As férias de verão convidam os mais novos a ocuparem os seus tempos livres com atividades coloridas e frescas, a condizerem com a estação do ano. Abraçar a alegria e andar de mãos dadas com a diversão é o que propõem os “Dominguinhos” do MAR Shopping em julho, que, para o proporcionar, não vão de férias! Em modo saudável é como se apresentam. E gatos e outros animais prediletos também já confirmaram presença. Curiosos?
Também em julho, no dia 2, uma inspiradora protagonista de palmo e meio, “Heidi”, apresenta-se nas sessões de cinema infantil gratuitas dos cinemas do MAR Shopping.
Agora com nova imagem e uma mascote – a preguiça com mais energia do universo –, os “Dominguinhos” são compostos por diferentes temáticas mensais e surgem da parceria com a Catavento, empresa da incubadora de indústrias criativas da Fundação de Serralves, que se dedica a projetos educativos. Aos domingos, entre as 11h00 e as 12h00, no corredor de Moda Infantil do MAR Shopping, Piso 0, acontece um leque de atividades gratuitas de lazer, numa simbiose perfeita de momentos alegres e educativos.
PROGRAMAÇÃO DOMINGUINHOS JULHO
Corredor Moda Infantil, Piso 0
Domingos, 11h00
Dia 3 | Teatro de fantoches: Eu nunca na vida comerei tomate!
O livro conta a história de Lola, que não gosta de comer ervilhas, cenouras, batatas, cogumelos, esparguete, ovos e salsichas e, em especial, que nunca na vida comerá tomate! Na hora da refeição, o paciente irmão vai juntar uma boa dose de imaginação a cada alimento, para tentar convencer Lola a comer. Será que ela vai mudar de ideias?
Dia 10 | Hora do conto: Adoro chocolate!
“Adoro chocolate” é uma história para leitores gulosos e apaixonados pelo chocolate. Com muito humor, apresenta um cardápio de delícias: sabores, cores, aromas e texturas que penetram nos nossos sentidos.
Dia 17 | Atelier de Culinária: Guloseimas frescas
Começa o calor e apetece mesmo saborear algo docinho e fresquinho! Vem descobrir o que irás confecionar! (Tarteletes com bolachas, natas e fruta)
Dia 24 | Teatro de fantoches: Gatos a bordo
Quando o gato Afonso ouve que está para chegar um barco de pesca com a maior apanha que já se viu, ele engendra logo um plano. É arriscado, ousado e envolve muitos gatos! Uma história de capa e espada sobre gatos piratas e uma quantidade enorme de peixes!
Dia 31 | Atelier: O que há na minha mão?
Realização de uma pintura a partir da mão que será transformada no animal preferido.
SESSÕES GRÁTIS DE CINEMA INFANTIL
2 de julho | “Heidi”
Considerado um clássico dos pais, agora para os filhos, a história da pequena “Heidi”, uma órfã, que vai viver para junto do seu avô nos Alpes Suíços e que, com o seu melhor amigo Pedro, partilha aventuras inesquecíveis no cenário perfeito das montanhas, será exibida na sessão gratuita de cinema infantil, a 2 de julho, no MAR Shopping. Quando Heidi é levada para a cidade para fazer companhia a Clara, uma criança paraplégica, a sua vida transforma-se. Embora de mundos muito diferentes, o primeiro encontro de Heidi e Clara é o início de uma marcante e comovente amizade. Baseado nos livros originais de Johanna Spyri, esta é uma história intemporal que inspirou, e continua a inspirar, gerações.
