“Guia para a Felicidade” é o nome da palestra que a apresentadora e o comediante vão partilhar com o público do Cine-Teatro de Estarreja este sábado, 19 de dezembro, a partir das 21h30.
Os atores vão vestir a pele de Alda e Paulo, personagens vindos diretamente de Huelva, Espanha, onde foram galardoados com o prémio “Melhor Palestra ao Nível da Pessoa Humana”. Agora no Cine-Teatro de Estarreja (CTE), a comédia “Guia para a Felicidade” promete muitas gargalhadas e a partilha de um método revolucionário para a satisfação conjugal que, de acordo com a dupla de oradores, é seguido por vários casais famosos.
Com texto de Sílvia Batista e Henrique Dias e encenação de Maria Henrique, a peça aborda várias temáticas essenciais da vida conjugal, estando este casal de motivadores pronto para apresentar, em palco, como se chega ao nirvana caseiro.
“Guia para a Felicidade” marca o regresso de Teresa Guilherme aos palcos. Conhecida pelo seu lado maternal e “casamenteiro”, a apresentadora e atriz regressa ao CTE depois de, em junho de 2005, ter levado a cena o espetáculo “A Partilha” incluído no programa de reabertura da sala de espetáculos estarrejense.
Domingo há matiné de cinema
“O Leão da Estrela” é o filme que entra no grande ecrã do CTE este domingo, dia 20. Com sessão marcada para as 17h, o remake da comédia homónima de 1947, conta com realização de Leonel Vieira e um pomposo elenco composto por Miguel Guilherme, José Raposo, Dânia Neto, Vítor Norte, Alexandra Lencastre, entre outros.
A versão de 2015 de “O Leão da Estrela” segue a estrutura, personagens e enredo do filme original de Arthur Duarte, sendo que na adaptação de Leonel Vieira o protagonista, Anastácio, trabalha nas Finanças e é um ferranho adepto dos Leões de Alcochete, clube que irá defrontar o Barrancos do Inferno.
“O Leão da Estrela” é o segundo filme da trilogia que o realizador Leonel Vieira dedica aos chamados “anos de ouro” do cinema português. O primeiro foi “O Pátio das Cantigas”, rodado em setembro passado no CTE.
Bilhetes à venda para o espetáculo “Guia para a Felicidade” e para o filme “O Leão da Estrela” na Bilheteira do CTE, no site da BOL - Bilheteira Online, lojas Fnac, CTT e El Corte Inglés.
Neste Natal, a PRAGMA Management e a Liz Garden, parceiro na área de decoração de espaços e jardinagem, associaram-se à Operação Nariz Vermelho. Esta parceria pretende recolher o maior número possível de fundos para esta associação de apoio a crianças internadas em situações difíceis.
Nesse sentido, a PRAGMA lançou um convite a todas as empresas e clientes residentes nos vários edifícios de escritórios que tem sob gestão para adquirirem Narizes Vermelhos, no valor unitário de 2€. As receitas reverterão na totalidade para a Operação Nariz Vermelho e o seu projeto Doutor Palhaço. Os Narizes adquiridos poderão ser utilizados na decoração de árvores de Natal dos escritórios e edifícios, mas também como oferta entre clientes e colaboradores.
Esta ação tem registado uma forte adesão, continuando disponível para quem ainda pretenda aderir e contribuir para esta nobre causa. As encomendas de Narizes Vermelhos podem ser feitas através do seguinte e-mail: encomendas@lizgarden.pt.
O espetáculo “Portátil”, do coletivo brasileiro Porta dos Fundos, terá sessão extra no Teatro Académico de Gil Vicente. Depois do sucesso de bilheteira para a sessão do próximo domingo (20 de dezembro), às 21:30, foi agendado e antecipado novo espetáculo para as 18:00 do mesmo dia. O grupo de humor brasileiro Porta dos Fundos regressa a Portugal para uma série de apresentações de “Portátil”, depois da digressão pelo Brasil, desde maio deste ano. O espetáculo de improvisação de 1:10 - com os atores Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Luis Lobianco e Gustavo Miranda - parte de uma conversa com a plateia e vai sendo construído com a ajuda dos espectadores. Um espetáculo “orgânico, diversificado, que passeia por diversos personagens, permitindo aos espectadores a oportunidade de testemunhar ao vivo, o processo criativo” do grupo de humor. Inspirados por um voluntário da plateia, o elenco cria uma narrativa própria que encena as memórias do entrevistado. No final, o resultado é um espetáculo feito pela plateia e para a plateia”. Porta dos Fundos já se tinha estreado em Portugal. Em 2014, apresentaram uma versão de palco do projeto, que começou em 2012 com curtos episódios de humor num canal do Youtube, na Internet. Em três anos de existência, o grupo tornou-se num fenómeno do humor brasileiro, atingindo os dois mil milhões de visualizações e mais de dez milhões de assinantes.
