O próximo dia 29 de setembro é dia de “partilhar memórias”, partilha entendida como fator de cidadania, dignidade e democracia. O Museu de Lamego associa-se em 2018 às Jornadas Europeias do Património com duas iniciativas que convidam à descoberta e ao envolvimento com o património. Às 16h30 está marcada a apresentação do livro da autoria de Nuno Resende “Um Rico Pano: antologia de verso, prosa e imagem de Lamego”. Às 16h00, o museu passa a ser oficialmente parceiro da EPHEMERA, Biblioteca e Arquivo de José Pacheco Pereira, com a assinatura de um protocolo de colaboração.
Realiza-se no próximo sábado, 22 de setembro, pelas 15h30, no Polo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte, mais um “Laboratório da Memória”, desta vez dedicado à reunião do Grupo de Amigos de Alte que levou, há mais de 50 anos, à criação do Jornal “Ecos da Serra”.
Este momento, bem como a história de uma das associações mais dinâmicas da serra algarvia e a vida de um jornal fundado por Maria de Lourdes Madeira e que é também uma referência neste território vão estar em destaque numa tarde que se prevê de muitas memórias trazidas pelos altenses.
Outro dos dias que marcaram esta freguesia foi a entrega da primeira ambulância para a comunidade. Esse dia será reeditado no sábado uma vez que uma benemérita altense vai oferecer a esta terra uma nova ambulância. A cerimónia de entrega da nova viatura acontece às 15h00.
Refira-se que este “Laboratório da Memória” integra o programa de comemorações das Jornadas Europeias do Património 2018 promovido pela Câmara Municipal de Loulé.
Estreia Nacional do Espetáculo «Variações a partir de um coração»
Dias 21, 22 e 23 setembro, o Quarteto Contratempus apresenta, em estreia nacional, na Casa das Artes do Porto, o espetáculo Variações a partir de um coração - Divertimento popular para um Quarteto Contratempus. Um projeto de recriação e reinvenção de música tradicional portuguesa.
2018 é o Ano Europeu do Património Cultural mas também ano de celebração do 10º aniversário do Quarteto Contratempus. Por estas razões o Quarteto cria um projeto de reinvenção e recriação de repertório de música tradicional portuguesa do norte do país, trazendo para a contemporaneidade algumas das mais belas canções do Cancioneiro Popular Português.
Este é um espetáculo interdisciplinar (com composição de Fernando Lapa, texto de Eduarda Freitas e encenação de Catarina Costa e Silva) de extraordinária singularidade estética, que nos conduz a uma viagem no tempo (ao revisitarmos as raízes da música tradicional portuguesa, sem perdermos o sentido do presente e o horizonte do futuro), pelo património musical do Douro e Minho.
Todas estas canções permanecem na nossa memória coletiva e são reveladoras da identidade das gentes do norte, dos seus saberes, tradições e da sua relação com o território.
Recentemente o Quarteto foi distinguido com o 3º Prémio Indústrias Criativas (promovido pelo Grupo Super Bock e Serralves) e Prémio BfK (promovido pela Agência Nacional de Inovação).
Composição: Fernando Lapa
Texto: Eduarda Freitas
Encenação: Catarina Costa e Silva
Intérpretes: Quarteto Contratempus : Teresa Nunes (Soprano), Crispim Luz (Clarinete), Susana Lima (Violoncelo) Brenda Vidal Hermida (Piano)
Luz: Mariana Figueroa
Design: Cátia Lima
Produção e divulgação: Carlos Pinto
Apresentações na Casa das Artes, Porto: 21, 22 e 23 setembro
Dia 21 e 22 às 21h30. Dia 23 às 17h.
Apresentações na Reitoria da U.Porto ( no âmbito das Jornadas Europeias do Património ) : 29 e 30 setembro
Preço bilhetes 5€
Sinopse:
Pode um coração partir-se (ou colar-se) de amor? Antes de sermos quem somos, de cantarmos o que cantamos, de chorarmos o que choramos, de rirmos o que rimos, que sons estão no início? Que música faz bater o coração? Neste espetáculo, voltaremos atrás sem perder o horizonte do amanhã. São variações a partir do início. São variações sem perder o pé. A bater o pé, certinho, compassado, como o leito de um rio em dias calmos – o nosso norte, o nosso rio Douro.
