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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

ARQUITETO JOSÉ BAGANHA VENCE PRÉMIO RAFAEL MANZANO

 

 

O Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional tem como finalidade a divulgação da arquitetura clássica e tradicional e o seu valor de referencia na arquitetura do nosso tempo, em Espanha e Portugal.  A relevância da nova arquitetura tradicional é avaliada em intervenções de restauração de monumentos e de conjuntos urbanos de valor histórico e artístico, bem como em projetos de raiz, tão contemporâneos como respeitadores da identidade e cultura locais.

 

O arquiteto José Baganha é premiado pelo seu contributo, ao longo da carreira, com obras alicerçadas na conservação e na adaptação, às necessidades contemporâneas, das tradições construtivas e arquitetónicas próprias dos lugares em que se implantam.  O seu trabalho é considerado um modelo de atenção e respeito pelo contexto, quer este seja urbano e clássico ou rural e vernáculo,  sendo destacados os estudos sobre a arquitetura tradicional do Alentejo que serviram de base a muitos dos seus projetos construídos nesta região.

 

Segundo o júri do prémio “a  sua trajetória profissional mostra uma firme vontade de preservar e dar continuidade às tradições arquitetónicas das regiões em que trabalhou,  bem como atualizá-las, adaptando-as às exigências do nosso tempo”. O prémio, no valor de 50 mil euros é  entregue amanhã, dia 7 de novembro, às 19.30  numa cerimónia na Real Academia de Bellas Artes de San Fernando em Madrid.

 

 

SOBRE O PRÉMIO

Este galardão foi entregue pela primeira vez a 16 de outubro de 2012. A partir de 2017, graças ao apoio da Fundação Serra Henriques e da Ordem dos Arquitectos, e com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República de Portugal, é estendido também a Portugal, distinguindo arquitetos que exercem a profissão em qualquer um dos dois países.

O Prémio é atribuído pelo International Network for Traditional Building, Architecture and Urbanism (INTBAU), graças à contribuição do The Richard H. Driehaus Charitable Lead Trust, ao apoio da Fundação Serra Henriques, da Real Academia de Bellas Artes de San Fernando e da Ordem dos Arquitecto e com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República de Portugal.

 

NOTA BIOGRÁFICA

José Baganha nasceu em Coimbra em 1960. Estudou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto e na Universidade Técnica de Lisboa e é doutorado pela Universidade do País Basco. Em 1991, fundou o seu próprio ateliê, trabalhando desde então em projetos residenciais, hoteleiros, comerciais, de equipamentos e urbanos, nos quais sobressai o especial cuidado pela adaptação ao contexto, o respeito pelas construções preexistentes e o desejo de humanizar e valorizar os lugares em que aqueles estão localizados. Foi professor nas Faculdades de Arquitectura de Viseu e de Sintra da Universidade Católica Portuguesa e professor convidado em diversas universidades europeias.

Fundou a INTBAU Portugal, co-fundou o Council for European Urbanism e é membro da direção do Colégio de Património Arquitectónico da Ordem dos Arquitectos. Além do Prémio Rafael Manzano 2017, as qualidades mencionadas do seu trabalho renderam-lhe outros prémios internacionais, como o Prix Européen para a Reconstrução da Cidade 2011 da Fundação Philippe Rotthier.

 

Primeiros projetos

Entre as suas primeiras obras estão a Casa nas Sesmarias (Salvaterra de Magos, 1992), a meio caminho entre os palácios e as casas de campo do Ribatejo; a Casa da Quinta da Pedra Taboleira(Viseu, 1999), projetada para seu pai num terreno rodeado de vinhas, enfrentando o difícil desafio de reconfigurar e valorizar um edifício pré-existente inacabado e mal construído; e o edifício da farmácia Grincho (Parede), construindo um volume que completa a composição do prédio a que está adossado.

 

Escala Urbana

O desejo de realizar os seus projetos a partir da base do lugar, com sua paisagem, sua memória e sua identidade, incorporando nos mesmos as construções precedentes, desenvolvendo com estas ou destas, transformando e enriquecendo-as, é uma constante em todo o seu trabalho.