Numa emotiva cerimónia realizada ontem, dia 15 de dezembro, na Cinemateca Portuguesa em Lisboa, a Academia Portuguesa de Cinema, entregou o primeiro Prémio Bárbara Virgínia, à atriz Leonor Silveira.
Foi Bárbara Freitas, filha de Bárbara Virgínia, que reside no Brasil, quem entregou a Leonor Silveira o troféu, concebido pelo pintor e escultor Leonel Moura.
A galardoada agradeceu à família e aos amigos, em especial à sua mãe, sem esquecer o júri, a Academia Portuguesa de Cinema e a Cinemateca. Durante o seu discurso disse sentir-se muito honrada com a distinção e lembrou também que “a homenagem que lhe estava a ser prestada não era apenas a consagração de uma pessoa mas de muitas que a tornaram possível.”
Após a entrega do galardão foram exibidos um “work in progresso” do filme “Quem é Barbara Virgínia?”, realizado por Luisa Sequeira, e “Três Dias Sem Deus” (excertos) de Bárbara Virgínia.
Nos espaços públicos da Cinemateca os presentes puderam também acompanhar uma exposição sobre a vida e a obra de Bárbara Virgínia da responsabilidade da curadora Ana Mafalda Reis.
O Blog Cultura de Borla em parceria com a Rua das Gaivotas 6 tem bilhetes duplos para a peça Santos e Pecadores para o dia 18 de Dezembro às 21h30 aos leitores que de 5 em 5 participações:
Enviem um email para o culturadeborla@sapo.pt com a frase "Eu quero ver Santos e Pecadores com o Cultura de Borla" com nome, BI e nº de telefone:
CRIAR LISBOA– OPEN CALL PROJETOS ARTÍSTICOS FESTAS DE LISBOA ENVIO DE PROPOSTAS ATÉ 21 JANEIRO
Os miradouros - «pontes de vista» para uma cidade vasta e de águas imensas - são o meio de interação com os cidadãos e o lugar onde se poderá CRIAR LISBOA. As ideias de projetos artísticos devem ser enviadas até dia 21 de Janeiro.
O sucesso das edições anteriores do Andar em Festa, das Festas de Lisboa, tanto na qualidade das propostas recebidas, como em número de espetadores, fez com que a EGEAC decidisse renovar o desafio, agora denominado Open Call CRIAR LISBOA.
Desde 2013 já foram selecionados e produzidos 15 projetos em espaço público. O objetivo é incentivar criadores a desenvolver projetos de várias disciplinas artísticas para o espaço público da cidade, reivindicando estes «espaços» como meio de expressão e interação com os cidadãos.
Este ano, os espaços à disposição dos criadores para intervenção artística são os Miradouros de Santo Amaro, do Monte Agudo e do Largo das Necessidades, «pontes de vista» que nos oferecem uma visão privilegiada da imensidão das águas e a magnitude desta «cidade alargada».
Os três projetos artísticos selecionados, cada um com um orçamento global máximo de 12.500€, serão produzidos e apresentados ao público no mês de junho, no âmbito das Festas de Lisboa’16.
As propostas deverão ser enviadas por correio eletrónico para criarlisboa@egeac.pt ou por correio para a morada da EGEAC, até ao dia 21 de Janeiro, às 18 horas. Deverão ainda ter em conta questões como a normal circulação de pessoas, a segurança, a exequibilidade orçamental e outras normas presentes no regulamento disponível em anexo e no sitewww.egeac.pt.