Fazer da música tradicional portuguesa o centro deste projeto constitui em si mesmo um sinal: de quem sabe de onde veio e de onde é. Não nos move qualquer espécie de revivalismo passadista ou saudosista (com que se olha muitas vezes a tradição popular); antes, a convicção de que vemos o mundo com olhos daqui, deste lugar e deste tempo. Por isso propomos um espetáculo plural e aberto, onde as referências à música tradicional sejam um idiomático ponto de partida para percursos multidirecionais, explorando espaços e movimentos, texturas e cores, tempos e lugares.
A construção deste mosaico, plural e multifacetado, simboliza também a celebração do encontro de quatro artistas do norte que há já dez anos se dedicam à interpretação e divulgação de obra musical de autores portugueses.
MYTHO CELEBRATION: MÚSICA, ARTE E EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS NOS JARDINS DO MUSEU DE LISBOA
O evento realiza-se pela primeira vez a 20 de outubro, nos Jardins do Museu de Lisboa (Palácio Pimenta), e traz para o coração da cidade mais de 10 horas de música, intervenções artísticas, esoterismo e experiências sensoriais. Do cartaz fazem parte nomes como Da Chick, Xinobi, Surma, Custom Circus (Nirvana Studios), Kokeshi, Ramboiage e Mike El Nite. Os primeiros bilhetes estão à venda a partir de hoje.
“Já paraste para pensar o que te faz preferir o verde ao azul? A ter uma comida preferida? A gostar ou não de alguém? A não gostar de alguns perfumes?”. Estas são algumas das perguntas que estão na base da criação do MYTHO CELEBRATION, um movimento que celebra o verdadeiro sentido da vida, os sonhos, a imaginação e a libertação dos medos e que, agora, ganha forma e prepara-se para invadir os Jardins do Museu da Cidade já no próximo dia 20 de outubro.
A ideia não é de agora. Na verdade, data de 2016, quando Ana Pinto Ribeiro começou a conceber um único espaço onde fosse capaz de juntar diferentes formas de expressão e onde as pessoas se pudessem desafiar a ser elas próprias. Às conversas fora de horas e brainstormings ao fim do dia juntaram-se alguns amigos que, partilhando dos mesmos interesses e vontades, foram dando vida ao MYTHO. No próximo mês, o evento abre portas pela primeira vez trazendo para o centro da cidade de Lisboa artistas plásticos, performistas, artesãos, especialistas em astrologia, numerologia, aromaterapia, cromoterapia, cristal terapia, com o objetivo de aproximar a arte e as ciências menos conhecidas daqueles que ainda não as conhecem.
Num cenário único e uma envolvente que, só por si, já evoca algum misticismo (o museu está instalado num palácio de veraneio da primeira metade do século XVIII, enquadrado pelo que resta de uma antiga quinta senhorial), o público vai também poder encontrar apresentações e concertos de artistas nacionais num total de 12 horas de festa temática, com as portas a abrirem às 16h00 e a fecharem às 04h00.
Dentro do recinto, o espaço divide-se em diferentes áreas que compõem um percurso que, por sua vez, levará o público a embarcar numa jornada inesquecível. Começando no Temple of Transition– espaço que separa o MYTHO da “vida lá fora” -, o público vai iniciar esta viagem e preparar-se para entrar num novo universo. No Garden of Senses exploram-se os sentidos, numa envolvente única e um imaginário ainda inexplorado. Passando no Food Ritual, há diversas opções de alimentação à espera, com menus para todos os gostos, para nutrir corpo e mente. Seguindo para o Esoteric Grove, espaço dentro do jardim dedicado aos profissionais do mundo esotérico, os visitantes do recinto poderão ver trabalhos destes artesãos expostos, ter contacto próximo com alguns deles e conhecer mais sobre esta realidade e forma de vida. Há ainda o Contemplation Space, zona onde artistas de diferentes vertentes poderão mostrar ao público a sua arte e portefólio.
Além destes espaços há, ainda, o Celebration Stage, onde se celebra a música e onde a música celebra a vida. Um palco recheado de talentos nacionais da atualidade com um cartaz de peso: Da Chick, Xinobi, Surma, Custom Circus (Nirvana Studios), Kokeshi, Ramboiage e Mike El Nite (DJ Set). Os horários das atuações serão divulgados em breve, assim como restante programação do evento.
