Os Mistérios de Sintra também se revelam para as Mulheres
Após casas cheias na Escola de Mulheres, em Lisboa, o Teatro Estúdio Fontenova, em parceria com a 33 Ânimos, segue para Sintra participando no Periferias – Festival Internacional de Artes Performativas (organização do Chão de Oliva – Centro de Difusão Cultural em Sintra), a 2 de Março pelas 21h30 na Quinta da Ribafria.
Tal como um pequeno grão, uma vez triturado, é parte da farinha que faz o pão, os anseios e liberdades das mulheres, alimentam a mó da sociedade patriarcal para fazer o pão que o Diabo amassou que as próprias hão-de comer.
Sobre mulheres, aquelas que não podiam fugir às inevitabilidades da sobrevivência, abandonadas e obrigadas a escolher entre a fé e a prostituição. Com texto original de LUÍSA MONTEIRO a partir de investigação histórica de JOSÉ LUÍS NETO e das Cartas de Perdão do séc. XV apresentadas a D. João II pelas centenas de mulheres condenadas ao exílio.
O texto (e espectáculo) é dividido em três actos. O segundo acto, tem a singularidade da narrativa ser deixada em aberto. Esta será escrita, e possivelmente encenada, por um autor/encenador do local onde o espectáculo ocorrer, com interpretação de uma actriz também local, envolvendo a comunidade, a história e gentes de onde estiver em cena.
Na zona de Lisboa, o Acto II tem Texto e encenação de Ricardo Cabaça, com interpretação poderosa da actriz Cirila Bossuet, dando voz às mulheres angolanas presas e torturadas pela Inquisição, acusadas de feitiçaria e blasfémia.
Texto: Luísa Monteiro | Encenação: José Maria Dias | Encenação (Acto II—Lisboa): Ricardo Cabaça | Composição Musical: Jorge Salgueiro | Interpretação: Graziela Dias, Carina Sobrinho, Cirila Bossuet (Acto II—Lisboa), Patrícia Paixão | Violoncelista: Marco Madeira | Coro: Carina Sobrinho, Eduardo Dias/Micaela Castanheira, Patrícia Paixão | Espaço Cénico e Desenho de Luz: José Maria Dias | Figurinos: Zé Nova | Fotografia: Leonardo Silva | Design Gráfico: Fernando Carvalho | Vídeo: Leonardo Silva e Hugo Andrade | Operação Técnica: Leonardo Silva e Eduardo Dias | Execução de Figurinos: Gertrudes Félix | Produção executiva: Patrícia Paixão
Estrutura Financiada por: República Portuguesa – Cultura / DGARTES – Direcção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Setúbal Apoio Financeiro: Fundação Buehler- Brockhaus Agradecimentos: Setpão Lda., MCS, ABC do Estudo/Moita e Livraria Universo Duração: Aprox. 60 min.
DEPOIS DO MEDO apresenta-se em Lisboa, em Outubro, entre os dias 9 e 13 de Outubro numa das mais prestigiadas salas de teatro da capital. Está é a primeira vez que o Teatro Nacional D. Maria II programa um espectáculo de stand up comedy. As cinco apresentações esgotaram em menos de 24 horas.
O espectáculo que marca o regresso de Bruno Nogueira a este formato, após um interregno de 10 anos, tem esgotado salas de Norte a Sul - e Açores - desde a estreia a 29 de Novembro, em Faro. Desde então, e até ao dia de hoje, já passou por 15 localidades, num total de 17 apresentações completamente lotadas, e apresenta-se hoje em Évora, amanhã em Almeirim e no Sábado em Matosinhos, as três apresentações estão também elas esgotadas.
Antes de chegar a Lisboa, em Outubro, o espectáculo tem já confirmada passagem por Lagos, Santarém, Barreiro, Santa Maria da Feira, Vila Real, Figueira da Foz, Porto, Braga, Viseu e Régua, sendo que a agenda está em constante actualização e mais datas serão anunciadas.
J. Buck distingue-se como um artista a solo e compositor de letras profundas, que mergulha em ritmos de soul e blues. Em 2015, lançou o seu primeiro EP "The J. Buck Experience", que segundo Murfreesboro Pulse citou como "um passo em direção um passo em direção à nova versão da geração de Marvin Gaye. Passado um ano, J. Buck lançou o tão aguardado álbum, "Love Matters", com temas como “Where I Am”, “Dear Heart”, entre outros.