No próximo dia 20 de Dezembro o Teatro Garcia de Resende em Évora recebe o espectáculo “Amigo Paredes”. Um Tributo ao génio da guitarra portuguesa Carlos Paredes. Os Bonecos de Santo Aleixo recebem e participam neste espectáculo que conta com a participação de Luísa Amaro, que durante dez anos acompanhou Carlos Paredes e foi também a primeira mulher intérprete de guitarra portuguesa a gravar um álbum em nome próprio, com Gonçalo Lopes, Paulo Sérgio e António Eustáquio que em conjunto formam o projecto ARGVS. Nas palavras da própria Luísa Amaro "Portugal teve no Carlos Paredes a genialidade, sensibilidade, poder de composição, uma belíssima técnica, e interpretação. Acrescentando ainda que Carlos Paredes era um “homem bom e muito simples” que deu uma contribuição muito importante para a cultura portuguesa.
Neste que já vem sendo um palco regular para os Bonecos de Santo Aleixo, estamos desde ontem e até dia 19 de Dezembro na Biblioteca Pública de Évora. A cidade recebe os Bonecos sempre com grande entusiasmo e expectativa, e os Bonecos apresentam-se sempre como se fosse a primeira vez. Sempre com a ambição de chegar a novos públicos, impactar as várias idades e acabar cada apresentação com espectadores rendidos e divertidos. Desta vez não será excepção. Todos os dias às 18h30 o Mestre-Salas, os Anjinhos, Adão e Eva e companhia vão estar na Biblioteca Pública com os seus Autos, Passos e Bailinhos.
Um espectáculo sobre os não-ditos, as expectativas e as imagens que projectamos nos nossos amigos.
Num jantar, que tinha tudo para dar certo, um equívoco serve de pretexto para que a máscara de cada uma das personagens caia. E é quando se observam, olhos nos olhos, que a verdadeira amizade que os une é posta em prova, num belíssimo texto que só é possível encontrar na alta comédia.
Auditório dos Oceanos, Casino Lisboa5ª a Sábado 21h30 I Domingos 17h Preços a partir dos 10€
Bilhetes à Venda na Fnac e na Ticketline
Quinta a Sábado: 21h30 I Domingo, 17h
Janeiro
9 Janeiro – Europarque, Santa Maria da Feira
21 Janeiro – TAGV, Coimbra
22 Janeiro – Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
29 Janeiro - Teatro Aveirense, Aveiro
30 Janeiro – CAE, Figueira da Foz
Fevereiro
TEATRO SÁ DA BANDEIRA5 a 14 FevereiroSextas e Sábados: 21h30 I Domingos: 16h30
A magia do Natal chega a Guimarães pela mão da Russian Classical Ballet
Este Natal, o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, acolhe o bailado “O Lago dos Cisnes”, interpretado pela Russian Classical Ballet. Uma narrativa encantadora com sumptuosos cenários, maravilhosos figurinos e um deslumbrante leque de melodias que compõem esta grande obra-prima do ballet clássico. No dia 26 de dezembro, às 21h30, a beleza da história contada pela coreografia de Petipa, ao som de Tchaikovsky, promete encantar a família inteira nesta quadra tão especial.
“O Lago dos Cisnes” é considerado o mais espetacular dos bailados clássicos, repleto de romantismo e beleza. A coreografia exige dos bailarinos destreza e aptidão técnica na representação das personagens da história. A sua popularidade é, por outro lado, motivada pela música inspirada de Tchaikovsky, mas também a coreografia inventiva e expressiva de Petipa que, relacionando o corpo humano com os movimentos de um cisne, revela a sua genialidade, o seu potencial coreográfico e criatividade artística.
“O Lago dos Cisnes” narra a história de um príncipe que procura a mulher ideal e vê na figura do cisne a suavidade e o encanto feminino, que o deixam loucamente apaixonado. Mas, na verdade, o cisne é a transfiguração de uma bela princesa encantada, um tema de verdadeira poética romântica.
Preservar a tradição do ballet clássico russo. Esta é a missão da Russian Classic Ballet, uma companhia composta por um elenco de bailarinos graduados que dão corpo a esta companhia que concilia a mestria e experiência de bailarinos internacionais, com a irreverência de jovens talentos emergentes no panorama da dança clássica.
Os bilhetes para “O Lago dos Cisnes” encontram-se à venda nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor e da Plataforma das Artes e da Criatividade, bem como nas lojas Fnac e El Corte Inglês, entre outros pontos de vendas, e na internet em www.ccvf.pt e oficina.bol.pt.