Os filmes iniciam-se às 10h30 e as entradas são válidas para crianças dos 3 aos 12 anos, obrigatoriamente acompanhadas pelo menos por um adulto, num máximo de cinco pessoas por grupo. Os bilhetes para as sessões grátis de cinema infantil, limitados a um total de 450 lugares, podem ser levantados no Balcão de Informações do MAR Shopping (piso 0), ao longo da semana anterior à exibição do filme, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 24h00. O regulamento da iniciativa pode ainda ser consultado no Balcão de Informações ou em www.marshopping.com
Centro Internacional das Artes José de Guimarães inaugura duas novas exposições
nas noites de 01 e 15 de julho
Peças do património da região, em diálogo com obras de artistas contemporâneos, fazem parte do novo ciclo expositivo do CIAJG
O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) inaugura um novo ciclo expositivo no próximo dia 01 de julho, às 22h00. “Objectos Estranhos: ensaio de proto-escultura” é o título da exposição que irá celebrar no CIAJG a riqueza do território e da comunidade vimaranenses. Na noite de 15 de julho, as portas do Centro voltam a abrir, desta vez para inaugurar a exposição “Caminhos de Floresta”. Um mês em cheio no CIAJG.
A exposição “Objectos Estranhos: ensaio de proto-escultura”, que inaugura na primeira noite do mês de julho, tem por objetivo reunir um amplo conjunto de peças do património religioso, popular e arqueológico da região de Guimarães, fazendo-as dialogar com peças de artistas contemporâneos.
Através da extensa paisagem de objetos expostos – que vão desde as pinturas de Mestre Caçoila até ex-votos em cera, passando por peças notáveis de alguns dos mais significativos espólios museológicos do Concelho, como é o caso de S. Torcato, S. Francisco ou Fermentões – pretende-se celebrar a riqueza, a pluralidade e a idiossincrasia de uma terra muito densa, através não só da reunião desses objetos mas, igualmente e sobretudo, de uma plêiade de convidados que, no âmbito e no interior da exposição, ajudarão a perceber as crenças, os hábitos e rituais que organizam a vida das pessoas.
Esta exposição, cuja curadoria pertence a f.marquespenteado e Nuno Faria, contará com obras de Mestre Caçoila e Musa Paradisíaca e ainda peças das coleções do Museu de Alberto Sampaio, Sociedade Martins Sarmento, Museu da Agricultura de Fermentões, Venerável Ordem Terceira de São Francisco, Associação Artística da Marcha Gualteriana, Igreja de São Domingos e obras gentilmente cedidas por colecionadores particulares.
Na mesma noite, aproveitando a ocasião, será ainda inaugurada a intervenção de Musa Paradisíaca e performance de Pedro Calapez no âmbito da exposição “Labirinto e eco”, patente no piso 1 do CIAJG. Recordamos que “Labirinto e eco” é o mote da atual montagem da coleção permanente. Durante o período de um ano, as salas do piso superior do CIAJG vão acolher um extenso e variado conjunto de intervenções de artistas contemporâneos, convidados a dialogar com os notáveis objetos da coleção de José de Guimarães e outros entretanto reunidos no acervo da instituição.
A segunda exposição, “Caminhos de Floresta [sobre arte, técnica e natureza]”, cuja inauguração está marcada para 15 de julho, às 22h00, propõe ao espetador uma reflexão sobre a arte. Para o filósofo alemão Martin Heidegger, de cuja obra o título desta exposição é pedido de empréstimo, a produção artística é uma forma de posicionamento do homem perante a natureza. Aqui pergunta-se o que significa produzir arte.
Esta exposição reúne, assim, um conjunto de aproximações e de diálogos com uma certa ideia de natureza, enquanto tematização do diverso, daquilo que nos é estranho, e de como a podemos vir a traduzir, a compreender e a habitar. O tronco de árvore, figura e presença arquetípica e paradigmática desta exposição e de uma extensa porção da criação artística, é corpo e casa, duplo e útero.
O eco da criação artística propaga-se pelos tempos, numa fascinante e misteriosa viagem que descobrimos com renovado espanto a cada visita que fazemos ao museu, a cada museu. No CIAJG não é diferente. Propõe-se uma experiência única de visita ou revisitação através do labirinto da história pelo próprio pé do espetador ou pela mão dos monitores do Serviço Educativo. Recordamos que o CIAJG encontra-se aberto ao público de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. Aos domingos de manhã, a entrada nas exposições é livre.