Este mesmo método de respeito pelo precedente, para redesenhar o local sem transformações traumáticas, em continuidade com este, pode ser apreciado até mesmo nas suas obras de maior escala e de carácter mais urbano, como a Casa do Médico de S. Rafael (Sines, 2005-2006), um edifício concebido ao mesmo tempo como residência para médicos retirados e como espaço para eventos organizados pela Ordem dos Médicos de Portugal, no qual evitou o desaparecimento de um antigo edifício do século XVIII condenado a ser demolido, reconstruindo-o e transformando-o no coração do novo conjunto, ligado através de uma passagem elevada com um novo corpo no qual dispôs a residência propriamente dita.

Uma operação deste tipo pode ser vista no condomínio residencial designado “Das Janelas Verdes” (Lisboa, 2005-2006), no qual tratou o conjunto a edificar não como um único bloco, mas como uma sequência de edifícios contíguos, cada um com o seu próprio carácter, que usa para passar da escala mais urbana e da linguagem mais clássica da rua principal para a qual o quarteirão é aberto para a dimensão mais doméstica do bairro em que se integra e do qual adotou a linguagem e as soluções construtivas usadas. Integrou a fachada principal do único edifício pré-existente no local (embora muito arruinado) e, tendo que ampliá-lo em altura, optou por fazê-lo com um piso amansardado que se integra na escala e composição originais.

 

Alentejo

É, em todo caso, na continuação das tradições vernáculas da região do Alentejo que a maestria de José Baganha se destaca de forma mais proeminente. Tal é evidenciado pelo conjunto de montes alentejanos projetados nos últimos anos, como o Monte do Carujo (Alvito, 2001), Monte da Herdade do Rego (Vila Boim, 2003), Monte da Quinta (Terena, 2007-2009) e Monte do Prates(Montemor-o-Novo, 2007-2009), ou o restaurante que está actualmente em construção em Terena.

O seu estudo contínuo e exaustivo dos vários aspectos da tradição arquitetónica da região, bem como as suas nuances dentro deste vasto território: a sua estrutura urbana e paisagística, suas formas clássicas e vernáculas, as suas origens, evolução e consolidação, sua relação com o meio ambiente, artesanato, sistemas de construção e materiais locais ou diferentes tipos de construção.

Em alguns desses projetos, como no Monte do Carujo, Monte da Quinta, Monte da Herdade do Regoou no restaurante de Terena, reintroduz as ruínas e construções pré-existentes em seu trabalho, dos quais os novos volumes são desenvolvidos, enriquecendo e atualizando a linguagem local, recorrendo sempre que possível aos seus materiais e soluções características, tais como chaminés, os revestimentos a cal, as abóbodas de tijolo, estruturas de madeira ou paredes de terra, dando lugar a uma nova paisagem em que não são menos importantes o alecrim, a lavanda, o tomilho, as oliveiras ou os vinhedos da região.

Antestreia 08.11 - Documentário "Doutores Palhaços" retrata história e trabalho da Operação Nariz Vermelho

Antestreia marcada para dia 8 de novembro, no Cinema São Jorge, em lisboa

DOCUMENTÁRIO “DOUTORES PALHAÇOS” RETRATA HISTÓRIA E TRABALHO DA OPERAÇÃO NARIZ VERMELHO

Com realização de Bernardo Lopes e Hélder Faria, autores do argumento juntamente com João Fonseca e produção a cargo de Força Maior

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No ano em que completa o seu 15º aniversário, a Operação Nariz Vermelho (ONV) lançou o desafio de realizar um documentário que desse a conhecer a importância dos Doutores Palhaços no contexto hospitalar. Surge assim o documentário “Doutores Palhaços”, que retrata a importância destes especialistas em sorrisos, refletindo sobre o percurso desde a fundação da ONV, em 2002, até aos dias de hoje, enquanto referência neste tipo de trabalho solidário. A antestreia tem lugar a 8 de novembro, pelas 19h00, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

 

Com realização entregue a Bernardo Lopes e Hélder Faria, autores do argumento juntamente com João Fonseca, o documentário “Doutores Palhaços” conta com a produção da Força Maior. Onde o sofrimento impera, os Doutores especialistas em Sorrisos, avivam a esperança e aliviam a dor aos pacientes, familiares e ao corpo clínico dos hospitais. O documentário acompanha estes profissionais da arte de fazer sorrir numa busca interior: trazer felicidade a quem mais precisa.”, sublinham  os realizadores de “Doutores Palhaços”.

