A 20 de abril, sábado, pelas 15h00, a Rua Vasco da Gama, em Quarteira, recebe a iniciativa do Folar da Páscoa Gigante, um momento de celebração pascal que pretende proporcionar ao visitante a degustação daquela que é uma das principais iguarias desta quadra festiva.
Com 100m de comprimento e um peso de 330kg, este folar será elaborado pela Pastelaria Duo Doce com os seguintes ingredientes: 150kg de farinha, 30kg de açúcar, 30kg de margarina, 450 ovos, licores diversos, canela moída, erva-doce, raspa e sumo de laranja, raspa de limão, fermento biológico, chá de ervas aromáticas e mel.
Paralelamente, neste dia, no Largo do Centro Autárquico, tem lugar o tradicional Baile da Pinha, este ano animado por Tozé Prata e Dina Teresa.
Gastronomia, música e muita animação não vão faltar nestes dias em Quarteira, numa altura em que são muitos os turistas que se encontram nesta cidade para umas miniférias.
No âmbito da Exposição “Paisagem Sonora: a Gaita de fole”, a Câmara Municipal de Palmela organiza, a 13 de abril, uma “Oficina de palhões e afinação de Gaita de foles”, pela Oficina Sons da Música (Victor Félix e Mário Estanislau). A iniciativa vai decorrer das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00, no Museu da Música Mecânica, em Pinhal Novo.
A participação é gratuita (mediante inscrição prévia e por ordem de chegada) e a Oficina vai funcionar com um mínimo de oito e um máximo de 12 participantes. Informações e inscrições: patrimonio.cultural@cm-palmela.pt ou 212 336 640.
“Paisagem Sonora: a Gaita de fole” está patente até dia 2 de outubro, na Sala de Exposições Temporárias do Museu da Música Mecânica. A Exposição dá a conhecer a história, os tipos e formas de construção da Gaita de fole, os músicos e repertórios, os círios e os gaiteiros. A mostra pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 14h30 às 18h00 (encerra no domingo de Páscoa), sendo o acesso feito com o bilhete de entrada no Museu.
A organização é da Câmara Municipal de Palmela, em parceria com o Museu da Música Mecânica, o FIG - Festival Internacional de Gigantes, a Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita de foles, o Círio dos Olhos d’Água, o Círio da Carregueira e o Bardoada – O Grupo do Sarrafo.
A iniciativa integra o “Palmela é Música”, processo de candidatura de Palmela à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na área da Música.
10 Abril– 19h #EntradaLivre |Duo Sanches-Antico(recital de piano e viola de arco)
11 Abril– 19h #EntradaLivre |GRUPO CORAL DO CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO
DOS TRABALHADORES DO METROPOLITANO DE LISBOA | Ciclo de Coros
12 Abril – 19h #EntradaLivre |Recital de piano de António Luís Silva
| Ciclo Músicas do Acervo - Compositores Portugueses e Seus Contemporâneos
10 Abril– 19h #EntradaLivre | Duo Sanches-Antico (recital de piano e viola de arco)
Concerto de câmara Chiara Antico,violetista Daniel Sanches,pianista
PROGRAMA
S. Bach, Suite n. 3 para viola solo (transcrita do original para violoncelo)
Preludio
Sarabanda
Giga
Villani-Côrtes – INTERLÚDIO V PARA VIOLA E PIANO
Brahms - SONATA OP. 120 N. 1, PARA VIOLA E PIANO Allegro apassionato Andante um poco adagio Allegretto grazioso Vivace
Chiara Antico
Chiara Antico nasceu em Pescara (Itália) e aos três anos iniciou os estudos musicais no Instituto Musical Suzuki da Valle D’Aosta. Frequentou o Conservatório “L. D’Annunzio” e posteriormente o Instituto de Alta Cultura “L. Perosi” de Campobasso, onde, em 2013, terminou o Mestrado em Viola com votação máxima e honras académicas na classe dos Professores Silvio Di Rocco e Stefano Morgione. Durante a sua formação, participou em Master classes com os professores Danilo Rossi, Felice Cusano, Sergej Krylov, Zakhar Bron, Maurizio Sciarretta, Bruno Giuranna, Rocco De Massis, Luigi Piovano, Samuel Barsegian e Eddy Malave.