CONCURSO PARA COMPOSIÇÃO DA GRANDE MARCHA DE LISBOA 2016
Até 19 de Fevereiro está aberto o Concurso para a Grande Marcha 2016. A composição vencedora será interpretada por todos os participantes nas Marchas Populares das Festas de Lisboa’16.
A canção que se ouve na voz dos marchantes e que fica na cabeça dos lisboetas na véspera de Santo António é, há mais de duas décadas, resultado do concurso que abre a todos os autores a criação da Grande Marcha de Lisboa.
Mais uma vez, e como vem sendo tradição, a EGEAC convida todos os autores a criar a composição (letra e música) da Grande Marcha de Lisboa, que será interpretada por todas as marchas participantes nas várias exibições do Meo Arena e no desfile das Marchas Populares, na noite de 12 de Junho de 2016, na Avenida da Liberdade.
Este ano, a letra das composições deverá versar sobre o tema LISBOA e cumulativamente, sobre um dos seguintes temas: 170º Aniversário do nascimento de Bordalo Pinheiro 50º Aniversário da construção da Ponte Sobre o Tejo (Ponte 25 de Abril)
As propostas deverão ser entregues, de forma anónima, por correio para a morada da EGEAC até ao dia 19 de Fevereiro de 2016.
O prémio para a composição vencedora será de €5.500 (Cinco mil e quinhentos euros).
Todas as informações sobre o concurso da Grande Marcha de Lisboa devem ser consultadas no regulamento em anexo e em <http://www.egeac.pt> www.egeac.pt.
"Curtir Ciência" inaugura esta quinta-feira, 17 de Dezembro, às 15.00
Depois de superado o desafio de transformar uma antiga fábrica de curtumes, o Centro Ciência Viva de Guimarães - Curtir Ciência abre portas esta quinta-feira, 17 de Dezembro, às 15.00. Na cerimónia de inauguração estará presente a Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo.
"Curtir Ciência" irá ocupar o espaço da emblemática fábrica Âncora, na zona histórica de Couros. Quase duas dezenas de módulos nas áreas da Robótica, Electrónica e Instrumentação, Realidades Virtuais, Engenharia, Reciclagem, Arqueologia e História irão guiar visitantes de todas as idades numa viagem vibrante pelo conhecimento.
Este será o 20.º Centro a integrar a Rede Ciência Viva e vem dar uma segunda vida a um ícone da tipologia construtiva de Couros. Num edifício que é um marco da arquitectura pré-industrial, nasce agora um moderno centro de ciência e tecnologia, com exposições interactivas e uma programação intensa para crianças e crescidos.
Este projecto, que representa um novo fôlego de conhecimento na cidade-berço, é uma parceria entre a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, a Câmara Municipal de Guimarães e a Universidade do Minho.
Comemorações dos 80 anos da Jornada de Agitação e Luta de Fevereiro de 1935, no Barreiro
O REGRESSO DAS BANDEIRAS
Cerca de uma centena de pessoas assistiu à entrega simbólica de documentos, em suporte digital, de todo o “Processo das Bandeiras” (da PVDE), do acervo documental do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, pelo Diretor Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Silvestre Lacerda, ao Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho.
Este evento marcou o ponto de partida das comemorações, que se irão prolongar durante o primeiro semestre de 2016, no âmbito das Comemorações dos 80 anos da Jornada de Agitação e Luta de Fevereiro de 1935. Para 28 de fevereiro do próximo ano, está já agendada a inauguração da exposição temporária “O Regresso das Bandeiras”, no Espaço Memória.
A iniciativa resulta de uma parceria entre o Município do Barreiro e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, assinalando um momento icónico da história do Barreiro do século XX, da resistência ao "Estado Novo" e da luta pela liberdade.
Na cerimónia, destacaram-se as presenças de Joaquim José da Costa, filho de Acácio José da Costa, um dos envolvidos no “Processo das Bandeiras”, seus familiares, para além dos vereadores do Município do Barreiro e eleitos do Concelho.
“O episódio das Bandeiras vermelhas será recordado durante gerações, tornando-se parte inalienável da memória coletiva do Barreiro e do seu papel na resistência ao regime fascista do Estado Novo”, ressalvou com emoção o Presidente da CMB (intervenção em anexo).
