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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

ÁFRICA NEGRA no FMM Sines e no B.Leza em Julho

África Negra ao nosso país, para concertos no Festival Músicas do Mundo de Sines a 23 de Julho e em Lisboa no B.Leza a 31 de Julho, seguido de uma apresentação a 2 de Agosto no festival Wassermusik em Berlim, que constituirá o primeiro concerto de sempre da formação num país europeu que não Portugal.
O início da lenda do ‘Conjunto África Negra’ é oficialmente atribuído ao ano de 1974, quando a formação original da banda mais amada e conhecida além-fronteiras de São Tomé e Príncipe sentiu que tinha chegado a hora de começar a tocar ao vivo no circuito dos ‘fundões’ da capital São Tomé. Os fundões eram os bailes ao ar livre que juntavam as diferentes comunidades locais: os mestiços, descendentes de colonialistas portugueses e escravos africanos, os Angolares, descendentes de escravos angolanos naufragados que se fixaram em comunidades piscatórias na zonal sul, e os descendentes de trabalhadores contratados Cabo-verdianos e Moçambicanos que tinham vindo trabalhar para as plantações de café e cacau da ilha.
Ao longo da década de 70, o núcleo criativo da banda constituído por Emídio Vaz, guitarra solo, Leonildo Barros, guitarra ritmo, e João Seria, vocalista, motivaram-se a maturar o seu inimitável estilo de São Tomé Rumba, música de uma languidez paradisíaca devedora do vizinho Soukous, com suaves traços redentores de Highlife, acabando por se tornar num contributo fundamental para a construção cultural da identidade da então jovem nação independente.  
O seu reportório original de cerca de 40 a 50 canções foi gravado na Rádio Nacional de São Tomé no início da década de 80, sendo que depois foram editadas em 3 LPs prensados e editados em Portugal pela Iefe Discos. Nessa altura, os estúdios de gravação e emissão da Rádio São Tomé estavam localizados no extremo este da cidade capital São Tomé, numa pequena casa a olhar o oceano. As salas de gravação eram pequenas demais para acomodar um grupo alargado de músicos, por isso os África Negra montaram o seu material no relvado circundante da casa, olhando as ondas que banhavam a costa, e gravaram os temas rodeados pelos seus fãs mais leais.
A década de 80 revelou-se a época de expansão do Conjunto África Negra. O grupo tocava regularmente por todo o país natal, fazia visitas regulares a Portugal, visitou Angola nove vezes (em tours pelas províncias de Luanda, Benguela e Cabinda) e foram um sucesso retumbante em Cabo Verde. O icónico epíteto de ‘Mama Djumba’ pelo o qual o seu estilo musical é conhecido entre os fãs, teve origem num concerto em 1981 em Portugal, onde se celebrava o 8º aniversário da independência da Guiné-Bissau. Os África Negra dividiam a noite com os igualmente fabulosos Super Mama Djombo da Guiné-Bissau, com as duas bandas alternando sets tendo atingido 4 horas de espectáculo. Perto do final do serão, perguntaram ao público presente qual a banda que queriam que trouxessem de volta ao palco para fechar a noite. O público maioritariamente guineense preteriu os ‘Super Mama Djombo’ e começou a cantar ‘África Negra’. Os filhos preferidos de São Tomé orgulhosamente regressaram ao palco, e para suavizar a tensão com os seus colegas desolados, a banda arrancou o encore com um tributo aos Super Mama Djombo, entoando a espaços a expressão impromptu ‘África Mama Djumba’. Passado alguns minutos o público começou a repetir esse simples canto. Quando o grupo regressou a São Tomé, as notícias do seu triunfo em Portugal já os tinha precedido, e no seu próximo concerto subiram ao palco ao som do mesmo cântico de ‘África Mama Djumba’. Estes anos dourados dos África Negra chegaram a um fim quando a banda terminou uma digressão das ilhas de Cabo Verde em 1990. A tour teve tamanho êxito que desmembrou a banda. Quando foi altura de regressar a São Tomé, o vocalista João Seria e o baixista Pacheco decidiram ficar em Praia, tal era a adoração de que gozavam.
Com uma relativa intermitência na sua actividade ao longo dos últimos 20 anos, os África Negra editaram por meios próprios em 2008 um CD com novas canções originais chamado ‘Cua na Sun Pô Na Buà Fa’ - algo como ‘Mesmo que aches que não vale a pena’ - e mantêm uma regularidade tranquila de actuações em São Tomé, usando o mesmo material antigo que, por qualquer força divina, ainda funciona, como os amplificadores e os processadores de efeitos de guitarra usados originalmente nas gravações dos anos oitenta e que constituem parte do segredo da magia do som e das músicas da banda. Muitas das suas antigas gravações continuam a ser clássicos habitualmente rodados na rádio São Tomense e, no mundo global online, vídeos com a sua música no YouTube prosseguem contabilizando números de visualizações a cada vez que um São Tomense expatriado procura saciar a saudade ou convidar um par para dançar ou um novo miúdo no Brasil descobre a música desta formação abençoada. Estranha-se não terem sido ainda bafejados pela boa fortuna da tendência das reedições, o que custa um pouco a acreditar quando se põe em perspectiva a singularidade da sua identidade musical no contexto da música produzida na África ocidental pós-colonialista, e se constata a ávida procura e especulação à volta dos seus LPs originais no mercado de colecionadores.
Actualmente os África Negra são seis pessoas (voz, duas guitarras, bateria, baixo e percussão), sendo que dois dos membros fazem parte da formação original, o vocalista João Seria e o guitarrista Leonildo Barros, e será este grupo que se apresentará em Portugal, pela primeira vez desde a última visita perdida algures na memória dos anos 80. Para todos os lusófonos de coração este Verão, chegou a hora deste reencontro há muito devido com este património vivo da música e cultura São Tomense.
Concerto: África Negra
Local: B.Leza
Data: 31 de Julho
Horário: 22h00
Entrada: 10€
Bilhetes disponíveis na Ticketline em http://ticketline.sapo.pt/evento/africa-negra-8808 e nos locais habituais
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23 de Julho - FMM Sines 
2 de Agosto - Wassermusik Festival , Berlim