Em Itália destaca-se a experiência em orquestras juvenis e profissionais que a levaram a tocar em salas e teatros importantes como o Auditorium Parco della Musica em Roma, o Antico Teatro Greco de Taormina (Sicilia), o Teatro Lingotto em Turim, o Centro Cultural de Belém de Lisboa e a Sala Grande da Filarmonia de St. Petersburg. Em 2010 foi a viola do quarteto Opéra Petit Ensemble de José Carreras, no Festival de Carcassonne (França). Em setembro de 2011 foi convidada como Chefe de Naipe das Violas para um programa com a Galyani Vadhana Institute Orchestra em Bangkok. Em 2013, como Bolseira da Associação “Amici della Musica” apresentou-se com o Ensemble F. Fenaroli na Zankel Hall da Carnegie Hall em New York. Em Portugal, foi selecionada para a Fundação Orquestra Estúdio da Capital Europeia da Cultura 2012, em Guimarães. Em Lisboa, colaborou como reforço com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e com a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras. Doutoranda em Artes Musicais na Faculdade Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, foca a sua investigação sobre a estética e a ética da performance em contextos extremos, nomeadamente no universo dos campos de concentração instituídos pela Alemanha nazista na II Guerra Mundial, e sobre o valor da música como resistência interior e prática coletiva além de continuar o seu aperfeiçoamento musical na classe do Prof. Samuel Barsegian. Além das atividades como investigadora, possui uma intensa atividade artística como integrante como reforço do naipe de violas da Orquestra Gulbenkian e em concertos de câmara em diversas formações.
Daniel Sanches
Natural do Rio de Janeiro, o pianista Daniel Sanches é um dos destaques do cenário musical brasileiro. Pianista da Escola de Música da UFRJ, é Mestre em Performance Musical pela UNIRIO e estudou com Maria Teresa Madeira no Conservatório Brasileiro de Música onde concluiu seu bacharelado e especialização Pedagogia do Piano.
Vencedor do Concurso Nilda Freitas X Concurso Nacional de Piano Souza Lima, obteve o segundo lugar no Concurso Nacional de Piano Art-Livre na Categoria Música Brasileira. Também foi premiado no Concurso “Jovens Solistas” da Bahia e no Concurso “Jovens Destaques” do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ na Categoria Música de Câmara.
Foi solista de diversas orquestras, como a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica Jovem de Campos e a do Programa Prelúdio da TV Cultura, atuando sob regência de Modesto Flávio, Osvaldo Colarusso, Luis Maurício Carneiro, Julio Medaglia, e Anderson Alves.
Participou da Gravação do CD e DVD “Música Viva” sob a Direção da Maestrina Ligia Amadio e no teatro musical, atuou como diretor musical assistente e pianista na peça “Forrobodó, um choro na cidade nova”, “Bilac vê estrelas” e “Ou Tudo ou Nada - O musical”.
Participou de diversas master classes e cursos de aperfeiçoamento com Stefan Meylaers (Bélgica), Sergei Dukachev (Rússia), e Roberto Bravo (Chile). Como professor lecionou no Centro Cultura Musical de Campos, no XIV e XV FEMUSICAs e no Departamento de Piano da UFRJ.
Recentemente, lançou o CD intitulado “Carioca”, álbum totalmente dedicado à música brasileira de concerto. Atualmente é Investigador do Doutorado em Artes Musicais da Universidade Nova de Lisboa e da Escola Superior de Música de Lisboa.
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11 Abril– 19h#EntradaLivre
Ciclo de Coros do Museu Nacional da Música
GRUPO CORAL DO CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO DOS TRABALHADORES DO METROPOLITANO DE LISBOA
HISTORIAL O Grupo Coral do CCDTML foi constituído em Março de 1991, com o objectivo de divulgar e incentivar a cultura musical através do canto coral. Já contou com a participação de mais de trinta elementos, femininos e masculinos, distribuídos por quatro naipes (sopranos, tenores, contraltos e baixos), na sua maioria trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, mas, atualmente, tem muito menos. O repertório, que se pretende diversificado, é constituído por trechos de música erudita e tradicional/popular, de carácter religioso e profano, de autores nacionais e estrangeiros, cantados em língua portuguesa – contemporânea e arcaica – e em línguas estrangeiras, incluindo o latim. O Grupo Coral tem organizado e participado em Encontros de Coros, marcando presença em diversas actividades lúdicas e culturais, promovidas por autarquias, escolas e outras associações, em todo o território nacional. No estrangeiro, o Grupo, correspondendo a um honroso convite, participou em 2008 num Encontro de Coros que teve lugar em Paris. De salientar que o Grupo Coral atingiu a maioridade, como coro de amadores, graças ao empenho e persistência da direcção técnica e artística, inicialmente, da responsabilidade do Maestro Ivo de Castro até Setembro de 1996. Desde esta data a Julho 2014 a direcção técnica e artística esteve a cargo do Maestro João Crisóstomo e desta data a Outubro de 2017 do maestro Rui Silva. Atualmente, dirige o Coro do C.C.D.T. Metropolitano de Lisboa a maestrina Ana Sofia Gato.
