Seria Édipo o marido da sua própria mãe ou filho de sua mulher?
E os seus filhos, seriam também eles seus irmãos, filhos de sua mulher ou seria a sua mulher avó dos seus próprios filhos?
E ainda, seria Creonte seu tio ou seu cunhado?
Reinventado e sem complexos, "Édipo" a nova criação da Companhia do Chapitô.
Dia 19 de Janeiro a Companhia do Chapitô estreia Édipo, a sua 31.ª criação, baseada no mítico Rei de Tebas que, ao cumprir a profecia em que assassina o seu pai e casa com a mãe, faz com que a tragédia se abata sobre a sua cidade e família.
Esta Companhia, única no trabalho de teatro físico que desenvolve sobre o corpo, apresenta a revisitação de um clássico à luz dos tempos modernos, desta vez com um registo cómico. Uma comédia visual, segundo define o encenador John Mowat.
Édipo é um ponto de partida, não um ponto de chegada. Porquê este clássico? A resposta a esta questão é difícil de articular, iremos vê-la em palco, porque a sua experiência de criação é intuitiva . Mas a equipa é peremptória em justificar-se com o poder das imagens que este texto lhes sugere. O Édipo chapitoneano tem várias caras, vários corpos, informação que já lhes está impressa no corpo. Esticaram a tragédia para o absurdo... soltou-se uma válvula de ar... e o mito ficou virado do avesso.
A Exposição “Pórtico Virtual - As Chaves do Restauro do Pórtico da Glória na Catedral de Santiago de Compostela”, patente na Igreja de Santiago, no Castelo de Palmela, terá visitas guiadas gratuitas nos dias 14 e 22 de Janeiro e 5 e 25 de Fevereiro, sempre às 15 horas. As visitas são sujeitas a marcação prévia até à quinta-feira anterior, através do e-mail patrimonio.cultural@cm-palmela.pt ou do fax: 212336641.
Patente até 25 de Fevereiro, a iniciativa - organizada pela Fundación Barrié (Galiza), pelo Ministério da Cultura de Espanha e pela Câmara Municipal de Palmela - integra a Mostra Espanha 2011 (www.mostraespanha.mcu.es) que, na sua segunda edição, alarga a sua presença a Lisboa, Palmela, Porto, Coimbra e Almada.
Além das visitas guiadas, a exposição está de portas abertas de terça-feira a domingo, no horário 10h00/12h30 e 14h00/18h00, com entrada livre.
Tecnologia e património de mãos dadas
A história, a iconografia e os trabalhos de restauração preventiva do Pórtico da Glória – obra escultórica considerada como expoente máximo do românico europeu – constituem a base desta exposição, que conjuga suportes de divulgação tradicionais com elementos tecnológicos virtuais e multimedia. Os visitantes poderão apreciar réplicas de madeira dos instrumentos musicais medievais dos 24 Anciãos do Apocalipse representados no Pórtico; uma projecção audiovisual sobre o contexto histórico da origem da peregrinação a Santiago, a construção do templo românico e sobre como o Pórtico adquire o seu pleno significado dentro do quadro monumental da Catedral de Santiago; o Pórtico da Glória em 3D, trabalho pioneiro no mundo; os instrumentos do Pórtico da Glória com técnicas de realidade aumentada, que permitem a interacção do público e possibilitam o contacto com as composições musicais da época; uma exposição de fotografias de grande formato sobre o Pórtico da Glória e os trabalhos de restauro preventivo.
Antiga sede da Ordem de Santiago em Portugal e ponto de passagem dos peregrinos devotos do Santo, Palmela está, agora, mais próxima de Santiago de Compostela. A organização pretende reforçar esta ligação histórica e aposta no trabalho próximo com a comunidade educativa para dar a conhecer este património às gerações mais jovens que garantirão a sua preservação futura.
No dia 15 de Janeiro, domingo, Palmela cumpre a tradicional Bênção das Fogaças, numa cerimónia a decorrer na Igreja Matriz de S. Pedro, às 12 horas. A iniciativa é da Confraria Gastronómica de Palmela e da Igreja Paroquial, com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Palmela.
Manter viva a tradição e promover a Fogaça de Palmela - biscoito típico da vila, de sabor aromático marcado pela erva doce e pela canela - são os principais objectivos deste ritual, intimamente ligado às celebrações do Dia de S. Amaro (14 de Janeiro). Nesta data, a população de Palmela fazia fogaças para oferecer ao Santo e a forma variava consoante a intenção – a cura de uma doença, colheita abundante ou a bênção do gado e dos animais domésticos. Como poucas famílias tinham forno em casa, as fogaças eram cozidas nos fornos comunitários ou nas padarias e, no dia seguinte, eram transportadas até à Igreja em cestos de verga, ricamente decorados com panos bordados. O leilão de parte das fogaças também integrava a festa e as restantes eram divididas pelos presentes, que as levavam para casa onde eram comidas por todos, incluindo os animais.
A Confraria Gastronómica de Palmela retomou o ritual há vários anos e os Confrades, trajados a rigor, irão levar ao altar as fogaças, confeccionadas com produtos regionais. A cerimónia é aberta à participação de todos os interessados, que poderão levar, também, as suas fogaças para partilhar com a comunidade.