Resumo do evento
Data: Sábado, 20 de Outubro de 2018
Horário: 16h00 – 04h00
Local: Jardins do Museu de Lisboa (Palácio Pimenta)
Line-up: Da Chick, Xinobi, Surma, Custom Circus (Nirvana Studios), Kokeshi, Ramboiage e Mike El Nite (DJ Set)
Mais informações e Bilhetes EARLY BIRDS disponíveis em www.mytho.pt
Mais de 20 grupos e cerca de 40 concertos estão confirmados à data de arranque da 22ª edição do OuTonalidades, cuja abertura será já a 21 de setembro, com Moonshiners no Centro de Artes de Águeda. Percorrendo todo o outono, o circuito português de música ao vivo prosseguirá com concertos em diversos pontos do país e várias extensões ibéricas.
A abertura do OuTonalidades 2018 é na sexta-feira, 21 de setembro, com Moonshiners a pisar o palco do CAA – Centro de Artes de Águeda. Por lá, vai também passar o espanhol Pau Figueres, a 2 de novembro. Águeda recebe ainda os galegos Talabarte, a 16 de novembro, no Espaço d’Orfeu. Mas o OuTonalidades 2018 estende-se também a Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Viseu, Ílhavo, Oliveira do Bairro, Estarreja, Santa Maria da Feira e Tavira. Em Espanha, as extensões internacionais do circuito passam por Vic, Manresa, Zamora, Salamanca e Plasencia.
Benjamim, Birds Are Indie, Ela Vaz, Gobi Bear, JP Simões, L Mantra, Lavoisier, Lince, Luiz Caracol, Pedro Mestre, Uxía & João Gentil e Vaarwell, além de grupos espanhóis, em resultado das alianças internacionais.
Este ano, pela primeira vez, o OuTonalidades terá uma temporada extra, que prolongará o circuito até à primavera, aumentando a duração do circuito e as oportunidades de circulação dos grupos participantes. O calendário de concertos permanece aberto a novas confirmações, tendo em conta não só o outono como a temporada extra, até março de 2019.
O circuito é coordenado pela d’Orfeu AC em colaboração direta com inúmeros parceiros (Municípios, Teatros, Associações), na consolidação de uma grande rede de programação que junta grupos emergentes e reconhecidos, todos de inegável qualidade.
Através de uma divertida coleção de pacotes de açúcar
Café CHRISTINA apoia Milustra D’Ouro na promoção da identidade transmontana
Das Cristas de Galo aos Cavacórios, passando pelos pastéis de Chaves ou pelos irresistíveis Covilhetes, são 11 os produtos regionais que vai poder encontrar na nova coleção de pacotes de açúcar dos Cafés CHRISTINA. Esta é uma novidade que surge da colaboração com a Milustra D’Ouro, uma marca de ilustração que se dedica à divulgação de diversos produtos icónicos da região transmontana e alto duriense.
“Tens uma crista igual à minha!” ou “Bora lá Covilhetar” são exemplos dos trocadilhos divertidos que, acompanhados de ilustrações, constam nos pacotes de açúcar divulgando algumas das melhores iguarias do nordeste do país - todas elas sugestões perfeitas para acompanhar um café CHRISTINA.
Esta é uma parceria entre duas marcas com fortes raízes no norte do país (o Café CHRISTINA é produzido no Porto – onde ‘nasceu’ há mais de 200 anos) e que visa promover a identidade da região de Trás-os-Montes de uma forma descontraída e única.
Pedro Sampaio, Brand Manager de Café Christina, afirma: “Esta é uma parceria que faz todo o sentido para Christina, pois celebra a identidade de uma região com produtos que refletem a sua cultura gastronómica, produtos que podem muito bem ilustrar a assinatura da nossa marca: são verdadeira paixão que passa de geração em geração”.
Com esta nova coleção, a marca portuguesa de cafés torrados anuncia também uma nova redução na gramagem dos pacotes de açúcar. No seguimento do compromisso assumido com a Direção Geral da Saúde, as saquetas de 4,5g passam para 4,3g em mais uma etapa da redução gradual da quantidade de açúcar presente em cada saqueta. Recorde-se que em 2010 cada saqueta tinha 6/8g.
A Rádio SIM faz 10 anos, mas os presentes são sempre para os ouvintes. Já está disponível, por encomenda, o CD “Os Sucessos de Sempre”: 20 êxitos inesquecíveis, de todos os tempos, que os ouvintes estão habituados a ouvir na Rádio SIM: Nat King Cole, Carlos Paião, Elvis Presley, Simone de Oliveira, Tom Jones, entre muitos outros. Ao todo são 20 músicas que marcaram gerações e a própria história da música, dentro e fora de Portugal.