Vai decorrer de 15 a 17 de julho, no Largo da Igreja de São João Baptista, a I Feira Medieval do Lumiar, que oferece à cidade de Lisboa três dias de recriações históricas, música e animação.
Esta é mais uma iniciativa da Junta de Freguesia do Lumiar, integrada nas Comemorações dos seus 750 Anos, que de sexta a domingo traz ao Lumiar a recriação histórica da lenda da Relíquia de Santa Brígida, que se encontra, desde o século XIII até aos nossos dias, nesta freguesia.
A I Feira Medieval do Lumiar vai contar ainda com a presença de diversas bancas que recriam o ambiente medieval para a venda de artesanato e uma zona de alimentação. Vão estar a decorrer no largo da feira diversas atividades como música alusiva à época, malabarismo com fogo, animação do recinto, que inclui improvisações, rufos de tambores e cuspidores de fogo, saltimbancos, música moçárabe e danças do ventre, bem como um acampamento militar medieval, com treinos e combates apeados. A arte do encantador de serpentes, a arte da adivinhação, bem como um Cortejo Régio da Família Real e sua Corte pelas Terras do Lumiar, serão outros dos pontos altos destes três dias de regresso ao passado.
Como freguesia mais antiga do concelho de Lisboa, o Lumiar ambiciona trazer pessoas de todos os pontos do país, com o objetivo de dar a conhecer a sua história, as suas estórias e os seus 750 anos diversidade.
Em julho regressam as Conferências do Museu de Lamego/CITCEM. Na quarta edição, estará em discussão a importância da presença estrangeira na construção da história duriense. «Vindos de Longe: Estrangeiros no Douro» promete promover o debate num evento que se assume como um espaço de partilha e divulgação da atividade científica desenvolvida em torno do Douro. O encontro está marcado para o dia 15 de julho. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias.
Venha connosco dar um passeio botânico pela Mata da Machada. Iremos conhecer diversos habitats naturais e as espécies de plantas que aqui habitam. Também iremos conhecer as principais ameaças e, no âmbito do projeto Biodiscoveries, aprender algumas técnicas de controlo de invasoras. Juntem-se a nós para descobrir alguns segredos bem guardados desta área protegida.
Inscrição: As inscrições devem ser feitas apenas diretamente em: http://www.cienciaviva.pt/veraocv/, ou pela Linha Verde (gratuita) 800 912 070
Atividade gratuita
Sociedade Portuguesa de Botânica
Local de Encontro: Centro de Educação Ambiental da Mata Nacional da Machada e Sapal do Rio Coina
Rancho Folclórico no Mercado Municipal 1º de Maio a 16 de julho
“No Mercado Há…” é o mote para a atuação do Rancho Folclórico de Danças e Cantares da Região do Barreiro, no sábado, dia 16 de julho, pelas 10h30, no Mercado Municipal 1º de Maio.
O Mercado 1º de Maio está situado na Avenida Alfredo da Silva, Barreiro.
O Diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte, o Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, e o Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, participam no próximo dia 15 de julho, pelas 18h30, na Celebração Eucarística de Inauguração do Restauro do Órgão de Tubos da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Matriz da Vila de Torre de Moncorvo.
Uma intervenção promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte e Câmara Municipal de Torre de Moncorvo que representa um investimento de 80.700 Euros.
Os cantos litúrgicos da Celebração Eucarística estarão a cargo da Schola Cantorum da Catedral de Santarém, tendo David Paccetti Correia como organista e Pedro Rollin Rodrigues na direção musical.
Incluído pela Direção Regional de Cultura do Norte na candidatura «Património Religioso do Leste Transmontano» apresentada ao QREN/ON2, com o apoio do Município de Torre de Moncorvo, o atual processo de restauro do órgão de tubos teve início em 2013, com os trabalhos de conservação e restauro da caixa. Nesta intervenção foram incluídas, entre outras, ações de reforço estrutural, de desinfestação, de limpeza das policromias, além de pequenas reconstituições em zonas de lacuna, quer na talha, quer na pintura.