Afirmou que, neste episódio, “encontra-se a coragem de um punhado de barreirenses que afrontou a ditadura do Estado Novo, com a determinação do Partido Comunista Português para, num quadro de duríssima repressão, levar a efeito, na vila operária do Barreiro, uma surpreendente ação de agitação e protesto”.
Valorização da Memória
Na opinião do Presidente, “cabe a cada um de nós todos travar a batalha da memória. Cabe às autarquias dar voz ao tempo e aos homens também dando memória aos que não têm ou aos que vão vendo a sua memória apagada e esquecida. É uma das funções deste Espaço Memória”. Este equipamento municipal permite “assumir o papel ativo que defendemos para a Administração Pública na assunção de políticas de valorização da memória. Entendemos que passos como este assumem importância na formação da nossa identidade e na compreensão dos alicerces do projeto societário nascido da Revolução de Abril”.
Acredita que “só valorizando a memória tornamos possível e efetiva a transmissão às gerações presentes e vindouras de experiências e percursos culturais concretos”.
O Regresso de um “tempo de bandeiras”
O “Processo das Bandeiras” foi descoberto há pouco tempo, segundo informou o Presidente do Município. “Trabalhando outros temas, encontrámos na Torre do Tombo, nos arquivos da PIDE, o ‘Processo das Bandeiras’ como ficou conhecido. Lá estava tudo. Os processos da polícia, os folhetos, as tarjetas, os relatos e, por último, algumas das bandeiras. A nossa memória estava ali. À nossa frente. Era imprescindível resgatá-la”.
Para Carlos Humberto de Carvalho, “mais que o regresso daquelas bandeiras em concreto ao local do seu nascimento enquanto atores duma história identificável e contável, assinalamos o regresso de um tempo de ‘bandeiras’. Tomamos o nosso lugar na construção de um tempo de ideias. Assumimos a urgência de um tempo de ideais. Partimos para o debate. Qual o papel da memória? Como nascem e vivem os mitos, e o que são? Que força e que sentido há neste ato praticado há 80 anos? Que contextos, então e agora? Que agentes? Que caminhos? Que resistências?”.
Ao longo dos próximos seis meses estão previstas múltiplas iniciativas. Pretende-se, segundo o Autarca, “interrogar esta História, esta memória e a sua experiência em múltiplas perspetivas: através do teatro, do cinema, da música, da história, da antropologia, do debate, da visita aos locais que assistiram ao desenrolar destes acontecimentos, do conhecimento da vida dos envolvidos, aprofundando o fundo de história oral do Barreiro e aproveitando todas as linhas de trabalho ao nosso alcance”.
O programa das comemorações será divulgado em breve. O Autarca anunciou para já, no 28 de fevereiro de 2016, a inauguração da exposição temporária “O Regresso das Bandeiras”, no Espaço Memória.
Agradeceu a Silvestre Lacerda a ideia que está na origem deste ato inaugural – “a entrega simbólica do ‘Processo das Bandeiras’, para que o Município do Barreiro possa, igualmente, disponibilizá-lo a investigadores, estudantes e interessados na História”.
O Autarca expressou, igualmente, o seu reconhecimento ao grupo de teatro Vigilâmbulo Caolho que distribuiu “clandestinamente e com grande sucesso, propaganda revolucionária convidando a população para o evento de hoje”.
Estendeu os agradecimentos ao “movimento associativo local, à comunidade educativa, aos meios universitários, às organizações de trabalhadores, aos familiares de intervenientes diretos nestas ações de há 80 anos, entes públicos e privados”.
“Era possível a resistência, era possível acreditar que os tempos poderiam mudar”
Silvestre Lacerda recordou a repressão de 8 de janeiro de 1934, quando o Barreiro e todo o movimento operário português “foi decapitado relativamente ao que era uma boa parte importante dos seus dirigentes. Assim, Salazar, a Polícia Política e os responsáveis do Regime entendiam que estava tudo sereno. Mas não era assim para quem tem aspirações pela liberdade, lutava por ela”.
O que se passou na noite de 28 de fevereiro para o dia 1 de março de 1935 foi, para o Diretor, a “vontade e a capacidade de demonstrar que era possível a resistência e que era possível acreditar que os tempos poderiam mudar”.
Acredita que se deve olhar o futuro tendo “por base a experiência que foi sendo acumulada, que vamos encontrando para ganhar nova forma de intervir”.