Ana Sofia Vale de Gato Natural de Évora, iniciou os seus estudos em clarinete aos 8 anos na Banda de Lavre e completou o Curso de Instrumentista na Escola Profissional de Évora. Licenciou-se em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa e mais tarde realizou o Mestrado em Ensino da Educação Musical no Ensino Básico no Instituto Politécnico de Setúbal. Teve a oportunidade de realizar Masterclasses de Direcção Coral e Pedagogia Coral com os maestros e pedagogos Paulo Lourenço, Cara Tasher, Eugene Rogers, Gonçalo Lourenço, Gonçalo Gouveia, Elisenda Carrasco e Stephen Coker. Participou em vários projetos, salientando-se o Studio Conducere - Estúdio de Aperfeiçoamento em Direção Coral. Durante largos anos integrou o Coral Luísa Todi enquanto coralista e maestrina assistente, tendo em 2009 fundado e dirigido o Coral Infantil/Juvenil desta mesma instituição. Atualmente, para além de maestrina do Coral Samouco e do Coro do Centro Cultural dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, coordena e leciona a disciplina de Coro do Conservatório Regional de Artes do Montijo.
PROGRAMA E. Carrapatoso Quatro Últimas Estações — Outono: Fado das Tágides I. Albéniz Suite Espanhola Op. 47 — Castilla F. Poulenc Improvisation No15 F. Chopin Polonaise Op.40 No2 "Militar" E. Grieg
Dança noruguesa Op.35 No3 A. Babadjanian Improviso S. Rachmaninoff Prelúdio Op.32 No10 M. Tokuyama Musica Nara Y. S. Wang Sunflower L. Godowsky Suite Java — Gamelão G. Gershwin Songbooks — The man I love; I got Rhythm M. Ponce Intermezzo No1 H. Villa-Lobos Choro No1 A. Ginastera Dança argentinas No2 — Danza de la moza donosa N. El Ruheibany Suite Árabe — Abendgebet: Noturno António Silva Improviso — realizado em concerto
ANTÓNIO LUÍS SILVA
Pianista, compositor e improvisador português, António Luís Silva foi premiado em diversos concursos internacionais e nacionais, destacando-se os primeiros prémios no Concurso Internacional Cidade do Fundão, no Concurso de Interpretação Frederico de Freitas e no Concurso Ibérico de Piano do Alto Minho, e ainda o segundo prémio no Concurso Internacional Santa Cecília. Estreou-se em 2017 a tocar a solo com orquestra, interpretando o 1o Concerto de Rachmaninoff, com a orquestra Filarmonia das Beiras. A solo realizou diversos recitais em Portugal e França, actuando em diferentes palcos, entre eles a Sala Amália Rodrigues e grade auditório do CCB, Teatro Aveirense, Museu Tavares Proença e Sala dos Espelhos no Palácio Foz. Realizou também concertos transmitidos em direto e em diferido pela estação de rádio Antena 2. Foi orientado por professores de renome, entre eles Carla Seixas, Jill Lawson e Álvaro Teixeira Lopes. Em 2010 terminou com distinção o curso de piano na Escola de Música do Conservatório Nacional sendo galardoado com prémio de mérito ao melhor aluno da instituição, atribuído pelo ministério da educação. Licenciou-se em Música na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Artes Aplicadas, e concluiu o Mestrado em Ensino da Música em 2016, na Universidade de Aveiro, sempre com as mais altas classificações. Ao longo dos estudos, António Luís Silva trabalhou com conceituados pianistas e professores como Caio Pagano, Jeffrey Swan, Fausto Neves e Pedro Burmester. Enquanto pianista, António Luís Silva interessa-se por explorar os múltiplos períodos da história da música ocidental e oriental, desde o Barroco ao Contemporâneo. Executa não só obras de grandes vultos da música como Liszt, Brahms, Rachmaninoff e Grieg, como frequentemente dá a conhecer ao seu público obras de compositores menos explorados como MacDowell, Godowsky, Okumura e Schmitt.
