2017: O Ano de Mísia
Mísia celebra 25 anos de carreira em 2017 através de uma série de iniciativas, que olham tanto para o seu amplo percurso como para o futuro que se ergue à sua frente.
O Museu do Fado e a fadista programaram uma residência artística no Museu do Fado que tomará conta da segunda quinzena de Março. Com esta iniciativa Mísia pretende encontrar-se com o seu público para sessões íntimas ao final da tarde que cruzarão histórias de carreira, conversas sobre os seus álbuns, referências e interpretações de temas chave da sua já vasta discografia. Esta será uma oportunidade singular e imperdível para que a cantora se encontre com o seu público – o de sempre e o que agora a descobre – em momentos de partilha que dirão muito sobre a sua personalidade e forma de pensar a música, a arte e a vida.
Em paralelo a estes encontros, estará patente no Museu do Fado uma mostra fotográfica com curadoria do Museu do Fado e do fotógrafo que mais vezes olhou para Mísia e que a retratou como um moderno ícone do Fado, Francisco Aragão. A exposição inaugurará a 14 de Março e estará aberta ao público durante um mês.
A 19 de Maio, Mísia assinará outro importante momento deste ano de celebração. Um concerto dedicado aos “seus” poetas. A fadista apresentará um novo e requintado espectáculo, agarrando no rico repertório de fado tradicional e adornando-o com poemas escritos para a sua voz por alguns dos mais importantes poetas e escritores contemporâneos, como Agustina Bessa-Luís, Vasco Graça Moura, Lídia Jorge, Hélia Correia, Mário Cláudio, José Luís Peixoto, Paulo José Miranda ou José Saramago.
Autores de excepção, que viram na voz de Mísia um veículo ideal para os sentimentos contidos nos seus textos.
Há também neste especial espectáculo palavras que Mísia acredita que lhe definem o seu universo, escritas por autores já desaparecidos, mas eternamente presentes como Fernando Pessoa, Natália Correia, Florbela Espanca, António Botto, Mário de Sá Carneiro, Carlos Drummond de Andrade, Antonio Tabucchi ou a eterna Amália Rodrigues.
E tal como Amália antes de si, Mísia também soube construir uma extensa lista de relações entre a sua voz e a melhor poesia: são fundas as palavras a que a sua voz gosta de se entregar, é plena a sua devoção ao fado que aprendeu dos maiores símbolos do género e arrebatador o talento que possui para se posicionar algures entre a tradição e o futuro, mercê da sua busca incessante pelos melhores poemas para nos traduzirem a alma e os anseios, as paixões e os lamentos. Este espectáculo vai marcar o reencontro de Mísia com os "seus" poetas e da sua música com um público exigente e conhecedor que nunca se cansou de a aplaudir.