O restauro da componente funcional do órgão iniciou-se em junho de 2015. Consistiu, fundamentalmente, na recuperação de toda a sua mecânica e material sonoro histórico, bem como na reconstituição de peças em falta, dentro dos limites impostos pelas características da sua construção de origem. Foram substituídos apenas os acrescentos posteriores inadequados.
O restauro culminou com os trabalhos de montagem, harmonização e afinação final, por forma a reencontrar o caráter sonoro particular do instrumento.
Agora restaurado, pode o órgão histórico da igreja de Nossa Senhora da Assunção da Vila de Torre de Moncorvo resgatar o seu protagonismo como instrumento da Igreja por excelência, assumindo-se também como um meio de dinamização cultural e valorização turística da região.
A construção da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Matriz da vila de Torre de Moncorvo, iniciou-se em 1544. É uma obra maneirista, austera e de linhas severas, com contrafortes pronunciados e dominada pela exuberância e altura da fachada principal. O seu coro alto é tripartido, achando-se o órgão histórico no corpo central, com colocação lateral do lado da Epístola, e os foles no corpo sul.
Fontes documentais datadas de 1653 e de 1655 atestam já a existência de um órgão na Igreja no séc. XVII. A partir de meados do séc. XVIII, nos Livros da Câmara, são frequentes as alusões à compostura do órgão, até que, em 1776, o senado municipal decidiu a construção de um novo instrumento, aproveitando peças do anterior. A obra foi arrematada pelo mestre organeiro Miguel da Silva Brandão, de Coimbra. Em 1778 foi celebrado novo contrato com outro mestre organeiro, José António de Sousa, de Braga, que terá concluído a obra no mesmo ano, conforme inscrição descoberta no interior do órgão: “Para honra e glória de Deus Nº. Sº. e de sua May Santíssima, mandou fazer esta obra o Ilustre senado desta Villa da Torre de Moncorvo, por mim José António de Souza, da cidª. de Braga. Anno de 1778”.
O órgão foi sofrendo diversas reparações ainda no séc. XVIII, e, ao longo dos sécs. XIX e XX, alterações que modificaram as características distintivas da sua construção setecentista. Descobre-se no someiro um papel manuscrito, alusivo ao restauro de 1872, feito pelo mestre Layard (ou Bayard) Anatole Julian, e em 1955, sob a responsabilidade da DGEMN, foram nele realizados trabalhos de “beneficiação” a cargo da firma João Sampaio (filhos), Lda, de Lisboa.
Com a introdução de um moderno órgão eletrónico na igreja, o órgão histórico perdeu protagonismo, sendo progressivamente votado ao abandono e à degradação. Situação que presentemente se inverte.
Em concerto inédito, Selma Uamusse apresenta-se, a solo, no próximo dia 14 de Julho, pelas 23 horas, no Casino Lisboa. A versátil artista sobe ao palco central do Arena Lounge para interpretar os melhores registos do seu EP de estreia, no qual se destaca o tema "Ngono Utana". A entrada é livre.
Com uma singular versatilidade, poderoso instrumento vocal e genialidade performativa, Selma Uamusse brilhou já em diferentes géneros musicais, desde o rock (Wray Gunn), ao afrobeat (Cacique 97), ao gospel, soul e jazz (Gospel Collective, tributos a Nina Simone e Miriam Makeba). A intérprete enriqueceu o seu percurso artístico por diversos estilos, estando cada vez mais consciente do poder transformador político e social da música.
Fruto do seu talento, Selma Uamusse acompanhou, nos últimos dois anos, como voz convidada o musico Rodrigo Leão, e participou em discos e espectáculos de diversos artistas. O reconhecimento do seu talento estendeu-se a outras áreas artísticas, tendo emprestado, no último ano, o seu corpo e voz a diferentes projectos de teatro, cinema e artes visuais.