No próximo sábado, dia 13 de abril, pelas 17h00, a Livraria Lello e a Direção Regional de Cultura do Norte inauguram a exposição "Variações sobre uma tradição: Bordados com Poesia".
Resultante da presença de Portugal na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México, em 2018, a exposição “Variações sobre uma tradição: Bordados com Poesia” nasce da originalidade de relacionar os Lenços dos Namorados, expressão do artesanato português, à arte que se alimenta de ingenuidades e de imaginação.
A exposição é composta por dezenas de lenços, provenientes – por exemplo – de Vila Verde, Amarante, Barcelos e Braga.
Mais que uma mostra etnográfica esta exposição associa uma prática tradicional, onde a poesia popular é elemento essencial, à poesia dos autores portugueses contemporâneos.
Altamente simbólicos na sua origem, os bordados assumem hoje novas aplicações, desde um passado de tradição até às suas mais recentes expressões decorativas, da porcelana à moda, manifestações de um Portugal moderno e criativo.
O Mercado Municipal de Pinhal Novo recebe, de 16 a 20 de abril, a I Feira da Páscoa.
A doçaria local e regional a par das amêndoas, folares, crepes, chocolates e licores, entre outras iguarias, compõem a oferta da Feira.
Com entrada gratuita, o certame poderá ser visitado entre as 8h00 e as 16h00. A I Feira da Páscoa é complementada com a possibilidade dos visitantes adquirirem frescos de qualidade, no mesmo local.
No próximo sábado, 13 de abril, pelas 16h00, o Arquivo Municipal de Loulé recebe mais uma sessão de “O Documento que se segue”, desta vez com o tema “Manuel Laginha, Arquiteto e Urbanista: Obras, Projetos e Arquivos”. A apresentação estará a cargo de Ricardo Costa Agarez.
O arquiteto Manuel Laginha (1919-1985) operou, ao longo do seu percurso de quatro décadas, na charneira entre dois tempos, entre dois mundos. Por um lado, trabalhou entre o Portugal rural e o urbano, em modernização e concentração demográfica. Por outro, foi participante destacado na renovação da arquitetura portuguesa no pós-guerra, quando um novo entendimento da tradição intersectou os ensinamentos do Movimento Moderno. Num período fecundo de maturidade e transição, Laginha fundou a sua visão da contemporaneidade nas constantes históricas da relação verdadeira entre o interior e o exterior, a forma e o conteúdo, a Arquitetura e o Tempo.
Ricardo Costa Agarez é arquiteto (FAUTL 1996) e historiador da arquitetura (Mestre FCSH-UNL 2004, Ph.D. University College London, 2013, RIBA President’s Award for Research 2013). Professor auxiliar no Departamento de Arquitetura da Universidade de Évora, foi cocomissário da exposição Arte e Arquitetura entre Lisboa e Bagdade (Fundação Calouste Gulbenkian, 2018-19) e publicou, entre outros, “Habitação: Cem Anos de Políticas Públicas em Portugal, 1918-2018” (2018; edição e coautoria), “Algarve Building: Modernism, Regionalism and Architecture in the South of Portugal, 1925-1965” (2016) e “O Moderno Revisitado: Arquitectura de Habitação Multifamiliar em Lisboa nos Anos 1950” (2009).
Luiz Martins (1970, Brasil) é licenciado em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Vive e trabalha entre Viena, Áustria, e São Paulo, no Brasil. Elogios ao Silêncio resulta de um trabalho de pesquisa continuada, aberto a novas perspectivas e formatos, mas que se mantém centrado na análise dos símbolos e dos signos primitivos de comunicação do homem. Luiz Martins apresenta os seus "objetos sintéticos", como lhes chama, orientados pelo confronto entre uma exploração mais construtivista, e um impulso orgânico, de matriz gráfica. É no jogo de perspectivas entre os volumes cheios, e os volumes mais ocos, vazios, que se permite a criação de uma cartografia visual, e de uma geometria de signos orientados pela emoção.
