Sobre mulheres, aquelas que não podiam fugir às inevitabilidades da sobrevivência, abandonadas e obrigadas a escolher entre a fé e a prostituição. Com texto original de Luísa Monteiro a partir de investigação histórica de José Luís Neto e das Cartas de Perdão do séc. XV apresentadas a D. João II pelas centenas de mulheres condenadas ao exílio. O texto (e espectáculo) é dividido em três actos. O segundo acto tem a singularidade da narrativa ser deixada em aberto. Esta será escrita, e encenada, por um autor/encenador do local onde o espectáculo ocorrer, com interpretação de uma actriz também local, envolvendo a comunidade, a história e gentes de onde estiver em cena. Desta feita, para Lisboa, o texto e encenação (2º acto) é de Ricardo Cabaça, com interpretação da actriz Cirila Bossuet, dando voz às mulheres angolanas presas e torturadas pela Inquisição, acusadas de feitiçaria e blasfémia.
Texto: Luísa Monteiro | Encenação: José Maria Dias | Encenação (Acto II - Lisboa): Ricardo Cabaça | Composição Musical: Jorge Salgueiro | Interpretação: Graziela Dias, Carina Sobrinho, Cirila Bossuet (Acto II - Lisboa), Patrícia Paixão, Violoncelista: Marco Madeira | Coro: Carina Sobrinho, Eduardo Dias/Micaela Castanheira, Patrícia Paixão | Espaço Cénico e Desenho de Luz: José Maria Dias | Figurinos: Zé Nova | Fotografia: Leonardo Silva | Design Gráfico: Fernando Carvalho | Vídeo: Leonardo Silva e Hugo Andrade | Operação Técnica: Leonardo Silva e Eduardo Dias | Execução de Figurinos: Gertrudes Félix | Produção executiva: Patrícia Paixão
Estrutura Financiada por: República Portuguesa – Cultura / DGARTES – Direcção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Setúbal
O Projeto Viva o Samba nasce durante o ano de 2015 com o principal objetivo de promover e resgatar as raízes do samba em Lisboa. O projeto assenta na promoção e divulgação do samba nas suas mais diversas heranças e aspectos culturais pelo mundo, e na familiaridade e experiências do samba como vivência de várias culturas e como laboratório de experimentação e partilha musicais que a famosa roda de samba proporciona.
Inspirada nas rodas de samba do Brasil, o Projeto Viva o Samba pretende criar um intercâmbio entre artistas, promovendo a cultura popular através da dança e da música. Unindo gerações na partilha de conhecimento e de tradições. A roda tenta intervir com ideias e valores éticos para uma vida comunitária mais saudável e também para a diminuição do preconceito e do racismo reforçando as potencialidades deste projeto artístico social e de integração.
Faz quatro anos que o Projeto Viva o Samba tem vindo a assumir o seu lugar no coração de Lisboa. Todos os domingos, no espaço Titanic Sur Mer, localizado no Cais do Sodré transforma-se numa paleta do Brasil, com a cor do samba. Ali, centenas de pessoas se reúnem para dançar e cantar em volta da já habitual roda de samba. O palco é o centro da roda, criando uma troca e partilha entre artistas da roda e participantes.
Semanalmente o projecto recebe convidados musicais. Este contexto de partilha e de troca já teve a honra de receber no palco do Viva o Samba alguns importantes nomes da música: Mariza, Tiago Nacarato, Catarina Wallenstein, Escola de Samba de Sesimbra, Pretinho da Serrinha, Moacyr Luz, Vanessa da Mata, Almério, Carla Visi, Luca Argel, Doralyce entre outros e outras.
Devido ao sucesso do projeto surge o Festival Viva o Samba Lisboa, que terá a sua primeira edição nos dias 22, 23 e 24 de Fevereiro de 2019 no Estúdio Time Out e Titanic Sur Mer. Durante os dias do festival iremos receber artistas brasileiros e portugueses, como também aulas de dança para queiram aprofundar e contactar com a cultura e com o ritmo do Samba.
Mozart, Schubert, Schumann e Chopin são os compositores clássicos revisitados pela pianista sul-coreana Young-Choon Park no concerto de encerramento do Ciclo Piano Forte, no sábado, dia 2 de Fevereiro, às 19h00, no Museu do Oriente.
