Já não há janelas fechadas. Cantos secretos e mundos cerrados. A coisa agora é mesmo abrir ao mundo e mostrar o que está lá dentro. Abrir. Expandir, Trocar. Dar e receber. Pôr gente lá dentro. Este é um recanto de artistas, daqueles que só existem porque alguém tem necessidade de criar, de pôr em prática o seu génio, dar-lhe forma e dar-lhe uma vida exterior a si, independente. Respira-se inspiração. Sente-se a sensibilidade da arte da gravura e o encanto do desenho. Hoje abrem-se as portas e estão todos convidados a vir conhecer a gravura, as suas técnicas, ver trabalhos e poder comprar arte a preços acessíveis. Um mundo de fantasias que é a realidade da vida e da arte de quem assim se expressa. Bebidas, comidas e convívio, espontâneo, aberto. / Célia F.
De guerra, não entendo. De sobrevivência, nada compreendo. De perda, pouco percebo. Mas quando um texto transposto tão honestamente para palco me dá a conhecer uma verdade distante, acordo nem que seja por momentos para o mundo que me rodeia. E se é assustador, é necessário. E se sofro como espectadora, é porque a realidade o exige. Uma realidade encenada por João Mota, numa peça que é também o exercício final da Escola Superior de Teatro e Cinema. Num palco quase vazio, os actores transformam-se em KIDS (crianças). Crianças órfãs em ambiente de guerra/pós-guerra, que se valem a si mesmas. Crianças personificadas na Sala Garrett durante mais de uma hora poética, mas cujos rostos existem num mundo fora de sala. Existam mais exercícios finais como este e a vida talvez se torne pior para depois se tornar melhor. / Zara Soares (Foto por Pedro Azevedo)
Verdade que Lisboa é uma cidade à beira mar plantada, e que se há coisa que o alfacinha gosta é de praia. Mas chega o Verão e o calor, e os domingos passam a ser sinónimo de “caos”. É caos na ponte, caos na marginal, caos na própria da praia. Se há altura do ano em que precisamos de alternativas fresquinhas, é esta. Rumamos então ao LX Factory onde depois das empresas, das lojas e dos restaurantes, chegou uma feira. Até 24 de Julho, os domingos passam a ser dias de Feira na Fábrica. E o que é que podemos encontrar na feira, pró menino e prá menina? Isto aqui há para todos os gostos. De produtos em segunda mão a tipicamente portugueses, dos novos criadores aos artesãos, dos livros à música, da roupa aos objectos de decoração, comidas, arte e design. E para quem não está numa de ir só às compras, há também actividades para crianças, provas de degustação. Eu cá fiquei convencida nos produtos em 2ª mão. / Marta D’Orey