Era o passo natural depois do sucesso estrondoso da exposição "TCHARAN! Circo de Experiências", inaugurada há apenas seis meses. Entusiasmada pelo feedback dos visitantes à mostra, que tem feito as delícias de miúdos e graúdos, a Direcção do Pavilhão do Conhecimento foi ao mercado para ter uma companhia de circo residente naquele que é o maior centro interactivo de ciência e tecnologia do país. Vai chamar-se "Circo do Conhecimento".
"Começámos a receber muitas mensagens na nossa caixa de sugestões e através das redes sociais, de visitantes a pedirem-nos para termos um circo de verdade", explica Rosalia Vargas, Directora do Pavilhão do Conhecimento. E aquilo que no início parecia ser uma ideia difícil de concretizar foi, aos poucos, ganhando espaço e forma.
Foi a 20 de Novembro do ano passado que o Pavilhão do Conhecimento abriu as portas a uma nova exposição onde a emoção de um parque outdoor se alia à aventura do circo. Chamou-lhe TCHARAN! (aquela onomatopeia da descoberta) Circo de Experiências, e pôs lá dentro 31 módulos interactivos e uma mão-cheia de desafios. Num ambiente vibrante e colorido, os visitantes podem percorrer um labirinto de espelhos, desafiar a gravidade numa máquina gigante, subir uma parede de escalada, andar de monociclo ou partilhar o palco com a marioneta Hércules.
Sem levantar muito a ponta do véu, Rosalia Vargas revela que o Circo do Conhecimento será focado na ciência por trás dos números de malabarismo, ilusões de óptica, magia e equilibrismo próprios deste tipo de espectáculos e não terá animais na sua programação.
O Circo do Conhecimento fará as primeiras actuações na época do Natal, numa tenda montada no espaço exterior do Pavilhão. Depois irá certamente viajar pelo país, em colaboração com autarquias. O calendário será anunciado até ao Verão.
O Centro Artístico - A CASA AO LADO abriu ontem as portas do Labirinto das Artes, um projeto que convida os visitantes a dar a "volta ao mundo" da História do Grafismo ao longo de 10 salas em forma de labirinto criativo que proporcionam uma viagem por diferentes épocas - desde a arte rupestre até à arte do século XXI -, conhecer costumes e descobrir técnicas guardadas como segredo durante séculos.
Situado na Quinta d'A Casa, na freguesia de Requião, o Labirinto das Artes pretende abranger o público escolar durante a semana e famílias e público em geral durante os fins de semana.
"O Labirinto das Artes é um espaço de aprendizagem onde movimentos artísticos, estéticas e estilos são apresentados num percurso criativo. Tem como objetivo reforçar alguns dos contéudos abordados nos currículos escolares, mas introduzindo conceitos que habitualmente se encontram mais ausentes da esfera curricular, o que permite, de forma extremamente apelativa, criar pontes duradouras e estimulantes entre aprendizagens escolares e não-escolares", explica Joana Brito, diretora artística d'A CASA AO LADO.
Cada uma das 10 salas do Labirinto das Artes é dedicada a um período histórico, num percurso que tem início no Paleolítico. A esta era, seguem-se as salas onde são desvendados os segredos e ténicas artísticas utilizadas na Idade dos Metais, antigo Egito, Grécia antiga e Império Romano. A segunda metade do percurso do Labirinto explora as artes gráficas desenvolvidas na Idade Média, no Renascimento, no Neoclassicismo e no Impressionismo, num percurso que culmina num espaço dedicado aos movimentos artísticos do século XX, também conhecidos como arte moderna.
Ao terminarem a visita ao Labirinto, sempre com monitorização e na companhia de uma voz narradora, os visitantes poderão complementar a experiência com a realização de diversas atividades práticas (que depois podem levar para casa), a executar nas Oficinas do Labirinto que se encontram no final do percurso.
"Este espaço procura potenciar fatores como a criatividade, a expressão individual e a capacidade de representação, fomentando a descoberta do Grafismo nos movimentos artísticos através de explicações teóricas e trabalhos práticos relacionados com cada época apresentada", resume Joana Brito, reforçando que, "por definição, A CASA AO LADO desenvolve intervenções artísticas em conjunto com as comunidades. Com o projeto do Labirinto das Artes quisemos demonstrar que as técnicas a que recorremos, como a pintura mural ou o graffiti, não são novas ou sequer recentes. O recurso ao grafismo remonta aos primórdios da humanidade e acompanhou as mais diversas épocas históricas".
Para que o conhecimento de todos os grafismos apresentados no Labirinto das Artes possa ser adquirido com a devida profundidade, cada tema (sala) será explorado durante um ano em todas as atividades teóricas e práticas.