 

Este documentário faz, assim, uma viagem ao percurso de missão da ONV, desde o ano de fundação, altura em que Beatriz Quintella, a Dra. Da Graça, propôs ao Hospital D. Estefânia levar a sua personagem de palhaço às crianças, até aos dias de hoje. Atualmente, a ONV marca presença semanal em 14 hospitais, através de 23 Doutores Palhaços, que espalham alegria e felicidade junto das crianças hospitalizadas. É esta linha temporal, na qual a Operação Nariz Vermelho se impôs e cresceu, com referência também a outras instituições que a nível internacional efetuam o mesmo tipo de trabalho solidário, que dá o mote para esta iniciativa.

 

“Receber a visita particular de um Doutor Palhaço é uma experiência fantástica e muito especial para uma criança. Quando um palhaço entra num hospital é um evento tão inesperado que transporta as pessoas automaticamente para o momento presente. É esta a nossa maior dádiva, porque nesse espaço mágico tudo é possível.”, afirma Magda Morbey Ferro, diretora de comunicação da ONV, explicando o papel do Doutor Palhaço retratado no documentário.

 

Esta é mais uma das iniciativas desenvolvidas para comemorar 15 anos da Operação Nariz Vermelho em Portugal. Até 19 de novembro, pode também ser vista na Gare Marítima da Rocha Conde d’Óbidos, em Alcântara, a exposição permanente de arte contemporânea “Debaixo do seu nariz”, que junta mais de trinta artistas contemporâneos num olhar inédito sobre o humor e aos fins de semana uma programação dirigida para os mais novos e suas famílias.

Victor Cavalcanti lança lyric video inspirado nos computadores dos anos 90

Victor Cavalcanti lança lyric video inspirado nos computadores dos anos 90

 

Victor Cavalcanti abriu o coração e expôs seus medos e ansiedades e  continua a mostrar que faz música e poesia para abrir o coração e enfrentar seu próprios demônios. Tentando mostrar isso de uma nova roupagem, o artista lança seu primeiro lyric video - para a faixa “Reinando” - com um visual inspirado nos computadores dos anos 90.

 

 

O visual retrô e cheio de gifs traz uma atmosfera geracional confortável para uma das músicas mais pesadas do projeto multimídia “Caos”. Enquanto o projeto fala da queda, aceitação e autodescoberta, “Reinando” foca nesse último fator. A música tem uma raiva interna, com Victor jogando para fora suas desilusões e se coroando novamente, tomando controle das emoções.

 

Inspirada em artistas como Kanye West e Chance the Rapper, “Reinando” surgiu de forma fluida, trabalhando frases soltas sobre camadas de batidas, como que reunindo tudo que marcou daquela experiência para virar a página de vez.

 

“Os momentos caóticos são minhas horas mais criativas. Eu anoto tudo ou gravo no celular e vou acumulando. Quando a cabeça esfria e eu entendo pelo o que eu passei, começo a colocar técnica, produção e afins. Acho que eu, sem caos, nunca criaria nada”, conta Victor. “Minha teoria é de que fomos feitos para o caos, e precisamos aprender a lidar e crescer com ele”.

 

“Caos” é seu segundo trabalho e fala sobre momentos delicados com franqueza, delicadeza e criatividade. O projeto está disponível nas plataformas de música digital e no site de Victor Cavalcanti (https://www.eusoucavalcanti.com/caos).