 

Festim aquece motores para a melhor edição de sempre!

6 municípios vizinhos, 7 grandes nomes das músicas do mundo, 16 concertos
Richard Galliano abre, a 6 de Junho, a 6ª edição do Festim!


O acordeonista Richard Galliano abre o Festim a 6 de Junho, em Águeda.

 


De 6 de Junho a 25 de Julho, Richard Galliano (França), Yves Lambert (Canadá), Bollywood Masala Orchestra (Índia), Coetus (Espanha), Fanfare Ciocarlia (Roménia), The Skatalites (Jamaica) e Mehdi Nassouli (Marrocos) passam pelos municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Ovar, Estarreja e Oliveira do Bairro, num total de 16 concertos em rede, no incomparável cartaz da 6ª edição do Festim - festival intermunicipal de músicas do mundo.

O Festim tem a honra de abrir a sua 6ª edição com Richard Galliano, num concerto único no Espaço d'Orfeu, em Águeda, no dia 6 de Junho. O acordeonista francês teve o mérito universal de abordar linguagens musicais pouco usuais para o acordeão, nomeadamente o jazz e a música clássica. No Festim, levar-nos-á por uma viagem musical à chanson française, à musette e também ao tango, género que tão intimamente partilhou com Piazzolla.
Ao longo dos seguintes fins-de-semana, num mínimo de dois concertos por grupo, a programação do Festim 2014 distribui-se pelas salas da região, como o Cineteatro Alba (Albergaria-a-Velha), o Centro das Artes e do Espectáculo de Sever do Vouga, o Cine-Teatro de Estarreja e o Quartel das Artes Dr. Alípio Sol (Oliveira do Bairro), bem como espaços ao ar livre: Parque Urbano (Sever do Vouga), Largo 1º de Maio (Águeda), Praça da República (Ovar) e Praia de Esmoriz (Ovar).

Com um singular modelo de programação em rede, numa parceria intermunicipal que envolve os Municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Ovar, Estarreja e Oliveira do Bairro, juntamente com o apoio oficial da Secretaria de Estado da Cultura / Direcção-Geral das Artes, o reconhecimento desta iniciativa da d'Orfeu Associação Cultural consolida-se cada vez mais como uma imagem de marca da região, tanto pela programação ímpar de artistas de projecção internacional, como pela crescente conquista e fidelização de públicos oriundos de diversas zonas do país. Igualmente a nível internacional, o Festim assume a sua marca, sendo o único membro português da rede europeia “European Forum of Worldwide Music Festivals”,

Toda a programação do Festim 2014 encontra-se disponível em http://www.festim.pt/, sítio oficial do festival. De 6 de Junho a 25 de Julho, é tempo de um grande Festim!


http://www.festim.pt/
http://www.facebook.com/dorfeu.festim

6 Junho a 25 Julho 2014  |  6ª edição
ÁGUEDA * ALBERGARIA-A-VELHA * SEVER DO VOUGA
OVAR * ESTARREJA * OLIVEIRA DO BAIRRO

Richard Galliano (França)
Yves Lambert (Québec, Canadá)     
Bollywood Masala Orchestra (Índia)
Coetus (Espanha)
Fanfare Ciocarlia (Roménia)
The Skatalites (Jamaica)
Mehdi Nassouli (Marrocos)


http://www.dorfeu.pt/
http://dorfeu.blogspot.com/
http://www.facebook.com/dOrfeuAC

 

Blind Zero - Best of 20 Anos: domingo, às 21h40, na RTP2

 

 

Domingo, às 21h40, na RTP2



Os Blind Zero estrearam o espetáculo Best of 20 Anos nos estúdios da RTP no Porto, em exclusivo para a Antena 3 e RTPPlay.
Ao vivo, a banda recordou as músicas mais emblemáticas das duas últimas décadas, num concerto singular que contou com a presença de convidados muito especiais.

