"Ator e encenador, um pedagogo e um maravilhoso dramaturgista. Gosta de pessoas, gosta de conversar, é um contador de histórias nato", afirma Elsa Valentim sobre José Peixoto, com quem conversa na próxima sessão da atividade Conversas com Rosto.
José Peixoto, ator e encenador, licenciado em História, tornou-se profissional com Os Bonecreiros. Estagiou no Théâtre de Gennevilliers, com Bernard Sobel, e no Piccolo Teatro di Milano, com Giorgio Strehler. Esteve na equipa inicial do Centro Cultural de Évora. Cofundador do Teatro da Rainha, integrou a Direção do Teatro da Malaposta e trabalhou no Teatro Municipal de Almada e no Novo Grupo. Criou, em 2000, juntamente com outros elementos, o Teatro dos Aloés. Foi professor na Escola Superior de Teatro e Cinema durante 26 anos e é uma das figuras de referência do teatro em Portugal.
Para Elsa Valentim, o método de trabalho de José Peixoto é inconfundível: “Tem uma máxima que quem quer que tenha trabalhado com ele, alunos, atores, técnicos, conhece! 'Uma coisa atrás da outra, cada coisa por sua vez, cada coisa até ao fim.'"
Nos dias 23 e 24 de Maio apresentamos a versão concerto da ópera TIÇÃO NEGRO, de Augusto Machado (1845-1924). Esta é a segunda versão de concerto de uma ópera original portuguesa que estamos a apresentar no Teatro Aberto no âmbito da programação Mùsica em Palco – Temporada 2014.
Tição Negroé uma opereta, escrita em tom de farsa, um exercício cénico e musical divertido que recupera as origens do teatro nacional, a partir de temas e personagens vicentinos. Este espectáculo continua a programação Música em Palco que tem vindo a abordar a ópera num tom informal e inovador e a apresentar temas e autores clássicos com contemporaneidade.
Escrita para as comemorações do 4º centenário da estreia do Monólogo do Vaqueiro, de Gil Vicente, que marcou o início do Teatro Português, esta farsa lírica de Henrique Lopes de Mendonça e Augusto Machado foi vista pela crítica da época como um novo impulso para o teatro nacional. Teve a sua estreia no Teatro Avenida, em 1902, pela companhia Sousa Bastos, com Palmira Bastos no papel principal.
Tição Negrotem um registo vincadamente cómico, surpreendendo o espectador com uma trama feita de triângulos amorosos, casamentos por conveniência, feitiçarias, enganos e disfarces…
TIÇÃO NEGRO
Farsa lírica em três actos
sobre motivos de Gil Vicente
Música Augusto Machado
Texto Henrique Lopes de Mendonça
Piano e direcção musicalJoão Paulo Santos
Personagens
D. Gonçalo de Lemos, fidalgo portuguêsJoão Sebastião
Ayres Rosado, escudeiroMarco Alves Dos Santos
D. Iñigo de Aguasfuertes, castelhanoJoão Merino
Apariço, criado de AyresJoão Miguel Rodrigues
Fernando, pretoJoão Miranda
Pero Piteira, ourivesJoão Merino
Padre Bastião, capelão de D. GonçaloJoão Oliveira
O AlcaideJoão Oliveira
Branca, sobrinha de D. GonçaloBárbara Barradas
Genebra, padeira e feiticeiraAna Ferro
Cecília, filha de GenebraAna Franco
Brites, aia de BrancaAna Ferro
Concepção CénicaEquipa do Teatro Aberto
IlustraçãoDiana Mascarenhas
VídeoNuno Neves
CLASSIFICAÇÃO
M/6
HORÁRIO
21h30 – Sala Azul
BILHETEIRA 4ª a sábado das 14h às 22h00; domingo das 14h às 19h
29 Junho | 17.00 Direcção artística: Susana Henriques
Concerto de encerramento do ano lectivo do curso de iniciação do Conservatório com a participação de crianças dos 3 aos 10 anos de idade, as quais interpretam obras a solo. O concerto termina com a participação da Piccola Orquestra Metropolitana que apresenta uma estória musicada.
"É desde aqui que vejo a Lua" a partir da obra do dramaturgo e psicólogo espanhol Damián Ruiz, que estará em cena nos dias 6, 7 e 8 de Junho às 21h30, no Teatro Turim (Lisboa).