Assim, até abril de 2020, o Paleolítico será o primeiro registo gráfico a ser interpretado pelos visitantes nas Oficinas do Labirinto, onde serão desenvolvidos trabalhos práticos de linogravura, cravação, pirogravura, pintura mural e modelação.
Refira-se que o projeto Labirinto das Artes tem já parcerias firmadas com entidades nacionais e internacionais, como a Comissão Nacional da UNESCO, o MuPAI - Museo Pedagógico de Arte Infantil (Madrid) e o CMA - Children's Museum of the Arts (Nova Iorque).
No dia 6 de abril, às 22h, Anne Carrere traz a sua interpretação de Edith Piáf a Portugal, para um espectáculo único no Salão Preto e Prata Casino Estoril, a propósito da digressão mundial desta obra musical realizada e produzida por Gil Marselha. Caso tenha interesse neste espectáculo, necessitamos que faça um pedido de acreditação, devolvendo o seu interesse em resposta ao presente email.
O espectáculo, dividido em dois actos de 45 minutos, é um tributo à vida e obra de Édith Piaf prestado por Anne Carrere, considerada pela crítica como a sua "legítima herdeira musical", onde não faltarão clássicos como La Vie en Rose, Mon Légionnaire, Jezebel ou Je Ne Regrette Rien, que fez parte da banda sonora de “A Origem”, vencedor de quatro Óscares da Academia. Ao longo do espectáculo, que viaja pela vida da cantora, desde os seus primeiros anos no bairro onde cresceu ao momento em que sobe aos maiores palcos de Paris, haverá fotografias e imagens a recordar Piaf, conhecida como “pequeno pardal”.
Não há voz que se compare à da mítica Édith Piaf, mas Anne Carrere já foi apelidada como a sua “legítima herdeira musical”. Do realizador e produtor Gil Marselha, a digressão mundial Piaf! The Show, protagonizada por Anne Carrere chega a Portugal para um espectáculo único, a 6 de abril, às 22 horas, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.
A cantora, nascida no sul de França na década de 80, dedicou grande parte da sua vida às artes e a música esteve sempre presente na sua vida. Foi bailarina de música clássica e jazz, tocou piano, aprendeu flauta e chegou até a ter alguns papéis no teatro. A paixão pelo canto, conta, surgiu aos 16 anos e nunca mais a largou. Daí, foram precisos apenas alguns passos para ser a eleita para dar voz aos êxitos da cantora francesa.
Piaf! The Show estreou pela primeira vez em 2015, em Paris, na data em que Édith Piaf completaria 100 anos de vida. Surgiu como uma homenagem à carreira e à obra da artista que passou por algumas das maiores salas de espectáculos do mundo como o Palais Brognart, em Paris, ou o Carnegie Hall, em Nova Iorque.
Quatro anos depois, Carrere e o seu Piaf! The Show, realizado e produzido por Gil Marselha, chega agora Portugal para um espectáculo único marcado para as 22 horas de 6 de abril no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.
“A elevação da voz de Anne Carrere tem um poder avassalador”, The Guardian, London
“Anne Carrere consegue miraculosamente captar a alma e timbre dePiaf”, New York Times
Os bilhetes já estão à venda nos locais habituais.
A próxima iniciativa “Leituras às Quintas” terá como temas “Mulheres da Clandestinidade” e “Memórias de uma Falsificadora”e realiza-se no dia 11 de abril, pelas 21:30h, na Biblioteca Municipal da Baixa da Banheira, contando com a presença das autoras do livro, Vanessa de Almeida e Margarida Tengarrinha, e de mulheres resistentes antifascistas. Haverá também um apontamento musical por Helena Pratas (voz) e Helena Mendes (acordéon).
Ao longo de todo o período do Estado Novo, a oposição a Salazar e a Marcelo Caetano foi também feita por mulheres que, com enorme sacrifício pessoal, abandonaram as suas casas, a sua família, as suas terras, até o seu nome, para mergulhar na clandestinidade e combater o regime.
De 11 abril a 4 de maio, a Galeria de Exposições do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo recebe a exposição “Dia Internacional da Mulher: Um século de luzes e sombras”, cedida pelo MDM – Movimento Democrático de Mulheres
Esta mostra aborda as conquistas das mulheres, em geral, e do MDM, em particular, ao longo dos últimos 100 anos.
Directamente de San Francisco, Estados Unidos, para a igreja do convento de São Francisco, em Beja. A melhor música norte-americana, do século XIX à actualidade, numa viagem que significa muito mais que um momento musical de qualidade indiscutível. Os Estados Unidos são o país convidado deste ano do Terras sem Sombra e o próximo destino da rota do Festival, em busca de identidades, acontece no dia 6 de Abril, sábado, às 21h30, com o concerto de The Delphi Trio.