Selma Uamusse revela todas as suas qualidades no seu EP de estreia, do qual já foi apresentado o primeiro tema "Ngono Utana". Jovem e enérgica, Selma Uamusse viveu a sua adolescência durante o reinado do rock em Portugal, sendo conhecedora do cancioneiro tradicional do jazz e soul norte-americanos, perita no trabalho das suas referências vocais mais preciosas, intérprete de ritmos e sonoridades africanas, bailarina, não profissional mas feliz!
A mistura fina que Selma Uamusse oferece é bem mais do que um mosaico de colagens de todas as aventuras musicais e artísticas que viveu. É um organismo próprio, individual, identitário, de frescura e actualidade surpreendentes e inconfundíveis. Entre as machambas de Moçambique, os clubes nocturnos europeus e a energia do rock, entre línguas e ritmos tradicionais africanos e produção electrónica carregada de psicadelismo, entre timbilas e sintetizadores, encontram a música da Selma Uamusse!
Por imperativo legal, o acesso aos espaços do Casino Lisboa é reservado a maiores de 18 anos.
em Agosto no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
19h30 ENTRADA LIVRE
15 Julho - Pega Monstro (PT)
22 Julho - Luis Severo (PT)
29 Julho - Katuta Branka (CV)
5 Agosto - Norberto Lobo (PT)
12 Agosto - Evan Parker (GB)
19 Agosto - Inga Copeland (EE)
26 Agosto - Mike Cooper (GB)
No seu sétimo ano de vida, o ciclo de concertos Noites de Verão produzido e programado pela Filho Único, dividir-se-á este ano entre o Jardim do Palácio Pombal, sito na Rua do Século, e o Jardim das Esculturas do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, em Lisboa, mantendo-se o habitual horário das Sextas-feiras, pelas 19h30, e com entrada livre.
BONGA (AO) - 8 de Julho, Palácio Pombal
Bonga é um ícone vivo da cultura Angolana, referência incontornável do semba, música de onde partiu como compositor e vocalista para com um carisma, uma abertura de espírito herdeira do passado da rebita, da vibrância dos antigos Carnavais, da efervescência artística dos musseques de Luanda dos anos 50, edificar um património cultural e político fundamental na história dos últimos 40 anos de Angola e da diáspora africana lusófona. Nascido em 1943 em Porto de Kipiri, aos 23 tornou-se uma sensação do atletismo em Portugal ao serviço do Benfica. A partir de 1972 concentra-se unicamente na música, quando é descoberto o papel activo que desempenhava no trânsito de comunicações da resistência anti-fascista angolana e portuguesa, dado que podia viajar livremente devido ao seu estatuto de estrela desportiva, e no exílio forçado em Roterdão, grava o seminal “Angola 72”, com canções em língua quimbundo embargadas de nostalgia da sua terra e verve de denúncia firme, sob o signo do cancioneiro popular angolano e perfume da música cabo-verdiana. Ao longo do resto da década grava novos discos com novos colaboradores, muda-se para Paris e dá os primeiros passos em concertos nos Estados Unidos e Europa. Nos anos 80 decide reinventar-se, com a formação da banda Semba Masters, reunindo instrumentistas escolhidos a dedo para resistir contra a então tendência progressiva de desaparecimento da matriz tradicional do semba, tendo viajado e pisado palcos icónicos pelo mundo fora, do Apollo Theater no Harlem ao Olympia de Paris. Em Portugal, onde escolhe também passar a residir por alturas do LP “Reflexão”, é o primeiro artista africano a actuar a solo dois dias consecutivos no Coliseu dos Recreios, e o primeiro a arrecadar Discos de Ouro e de Platina pelo sucesso de vendas alcançado. Celebrados os seus 70 anos de vida em 2012, ano em que lançou o 30º álbum “Hora Kota”, coberto de afecto pelo manto do público inter-geracional que o segue ouvindo ou descobrindo, e coleccionando distinções institucionais e diplomáticas internacionais, é um privilégio contar com a sua actuação na abertura das Noites de Verão e na estreia no Palácio Pombal, acompanhado por uma banda com guitarrista, baixista, acordeonista e baterista, em que pontifica em voz e dikanza.
