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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Workshop “Small Tokyo” | Como projectar uma casa japonesa

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Explorar o conceito de habitar no Japão, num percurso que vai das formas tradicionais à arquitectura contemporânea, é a proposta do workshop “Small Tokyo – Projectar uma ‘casa japonesa’”, que se realiza no Museu do Oriente no sábado, 21 de Maio.

 

O workshop começa com uma introdução teórica, que segue cronologicamente a arquitectura no Japão desde o pós-guerra até à actualidade, marcada por figuras como os vencedores do prémio Pritzker, Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, ou mesmo Sou Fujimoto, com quem o formador de “Small Tokyo”, o arquitecto João Almeida e Silva, teve oportunidade de trabalhar.

 

Com Tóquio como caso de estudo, a relação entre indivíduo, casa e cidade, na perspectiva do habitar é o ponto de partida para um exercício prático. Os participantes vão projectar um objecto habitável - uma casa -  através de desenho, maquetas ou outros modelos tridimensionais. Estas casas serão idealizadas em função de um habitante-tipo – real ou ficcional – ligado à cultura japonesa, desde heróis de manga ou samurais a modestos ‘salary man’. As casas idealizadas serão em seguida conjugadas numa lógica de construção de cidade.

 

“Small Tokyo” propõe uma análise e um exercício de projecto em torno do habitar no Japão, revelando a íntima ligação entre tradição e contemporaneidade que atravessa a sociedade nipónica, e como esta se manifesta na arquitectura.

 

João Almeida e Silva (Tondela, 1980), é arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (2005) e doutorando na mesma instituição (desde 2013). Colabora, desde 2003, com diversos ateliês, destacando-se Balonas & Menano e Sou Fujimoto Architects e exerce arquitectura em regime liberal desde 2005.

Em 2013, foi bolseiro da Fundação Oriente com o projecto ‘Futuro Doméstico Primitivo’ que visava o estudo do doméstico japonês através do trabalho do arquitecto japonês Sou Fujimoto, caso de estudo e mote para um conjunto de iniciativas subsequentes. Colabora com o Serviço Educativo da Fundação de Serralves desde 2015.

 

Workshop “Small Tokyo”

21 de Maio

9.30-13.30 | Sessão teórica   14.30-18.30 | Sessão prática Preço: € 40,00/ duas sessões ou € 25,00/ uma sessão Participantes: mín. 10, máx. 20

 

Museu do Oriente, Avenida Brasília | Doca de Alcântara (Norte) | 1350-362 Lisboa

Tel.: 213 585 200 | E-mail: info@foriente.pt

www.museudooriente.pt

Festival CONDOMÍNIO ocupa Lavadouro das Francesinhas | 22 Maio entre as 15h e as 23h

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A 22 de Maio, no segundo dia da 7ª Edição (que acontece com atraso devido ao mau tempo que se tem feito sentir), o CONDOMÍNIO convida a visitar o Lavadouro das Francesinhas, situado no Bairro da Madragoa. Após a Junta de Freguesia da Estrela lhe ter proposto a reapropriação temporária deste espaço, o CONDOMÍNIO decide fazer do lavadouro casa por um dia: para além da habitual dinamização de actividades culturais e artísticas, foram criados projectos site-specificque tomam como inspiração o espaço onde se situam, contribuindo para a preservação da memória e para uma reinterpretação do espaço do Lavadouro. Esperamos que a lembrança conduza à reabilitação e impeça a continuação da sua degradação, fugindo aos planos de demolição que há tantos anos se anunciam em conjunto com a ameaça de encerramento.

 

Pela história, pela memória, pela beleza, quem sabe pela teimosia e pela resistência, gostaríamos de contar com todos vós, no domingo dia 22 de Maio, entre as 15h00 e as 23h00, para em conjunto celebrarmos um espaço típico da Lisboa que, a pouco e pouco, evolui e se modifica.

Paisagens da China e do Japão para conhecer no Museu do Oriente | Dia Internacional dos Museus | 18 de Maio | Gratuito

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O Museu do Oriente celebra o Dia Internacional dos Museus, 18 de Maio, com um programa de visitas, para adultos e crianças, que convida a descobrir “Paisagens Culturais” nas colecções do Museu. As actividades e a entrada no Museu são gratuitas neste dia, convidando ainda a ver as novas peças do acervo, já em exposição.

 

Partimos ao encontro destas paisagens, de outros tempos e lugares, nos biombos chineses e japoneses da exposição “Presença Portuguesa na Ásia”, algumas das peças mais emblemáticas do Museu.

 

Às 10.00, a visita-jogo “Biombos que revelam encontros”, para crianças a partir dos seis anos, propõe ler – como se de uma história ilustrada se tratasse – os biombos namban e perceber como foi o encontro entre portugueses e japoneses no século XVI. Mercadores, marinheiros, monges e músicos são algumas das personagens que vamos identificar e abordar.

 

O “Biombo de Itsukushima” é o convidado de honra da visita orientada que se realiza às 10.30, destinada a maiores de 16 anos. Para ver, uma animada cena da vida quotidiana japonesa, marcada pela presença de um cortejo muito singular.

 

Também para o público em geral [maiores de 16 anos], às 11.30, é a vez de explorar as paisagens de Macau e Cantão, representadas em dourado sobre fundos contrastantes, vemelho e preto, cada qual em sua face, no mesmo biombo. Os barcos, portos e figuras representados vão servir de ilustração à história daquele que foi um dos mais activos centros portuários do Sul da China, e através do qual se chegava aos mercados chineses do interior.

 

O grande navio negro – o kurofune –, a sua tripulação, as mercadorias que transportava, o cortejo que, em terra, ganha forma, os curiosos que acorrem ao porto, a curiosidade, o olhar atento, o pasmo de gestos e atitudes, estão reflectidos no biombo namban japonês, do período Edo (1615-1868), para conhecer na visita orientada que se realiza às 14.30. Trata-se de um registo simultaneamente sintético mas compreensivo, do encontro entre Portugal e o Japão, Ocidente e Oriente, nas vertentes do comércio, da religião, dos modos de vida e comportamentos.

 

“As paisagens em torno do edifício Pedro Álvares Cabral”, onde o Museu do Oriente está instalado, dá o mote à última visita orientada do dia, às 15.30. Observando o contexto em que se insere o edifício, vai falar-se da sua história, desde meados do século XX e da utilização como armazém frigorífico de bacalhau, até à actualidade.

 

Aproveitando a entrada gratuita na Museu, os visitantes podem ainda admirar as mais recentes aquisições do Museu, já em exposição. Tratam-se de duas caixas de rapé de fabrico chinês (dinastia Qing, período Qianlong - 1736-1795) e um altar doméstico japonês (Era Meiji: 1867-1902). De destacar as elegantes caixas de rapé, em cobre e esmaltes policromos. Destinadas ao mercado Europeu, estas peças aliam a mestria técnica dos artífices chineses da época aos motivos e formas apreciados durante o Rococó Europeu do século XVIII. Adquiridas com o apoio do Grupo de Amigos do Museu do Oriente, estas peças integram a exposição “Presença Portuguesa na Ásia” (piso 1).