O CD pode ser encomendado por telefone, através do número, 961 061 418, de 2ª a 6ªa feira, entre as 09h30 e as 17h30. Uma oportunidade única para receber em casa um CD incrível com alguns dos maiores nomes da história da música, de todo o mundo.
Cada CD tem o custo de €10.
O CD “Os Sucessos de Sempre”, é mais um marco a assinalar os 10 anos da Rádio SIM. Em breve a 10ª Grande Gala da Rádio SIM no Coliseu dos Recreios será outro grande momento, já no dia 12 de Outubro, com um espetáculo dedicado às músicas do Festival da Canção.
IMAGINE DRAGONS ESCREVEM E GRAVAM “ZERO”, O TEMA DOS CRÉDITOS FINAIS DE “RALPH VS INTERNET”
“Zero” estará disponível a partir de hoje e pode ser ouvida AQUI
O filme estreia nos cinemas portugueses a 29 DE NOVEMBRO
Os Imagine Dragons, a banda vencedora de um GRAMMY®, responsável pelos êxitos “Natural” e “Whatever It Takes”, escreveu e gravou o tema dos créditos finais de “Zero”, para o filme “Ralph vs Internet”, da Walt Disney Animation Studios. A canção, que sairá no álbum da banda-sonora da Walt Disney Records, está disponível a partir de hoje através da KIDinaKORNER/Interscope Records. O vídeo com a letra de “Zero” também foi hoje lançado, pode ser visto AQUI. Realizado por Rich Moore e Phil Johnston, “Ralph vs Internet” chega às salas de cinema portuguesas a 29 de novembro de 2018. No filme, Ralph, o vilão dos videojogos, verá a amizade com a sua companheira Vanellope Von Schweetz, ameaçada. De acordo com Dan Reynolds, vocalista dos Imagine Dragons, os temas emocionais do filme estão refletidos na canção “Zero”. “É um filme muito pertinente, no sentido em que aborda alguns dos problemas de identidade e solidão particulares a esta geração da internet,” refere Reynolds. “A luta interna que Ralph tem de auto-aceitação é algo com que nos identificamos bastante, e esta canção fala disso.”
Moore acrescenta, “É uma escolha arrojada para um tema final, porque é sobre alguém que se sente inútil, que nunca se sentiu valorizado e que deixou que todo o seu ser dependesse de uma única amizade. Quando essa amizade é ameaçada, fica muito inseguro.”
“Todos nos podemos relacionar com esse sentimento,” afirma Johnston. “Mas a canção mostra-nos que não estamos sozinhos. Eles acertaram de tal forma no tema do filme, que até nos dá vontade de dançar.” Reynolds refere ainda, “De certa forma, a canção é uma dicotomia, com uma letra forte sobreposta a um ritmo instrumental bastante animado. O resultado é um tom por vezes agridoce, que parece apropriado tendo em conta a complexidade de Ralph enquanto personagem.”
Decorreu em Lisboa, de 12 a 14 de setembro, o “URBACT City Festival”, evento que, pela primeira vez, teve lugar em Portugal, e no qual Loulé marcou presença.
Estiveram presentes 572 participantes provenientes de 269 cidades europeias. Ao todo, 32 países marcaram presença nos três dias de intenso trabalho. O Município de Loulé, que foi líder europeu do projeto “Vital Cities”, esteve representado por uma comitiva constituída por Heloísa Madeira, vereadora da Câmara Municipal, Tiago Guadalupe, coordenador geral das “Vital Cities”, e Luís Vicente, parceiro local do Município que coordenou a elaboração do Plano de Ação Local.
O URBACT é um programa de cooperação territorial europeia que promove o desenvolvimento urbano sustentável nas cidades de toda a Europa. É financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e pelos estados membros e parceiros da União Europeia desde 2002. Permite às cidades trabalharem em conjunto no desenvolvimento de soluções novas e sustentáveis para os principais desafios urbanos, através de redes, partilha de conhecimento e capacitação de profissionais urbanos.
Nesta 3ª edição do Festival, Loulé esteve em plano de destaque pelo sucesso nacional e internacional alcançado na liderança do projeto “Vital Cities”, bem como por ter sido um dos municípios que se destacou pelas ações realizadas sendo uma referência para diversos países europeus. Iniciativas criadas pela Câmara Municipal no âmbito do projeto “Vital Cities”, como “Verão Ativo” ou “Individualidades na Escola”, estão a ser replicadas na Republica Checa, Polónia, Bulgária e Hungria.