Com uma longa carreira internacional, a jovem pianista escolheu, para este recital, um programa dedicado à música europeia de finais do século XVIII e inícios do século XIX, interpretando a Sonata Nº 3 em Si bemol maior de Mozart, a Sonata Nº 16 em Lá menor de Schubert, a Sonata Nº 2 em Sol menor de Schumman, uma selecção das Mazurkas de Chopin, e ainda o Scherzo Nº 3 em Dó sustenido menor deste compositor.
Young-Choon Park iniciou os estudos de pianos aos quatro anos de idade e, com apenas sete, deu o seu primeiro recital completo. Aos nove anos interpretou o Concerto para Piano Nº 1 de Beethoven, com a Orquestra Sinfónica de Seul. A criança-prodígio prosseguiu os estudos na prestigiada Juilliard School de Nova Iorque e, mais tarde, formou-se na Hochschule, em Munique. Desde então tem actuado um pouco por todo o mundo e, de momento, está a gravar as obras completas de Mozart para piano, para a Duchesne World Records, na Bélgica.
Ciclo Piano Forte
Concerto por Young-Choon Park
2 Fevereiro, sábado
19.00
Preço: 10 €
Auditório do Museu do Oriente
PROGRAMA
Mozart, W.A. (1756–1791) | Sonata Nº.3 em Si bemol maior KV.281
Allegro
Andante amoroso
Allegro
Schubert, F. (1797 – 1828) | Sonata No.16 em Lá menor op.42 D845
Moderato
Andante
Scherzo:allegro vivace
Rondo:allegro vivace
Schumann, R. (1810-1856) | Sonata No.2 em Sol menor op.22
Depois da presença do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e um novo recorde de visitantes, superior a 7.500 visitantes, o VI FIMM – Festival Internacional de Música de Marvão já tem data e cartaz definidos. Um dos mais notáveis festivais de música clássica que se realiza no nosso país decorre de 19 a 28 de julho e dá o pontapé de saída com um concerto no Castelo de Marvão, com o pôr-de-sol como pano de fundo.
Mas não só de música clássica se faz a agenda cultural da vila de Marvão.
No início de maio, o Município promove o Percurso do Contrabando do Café, por caminhos sinuosos e outrora percorridos pelos contrabandistas, com o intuito de dar a conhecer uma zona de extraordinária beleza natural e paisagística.
O Ammaia Festum, em junho, transporta-nos no tempo com uma animação histórica na Cidade Romana de Ammaia, classificada como Monumento Nacional desde 1949, aliando Património e Cultura. Um mercado de rua, uma recriação histórica, música, dança, comédia, figuras mitológicas, lutas de gladiadores e um acampamento de legionários, são alguns dos atrativos do Ammaia Festum.
Em julho, regressa o FIMM, com Marvão a receber diversos artistas de classe mundial, pelas mãos do conceituado maestro alemão Christoph Poppen. Serão dez dias de concertos únicos, nos mais emblemáticos e mágicos lugares.
Já em agosto, o Periferias - Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valencia de Alcántara, mantém a aposta num modelo de itinerância pelas aldeias e lugares históricos da raia luso-espanhola. A par da mostra de filmes, o Festival engloba exposições, palestras e espetáculos musicais, constituindo-se como um evento multidisciplinar de relevo no panorama cultural da região.
Em outubro, a vila recorda o seu fundador, Ibn Maruan, e realiza o Festival Al Mossassa. Durantes três dias, Marvão recua no tempo, até ao séc. IX, para recordar as suas origens e o ambiente vivido na época, numa celebração cultural única. Neste espaço, onde coabitam os legados islâmico, judaico e cristão, o visitante poderá encontrar um vasto leque de produtos e objetos relacionados com estas culturas, tomar o verdadeiro chá árabe e saborear as iguarias de outrora.
2019 leva-nos por uma viagem cultural e diversificada por este Marvão autêntico e único.
Marvão para ver, sentir, fruir e não mais esquecer!
A agenda cultural para 2019 volta a surpreender, confira aqui:
De 2 de fevereiro a 28 de abril, a exposição Vicente. O Mito em Lisboa transformará o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta numa cidade com oito ermidas. Peças do Museu misturam-se com obras artísticas contemporâneas e exploram-se as várias dimensões da vida e lenda do padroeiro histórico de Lisboa.
Dedicada à atualidade do mito de S. Vicente, a exposição - co-produzida pelo Museu de Lisboa e a Travessa Ermida - tem como curador Mário Caeiro e trabalho arquitetónico do ateliê [CLAN]. Nela percorrem-se várias dimensões e linhas de investigação do mito vicentino através de diversos objetos e linguagens artísticas, obras de escultura, performance, instalação, pintura, vídeo, desenho, ilustração, texto, entre outros.
