Discutíamossempre em jazz. Talvezaqueleverbodêumaideiademasiadodinâmica e recíprocaaoquefazíamos. Eudiscutianummonólogosedento de desgarrada, eleserpenteavaentrenotas e refugiava-se no jazz. Discuti, porinterpostapessoa, com Coltrane, Bessie Smith, Coleman. Umavezperdi a cabeça com Thelonious Monk, enquantoinsistiaqueele me tinhalevantado a voz. Fizumacenaporcausada Nina Simone e aquela mania dela de sussurrar graves comoquemnãoquer a coisa, a oferecida. Discutíamossempre em jazz. E invariavelmente o volume subia. Falaram-meváriasvezesnanecessidade de diálogo, mas o máximoqueconseguifoi spoken jazz. / InêsAlvim
Para quem ainda não visitou a Esplanada do Príncipe Real depois da reabilitação do Jardim, esta é a noite perfeita para o fazer. Numa zona especial da cidade, com tantas histórias para contar, mesmo em tempo de chuva não deixes de rumar até à Esplanada (que tem lugares no interior) e desfrutar de um ambiente único, urbano, efervescente, onde se respiram ideias e criatividade, e acima de tudo, com uma vista desafogada e sabores deliciosos. E como se isso não bastasse ao som de um excelente deep house escolhido especialmente para ti nesta noite que pretende antecipar o teu fim-de-semana. O convidado é Mikie Wilde, ex-residente do Trumps Club e actualmente um dos nomes do Capítulo V. Ele é um norte-americano que ama Lisboa e não se cansa de dar-nos música, música boa, música inteligente e envolvente e que te fará vibrar e aconchegar neste Outono charnoso e que merece ser celebrado. / Rute Duarte