Sábado, 13 de abril // 21h30 // Igreja do Bom Jesus de Matosinhos
De Arnold Schlick a Hugo Distlerm, passando por Johann Sebastian Bach ou por Girolamo Frescobaldi, o concerto que terá lugar no sábado, 13 de abril, pelas 21h30, na Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, promete ser uma autêntica viagem por alguns dos principais compositores para órgão de tubos nos últimos seis séculos. Diante do teclado estará António Esteireiro, um dos grandes executantes nacionais de música sacra e litúrgica.
O concerto é de entrada gratuita e integra o programa Música em Matosinhos.
licenciado em Órgão pela Escola Superior de Música e Teatro de Munique, e em Música Sacra pela Escola Superior de Música Sacra de Regensburg, António Esteireiro traz a Matosinhos um programa vasto, que abrirá com a “Toccata Settima”, a mais famosa das peças que Michelangelo Rossi compôs, crê-se, no final da década de 1630. Segue-se Girolamo Frescobaldi, um dos mestres de Rossi, do qual se escutará “Bergamasca”, uma peça de tom barroco que integra as chamadas “flores musicais” do compositor e organista da Basílica de São Pedro, em Roma.
António Esteireiro interpretará ainda uma das “canzonas” que Johann Sebastian Bach compôs cerca de 1715, precisamente inspirado pelas “flores musicais” de Frescobaldi. De Arnold Schlick, o mais antigo dos compositores do programa, escutar-se-á “Maria Zart”. O recital incluirá ainda peças de Dietrich Buxtehude, Hugo Distler, Jan Pieterszoon Sweelinck e Gregorio Strozzi, mas também dos portugueses Francisco Correa de Araújo e Carlos Seixas.
De referir que esta sexta-feira, 12 de abril, pelas 22 horas, o maestro e pianista Rui Massena atuará também no Teatro Municipal de Matosinhos-Constantino Nery, estando o concerto já esgotado.
O Centro Cultural de Poceirão recebe, no dia 13 de abril, às 21h30, o espetáculo “UTOPIAS” com o Zeca…e o Palma!. Num ambiente simples e intimista, este evento aproxima o público da música e da poesia de Zeca Afonso e de Jorge Palma, partilhando as suas mensagens e disfrutando da genialidade das suas obras.
O espetáculo, com entrada gratuita, conta com Jorge Patrício na viola e voz, Joaquim Costa no teclado e Paulo Sequeira na viola baixo e é uma organização da Câmara Municipal de Palmela.
O Ballet Contemporâneo do Norte desafiou coreógrafos e criadores contemporâneos a submeterem propostas para a criação de espetáculos de curta duração (15 a 20 minutos) com a participação dos 4 bailarinos selecionados após audição. As propostas selecionadas, pensadas para um espaço “não-convencional” do município de Santa Maria da Feira, têm por base teórica o enquadramento conceptual do programa €UROTRA$H, refletindo sobre uma ou mais “ideias de Europa” para o futuro-presente, ao mesmo tempo questionando as práticas artísticas e de investigação dos criadores num objeto coreográfico — a Dança enquanto prática e pensamento. As três performances estabelecem um diálogo “in situ” com a arquitetura de um espaço particular (Antiga Igreja de São João de Ver, Santa Maria da Feira), desprovido da sua função original, ou então re-ativado e potenciado contemporaneamente enquanto esfera de discussão pública (logo política) sobre a importância da arte fora dos grandes centros, suas valências sociais e culturais, mas também históricas e filosóficas. A ágora grega, que dá título à série, enquanto berço da missão democrática que alicerça o “projeto europeu”, e que urge, na atualidade, re-pensar e re-criar.