J. Buck apresenta-nos hoje o single “Love Me Back”, que faz parte do EP "Love Matters", e prepara-se para entrar numa digressão ibérica em Maio, que promete espalhar amor e paz, encantar, com a sua poderosa voz, e entreter o público português e espanhol
A poesia de Antero de Quental vai ser evocada na tertúlia “Palavras na Nossa Terra” de fevereiro, marcada para dia 22, às 21h00, na Biblioteca Municipal de Pinhal Novo.
Antero de Quental (1842-1891), poeta e pensador do século XIX, foi uma lenda em Coimbra. Conhecido como mestre do soneto e defensor da modernidade, o escritor fez parte de uma das mais ricas gerações de intelectuais portugueses. Desde cedo, começou a escrever sonetos, influenciado por Alexandre Herculano. As heranças literárias da família fidalga de São Miguel, onde nasceu, em especial, do avô, que também era poeta e íntimo de Bocage, também influenciaram a sua escrita. Antero de Quental é autor de obras poéticas como “Raios de Extinta Luz” e “Odes Modernas” e também de vários ensaios filosóficos.
A participação nestes encontros de poesia, que decorrem uma vez por mês, na Biblioteca Municipal de Pinhal Novo, é livre e aberta a todas as pessoas que gostem de ouvir, escrever, ler ou declamar poesia.
“O primeiro embaixador europeu à Dinastia Ming – Tomé Pires (1517)” é o tema da próxima conferência em torno da exposição “Três Embaixadas Europeias à China”, que o Museu do Oriente organiza no dia 22 de Fevereiro, às 18.00, com entrada livre.
A sessão aborda o mundo de Tomé Pires, farmacêutico, quadro administrativo e diplomata, que se estendia de Lisboa até à China, mas tinha o seu epicentro asiático em Malaca, centro importante do mundo poli-centrado que era o Estreito de Malaca, a autoestrada marítima de ligação entre o Mediterrâneo e o Índico, e o Mar da China.
Agora, no mundo de Pires era a Europa que se aproximava da Ásia, em modo de conquista, mas também de comércio e diplomacia. A diplomacia que, em 1517, haveria de tornar Pires no primeiro embaixador de um Estado europeu à Dinastia Ming, que governava a China desde 1368. Uma embaixada que deixou ecos no presente das mais variadas formas e que inspirou romancistas e artistas plásticos contemporâneos. E que se perpetua na toponímia da mais bem-sucedida criação do entendimento entre Portugal e a China, que é Macau.
A conferência é conduzida por Jorge Santos Alves, professor auxiliar convidado da Faculdade de Ciências Humanas (Universidade Católica Portuguesa, Lisboa) e coordenador do Instituto de Estudos Asiáticos e do Mestrado em Estudos Asiáticos da mesma universidade. É investigador-sénior do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura (FCH-UCP) e foi professor convidado da Universidade de Macau (2003-2010), onde ensinou entre 1990 e 1996.
Conferência “O primeiro embaixador europeu à Dinastia Ming – Tomé Pires (1517)”
Perdidos e Achados resulta da relação que estabeleço com o espaço da cidade que é para mim, em muitas circunstâncias, uma paleta de cores, um estaleiro de materiais, um reportório de formas. Esta prática de respingador, aquele que vasculha no que é deixado para trás, coloca-me frequentemente na posição de etnólogo, que recolhe e regista a presença de objetos que resultam da atividade humana, independentemente de para mim, valerem mais, à partida, neste jogo de acaso e imponderável, pelas suas qualidades formais ou pela circunstância “feliz” do “acaso” que os traz até mim. Neste processo de filiação dada, sobre o qual não pretendo possuir qualquer controlo, brotam narrativas que resultam das estórias que os objetos inevitavelmente consigo carregam, e que, inevitavelmente também, veiculam para quem os observa.