Apesar de hoje ser possível encontrar partes das bandeiras, mas mais do que o seu valor simbólico, é na opinião de Silvestre Lacerda “a nossa capacidade de reinterpretar, é a necessidade de hoje termos bandeiras e de necessitar delas. Tendo em conta as reivindicações daqueles homens, ainda somos capazes de hoje reconhecer mensagens e horizontes por cumprir”.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
“Uma casa de memória. Tem como uma das suas missões salvaguardar e preservar essa memória”. Foi assim que o seu Diretor definiu o funcionamento desta entidade, que ao ser desafiada pelo Municipio do Barreiro para participar neste projeto “fá-lo na sua missão: difundir, divulgar para ajudar a preservar, ajudar a conhecer e a amar esse património, não é só cultural é mais alargado, é património nacional e esse deve estar ao serviço das populações”.
Relativamente aos documentos que entregou à CMB, caracteriza-os de “vozes distorcidas pela PVDE. Esta não é a verdade, é uma das perspetivas de quem quer avançar com o conhecimento. Se não formos capazes de dar voz aos que tinham voz mais fraca, naturalmente toda a escrita da História será feita por outros que no momento exato estiveram do outro lado”.
Finalizou a sua intervenção felicitando o Município do Barreiro pela “iniciativa meritória”.
A História
Na madrugada do dia 28 de fevereiro de 1935, vários homens colam por toda a Vila do Barreiro e Lavradio manifestos e tarjetas “Contra a guerra imperialista e o fascismo”, “Contra a ditadura de Salazar”, pelo apoio ao “Socorro Vermelho Internacional”, pela “Jornada de 7 horas sem redução de Salários”, entre outras reivindicações.
Colam em portas, paredes, janelas, candeeiros. Às centenas.
Na mesma noite, são hasteadas bandeiras vermelhas em algumas das principais ruas do Barreiro. Na Rua Heliodoro Salgado, na Rua Joaquim António Aguiar, na Avenida da Bélgica (atual Av. Alfredo da Silva), na Rua do Campo do Luso e na Rua Miguel Bombarda (Lavradio).
Mas a maior surpresa guarda-a a Chaminé das Oficinas Gerais da CP. Bem no topo dos seus 36 metros, ondula ao vento uma bandeira vermelha na qual alguém pintara uma foice e um martelo e as iniciais P.C.P.
Durante as últimas horas da madrugada, a GNR percorrerá todo o Concelho. Arrancando tarjetas e manifestos, cobrindo com cal as inscrições nas paredes, retirando as bandeiras hasteadas nas ruas.
Restará a Chaminé das Oficinas Gerais da CP. Aí, a bandeira vermelha hasteada durante a noite lançará o seu desafio até meio da manhã. Toda a Vila a vê. Não há como apagá-la.
Serão precisas equipas técnicas da C.P. para subir os 36 metros da Chaminé das Oficinas Gerais e retirar a bandeira vermelha.
Nos dias que se seguiram ao 28 de fevereiro de 1935, a GNR, a PVDE e as Autoridades Administrativas prenderam, interrogaram e acusaram 35 cidadãos de participação no “Processo das Bandeiras”.
Acácio José da Costaé um dos envolvidos.
Preso a 16 de março de 1935, ele passa pela prisão do Aljube, pela Fortaleza Militar de Peniche, novamente pelo Aljube e, finalmente, por Caxias.
É julgado e condenado no Tribunal Militar Especial de Lisboa em 15 de fevereiro de 1936.
A pena: 18 meses de prisão correcional e perda de direitos políticos por 5 anos.
A 6 de setembro de 1936, depois de integralmente cumprida a pena de prisão em que fora condenado, Acácio José da Costa verá serem-lhe aplicadas “medidas de segurança” que, na prática, permitirão à PVDE mantê-lo em prisão preventiva indefinidamente.
Em 17 de outubro de 1936, ele integrará as primeiras levas de presos políticos enviados para a Colónia Penal do Tarrafal, onde passará os 8 anos seguintes.
Em Cabo Verde, cruzar-se-á, entre muitos outros, com J. Nobre Madeira, outro barreirense, e Bento Gonçalves, Secretário-geral do Partido Comunista Português, que perderá a vida no Tarrafal em 1942.