 

 

Próximo concerto no Museu Nacional da Música | 8 de Novembro, 19h: Tangos e Milongas por Verónica Muñoz

8 de Novembro, 19h
Associação dos Amigos do Museu Nacional da Música apresenta:

 

TANGOS E MILONGAS 

por Verónica Muñoz

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Verónica Muñoz é uma cantora, guitarrista, compositora e professora Argentina.
“Con mi guitarra en viaje” é um projecto artístico que tem origem nas viagens de Verónica Muñoz pelo mundo, sempre acompanhada da sua viola. 
O concerto pretende ir ao encontro da canção no seu estado puro, através de um repertório em que se concilia a música crioula, o tango e a milonga. Para além de composições da própria cantora, poderemos ouvir alguns dos mais importantes compositores da música popular argentina e do tango, onde se incluem nomes como Amalia de la Veja, Cármen Guzmán, Expósito, Charlo e Piazzolla. 
Grande parte do concerto que vamos ouvir no Museu Nacional da Música faz parte do seu trabalho discográfico “Milonguita flor del alba”. 

 

Fb https://www.facebook.com/pg/veronicavmunoz12/videos/

 


Site http://espacioveronica.blogspot.com.ar/

 

Bilhetes €5 | Sócios €3

 

 

 

 

"PATOAVENTURAS" BREVEMENTE NO DISNEY CHANNEL

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A família de patos mais destemida do mundo chega brevemente ao Disney Channel para viver grandes e memoráveis aventuras.
 
“PatoAventuras” é a nova série de animação inspirada no clássico que chegou a várias gerações e apresenta o trilionário mais famoso da Patolândia, o Tio Patinhas, os seus jovens e travessos sobrinhos-netos, Huguinho, Zezinho e Luisinho e o seu sobrinho temperamental, Donald enquanto viajam à volta do mundo.

Fique a conhecer o genérico de “PatoAventuras” e entre no ritmo com os protagonistas da série. “Patos Woo-Oo!.

“Guinu” apresenta sonoridade jazz, pop e brasileira do pianista Pedro Guinu

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Arte de capa por Eduardo Sganga

 

Groove envolvente, com forte influência do soul, do jazz, da MPB e do pop. Essa é a base do som de Pedro Guinu, pianista, cantor e compositor, que lança o seu visceral disco de estreia, reunindo uma vida de experiência. “Guinu” foi feito ao vivo, como as gravações setentistas que inspiraram o disco, e já está disponível nos principais serviços de música.

 

 

O álbum foi gravado em uma sessão de 12 horas, no dia 9 de setembro de 2017, no estúdio Fibra (Rio de Janeiro), com músicos selecionados a dedo por Pedro e a participação especial de Donatinho. Para manter o clima quente e surpreendente para os músicos, foram feitos apenas dois ensaios antes da sessão. O frescor das músicas a sensação de descoberta pode ser sentida em cada uma das faixas.

 

“Quero Ver” abre o disco em clima soul e pop. A letra foi imaginada após o compositor se espelhar na história de uma moça desconhecida de olhar triste. Já “A Noite Melhora” mostra o groove das composições de Guinu. A canção foi a única a ser revelada antes do lançamento do disco, com um vídeo em estúdio.

 

Assista o vídeo “A noite melhora”: https://youtu.be/To-kptPi17g

 

Em “Calado”, a terceira música, Pedro Guinu retoma uma canção de 2011, inspirada por um relacionamento do próprio artista. “Boca de Sino” mescla as teclas do Clavinet e os sons sintéticos do Moog para criar uma vibração black music setentista. Para “Salgueiro”, Guinu recebe o convidado especial Donatinho, como instrumentista, cantor e também produtor. A música dançante remete ao último trabalho de Donatinho, “Sintetizamor”, em que divide o piano e vocais com o pai, João Donato.

 

O freejazz toma conta de “Cheiro de Lira”, também uma das primeiras canções compostas para o disco. O arranjo traz ainda uma levada de ijexá, entregando a brasilidade de “Guinu”. “Dez Para as Quatro” traz a nostalgia durante a madrugada, com os metais dividindo espaço com o teclado 80s. Por fim, “Sonho de Valsa” vem do trabalho de Pedro ao lado do quarteto instrumental Massimbaque. Esse talvez seja o momento mais ambicioso do disco, passando por diversas texturas e dando oportunidades à banda de brilhar com solos de bateria, baixo e guitarra. O tema traduz o clima descontraído e sem amarras dos músicos em estúdio.