Sinopse
Winston e David: dois jovens transcendentes que o destino conduziu por caminhos opostos. Dois pedantes rapazitos que utilizam as suas respectivas armas para sobreviver. Um com a sua projecção conseguirá ser um honrado cidadão do melhor país do mundo, o outro com a sua entrada permitirá que alguns dos honrados cidadãos o possam continuar a ser durante o dia.
É urgente a mudança através da ruptura com padrões que já não funcionam e a busca de um outro entendimento e sentido para a vida quotidiana. O trabalho como forma de alienação e prostituição do corpo em nome de uma economia idealista onde o corpo é um mero instrumento e onde se anula a sua identidade. Talvez a idealização do sonho europeu que nunca chegou e que onde desesperadamente buscamos um lugar antes sequer dele existir.
Um jardim, dois amigos e um piano. Três elementos que dão forma ás palavras do dramaturgo Damián Ruiz.
Ficha Técnica
Texto: Damián Ruiz
Tradução: André Pita
Versão cénica: André Pita e Óscar Pinto
Interpretação: André Pita e Óscar Pinto
Espaço Cénico: Paulo Alves
Figurinos: Paulo Alves
Musica Original: Gian Lima
Sonoplastia: Ana Cristina Silva
Desenho de luz: João Paiva
Operação de luz: Henrique e João Paiva
Fotografia e vídeo: Anabela Santiago e Paulo Alves
Produção: Elisabete Fonseca, André Pita, PsicoPalco e Teatro Turim
A plataforma Creative Districts around the World, é uma plataforma onde se insere um conjunto de textos sobre o Bairro Alto, em estudos comparativos com outros bairros criativos do Mundo.
Este projecto foi desenvolvido no âmbito dos 500 anos do Bairro Alto, pelo que, um ano depois de termos iniciado o projecto celebrativo, apresentamos este e-book (registado na National Library of the Netherlands), acessível através do endereço: http://creativedistricts.imem.nl/
3 Abril a 19 Junho Horário: 18.00 Datas: 3 e 10 Abril, 8 Maio, 15 e 29 Maio, 5 e 19 Junho Entrada livre
As colecções privadas e estatais portuguesas de arte oriental são testemunhos visíveis de realidades e vivências distintas. Conceituados especialistas dão a conhecer este valioso património civilizacional e cultural.
PROGRAMA 3 Abril A presença da arte namban em Portugal e nas colecções portuguesas Alexandra Curvelo (Museu Nacional do Azulejo)
10 Abril Harmonia entre tinta e pincel: nota introdutória sobre os álbuns de pintura na China imperial Elisabetta Colla (Centro Científico e Cultural de Macau e FLUL)
8 Maio As artes preciosas do Oriente e o seu conhecimento. Um universo em constante evolução Nuno Vassalo e Silva (Director-geral do Património Cultural)
15 Maio Oriente e Ocidente. Registos sobre a porcelana. Séculos XVI a XVIII Rui Trindade (Museu Nacional de Arte Antiga)
29 Maio Entre a fábula e a geometria. Bordados indianos da colecção do MNAA Teresa Pacheco (Museu Nacional de Arte Antiga), Patrícia Milhanas Machado (bolseira de investigação da FCT)
5 Junho Mobiliário Conceição Borges de Sousa (Museu Nacional de Arte Antiga) e Pedro Cancela de Abreu
19 Junho Da China para as Maldivas: a propósito de duas taças de porcelana para o mercado islâmico, séculos XVIII e XIX Jorge Santos Alves (Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa)
Encarando a Linha de Cascais como o berço de todas as expressões artísticas de rua em Portugal, pretende-se com este festival renovar o estatuto já algo esquecido ou desconhecido, através da pintura de murais de média dimensão, cuja temática será Cascais, sendo este ano comemora os 650 anos da sua Carta de Vila.
O MURALIZA procura assim dar mostra de qualidade artística, porque acreditamos e constatamos, que somente através da criação de bons exemplos é possível aumentar a qualidade de todo o tipo de intervenções que existem nas cidades. O festival deverá configurar um novo ponto de interesse turístico e cultural à cidade, através da criação de um roteiro de arte urbana e consequentemente, fomentar a presença de um turismo especializado.