Banda de rock de Lisboa formada pelas irmãs Maria (voz e guitarra) e Júlia Reis (bateria e voz), afiliado à Cafetra Records que ajudaram a criar e desenvolver desde 2008. Lançaram há 4 anos o já clássico homónimo longa-duração de estreia, produzido por B Fachada. O seu segundo álbum intitulado "Alfarroba" foi lançado no Verão do ano passado pela editora londrina Upset The Rhythm. "Alfarroba" continua a ser, da raiz da sua intenção, imaginação e materialização, um álbum magnífico e raro. Directo, simples e comovente porque subtil, complexo e excitante. Das obras, seja em que campo das artes se quiser considerar, com uma perspectiva no feminino mais forte e emocionalmente inteligível sobre maturação individual e artística na sociedade portuguesa nos dias de hoje. No final de 2015 foi-lhe atribuído o prémio 'Disco do Ano' pela revista Time Out. Depois de um ano intenso de concertos em Portugal e no resto da Europa, sendo exemplo mais próximo na memória as datas em França e Espanha a abrir para os Animal Collective, as Pega aprestam-se a entrar em estúdio este Verão para gravação do terceiro álbum.
“Amêndoa Amarga” no 5 Para a Meia-Noite
LUÍS SEVERO (PT) - 22 de Julho, Palácio Pombal
No final do ano passado Luís Severo lançou o seu quarto longa-duração “Cara D’Anjo” na editora Gentle Records, o primeiro depois de ter deixado cair o anterior nome artístico O Cão da Morte, escolhido ainda na adolescência. Disco de uma sofisticada confiança, o seu charme e brilho que a tantos tocou parece resultar de o seu autor ter encontrado o equilíbrio optimizado entre talento e técnica que procurava para o seu ofício da escrita de canções, dado que persistência nunca lhe faltou. Já bebia (da) e convivia com a nova guarda - B Fachada, Samuel Úria, Pega Monstro -, e nos últimos anos conduzido pela sua sede de (se) conhecer, teve aulas de canto, continuou a comprar equipamento de estúdio, e mergulhou na história do fado, com particular paixão por Argentina Santos, descobrindo novas, clássicas, formas de trabalhar a língua, dicção e métrica. Reuniu uma banda, para o disco, e para tocar ao vivo o mais possível, e continuou a dar fogo à peça nos Flamingos, duo com o seu parceiro a Norte, Coelho Radioactivo. A voracidade da ideia musical com apetite pelo registo imediato deu lugar à sua noção de tempo na escolha assertiva de melodias e arranjos, com a consistência pela experimentação patente nos discos até aqui a dar lugar a um patamar interessante de aprimoramento que importa continuar a seguir.
“Cara d’Anjo”
KATUTA BRANKA (CV) - 29 de Julho, Palácio Pombal
Katuta Branca é um dos nomes mais importantes da história do Funaná, uma música que teve a sua origem com a chegada do acordeão a Cabo Verde no início do século XX, numa calculada mas algo falhada manobra de aculturação colonialista portuguesa. O que sucedeu, conta a tradição oral, foi que o camponês do interior de Santiago apropriou-se deste instrumento para cantar a sua alma e a sua vivência típica; com muita pobreza, revolta e contestação escondidas, motivos que levaram a que essa música fosse proibida em lugares públicos, durante a época colonial. Katuta é natural da ilha de Santiago, a viver na Damaia, Grande Lisboa, desde 1994, tendo mantido um trajecto sólido em festivais internacionais e no circuito europeu da diáspora cabo-verdeana ao longo dos anos. Os concertos de Katuta são descritos como uma festa que se gera sem pedir licença, pela força de character exuberante da música. Traz a cultura de Funaná consigo numa genuidade à flor da pele, “com aquele sentimento de liberdade eufórica que nos tempos coloniais apenas se podia sentir ao fim do dia, e fugindo aos ouvidos da Polícia. O Funaná nasceu e permaneceu como desafio à autoridade, à submissão.”, como qualificaram Celeste/Mariposa numa apresentação sua de Katuta.
