Todasas segundas-feiraséassimaliparaoslados do Largo daAchada: cadeirasalinhadas, projetorapontadopara a parede e - bum! - cinema aoarlivre. Éjáalgum e fiel o povoquesobe as escadinhas de SãoCristóvão, passapelaigreja com o mesmonome e termina a noite em frenteà Casa daAchada - Centro MárioDionísioparamaisumasessão de encher o olho. Éprecisocoragem e as noitesestãofrias? Issodizemvocês, queaindanãoforamlásentir o calor do espaço. O programa de janeiroarranca com o filme "O Dinheiro", o últimorodadopor Robert Bresson, e continuaráfocadonessebemque se prevêtãoescasso no anoque agora começa. Destaquepara "Capitalismo: UmaHistória de Amor" de Michael Moore e "Tráfico" de JoãoBotelho. / CláudioBraga
Rão Kyao, qual personagem de conto tradicional, pega na emblemática flauta de bambu e atrai os lisboetas à rua para recuperar um hábito antigo - as Janeiras - mas em moldes originais.
A fonte musical é o novo álbum, “Coisas que a Gente Sente”, que representa um regresso às suas origens e corresponde à redescoberta de um sentido de portugalidade que não prescinde de viagens musicais por geografias diversas, com o folclore como coordenada central.
No dia de Reis, a arruada por Lisboa parte da Praça Camões e termina no Rossio, sempre com Kyao na liderança. Ao seu lado vão os músicos que o costumam acompanhar… e quem mais se queira juntar (ou não consiga resistir) à flauta que conduz o cortejo.
Na linha de outros projectos-tributo, a música e o sentido de espectáculo são aqui seguidos religiosamente, procurando recriar essa espécie de magia da banda do inimitável Freddie Mercury.