Apoio Câmara Municipal de Almada
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GALERIA DE ARTE IMARGEM
Rua Torcato José Clavine nº19 Piso 03 2800-710 ALMADA
De 1 a 23 de fevereiro, a Biblioteca Municipal do Vale da Amoreira acolhe a Exposição “MIXART”, pela AMOCA – Associação Movimento Organizado Cultural e Artístico.
Da mistura de vertentes artísticas e experimentação nasce um evento que convida o público a visitar a exposição de pintura e escultura e a assistir a algumas atuações que poderão ser de música, poesia, dança, vídeo-dança ou teatro.
“Dominguinhos” de 24 de fevereiro trazem ateliê de educação ambiental
A educação ambiental ganha terreno nos “Dominguinhos” de 24 de fevereiro, onde o objetivo é recriar subsolo. Num frasco, colocar-se-ão camadas intercaladas de terra e areia e folhas no topo, que irão dar lugar às “inquilinas” da casa – as minhocas. As crianças poderão observar este bicho a instalar-se e a escavar túneis e, assim, perceber o papel de cada ser na natureza.
Os “Dominguinhos” são compostos por diferentes temáticas mensais e surgem da parceria com a Catavento, empresa da incubadora de indústrias criativas da Fundação de Serralves, que se dedica a projetos educativos. Aos domingos, entre as 11h00 e as 12h30, no corredor de Moda Infantil do MAR Shopping Matosinhos, Piso 0, acontece um leque de atividades gratuitas de lazer, numa simbiose perfeita de momentos alegres e educativos.
As manhãs didáticas e diferentes querem-se sobretudo divertidas e em família. A Preguiça, a mascote dos “Dominguinhos”, também não fica em casa… Espera todos os domingos de manhã por mais uma brincadeira para partilhar com os seus amiguinhos!
Uma Dança Por Mês... Europa Endlos Danças de Caráter II com Aleksander Vorontsov
23 FEVEREIRO Danças de Caráter (parte II de III) Romani (Danças Ciganas da Rússia, Roménia e Turquia) com Aleksander Vorontsov 10h00 - 12h30 Sala de Ensaio do Cineteatro António Lamoso Santa Maria da Feira
Destinatários: dos 13 aos 65 anos, com ou sem experiência no campo das artes performativas. Entrada livre mediante inscrição através do email: bcnproducao@gmail.com Limitado a 30 participantes
Uma Dança por Mês… Europa Endlos é um programa de formação organizado pelo Ballet Contemporâneo do Norte e destinado ao público de Santa Maria da Feira. Como complemento à programação da companhia, onde o público tem a possibilidade de ver dançar, aqui o espetador é convidado a experimentar a dança, as suas estratégias e os seus modos de usar. Este ano, o ciclo apresentará um conjunto de 8 sessões temáticas em diálogo com o programa €UROTRA$H, com curadoria de Rogério Nuno Costa. Europa Endlos (“Europa Interminável”), subtítulo confiscado a ao álbum “Trans Europa Express” dos Kraftwerk, dará o mote a um conjunto de encontros à volta de narrativas coreográficas trans-europeias, danças mais ou menos vizinhas, mais ou menos longínquas, migradas ou imigradas, asiladas ou refugiadas, pedidas emprestadas, apropriadas. A Europa enquanto conceito e interrogação híbrida, que se expande para lá das suas fronteiras históricas, geográficas e culturais.
As três primeiras sessões (Janeiro, Fevereiro e Março) serão coordenadas pelo professor russo Aleksander Vorontsov, e trarão a Santa Maria da Feira um olhar menos conhecido do Ballet. Fruto das tradições folclóricas húngara, ucraniana, russa e cigana, as designadas danças de caráter foram sendo esculpidas nas academias de bailado clássico, tornando-se numa disciplina própria, com uma técnica rigorosa que rapidamente se popularizou entre os mestres russos. As grandes obras do coreógrafo francês Marius Petipa, sobretudo as gizadas em cima das emblemáticas partituras de Tchaikovski, contêm diversas danças de caráter. O terceiro ato do emblemático “O Lago dos Cisnes”, por exemplo, é basicamente uma longa série de danças étnicas estilizadas. Entre os anos 20 e 60 do século XX, a dança de caráter foi uma das mais populares em França, mas foi sendo relegada para um plano secundário, havendo atualmente cada vez menos estabelecimentos de ensino artístico a propô-la como matéria obrigatória.