Acácio José da Costa será devolvido à liberdade em 12 de outubro de 1944, nove anos e sete meses depois da sua detenção.
A Parques de Sintra arrancou em dezembro com as obras de recuperação do Jardim Botânico nos Jardins do Palácio Nacional de Queluz. Esta intervenção, com um investimento superior a meio milhão de euros, faz parte do projeto global de recuperação do Palácio Nacional e Jardins de Queluz, cujas obras arrancaram em janeiro de 2015.
Os Jardins do Palácio Nacional de Queluz foram, desde a sua construção, considerados como espaço privilegiado de lazer para a Família Real, constituindo hoje um importante valor paisagístico e patrimonial, sendo considerado um dos mais interessantes jardins históricos europeus.
Esta intervenção surge ainda como resposta à urgente necessidade de recuperação, salvaguarda e valorização do património cultural e paisagístico que os jardins de Queluz compreendem, com o intuito de lhes devolver o caráter lúdico e interpretativo, respeitando a sua composição e a sua relação com a envolvente.
A intervenção
A intervenção tem por principal objetivo a reconstituição do Jardim Botânico setecentista, cujo traçado e composição se perderam completamente na sequência das cheias de 1983. Para este efeito iniciou-se em 2013 uma investigação histórica, incluindo um levantamento documental e iconográfico de todas as estruturas do jardim que culminou com a identificação da original coleção botânica. Procedeu-se também à recolha e análise de vários elementos que se encontravam dispersos, tais como troços de balaustrada, lagos, cantarias, estatuária e lajes. O projeto tem sido igualmente acompanhado por sondagens arqueológicas, cuja informação tem apoiado as tomadas de decisão.
Desta forma, a intervenção incluirá a reconstrução das quatro estufas dedicadas ao cultivo de ananases, tendo por base a existência de várias cantarias originais, assim como a informação histórica disponível (desenho original, levantamentos cartográficos, fotografias e descrições documentais).
Sabe-se que o ananás, espécie vegetal exótica e colecionável no século XVIII, cultivava-se nestas estufas e era motivo de grande orgulho para a Casa Real Portuguesa. Prova desse orgulho é a presença de ananases quer nos elementos decorativos de cantaria quer nos revestimentos azulejares do interior do Palácio Nacional de Queluz.
Pretende-se, igualmente, proceder à reposição do lago central setecentista lavrado em cantaria, da estatuária, das balaustradas, dos pavimentos eda coleção botânica que será em parte disposta pelos canteiros do jardim, canteiros centrais das estufas e floreiras dos alegretes.
Serão ainda feitas obras de conservação e restauro de outros elementos pré-existentes como paramentos, cantarias, muretes decorativos do pórtico de entrada, muros, revestimentos em reboco, bancos, alegretes, azulejos, esculturas e plintos. Também a rede de infraestruturas será dimensionada, para dar resposta às necessidades ao nível da energia, abastecimento de água e drenagem.
Os trabalhos em causa não implicam a interrupção dos percursos de visita, pretendendo-se, pelo contrário, e de acordo com a política habitual de “Aberto para Obras” da Parques de Sintra, que os visitantes acompanhem o progresso das intervenções. Será portanto possível, dentro do respeito pelas regras de segurança, assistir aos trabalhos, bem como aceder à informação sobre os mesmos e, dessa forma, melhor avaliar e reconhecer o esforço necessário para a intervenção em espaços com este tipo de sensibilidade e relevância histórica.
Além da intervenção no Jardim Botânico, com conclusão prevista para o próximo semestre, a Parques de Sintra procederá em breve ao restauro do Jardim de Malta, à recuperação do Bosquete, da Cascata, da rede de caminhos e da plantação de barreiras verdes para proteção visual da envolvente. Em curso está ainda a revisão e melhoria do sistema de águas no que diz respeito a fontes, lagos e à rega.
O Fluviário de Mora abriu portas para receber novos moradores, um total de 12 novos peixes de água salgada que habitam agora naquele espaço.
Doze novas razões para conhecer ou voltar a visitar aquele que foi o primeiro grande aquário de água doce na Europa, criado a 21 de Março de 2007.
Os novos habitantes do fluviário são duas raias (Raias undulata), quatro corvinas (Argyrosomus regius) e seis pargos (Pagrus pagrus).
