do Espectáculo de SEVER DO VOUGA
Tudo sobre o Festim 2011 no sítio oficial: http://www.festim.pt/ 3 Junho a 22 Julho 2011 ÁGUEDA - ALBERGARIA-A-VELHA - ESTARREJA - OVAR - SEVER DO VOUGA Acquaragia Drom (Itália) Ritinha Lobo (Cabo Verde) Trio Joubran (Palestina) Carlos Nuñez (Galiza - Espanha) La Troba Kung-Fú (Catalunha - Espanha) DJ Tudo e sua Gente de Todo Lugar (Brasil) Ale Möller Band (Suécia, Senegal, Grécia, Canadá, México) Chico Trujillo (Chile)
Festa do Fado 2011/Festas de Lisboa'11. Apresentação de "Luminismo".
"Luminismo" é o nome do mais recente trabalho daquele que é um dos grandes novos talentos da nova geração de músicos portugueses: Ricardo Rocha
O álbum sucede à estreia com "Voluptuária", que lhe valeu, entre outras distinções, o Prémio Carlos Paredes. Neste concerto, o guitarrista promete percorrer toda a obra até à data.