Em Fevereiro, vamos receber na Sala de Ensaio do Cineteatro António Lamoso uma das mais fascinantes culturas trans-europeias. A música e a dança ciganas atravessam todas as latitudes do velho continente, da Rússia aos Balcãs, da Turquia à Península Ibérica. Nómada, o povo Roma absorve elementos culturais das regiões onde se instala, apresentando uma variedade de manifestações folclóricas com origens pan-Europeias, asiáticas e norte-africanas/médio-orientais. Dada a sua presença trans-epocal nas artes e nas literaturas europeias, as personagens de etnia cigana fazem parte inalienável do repertório do bailado clássico. Veja-se, a título de exemplo, o ballet "Don Quixote", baseado em episódios do famoso romance de Miguel de Cervantes. Originalmente coreografado por Marius Petipa para o Ballet do Teatro Imperial Bolshoi de Moscovo (1869), a peça apresenta inúmeras danças de caráter ciganas imortalizadas pelos mais importantes bailarinos da história da dança clássica europeia.
Sobre Aleksander Vorontsov Aleksander Vorontsov é professor bailarino, professor e coreógrafo, trabalhando com Dança Clássica, Moderna e Folclore. Diplomado pelo Instituto Superior da Cultura de Moscovo (1989) como bailarino, onde também deu aulas e atuou integrado no grupo do Instituto, com apresentações na Eslovénia, Hungria, Checoslováquia e França. Em 1987, frequentou um estágio de formação com o então bailarino principal do Teatro Bolshoi, Vladimir Vassiliev. De 1989 a 1990, deu aulas de dança clássica e moderna na Casa da Cultura de Moscovo, onde foi responsável por um grupo de bailarinos, como professor e coreógrafo. Em 1991, integrou a Companhia de Dança Moderna e Clássica “Ritmos do Planeta” de Boris Sankin, com digressões pela Holanda e Bélgica. De 1992 a 2001, trabalhou como bailarino na emblemática companhia “Ballet Russo” de Serguei Denissov, com digressões pela Áustria, Eslovénia, Espanha e Portugal. Exerce a sua atividade pedagógica em Portugal desde 1997, nas disciplinas de Ballet Clássico, Dança Moderna e de Caráter. Em 2013, integra o corpo de docentes da escola Backstage como professor de Ballet Clássico, método Vaganova.
PRÓXIMA DATA 16 de Março | Danças de Caráter III
EUROTRASH AGORA /ἀγορά
AGORA / ἀγορά
Estreia 13 e 14 de abril na Igreja Velha de São João de Ver, Santa Maria da Feira.
O Ballet Contemporâneo do Norte desafiou coreógrafos e criadores contemporâneos a submeterem propostas para a criação de espetáculos de curta duração (15 a 20 minutos) com a participação dos 4 bailarinos selecionados após a audição que teve lugar no dia 5 de Janeiro de 2019 no Imaginarius Centro de Criação. As propostas selecionadas, pensadas para um espaço “não-convencional” do município de Santa Maria da Feira (Igreja velha de São João de Ver), têm por base teórica o enquadramento explanado no ponto anterior, refletindo sobre uma ou mais “ideias de Europa” avançadas pelo filósofo Georges Steiner, ao mesmo tempo questionando as práticas artísticas e de investigação dos criadores num objeto coreográfico — a Dança enquanto prática e pensamento. Foram selecionadas duas peças da autoria de dois coreógrafos estabelecidos (Jorge Gonçalves e Joclécio Azevedo) e ainda uma terceira da autoria de uma jovem criadora de Santa Maria da Feira (Catarina Campos). As três peças serão apresentadas em sequência em Abril de 2019, após um período de residência em Santa Maria da Feira e darão, assim, forma a um dos 5 módulos que completam o programa €UROTRA$H, que terá por sub-título AGORA/ ἀγορά. Pretende-se que esta apresentação potencie um espaço de discussão sobre a importância (pública, logo política) da arte e das suas valências sociais, históricas e filosóficas. A ágora grega enquanto berço da missão democrática e livre que consubstancia o projeto europeu, e que urge, na contemporaneidade, re-pensar e re-criar.