Antes da actuação do famoso agrupamento da Califórnia, a tarde deste sábado é destinada ao conhecimento, pela mão de especialistas, de chafarizes,fontanários e poços da cidade, com histórias e particularidades de grande relevância. A manhã de domingo, 7, terá como alvo a antiga rota dos pastores, através das antigas anadas reais, “auto-estradas" de gado, especialmente ovino, que uniam o Baixo Alentejo às serras da Estrela e da Gardunha e às cadeias montanhosas do interior de Espanha.
O Festival Terras Sem Sombra, que constrói pontes e cria redes de diálogo, centra em 2019 atenções no tema "Sobre a Terra, sobre o Mar – Viagem e Viagens na Música (Séculos XV-XXI)", no quadro dos 550 anos do nascimento de Vasco da Gama. Abrange este ano todo o Alentejo, cruza a fronteira até Espanha e atravessa o Atlântico, para trazer até nós os EUA como país convidado.
Emoções à flor da pele: Trios de Jalbert e Schubert
Vencedor, em 2015, do prestigioso Orlando Concours, The Delphi Trio é um "peso-pesado" no mundo da música de câmara. O repertório clássico para trio constitui o foco das actuações deste ensemble que tem vindo a revolucionar a interpretação musical, graças, nomeadamente, ao domínio da riqueza tonal das cordas, ao deslumbrante pianismo e a uma flexibilidade rítmica que surpreende e cativa.
O concerto "Percursos Vitais: Trios de Pierre Jalbert e Franz Schubert", na igreja da Pousada de São Francisco, de Beja, oferece um exemplo dessa maneira de entender a música. Jalbert, nascido em Manchester (New Hampshire), em 1967, numa família oriunda do vizinho Canadá, destaca-se como um dos mais notáveis compositores estado-unidenses da actualidade. A sua obra reflecte, num tom poético, com forte acento espiritual, os desafios que se colocam aos nossos dias, algo bem patente no "Trio para Piano e Cordas n.º 1".
The Delphi Trio põe em diálogo tal visão contemporânea, bastante emotiva, com o "Trio para Piano e Cordas n.º 2" de Franz Schubert, o grande compositor austríaco do fim do Classicismo, cujo estilo inovador e sublime marcou, decisivamente, o triunfo da era romântica no panorama europeu. Tudo isto permite antever no concerto de Beja um dos momentos altos da actual temporada do Terras Sem Sombra, evidenciando a sua projecção internacional, realçada pela presença de extraordinários intérpretes.
Chafarizes, fontes e poços de Beja
Um paradoxo da natureza faz de Beja uma cidade da água, oásis na planície ardente. Desde tempos remotos que a abundância de mananciais subterrâneos se tornou um dos seus factores estratégicos. Outrora rodeada de hortas, a cidade tirou partido dessa vantagem. Se os segredos das infra-estruturas hidráulicas de Pax Iulia (algumas das quais ainda em funcionamento) aguardam que um estudo sistemático os venha desvendar, a tradição oral conserva viva a memória das fontes e algibes da Idade Média.
Mais tarde, no século XV, quando Beja ascendeu a sede ducal, as autoridades concelhias passaram a cuidar, ainda com maior atenção, dos chafarizes e fontanários junto às entradas da urbe, onde se abasteciam os moradores e se dessedentavam viajantes e rebanhos. Eram tempos em que Portugal e Espanha vestiam literalmente a Europa do Norte, vendendo cara a sua lã.
O Baixo Alentejo prolongava o circuito da Mesta, a poderosa organização dos produtores de gado em Castela, e, durante os movimentos da transumância, a Beja afluíam muitos rebanhos. Daí a construção de notáveis chafarizes, alvo da visita que se inicia às 15h00, uma iniciativa em parceria com a Empresa Municipal de Água e Saneamento, guiada pelo historiador de arte José António Falcão e pelo engenheiro de recursos hídricos Rui Marreiros.
Pela Rota dos Pastores: as Canadas Reais
Desde a época da Reconquista que a região alentejana participou activamente num intenso movimento de transumância com a Beira interior e outros territórios da Meseta, fundamental para a produção de lã em quantidade. No final do Verão, os pastores conduziam os seus animais em direcção às pastagens do Sul, regressando às terras altas, de novo, na Primavera. Em toda a Península, chagaram a ser mais de três milhões de cabeças.