E por que não é todos os dias que se comemoram 20 anos de carreira, além de música, neste programa especial poderemos ainda ouvir os músicos contarem o que mudou nas suas vidas desde o primeiro ensaio dos Blind Zero, em 1994.

Acompanhe uma das melhores bandas de rock portuguesas: Blind Zero, domingo às 21h40, na RTP2.

CINEMA EM JUNHO NA RTP2

Sábados à noite na RTP2



Em junho, os filmes de sábado à noite na RTP2 são da responsabilidade do realizador austríaco Michael Haneke. Haneke é um cineasta visionário e um dos mestres incontornáveis do cinema moderno, arrecadando por isso já muitos prémios que distinguiram as suas obras.

A Pianista (“La Pianiste”) – Sábado, dia 7 de junho
 
Erika Kohut, uma mulher solteira na casa dos 40, é professora de piano no Conservatório de Viena. Vive com a sua exigente e dominadora mãe, numa relação de mútua dependência. Erika tem comportamentos estranhos e mórbidos. Visita sex-shops, observa casais a fazer amor e mutila-se sozinha na casa de banho. Um dia, aceita um novo aluno, o jovem Walter Klemmer, jogador de hóquei no gelo e estudante de engenharia que está fascinado por ela. Porém, Erika vai arrasta-lo para uma relação amorosa demencial e perigosa que só pode ter um desfecho doloroso.
 
Realização: Michael Haneke
Com: Annie Girardot, Benoît Magimel, Georg Friedrich, Isabelle Huppert, Susanne Lothar, Udo Samel, Anna Sigalevitch, Cornelia Kondgen, Thomas Weinhappel
Argumento: Michael Haneke
2001, 125 min. França/Áustria



Nada a Esconder (“Caché”) – Sábado, dia 14 de junho
 
Georges, jornalista, recebe vídeos, filmados clandestinamente a partir da rua, em que aparece com a família, assim como desenhos perturbadores e difíceis de interpretar, e não faz a menor ideia da identidade do remetente. Pouco a pouco, o conteúdo das cassetes vai-se tornando cada vez mais pessoal, o que o leva a pensar que o autor o conhece há muito tempo. Georges sente que uma ameaça paira sobre si e sobre a sua família mas, como não é explícita, a polícia recusa-se a ajudá-lo.
 
Realização: Michael Haneke
Com: Daniel Auteuil Juliette Binoche Maurice Bénichou
Argumento: Michael Haneke
2005, 121 min. França/Áustria/Alemanha/Itália



O Laço Branco (“Das Weisse Band”) – Sábado, dia 21 de junho
 
Uma aldeia protestante da Alemanha do Norte, em vésperas da Primeira Guerra Mundial (1913/1914). Uma história de crianças e adolescentes, pertencentes a um coro liderado pelo professor da aldeia, e suas famílias: o barão, o gerente, o pastor, o médico, a parteira, os camponeses. Acidentes estranhos acontecem e, gradualmente, assumem o carácter de uma punição ritual. Quem estará por detrás de tudo isso?
Este filme foi distinguido com a Palma de Ouro em 2009
 
Realização: Michael Haneke
Com: Christian Friedel; Ernst Jacobi; Leonie Benesch
Argumento: Michael Haneke



Amor (“Amour”) – Sábado, dia 28 de junho
 
Georges e Anne são dois professores de música reformados que já passaram dos oitenta. Vivem comodamente num belo apartamento de Paris, têm uma vida cultural ativa e sentem-se felizes e realizados. Até Anne ter um acidente cardiovascular. Saída do hospital, paralisada de um braço e impedida de voltar a tocar, torna-se totalmente dependente dos outros. Os dias vão passando até que todos se apercebem que a doença também lhe afetou o cérebro e que ela caminha para uma demência progressiva. E é assim que, a braços com uma situação sem retorno, eles vão ter de aprender a lidar com o medo e com a consciencialização do fim que, inexoravelmente, se aproxima.
Filme, aplaudido pelo público e pela crítica no Festival de Cannes de 2012, tendo valido a Haneke a segunda Palma de Ouro. E foi o vencedor da 25.ª edição dos Prémios do Cinema Europeu, conquistando as quatro categorias principais: melhores filme, realizador, ator (Jean-Louis Trintignant, e atriz (Emmanuelle Riva).
 
Realização: Michael Haneke
Com: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert
2012, 127 min. França / Alemanha/ Áustria