A partir de 8 de Março, os «Almoços com Arte» realizam-se às quintas-feiras na Casa-Museu Medeiros e Almeida, no centro de Lisboa. A iniciativa inspirada na National Gallery de Londres tem sido um sucesso. Por isso, se ainda não participou num destes “almoços”, aproveite a hora de almoço para “beber” um pouco de cultura.
Os «Almoços com Arte» durante o mês de Fevereiro mantêm-se às quartas-feiras, mas a partir de 8 de Março e até 28 de Junho realizam-se às quintas-feiras. A entrada é gratuita e sem necessidade de reserva mas limitada ao mínimo de 5 e ao máximo de 15 participantes. A duração é de cerca de 15 a 20 minutos.
As próximas peças da coleção de António Medeiros e Almeida (1895-1986) a serem apresentadas ao público através de pequenas histórias são:
FEVEREIRO 2012 – QUARTAS-FEIRAS ÀS 13H30
Dia 1 – A cómoda do Sr. Lever – Cómoda-secretária John Channon
Dia 8 – Uma família de pintores – Brueghel
Dia 15 – Um ar de sua graça – Leques na coleção
Dia 22 – História e Estórias de uma secretária – John Webb
Dia 29 – Cosmephilia – Porta Mogol
MARÇO 2012 – QUINTAS-FEIRAS ÀS 13H30
Dia 8 – Retrato flamengo – António Moro
Dia 15 – As Jóias da Casa-Museu – Joalharia Sala do Lago
Dia 22 – Azul e Branco – Azulejaria
Dia 29 – Um marceneiro excecional – F. Linke
ABRIL 2012 – QUINTAS-FEIRAS ÀS 13H30
Dia 5 – Um infiltrado na Colecão – Carlos Botelho
Dia 12 – De Vita Caesarum – Taça Aldobrandini
Dia 19 – Biombos na Coleção
Dia 26 – 1.ªs Encomendas – Porcelana de exportação Ming
MAIO 2012 – QUINTAS-FEIRAS ÀS 13H30
Dia 3 – A Horas – Despertadores da Coleção
Dia 10 – Partie et Contre-partie– A. C. Boulle
Dia 17 – Meninos de Palhavã – Terrina e travessa
Dia 24 – Amedée d’Ouville: A história por trás do quadro – Delacroix
Dia 31 – Chá com Napoleão – António Firmo da Costa
JUNHO 2012 – QUINTAS-FEIRAS ÀS 13H30
Dia 7 – Princesa Portuguesa, Rainha de Inglaterra – Catarina de Bragança
Tema inspira encontros e conferências na Biblioteca de Palmela
No âmbito da Exposição Bibliográfica “ Quando os Portugueses andaram na Grande Guerra” - patente ao público até 14 de Fevereiro, numa organização da Câmara Municipal de Palmela e do Prof. João Reis Ribeiro - a Biblioteca Municipal de Palmela acolhe um conjunto de iniciativas que exploram a temática: dois encontros com escritores e uma conferência, sempre às 21 horas.
No dia 4 de Fevereiro, o escritor Sérgio Luís de Carvalho apresenta o seu romance “O Destino do Capitão Blanc”, cuja acção decorre durante a I Guerra Mundial e retrata a participação portuguesa no grande conflito armado. No dia 17, será a vez de António de Oliveira e Castro apresentar o seu romance “Tambwe – a Unha do Leão”, com ilustrações de Nuno David. Nas duas iniciativas, que integram sessões de autógrafos, o público poderá adquirir livros dos autores.
O historiador Ernesto Castro Leal proferirá a conferência “Pátria e República: Memorialismo de Guerra nas Edições da Renascença Portuguesa” no dia 10 de Fevereiro.
Sintra, 31 de janeiro de 2012 – A Parques de Sintra receberá, a partir do próximo dia 3 de fevereiro (Sexta-feira), no Palácio de Monserrate (Sintra), a exposição “Camilla Watson - Mistérios de Monserrate”, integrando fotografias captadas por Camilla Watson no Parque de Monserrate durante os últimos 8 meses. As imagens expostas encontram-se impressas em papel de algodão, e a exposição inclui também um biombo e uma mesa com impressão de fotografias diretamente sobre madeira marítima.
Este trabalho marca a diferença pelo local que retrata e também pelos métodos de impressão. Com imagens a preto e branco, impressas sobre papel de algodão através da aplicação a pincel de uma emulsão líquida de prata, as fotografias apresentadas revelam um olhar diferente sobre a beleza e a magia de Monserrate, tratando-se do primeiro trabalho de Camilla Watson sem pessoas nas fotografias.