Horário: 18.00 às 19.00 Entrada livre mediante inscrição
Nos últimos tempos, graças largamente a PSY e ao seu Gangnam Sytle, o K-Pop veio pôr a Coreia do Sul no centro das atenções. Mas PSY, um dos comediantes mais conhecidos da Coreia do Sul, é apenas a ponta de um enorme iceberg que, aos poucos, tem vindo a ganhar fama em todo o mundo: a chamada “onda coreana” ou hallyu. O sucesso da “onda coreana” parece ilustrar o facto de a cultura de massas a nível global ter deixado de ser exclusiva dos artistas ocidentais. Este seminário procurará discutir as origens e sucesso da hallyu e questionar se poderá (ou não) ser vista como um “barómetro” para as transformações económicas globais com que hoje nos confrontamos.
Horário: 10.30 às 12.30 Entrada livre mediante inscrição
Hangeul, o alfabeto coreano, foi criado no século XV por um grupo de estudiosos sob o patrocínio do Rei Sejong, o Grande. O alfabeto coreano é composto por 10 vogais e 14 consoantes que podem ser combinadas para formar diversos grupos de sílabas. É simples, consistente e de fácil compreensão ao ponto de, muitas vezes, ser considerado um dos sistemas de escrita mais científicos do mundo, totalmente adaptado às exigências das novas tecnologias de comunicação. A facilidade de aprender e de escrever em hangeul contribuiu para aumentar consideravelmente a taxa de alfabetização do país bem como para desenvolver e dinamizar a indústria de publicações e a imprensa escrita em geral.
Horário: 14.00 às 19.00 Entrada livre por ordem de chegada
O hanbok é o traje tradicional da Coreia caracterizado por cores vibrantes e linhas simples. Muitas vezes, os bordados realçam a elegância do traje. O traje é composto de blusa com mangas (jeogori) e saia (chima) para mulheres, calça (baji) para homens. A partir da década de 70 do século XX, deixou de ser usado na vida quotidiana. Hoje só se usa em dias de festas tradicionais e em ocasiões especiais como o casamento. Os participantes terão a oportunidade de experimentar o hanbok e tirar fotografias, podendo guardar uma recordação da sua experiência com a cultura coreana.
25 Junho 19.00 Realizador: Jun-ik Lee 2005, 119’, Cor Língua original: Coreano, legendado em inglês
Na Coreia da dinastia Chosun (século XVI), dois saltimbancos são presos por terem satirizado o rei numa pantomina de rua. Detidos por traição, apostam as suas vidas em como conseguem fazer rir o monarca com as suas encenações. O seu sucesso leva-os a ficar no palácio e a actuar regularmente para o rei. Quando este começa a demonstrar uma crescente atracção por um dos palhaços, estes percebem que enveredaram por um caminho sem retorno, minado de desejo, poder e sangue. M/15 Entrada livre mediante inscrição Ver trailer: http://www.youtube.com/watch?v=-zdMgghw4VY
Horário: 15.00 às 17.00 Participantes: Máx.15 Entrada livre mediante inscrição
Hanji, o papel tradicional coreano, está intimamente relacionado com a vida dos coreanos há mais de mil anos. O artesanato de Hanji possui uma beleza única e etérea que resulta numa grande variedade de artigos desde simples caixas, leques e lanternas a roupas e mobiliário. Os participantes vão aprender as técnicas básicas e, a partir daí, vão criar a sua própria peça.
Horário: 10.30 às 11.30 Participantes: Máx.40 Público-alvo: A partir dos 5 anos Entrada livre mediante inscrição
Um dos bens culturais mais importantes do país da manhã tranquila, “o taekwondo é a dádiva da Coreia para o mundo”. Graças à sua difusão global, tornou-se uma modalidade olímpica. Mas, na sua base, esta arte marcial coreana é um sistema de combate sem armas para defesa pessoal que ensina igualmente um modo de vida saudável para equilíbrio pessoal. O objectivo deste workshop é precisamente dar a conhecer a versatilidade desta arte milenar que, para além de ser benéfica para a saúde, transmite valores culturais como, por exemplo, a cortesia.