“Trabadja Só Pa Mundo”
NORBERTO LOBO (PT) - 5 de Agosto, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Norberto Lobo é uma das figuras principais da música portuguesa contemporânea, um artista independente e empírico, que não ironiza sobre o futuro ou o destino, antes age, opera e materializa, e assim no curso da sua carreira vai transformando o seu mundo e o de quem o ouve e acompanha. Contando já 5 álbuns na sua discografia a título individual, sabe-se que depois do Verão poderemos contar com um novo trabalho. Sucederá a ‘Fornalha’ de 2014, a última vez que voltamos a realizar que a probabilidade de não existir mais território para as suas composições à guitarra é justamente desarmada pelo espaço prodigioso que a sua música continua a abrir e a oferecer-nos. Norberto continua a impulsionar a inovação no seu trabalho com uma subtileza tal que o parece revestir de uma espécie de liberdade fantástica, qualidade também presente nos Oba Loba, o sexteto de música criativa expandido a partir da parceria nuclear estabelecida com o baterista João Lobo, e que tem mantido uma preenchida agenda ao vivo pelo continente europeu nos últimos tempos.
Vídeo ao vivo no Serralves Em Festa 2016
EVAN PARKER (GB) - 12 de Agosto, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Evan Parker é, desde há praticamente 50 anos, um dos grandes saxofonistas e músicos em actividade. Nascido em Bristol em 1944, foi ao assistir a um concerto do quarteto de John Coltrane em 1962, momento que determinou - como diz - a sua “escolha de tudo”, que começou a ser para ele mais clara a área estética onde viria a investir. Ajudou de forma crucial a desenhar um jazz britânico, mas também europeu, que com os anos vem chamando de livre improvisação, termo e prática que passou a partilhar com uma pequena comunidade de contemporâneos seus nos anos 1960, e que entretanto se expandiu ao mundo inteiro. Olhar para a discografia de Parker é quase como ler a história desta herança e metodologia musicais que não cessam de se desenvolver e reconfigurar. Desde o seu arranque no Spontaneous Music Ensemble com John Stevens, à Music Improvisation Company, até à criação das editoras Incus (com Derek Bailey e Tony Oxley) em 1970 e Psi (agora sozinho, em 2001), Parker permanece um cidadão e artista ávido de uma exploração brava, obsessivamente coerente, feita sempre num impressionante ritmo de trabalho. Por entre mais de 200 registos discográficos e milhares de actuações, formações que mantém há quatro décadas e outras ad hoc, o solo permanece um dos veículos de expressão que lhe é mais querido. O supremo domínio que tem do som e do instrumento, de onde sobressai a sua conhecida técnica de respiração circular, da qual é absoluto virtuoso, permite-lhe trabalhar em extensas formas contínuas no saxofone. Dos raros históricos que permanece tão vital e inquisitivo hoje como na sua juventude, para uma actuação, como sempre quando se trata de Evan Parker, irrepetível.