A fotógrafa utiliza uma emulsão fotográfica gelatinosa, rica em prata, que começa por liquidificar em banho-maria. Este líquido é aplicado a pincel, no escuro, sobre a superfície escolhida: mosaico, madeira, parede, ou simplesmente papel. Após secagem com um ampliador ou um projetor de slides (para superfícies maiores) expõe a superfície a um negativo preto e branco. O processo de câmara escuracompleta-se com um revelador, banho de parageme fixador.
O trabalho desta fotógrafa distingue-se pela experimentação de novos suportes, com fotografias impressas diretamente em pedra, madeira, mosaicos e mesmo nas paredes das casas, utilizando uma câmara escura móvel que ela mesma desenhou.
Camilla explica que “não tinha uma lista do que queria fotografar, fui com a mente aberta e fotografei só as coisas que me chamavam: a água, cascatas, pedras, peixes, as raízes das árvores; voltei no inverno e atraíram-me as sombras longas e as árvores sem folhas - luminosas no sol baixo de inverno”, acrescentando ainda que espera que “as pessoas sintam a magia do parque; não acho que vão sentir a falta da cor nas fotografias do jardim a preto e branco, porque apesar de as cores terem a sua beleza, também podem ser uma distração”.
Sobre Camilla Watson
Nasceu no Reino Unido em 1967 e começou a sua carreira como fotógrafa de cena de teatro, tendo-se depois dedicado à reportagem e ao retrato. Entre 2001 e 2004 viveu em São Paulo, onde foi convidada pela ONG Meninos do Morumbi para ensinar fotografia a jovens residentes nas favelas, e de cuja experiência resultou “São Paulo - Belo Horizontes”, a sua primeira exposição em Lisboa. Posteriormente passou por S. Tomé, Moçambique, Etiópia e África do Sul, continuando o seu percurso na área da reportagem ligada a ONG's.
Em Lisboa, onde vive há 5 anos, tem desenvolvido atividades com a comunidade da Mouraria, (incluindo como sócia da associação “Renovar a Mouraria”) e a Câmara Municipal de Lisboa tem apoiado alguns dos seus projetos. Entre estes encontram-se “Tributo” e “Dentro-Fora/Passado-Presente”, integrados na iniciativa “TODOS 2010” e "TODOS 2011", que consistiram na impressão de fotografias dos moradores diretamente nas paredes das casas, utilizando uma câmara escura móvel que a fotógrafa desenhou. Estes trabalhos foram igualmente expostos no Arquivo Municipal - Núcleo Fotográfico.
No mesmo dia em que o Dr. Prentice entrevista uma candidata ao lugar de sua secretária, é visitado por um inspector do Governo (do ramo "mental"). A chegada do Sargento Match, envolvido num complexo inquérito policial, só vem complicar mais a vida do pobre psiquiatra. O que se passou no Hotel Central? Onde estão as partes desaparecidas de uma estátua de Sir Winston Churchill? Quem pára a Senhora Prentice? Quem é louco afinal? Não perca esta corrosiva subversão da comédia de boulevard!
Apanhados no Divã (título original What the Butler Saw), uma comédia de Joe Orton, foi o último texto escrito pelo autor inglês, terminado um mês antes da sua morte em 1967. A encenação de Jorge Cardoso conta com a participação dos actores Rui Félix, Patrocínia Cristóvão, Manuela Ramos Félix, Bruno Vitoriano, Ricardo Guerreiro e Nuno Paulino.
Este espectáculo
Hoje existe uma sensação geral de desespero acerca da política porque sabemos que não nos pode fornecer nenhuma solução real. No entanto, eu não tenho a pretensão de ser um escritor pessimista. Estou divertido demais a ver a maneira das pessoas se comportarem para me entregar ao desespero. (Orton)
agora apetece-nos o divertimento
interrogamo-nos sobre o que resta do escândalo moral que fez fracassar a estreia desta
peça no final dos anos 60
interrogamo-nos sobre o que resta da violência e da revolta de Orton que na sociedade
inglesa de então se dizia rodeado de cus-apertados
uma coisa é certa: a peça continua a ser levada à cena por esse mundo fora …
Num mundo governado por loucos o escritor só se pode limitar a fazer a crónica dos feitos desses loucos ou das suas vítimas. (Orton)
por isso nos apetece agora este divertimento apesar da amoralidade do desenlace –
suprema subversão – ser afinal acolhida nos braços da hipocrisia do mundo