Foram selecionadas duas peças da autoria de dois coreógrafos estabelecidos (Jorge Gonçalves e Joclécio Azevedo) e ainda uma terceira da autoria de uma jovem criadora de Santa Maria da Feira (Catarina Campos). As três peças serão apresentadas em sequência nos dias 13 e 14 de Abril de 2019, após um período de residência de criação acompanhado por Rogério Nuno Costa (curador e artista associado) e Susana Otero (diretora). O processo de criação foi profusamente documentado (em fotografia e vídeo) e será publicado em objeto documental no final da atividade.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Joclécio Azevedo
Este trabalho é uma espécie de ensaio de desgaste, um teste de resistência e de flexibilidade mental para os intérpretes, assente numa estrutura de ações repetitivas que configuram uma paisagem saturada de gestos. A repetição obsessiva das ações conduz a diferentes modos de produção e de percepção do trabalho coreográfico, desenhado a partir de uma condição transitória, de algo que não pretende ser fixado em definitivo como objeto. As ações acumulam-se em combinações aleatórias entre a histeria e o entusiasmo exagerado. A peça configura-se também a partir de uma impressão provocada pela visualização de uma cena do filme “A page of madness” de Teinosuke Kinugasa (1926). Uma bailarina dança freneticamente dentro de uma cela numa instituição para doentes do foro psiquiátrico. O filme foi influenciado pelo surrealismo europeu, como é visível na utilização da edição e na combinação entre realidade, delírio, inconsciente e ficção. Em diálogo com este imaginário, onde o distúrbio afeta os sentidos e o movimento, ensaiamos uma transposição, um exercício de mobilização de atmosferas. Os gestos escondem-se dentro de outros gestos, procuram novas traduções e possibilidades que os transfigurem. Os intérpretes habitam o corpo como laboratório de experimentação mecânica e arriscam-se a perder o sentido.
INTENÇÕES IMPALPÁVEIS Jorge Gonçalves
Entre a constituição de uma concepção singular e, ao mesmo tempo, a proteção de uma dinâmica pluralista para preservar a diferença, o paradoxo existente no projeto europeu tem sido recorrentemente contestado por diversas ideologias e manifestações derivadas da atual conjuntura política e económica. Apesar da existência de um cepticismo contra os regimes vigentes, ainda existe um desejo de fazer e ser parte das várias comunidades. Mas, por outro lado, e devido às crises económicas e migratórias atuais, existe toda uma redefinição do que é a participação e recepção do outro, que desestabiliza as noções de inclusão e exclusão na Europa, questionando o trabalho em colaboração na reinvenção do espaço social. Como é que nos mobilizamos dentro das comunidades para uma transformação social e performativa, e como é que os artistas e a comunidade podem ter uma prática comum nesse processo coletivo de construção? Este projeto incide sobre as noções de imaterialidade e imaginário comum que se produz dentro de um coletivo temporário, residindo no limiar entre participação e contemplação, inclusão e exclusão. Como é que o espaço performativo se constrói a partir das perspetivas e dos protocolos que regem a inclusão da audiência num espaço comum? Uma série de situações são propostas pelos performers através de ações de convite, reconhecimento, provocação, intimidação e outras intenções.
PELO MENOS 77. Catarina Campos
Da celebração dos trinta anos da queda do Muro de Berlim. Muro. Ego. Cego. Um muro é uma barreira sem oxigénio que separa, distorce e danifica, contrastando a força e fraqueza de cada uma das duas realidades que são criadas. São tantos os muros por desmurar. Dentro. Em. Fora. Os que vemos. Os que não vemos. Os que falamos. Os que não falamos. Os que confrontamos. Os que não. Os que. Os que não. Construídos, são pelo menos 77.
Ficha artística: Coreógrafos | Catarina Campos, Joclécio Azevedo, Jorge Gonçalves Bailarinos | Carminda Soares, Maria Soares, Melissa Sousa, Renann Fontoura Direção Técnica | Daniel Oliveira Fotografia | Miguel Refresco Design & Artwork | Jani Nummela Documentário | Rogério Nuno Costa Produção | Ballet Contemporâneo do Norte
O Ballet Contemporâneo do Norte é uma companhia financiada pelo Governo de Portugal/Secretaria de Estado da Cultura (Direção-Geral das Artes) e apoiada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
Apoios: Junta de Freguesia de São João de Ver, Paróquia de São João de Ver, Tuna Musical de Santa Marinha, mala voadora
UMA DANÇA POR MÊS... EUROPA ENDLOS Contemporâneo ⋅ Parte I de III ⋅ Brasil com Renann Fontoura
Aula Aberta 13 de Abril de 2019 Sala de ensaio do Cineteatro António Lamoso 10:00 – 12:30
Entrada gratuita, mediante inscrição prévia (obrigatória) para: bcnproducao@gmail.com
Depois de ter ocupado o primeiro trimestre do ano com três sessões dedicadas ao Ballet, o programa Uma Dança Por Mês... EUROPA ENDLOS inicia, em Abril, um novo ciclo de três sessões, desta vez em torno da "ideia" de Contemporâneo. Vamos expandir ainda mais os limites geo-histórico-culturais do mapa "europeu", abordando paradigmas coreográficos oriundos de outros continentes, e cujas manifestações coreográficas e musicais têm inspirado, nas duas últimas décadas, a cultura pop/hip hop e a street dance mundiais. Do funk brasileiro ao kuduro angolano, passando pelo batuku de Cabo Verde, o programa pretende propor uma deslocação do olhar (a Sul), em estreita colaboração com profissionais oriundos de países de língua oficial Portuguesa atualmente a residir e a trabalhar em Portugal.