Com o intuito de não danificar as culturas, a circulação dos rebanhos era regulamentada por legislação especial. Utilizavam-se geralmente caminhos largos, as "canadas reais", e o gado ia-se alimentando em terrenos baldios. Ai de quem estorvasse os pastores, pois arriscava pesados castigos, que podiam chegar à pena capital.
Beja foi um centro nevrálgico deste vasto sistema de intercâmbios e do comércio da lã (sem esquecer os produtos dela derivados, como as célebres mantas). O seu território não só dispunha de importantes efectivos pecuários, uma das principais riquezas locais, como era cruzado por diversas canadas. Isto deu azo a intensas ligações comerciais e familiares entre o Centro e o Sul. Um razoável quinhão dos excedentes da indústria têxtil de localidades como a Covilhã chegou mesmo a ser investido em terras e rebanhos alentejanos.
Esta herança comum vai ser alvo, dia 7, a partir das 9h30, de uma iniciativa, consagrada à salvaguarda da biodiversidade, que unirá alentejanos e beirões, na herdade do Monte da Ponte (Trindade). Aqui virão pastores de oito aldeias das serras da Estrela e da Gardunha, para, com os seus congéneres do Sul, acompanharem um rebanho de raça autóctone ao longo de uma canada real. Da comitiva fazem parte autarcas, como o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, que será recebido pelo presidente de Beja, Paulo Arsénio.
Conhecer as tradições da pastorícia e do património cultural e natural que lhe está associado é o fio condutor de uma iniciativa que assinala também a apresentação pública da 36.ª edição da Ovibeja, que tem por tema as alterações climáticas.
Em pleno campo, vai ser possível aprender a tosquiar animais como se fazia no tempo dos nossos avós, colaborar na sua ornamentação a preceito ou degustar o ensopado de borrego, cozinhado no campo pelos próprios pastores e rematado por laranjas, à semelhança do que se fazia nas adiafas (festas rurais). Por questões de sustentabilidade, estará vetado o uso de recipientes ou talheres de plásticos: cada um deve trazer os seus apetrechos, incluindo os tradicionais cocharros. O vinho será retirado de uma pipa; e a água, de infusas.
Esta celebração do mundo rural é organizada pelo Terras sem Sombra e pela ACOS - Associação de Agricultores do Sul com as autarquias de Beja, Fundão, Guarda e Seia, a Associação para o Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha (ADIRAM), a Associação das Freguesias da Encosta da Serra do Concelho da Guarda (ADEFES) e a Agência de Desenvolvimento Gardunha 21. Terá como guias Claudino Matos (engenheiro zootécnico), Miguel Madeira, Helena Monteiro e Rui Conduto (médicos veterinários) e Paula Mira (arquitecta). Estarão também presentes peritos espanhóis, entre eles o medievalista Feliciano Nóvoa, de Madrid.
“80 anos de Iluminação Pública Eléctrica” na Biblioteca Municipal de Palmela
A Exposição “80 anos de Iluminação Pública Eléctrica. Palmela 1938. Finalmente, a Luz!”, patente ao público desde maio de 2018, na Galeria da Biblioteca Municipal de Palmela, no âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Museus, encerrou com a apresentação do catálogo, dia 29 de março.
Na cerimónia, que contou com as intervenções do Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro e da Coordenadora do Património Cultural (Divisão de Cultura, Desporto e Juventude), Maria Teresa Rosendo, o Presidente da Câmara Municipal sublinhou «a construção do património de memória coletiva da comunidade», como forma de trabalho, um compromisso assumido pelo Município, que terá continuidade nesta área, «com novas linhas de investigação».
Por outro lado, Maria Teresa Rosendo chamou a atenção para o facto de ser «a primeira investigação de fundo sobre património energético do concelho», trabalho que reúne peças em reserva e que teve a duração de dois anos e meio». A exposição registou, ao longo de 10 meses, cerca de 700 visitantes, com visitas guiadas.
Na apresentação do Catálogo da Exposição, associada à celebração do Ano Europeu do Património Cultural, Maria Teresa Rosendo recordou, ainda, o trabalho desenvolvido pelo Museu Municipal, através do Arquivo de Fontes Orais, com a recolha de depoimentos de munícipes, que também cederam peças para a exposição, «símbolos de uma época».
A mais recente produção do Teatro TapaFuros, “Helena”, de Eurípides, estreia esta sexta, dia 5, pelas 21h30, e estará em cena até dia 27 de Abril, às sextas e sábados, na Basílica Romana do Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas.
Escrita com base na premissa de que Helena, esposa de Menelau, nunca tenha ido para Tróia, esta peça narra o reencontro entre ambos no Egipto, onde vivia a mais bela do mundo, logo após o final da Guerra de Tróia. Nesse caso quem foi a mítica Helena de Tróia? Apenas um espectro da original?