Referências dos séculos XV, XVI e XVII dialogam com obras e intervenções artísticas contemporâneas, apresentadas ao longo dos últimos oito anos no projeto homónimo da Travessa da Ermida, ou criadas para esta exposição, de artistas tão distintos como Xana, João Ribeiro, Miguel Januário, André Banha, Dominik Lejman, Simeon Nelson, Jana Matejkova, Régis Perray, Alessandro Lupi, Marta Soares, Isabel Baraona, entre outros.
O Museu de Lisboa promove iniciativas paralelas à exposição, como visitas orientadas, um percurso performativo, conversas com especialistas em vários campos e, no dia 16 de março, o lançamento do livro ilustrado Vicente. Símbolo de Lisboa. Mito Contemporâneo, composto por ensaios de autores como José Tolentino Mendonça, José Eduardo Franco, José Sarmento de Matos, Pedro Picoito; e prefácio de Peter Hanenberg e posfácio de António de Castro Caeiro.
“São muitas as peripécias do martírio e extensa a lista dos milagres que se associam a S. Vicente (…) os vários autores deste Projeto viram cada um o seu vicente” Mário Caeiro (curador) e Paulo Almeida Fernandes (coordenador do Museu de Lisboa-Palácio Pimenta)
PROGRAMA FEV/MAR
7 Fevereiro, 18h Conversa Relíquias. Do Corpo (do Fragmento) e da Totalidade José Eduardo Franco, Philip Cabau, Paulo Borges e Joana Balsa Pinho Moderação: Ana Ferrão e Madalena Folgado
9 Fevereiro, 15h Visita guiada pelo comissário
14 de Março, 18h Conversa Narrativa(s). Do lendário e sua tradição entre culturas Por Paulo Almeida Fernandes, Nelson Guerreiro, Pedro Picoito e Luísa Paolinelli Moderação: Mário Caeiro e Pedro Teixeira da Mota
16 de Março, 16h Lançamento do livro Vicente. Símbolo de Lisboa. Mito Contemporâneo Apresentação: António de Castro Caeiro e Idalina Conde Passeio Performativo: Nelson Guerreiro
Inauguração: 1 de fevereiro de 2019, 18 horas Horário: De 2 de fevereiro a 28 de abril, de terça a domingo, das 10h às 18h Morada: Pavilhão Preto do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta: Campo Grande, 245, Lisboa Entrada: 3€ com descontos (para consulta aqui)
Bolsa de Criação a Artistas Barreirenses para desenvolvimento de novos trabalhos em 2019 Prémio de 1000€ para o projecto vencedor
Na sequência das Bolsas de Criação atribuídas aos artistas locais Tiago Sousa (2016), José Bica (2017) e Hélder Menor, João Antunes e João Pinheiro (2018) a OUT.RA – Associação Cultural aceita, a partir deste momento, candidaturas de jovens artistas locais para o desenvolvimento de trabalho artístico relacionado com Música / Som / Artes Sonoras / Multimedia durante o ano de 2019.
Os critérios de selecção a ter em conta são:
- Residência no Concelho do Barreiro ou áreas urbanas limítrofes (Baixa da Banheira, Vale da Amoreira) - Idade entre os 18 e os 35 anos; - Formação (superior ou técnica) em áreas artísticas, em particular em Música / Artes Sonoras / Multimédia / Etnomusicologia, etc ou, em alternativa, trabalho relevante desenvolvido em Música / Som que revele a procura de novas soluções e permita antever uma personalidade artística própria; - Conhecimento do trabalho desenvolvido pela Associação (OUT.FEST, programação regular, documentação sonora, etc) e adequação das propostas a este trabalho; - Qualidade conceptual do projecto criativo, grau de maturidade apresentado para o seu desenvolvimento, exequibilidade dos meios necessários aos espectáculos para sua apresentação.
O trabalho a desenvolver pelo(a)(s) bolseiro(a)(s) deve decorrer entre Abril e Dezembro de 2019, e contemplar pelo menos um momento de apresentação pública.
A bolsa a atribuir tem o valor de 1000€.
As candidaturas devem ser enviadas para o mail info@outra.pt até ao dia 1 de Março, e conter as seguintes informações:
- Nome, CV e biografia artística - Descrição e calendarização da proposta - Material necessário para o seu desenvolvimento