Neste evento internacional foi ainda demonstrado e partilhado o trabalho realizado nos últimos 3 anos por 20 redes, em mais de 210 cidades europeias. O Festival mostrou os resultados conseguidos e testados por essas redes, atuando como “bancos de teste” para soluções inteligentes e inovadoras perante as questões: Como podemos tornar as nossas cidades mais sustentáveis, mais iguais e mais acolhedoras? Como podemos aumentar a atratividade das nossas cidades e combater o desemprego? Como podemos fomentar a inclusão social, ou o envelhecimento ativo? Certificarmo-nos de que elas estão preparadas para as alterações climáticas e resilientes? Como podemos fazer tudo isto com menos recursos?
Verificando-se a urgência das respostas a estas e outras perguntas, os mais de 500 participantes foram conduzidos através de um programa de três dias repletos de intercâmbios estruturados e encontros diversos onde foram dadas a conhecer todas as diferentes iniciativas e projetos urbanos. Os participantes trocaram, assim, conhecimento com os profissionais urbanos diretamente responsáveis pelos projetos, fortaleceram “networks”, partilharam experiências, demonstraram novas abordagens a problemas comuns e novas perspetivas para as soluções necessárias.
O Plano de Ação Local, elaborado pelo Município louletano, pode ser consultado em:
REGATA DE PORTUGAL INVADE LISBOA COM UM MAR DE ARTE URBANA
Oito artistas urbanos transformaram contentores em peças artísticas, que poderão ser vistas a partir de hoje nas ruas de Lisboa.
De 3 a 7 de outubro os contentores estarão expostos no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, onde serão “casa” das oito marcas da competição de vela.
Gonçalo Mar é o curador do projeto, a quem se junta RAM, Draw, Nomen, Mesk, Tamara, Caver e Third.
A duas semanas de abrirem as portas da primeira edição da Regata de Portugal, que se realiza de 3 a 7 de outubro no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, um mar de arte vai invadir as ruas de Lisboa! A iniciativa visa dar visibilidade ao talento nacional e, para isso, vai expor em algumas das principais artérias de Lisboa contentores que sofreram a intervenção de artistas urbanos.
Sendo a Arte um dos eixos da Regata de Portugal, e tendo o evento o objetivo de celebrar o “mar de portugueses” que leva o país além-fronteiras, a organização desafiou oito artistas nacionais a transformarem contentores marítimos em peças artísticas. Durante quatro dias, Gonçalo Mar (curador do projeto), RAM, Draw, Nomen, Mesk, Tamara, Caver e Third recorreram ao graffiti para revestir oito contentores de cor, imagens e pensamentos sobre o mar, enquanto combinam este imaginário com elementos alusivos às marcas presentes na Regata de Portugal - Delta, Nacional, Gelpeixe, Santogal, Lusitania, OLÁ, Guloso e Vitacress.
Numa primeira fase, as peças poderão ser vistas em alguns dos principais pontos da capital (Praça de Londres, Amoreiras, Entrecampos, Campo Pequeno, Jardim do Arco do Cego e Parque Eduardo VII ) sendo posteriormente transportadas para o recinto da Regata de Portugal onde, ao longo dos cinco dias de evento, serão espaços de ativação das marcas que, enquanto no mar competem com as suas equipas de velejadores profissionais, em terra oferecem várias atividades aos visitantes do evento.
Gonçalo Mar
A escolha de Gonçalo Mar para a curadoria da categoria de Arte na Regata de Portugal não foi por acaso. Tal como não é por acaso o nome que o artista usa para assinar as suas obras – MAR. Movido por convicções artísticas, MAR procura evoluir sempre com e para o Movimento de Graffiti - que se tem vindo a desenvolver globalmente. Conhecido no meio pelos seus bonecos ou characters, destaca-se pela forma como constrói as suas personagens e ambientes, incutindo-lhes linhas e formas que os tornam únicos.
O contentor de MAR estará exposto nas Amoreiras e, no evento, será “casa” da Gelpeixe.
RAM
Precursor do graffiti e arte urbana de cariz experimental, RAM tem trilhado um caminho singular na construção de uma linguagem inteiramente original no mundo da nova estética urbana. As suas explosões energéticas de cor e formas dinâmicas aproximam-se de uma action painting contemporânea impregnada de um visionarismo de raiz psicadélica, numa linha de intensa vitalidade que exprime a construção de realidades etéreas – projeções de um fértil imaginário do sub e inconsciente onde impera a força dinâmica e primeva da natureza.