Para além de conhecer as novas atracções, não perca a oportunidade de ver todos os outros animais do Fluviário, como as lontras ou conhecer o tanque que alberga peixes gigantes. Ou, então, participar no programa “O Mistério de Natal” feito especialmente para esta época natalícia, com actividades para todas as idades.
Ao fim de oito anos, por onde passaram mais de 730 mil visitantes, crianças, famílias, escolas e outros grupos, o Fluviário de Mora continua a inovar e a renovar-se como a maior e mais reconhecida instituição em Portugal, e também na Europa, de divulgação do maravilhoso mundo dos Rios e dos Lagos.
Com mais de 500 exemplares de 55 espécies, continua a valer a pena visitar e revisitar o Fluviário de Mora.
Exposição de Ana Lima-Netto prolongada até 16 de dezembro
A exposição experimentalista de Ana Lima-Netto, “Do Banal ao Sublime”, patente na Galeria António Prates, em Lisboa, será prolongada até ao dia 16 de dezembro.
Centenas de pessoas, entre as quais alguns dos mais conceituados críticos de arte portugueses, têm visitado os trabalhos mais recentes da artista, ficando agradavelmente surpreendidas com a qualidade formal das peças através da transformação criativa de materiais banais, como esfregões inox e cola de obra.
Nas palavras da artista “É gratificante verificar que esta minha mostra experimentalista tem sido muito bem recebida pela crítica e pelo público. De qualquer forma estava consciente das suas qualidades. O trabalho não é de todo vazio ou silogístico... E mesmo sendo apelativo á retina, é sobretudo um trabalho reflexivo e controverso, uma vez que produz novas perspetivas e propõem o repensar de conceitos.”
A Galeria António Prates situa-se na Av. António Augusto de Aguiar, nº 58D, em Lisboa, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira entre as 11h00 e as 20h00.
Todas as terceiras quartas-feiras do mês, com a presença dos autores.
Programação de Gonçalo Tocha
Cinema Agora porque os filmes estão a desaparecer dos lugares comunitários. Cinema Agora porque a experiência colectiva da exibição de um filme é insubstituível. Cinema Agora porque a programação está mais atenta ao cinema contemporâneo. Cinema Agora porque sejam realizadores novos, velhos, iniciados ou calejados queremos filmes que o sejam enquanto experiências iniciáticas. Cinema Agora porque o espaço de exibição é dado aos autores para apresentarem os seus filmes, condição cine qua non. Cinema Agora porque o cinema é vida multiplicada e vivida vezes sem fim - no ecrã.
Dezembro Dia 16, às 21h30 | Entrada Livre
Realizador MANUEL MOZOS Manuel Mozos nasce em 1959 em Lisboa. Estuda História e Filosofia antes de ingressar na Escola de Teatro e Cinema, onde se especializa na área de montagem. Em 1989, realiza o seu primeiro filme Um Passo, Outro Passo e Depois… Depois de Xavier (1991), a sua primeira longa-metragem, divide o tempo entre ficção e documentário, onde cria um capital trabalho de reflexão sobre a história do cinema português e a cidade de Lisboa. É um dos mais importantes realizadores portugueses da sua geração.
-A Glória de Fazer Cinema em Portugal, 16 min, 2015 A 18 de Setembro de 1929, José Régio escreveu uma carta a Alberto Serpa onde manifestou a vontade de fundar uma produtora para começar a fazer cinema. Para isso, pediu-lhe que contactasse um amigo seu, que teria uma câmara de filmar. Durante quase noventa anos, nada se soube sobre o desfecho deste pedido: nunca se encontrou qualquer resposta de Serpa à carta e Régio não terá voltado a mencionar o assunto. Porém, a descoberta de velhas bobines no espólio de um coleccionador, parece conter o desfecho desta história.
-Cinzas e Brasas, 20 min, 2015 A escritora Dulce Maria Cardoso declarou que “A beleza pode ser um pretexto para ser louco. A beleza e a solida?o”. Nesta curta-metragem todos estes “elementos” sera?o expostos: a solida?o, a beleza, a loucura e Dulce Maria Cardoso. O pretexto para que isso acontec?a e? um outro reencontro: o reencontro, num futuro ainda distante, de uma paixa?o desvairada e insustenta?vel: aquela que existiu entre Dulce Maria Cardoso e o Rui, sobre quem ela escreveu naquele seu primeiro romance.