“Monoceros” (1978, Incus, LP)
INGA COPELAND (EE) - 19 de Agosto, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Música a viver e trabalhar entre Londres e Tallin, natural de Samara, Rússia, com formação em artes visuais, tendo integrado o grupo Hype Williams com Dean Blunt onde se notabilizou especialmente pela sua voz doce embaciada. As suas produções de música electrónica desde o finamento do duo mestre do fascínio do intangível têm revelado uma estética insigne; exigentes, discordantes, contudo melódicas e sensuais. Tem também escolhido por publicar a sua música de forma independente, em edições de autor. O seu trabalho editado mais recente, sob a assinatura autoral de Lolita, é “Live in Paris”, lançado online em formato video em Março, chegando a versão em CD um par de meses depois. No filme, a artista é vista em palco cercada por uma projecção multiscreen do jogo de tabuleiro ‘Monopólio’, numa possível apocrifia conceptual sobre as dinâmicas sócio-económicas-culturais que se trocam em Londres, curiosamente com pontos de contacto interessantes com o actual veículo Babyfather de Dean Blunt.
Live in Paris
MIKE COOPER (GB) - 26 de Agosto, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Uma lenda viva e lúcida por direito próprio, o guitarrista britânico Mike Cooper tem vindo a desenvolver um legado nobre vai para cerca de 50 anos, cujo trabalho continua a ser indevidamente desmerecido. Os Rolling Stones convidaram-no para se juntar à banda no início da década de 60 (história verídica; Brian Jones ficou com o lugar), preferindo a imersão nas cenas de folk e blues do Reino Unido - andou em digressão com Michael Chapman e serandou nos mesmos círculos de Bert Jansch, Wizz Jones e Davey Graham, entre outros. Pela década de 70 progrediu de uma escrita de canções parametrizada por uma leitura pessoal do free jazz, para territórios informes de improvisação livre e, ainda mais tarde, experimentação nos campos da composição electrónica e instalação audio-cénica. O seu percurso caracterizou-se por uma elusividade e pontuação por sucessivas partidas e chegadas, resultando em diversas transformações sonoras. Possuidor de um conhecimento denso da música do Pacífico, tem levado a cabo desde a década de 80 um estudo apaixonado dos limites da exotica, produzindo música e vídeo, consumido positivamente pelas suas viagens. Nos últimos tempos alguns dos seus títulos descatalogados foram alvo de reedição, de “Places I Know/The Machine Gun Co With Mike Cooper” e “Trout Steel” na Paradise of Bachelors a “New Kiribati” na Discrepant, e lançou um novo original e elogiado duplo LP "White Shadows In The South Seas" no início deste ano, voltando a transpor a sua síntese da história do blues e da guitarra slide avant para um espaço mental distante e onírico adornado por ritmos tropicais e gravações de campo.
Em Águas de Moura, o fim de semana de 15 e 16 de julho convida a “Noites na Fonte”. Sempre a partir das 21h30, o espaço junto à fonte é palco de um programa de animação e convívio, numa organização conjunta da Câmara Municipal de Palmela, TELA – Teatro Estranhamente Louco e Absurdo, Associação de Festas de S. Pedro da Marateca, Grupo de Zumba de Águas de Moura, União Social Sol Crescente da Marateca (Cenourinhas) e Centro Comunitário de S. Pedro (Cáritas), com o apoio da União das Freguesias de Poceirão e Marateca.
As tasquinhas são presença permanente no programa, que conta, também, no dia 15, com dança oriental pelo grupo Flor de Lótus/ATA Dança e música com o grupo Sem Trambelho, e no dia 16, com a peça de teatro “Pranto de Maria Parda” pelos grupos Acção Teatral Artimanha e TELA e animação musical com João Vitorino e convidados.
O clássico filme da Disney, “A Bela Adormecida”, tem emissão marcada para dia 17 de julho, às 11h00.
Uma das princesas mais acarinhadas da Disney, a princesa Aurora, carrega a maldição que a vingativa Maléfica lhe lançou no dia do nascimento. Aurora está destinada a picar o dedo no fuso de uma roca de fiar e cair num sono profundo no seu 16º aniversário.
A única solução para quebrar o feitiço? Receber um beijo do seu verdadeiro amor.
Uma das histórias mais românticas da Disney, no dia 17 de julho, às 11h00 e dia 23 de julho às 19h00, no Disney Channel.