 

Com oito músicas, “Guinu” traz momentos de soulfunk, faixas românticas para cantar junto e temas instrumentais para viajar ouvindo. O trabalho tem assinatura de Pedro Guinu nas composições, voz, teclados, piano e sintetizador, com participação dos músicos Danilo Guinu (bateria), Filipe Moreno (baixo), Giuliano Fernandes (guitarra), Breno Hirata (saxofones e flauta) e João Machala (trombone). A capa é do artista gráfico e designer uruguaio Eduardo Sganga.

 

Ouça “Guinu”:

 

Spotify: http://spoti.fi/2y8JkfK

Deezer: http://bit.ly/GuinuDeezer

iTunes: http://apple.co/2AmR1Av

You Tube: https://youtu.be/D2HFcmxikJE

 

Conheça Pedro Guinu

 

Mineiro de Teófilo Otoni radicado no Rio, Pedro se dá o salto mais alto de seus 35 anos de vida. Após 20 anos de paixão e carreira musical internacional, o artista debuta com um trabalho solo onde poderá mostrar a abrangência de seu talento e todas as lições aprendidas na estrada.

 

Ele cresceu em um ambiente musical e foi muito influenciado por seus tios, que eram músicos profissionais, a tocar piano. Na adolescência, Pedro já se apresentada nos bares da cidade do Vale do Mucuri. Em 2002, se mudou para Belo Horizonte para estudar Comunicação e foi onde ele apaixonou pelo jazz e pela música instrumental. Foi uma época muito rica, quando participou de trios de jazz, bandas de baile e começou a ganhar rodagem como cantor e pianista.

 

Mas tudo mudou desde 2012. Foi quando Pedro Guinu fez sua primeira passagem pelos Estados Unidos para estudar a língua, o jazz e o blues direto em sua raiz, o Mississippi. Lá, junto do guitarrista Josh Gray, criou o grupo Electro Samba Groove e excursionou pela rica cena musical da região.

 

No ano seguinte, com ânimo redobrado, o artista se mudou para o Rio para estudar piano na Escola de Música Villa Lobos. No Cidade Maravilhosa, trabalhou em diversos segmentos e sonoridades, se apresentando ao lado tanto de Wanderley Cardoso quanto do grupo de afrobeat Zé Bigode, por exemplo.

 

Em 2016, Pedro Guinu retornou ao sul dos EUA para uma turnê com a banda de rock The Graysmiths e a cantora de jazz Rachel MacCann. Foi nessa passagem por lá, na lendária cidade de Nashville, que gravou o primeiro single da carreira.

 

“Hold On” foi gravada ao vivo em sessões registradas em vídeo e trazia uma banda enxuta num formato quarteto. A aura criada pelas canções e pelas gravações era ao mesmo tempo envolvente, sedutora e convidativa para dançar. Isso fez com que Pedro se apaixonasse pela técnica de gravação e optasse por fazer seu disco completo de estreia dessa forma.

 

Tracklist:

 

1 - Quero Ver

2 - A Noite Melhora

3 - Calado

4 - Boca de Sino

5 - Salgueiro (feat Donatinho)

6 - Cheiro de Lira

7 - Dez para as Quatro

8  - Sonho de Valsa

 

Ficha Técnica:

 

Composições e Arranjos: Pedro Guinu

Bateria: Danilo Guinu

Baixo: Filipe Moreno

Guitarra: Giuliano Fernandes

Teclados, Voz e Piano: Pedro Guinu

Sax Barítono, Sax Tenor e Flauta: Breno Hirata

Trombone: João Machala

Engenharia de áudio, edição e mixagem: Tércio Marques

Masterização: Jordan Macedo

Teclados, synths e programação na faixa “Salgueiro”: Donatinho

Capa: Eduardo Sganga

 

Faixa-a-faixa, por Pedro Guinu:

 

Quero Ver

A melodia dessa música me veio em um dia quente no Rio. Estava fazendo uma caminhada na praia e vi uma jovem bonita, com um jeito de gringa, olhando triste para o celular. A melodia já estava na minha cabeça. Então, criei a história que essa jovem terminava o namoro e estava com medo de partir pra outra e sofrer do mesmo jeito. No estúdio, conduzimos a música de um jeito pop e levamos para uma onda acid jazz com um solo perfeito do Giuliano Fernandes.