O contentor de RAM estará exposto no Parque Eduardo VII e, no evento, será “casa” da Nacional.
DRAW
Draw, artista que utiliza latas de spray como se fossem lápis, costuma desenhar rostos anónimos e retratos de pessoas aleatórias em grande escala. O seu estilo único é caracterizado por um traço inacabado, que adiciona lirismo ao assunto. O artista transforma cada superfície num bloco de desenho largo, onde os carvões são substituídos por latas de spray.
A peça de DRAW estará exposta em Alvalade e, no evento, será “casa” da Vitacress.
NOMEN
A arte de Nomen nasceu nas ruas. Pioneiro do graffiti em Portugal, o universo visual do artista autodidata, que é natural de Angola, tem-se consolidado numa multiplicidade de suportes e registos desde que começou a interagir com o espaço urbano, em 1989 – das primeiras incursões ilegais em paredes e comboios, ao trabalho desenvolvido em tela e intervenções murais de grande escala em ambientes institucionais. O seu trabalho tem sido apresentado em inúmeras exposições, eventos e produções artísticas, em Portugal e no estrangeiro.
O contentor de NOMEN estará exposto no Campo Pequeno e, no evento, será “casa” da Santogal.
MESK
As cores vivas e as formas fluídas representam as ilustrações do contentor marítimo da marca Delta, assinado pelo artista Gustavo Teixeira, também conhecido por ‘Mesk’, que através do convívio com um amigo mergulhou no mundo da banda desenhada e dedicou-se ao desenho e a experiências relacionadas com o graffiti. Com um estilo “vadio” e bastante versátil, Mesk gosta de experimentar um pouco de tudo, embora de momento esteja a desenvolver a ilustração infantil, uma vez que o entusiasmam as formas e cores destes desenhos.
O contentor de Mesk estará exposto no Jardim do Arco do Cego e, no evento, será “casa” da Delta.
TAMARA
A única artista feminina no projeto, Tamara Alves, uma das poucas mulheres com trabalho regular e de relevo no universo do graffiti. Fascinada pela estética da rua e contexto urbano, Tamara prefere ignorar espaços convencionais tais como galerias ou museus para apresentar o seu trabalho na rua ou em espaços públicos. Apresentando uma linguagem plástica inspirada na estética urbana, utiliza suportes com características multifacetadas – desenho, pintura, cerâmica ou tatuagem. Desde 2000 que participa em vários projetos, exposições coletivas e individuais e intervenções de arte urbana.
O contentor marítimo de TAMARA estará exposto nas Amoreiras e, no evento, será “casa” da OLÁ.
THE CAVER
The Caver pinta nas ruas desde os 15 anos. Ao longo de 20 anos de trabalho, o artista multidisciplinar tem desenvolvido um estilo único, utilizando formas simples e contrastantes, numa complexa composição de conteúdo enigmático. The Caver confessa que a rua é o seu escritório preferido, investindo muito do seu tempo em pinturas de murais por todo o país e, também, pelo estrangeiro
O contentor de THE CAVER estará exposto na Praça de Londres e, no evento, será “casa” da Guloso.
THIRD
Third ultrapassa, desde sempre, os limites mais enraizados no conceito de arte urbana. A inspiração surge do seu dia-a-dia, imerso na cultura urbana, porém procura constantemente expressar a sua criatividade além do graffiti, sendo também ilustrador. O seu estilo privilegia a representação de estruturas tridimensionais com um cunho de realismo. O artista persegue a evolução constante e a sua inspiração principal é o quotidiano, retratar as vivências, tendo-se a si mesmo como o catalisador de toda a inspiração.
O contentor de THIRD estará exposto em Entrecampos e, no evento, será “casa” da Lusitania.
Recorde-se que a primeira edição da Regata de Portugal arranca já no próximo dia 3 de outubro, mantendo-se no Terminal de Cruzeiros de Lisboa até dia 7 de outubro, com atividades para todos. Além da competição de vela, o evento de entrada livre promove a portugalidade e o talento nacional e conta com uma programação diversa onde haverá DJ Sets diários, espaços gastronómicos com diferentes conceitos pela mão do chef Vítor Sobral e várias atividades para o público.
Junte-se a nós para celebrar o mar de portugueses que leva o país mais longe!