A primeira sessão tem por título "Danças urbanas: um pequeno paralelo de coexistência entre o hip-hop e o funk", e será orientada pelo bailarino brasileiro Renann Fontoura. Propõe-se uma breve introdução à cultura hip-hop e ao funk, com foco na coexistência de ambas no cenário urbano brasileiro. A partir da bagagem corporal oriunda das danças urbanas americanas, assim como do contacto de Renann Fontoura com o grupo "Relíquias", pioneiro da dança passinho foda, oriunda do estado do Rio de Janeiro (Brasil), a sessão dividir-se-á em 3 partes: uma pequena introdução à dança passinho foda, através de material em vídeo; o ensino de alguns passos fundamentais da dança hip-hop, com apoio de músicas que unem influências do funk carioca, do hip-hop e da música eletrónica; e a aprendizagem de uma sequência coreográfica que irá re-misturar, de forma simples e didática, o material introduzido nos momentos anteriores.
Uma Dança por Mês… Europa Endlos é um programa de formação organizado pelo Ballet Contemporâneo do Norte e destinado ao público de Santa Maria da Feira. Como complemento à programação da companhia, onde o público tem a possibilidade de ver dançar, aqui o espetador é convidado a experimentar a dança, as suas estratégias e os seus modos de usar. Este ano, o ciclo apresenta um conjunto de sessões temáticas em diálogo com o programa €UROTRA$H, com curadoria de Rogério Nuno Costa. Europa Endlos (“Europa Interminável”), subtítulo confiscado ao álbum “Trans Europa Express” dos Kraftwerk, dará o mote a um conjunto de encontros à volta de narrativas coreográficas trans-europeias, danças mais ou menos vizinhas, mais ou menos longínquas, migradas ou imigradas, asiladas ou refugiadas, pedidas emprestadas, apropriadas. A Europa enquanto conceito e interrogação híbrida, que se expande para lá das suas fronteiras históricas, geográficas e culturais.
DESTINATÁRIOS Pessoas dos 13 aos 65 anos, com ou sem experiência no campo das artes performativas.
FORMADOR Renann Fontoura (1993, Porto Alegre, Brasil) teve o seu primeiro contacto com a dança em 2008, tendo aprofundado o estudo das designadas “Danças Urbanas“. Sempre com o foco na investigação da improvisação corporal, as suas bases principais são a HipHop Dance e algumas técnicas da dança Popping. Em 2014, entrou para a companhia Grupo de Rua de Niterói (GRN), dirigida por Bruno Beltrão, trabalhando como intérprete nas peças "H3" e "Cracks". Trabalhou também com a companhia francesa RAMa em 2016, dirigida por Fabrice Ramalingom, atuando como Intérprete-criador na peça “Nós, Tupi or not Tupi?“. Em 2018, integrou o elenco da companhia Híbrida (Rio de Janeiro, Brasil), participando da criação da peça "IN(in)terrupto", e como intérprete nas peças "Olho nu" e "Non stop". Atualmente, é aluno do curso PACAP 2 (Programa Avançado de Criação em Artes Performativas), sob curadoria de Sofia Dias e Vítor Roriz, no espaço Forum Dança (Lisboa, Portugal), onde desenvolve o seu primeiro trabalho autoral intitulado "MIRAGEM (.404)".