 

A Noite Melhora

Uma madrugada dessas, veio à minha cabeça aquele naipe de sopros da ponte. Cantei a melodia, gravei no celular e dormi. No outro dia, quando ouvi cantei ‘a noite melhora se você aparecer’. Foi tudo bem espontâneo, inusitado. Para a letra imaginei um casal no início de um relacionamento e toda aquela paixão e vontade de ficar junto. Foi a primeira música que gravamos no dia e ficamos muito felizes com o som do estúdio e empolgados com a gravação.

 

Calado

Essa música é uma composição mais antiga, de 2011. Cheguei a gravar algumas demos com outros músicos, mas esse arranjo foi o que mais gostei. O solo de trombone do João Machala não estava no arranjo original, foi uma brincadeira que ele fez no ensaio e casou maravilhosamente na música. A letra é uma adaptação de uma relação que eu tive no passado. Tudo o que eu escrevi nessa música foi baseado em fatos reais.

 

Boca de Sino

Eu gosto muito de explorar novos sons e texturas e numa dessas experiências surgiu o riff de Clavinet dessa faixa. A partir daí, comecei a construir um arranjo que remetesse à década de 1970 na cena black music. Usei o Moog bem acentuado para marcar o refrão da música. A sonoridade de Boca de Sino surgiu mesmo no estúdio, com os sopros e a condução dos músicos. É uma das minhas favoritas do disco.

 

Salgueiro (feat Donatinho)

Moro no Rio há quase 5 anos no mesmo endereço. Quando alguém me pede a referência sempre digo atrás da quadra do Salgueiro. A letra da música é sobre essa linda mulher negra, empoderada e em cima do salto que vive o amor que quiser viver, trazendo juntamente a temática dos meus vizinhos, a Acadêmicos do Salgueiro. Com a ideia pronta me lembrei do Donatinho. Curti muito o último disco dele, o “Sintetizamor”, e achei aquela sonoridade ótima para a música. Acompanho o trabalho dele há um tempo e sempre foi referência para mim. Donatinho tocou, cantou e produziu a faixa. É impossível ouvir sem dançar!

 

Cheiro de Lira

É uma composição de 2011 da mesma época que Calado. Foi a música com o arranjo mais

freejazz de todas, Danilo Guinu criou uma levada de ijexá especial para essa música. A flauta do Breno Hirata ficou uma coisa maravilhosa de se ouvir, frases doces e virtuosas e um solo lindo no final. A flauta representa a alma da minha filha imaginária chamada Lira, fluindo no ar e na música.

 

Dez Para as Quatro

Achei a melodia bem sensual e criei uma história sobre uma noite de sexo e drogas com o personagem revivendo aquela noite com saudades às quatro da manhã. Quando eu estava gravando as demos, o meu irmão adorou o ritmo de bateria da música. Seria melhor simplificar, mas ele disse que era exatamente o que iria fazer. Ficou uma divisão rítmica incomum. Os metais ficaram lindos e os teclados trouxeram um clima 1980 que refletem a temática da letra e da música.

 

Sonho de Valsa

Tenho um quarteto instrumental chamado Massimbaque e criei alguns temas autorais para o grupo. Sonho de Valsa é um deles. Acho esse tema o mais bonito que já compus, uma verdadeira epopéia com várias passagens, texturas e momentos que me despertam diferentes sensações. Convidei o Filipe Moreno, que ainda não tinha solado no disco, para iniciar a música e ele nos brindou com aquele impecável solo de baixo. Meu irmão Danilo Guinu foi fundamental na criação do ritmo e climas da música e fez também um bonito solo de bateria no final. É a música mais jazz do disco, além dos solos do Filipe e do Danilo ainda tem o solo agressivo e muito bem executado do Giuliano e meu solo de Moog, que foi muito divertido fazer. Foi a música escolhida pra fechar o álbum e também pra marcar aquele momento do estúdio que foi muito especial pra todos nós.