PRÓXIMAS SESSÕES:
21 de Setembro | Contemporâneo II (Angola) 19 de Outubro | Contemporâneo III (Cabo Verde)
CAFÉ CENTRAL Ciclo de conversas incluído no programa €UROTRA$H
CAFÉ CENTRAL #3 O homem de rebanho, na Europa com Eduarda Neves
13 de Abril de 2019, 17:30 - 19:00 Antiga Igreja de São João de Ver Santa Maria da Feira Entrada: livre
A terceira e última conversa do ciclo CAFÉ CENTRAL trará à Antiga Igreja de São João de Ver a investigadora e professora Eduarda Neves. Com ela, e a partir da obra de Friedrich Nietzsche "Para além do bem e do mal" (à qual resgatamos o título desta apresentação), equacionaremos as representações que temos da Europa e as que queremos vir a ter.
CAFÉ CENTRAL é o título do segmento conferencial do projeto €UROTRA$H, programa curatorial do Ballet Contemporâneo do Norte desenhado por Rogério Nuno Costa para a re-invenção coreográfica de uma ideia multifacetada de Europa, entendida enquanto conceito histórico, político, filosófico e estético. Como afirma George Steiner em 'The Idea of Europe' (2015): "Europe is the place where Goethe’s garden almost borders on Buchenwald, where the house of Corneille abuts on the market-place in which Joan of Arc was hideously done to death.” A urgência de uma reflexão inter-disciplinar sobre estas contradições e tensões (culturais, sociais, políticas, económicas e religiosas), que durante séculos contribuíram simultaneamente para o afastamento e para a unificação de uma certa ideia — contestada por uns, abraçada por outros — de identidade cultural (pan-)europeia, ganha na atualidade mais recente um novo fôlego crítico, impulsionado pela designada “crise dos refugiados” e pelo crescimento exponencial de movimentos nacionalistas. Investigadores de áreas distintas encontrar-se-ão com o público num ambiente informal, propondo três conversas abertas e imprevisíveis sobre o desejo de “fazer parte”, sobre a importância da criação de comunidades e de discursos sociais/socializantes, sobre a tolerância e a hospitalidade, sobre a viagem e o exótico. O CAFÉ CENTRAL enquanto espaço de debate intelectual e conspiração política, habitado por flâneurs, poetas, metafísicos e escritores, micro-unidade de sentido que atravessa todas as latitudes europeias.
Venha tomar café connosco!
Eduarda Neves é professora de teoria e crítica da arte contemporânea, área na qual tem vários artigos e livros publicados. Curadora independente. A sua atividade de investigação e de curadoria cruza os domínios da arte, filosofia e política. Colabora, desde Fevereiro de 2019, com a revista “CONTEMPORÂNEA”. Último livro publicado: O AUTO-RETRATO. FOTOGRAFIA E SUBJECTIVAÇÃO. Lisboa: Ed. Palimpsesto | CEAA, 2016 [Short list do prémio PEN CLUB na área de Ensaio, 2017]. Publicará, em 2019, os livros NEM-ISTO-NEM-AQUILO e BESTIÁRIOS. ENSAIOS SOBRE ARTE CONTEMPORÂNEA. Licenciada em Filosofia e Doutorada em Estética. Professora Auxiliar na ESAP. Investigadora Responsável do grupo de investigação ARTE E ESTUDOS CRÍTICOS do CEAA desde 2013. Concebeu os projetos ALGUMAS RAZÕES PARA UMA ARTE NÃO DEMISSIONÁRIA [2014-15], CORRESPONDÊNCIAS [2016-17] e HORS-SÉRIE [2018], apresentados em Portugal, Alemanha, Áustria, Espanha, França, Malta e Ucrânia. Integrou o projeto expositivo QUATRO ELEMENTOS (curadora do elemento TERRA), na Galeria Municipal do Porto [2017]. Outros projetos curatoriais recentes: FAULT LINE (Casa dos Crivos + Convento de São Francisco) e A ALGUNS PASSOS COMO SE ESTIVESSE MUITO LONGE, Encontros da Imagem, Braga e Porto [2017]; A.A.R., Espaço Mira (Porto) e SEM IMAGO MUNDI, ANTES UM DESVIO ALEATÓRIO, Planetário (Porto) [2018]. Concebe, em 2019, o projecto EUROPA, que articula uma conferência internacional (I) Notas sobre a Europa. O sono dogmático, e um projecto curatorial (II) Andando em torno do Sol: Máquinas, Aranhas e Corsários. É atualmente diretora da Escola Superior Artística do Porto - ESAP.