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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Roteiro reúne investigadores, educadores e escritores negros

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Investigadores, educadores, professores e escritores negros vão estar reunidos no próximo sábado, dia 23, no auditório da Escola de Hotelaria de Setúbal, pelas 15h00, para uma reflexão coletiva sobre a “(Sub)Representatividade Negra na (Re)Produção de Conhecimento”, a partir do seu “lugar de fala” e da sua experiência nas escolas, academia e campo literário.

 

Depois de uma estreia centrada no racismo enquanto narrativa, impressa na memória histórica e nos média, o Roteiro para uma Educação Antirracista, iniciativa da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS), em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal (CMS), cumpre o seu segundo debate no âmbito de um ciclo que se prolonga até setembro, percorrendo vários espaços públicos da cidade de Setúbal.

 

Dividida em duas mesas de debate, uma em torno do universo da escola e da academia, e a outra dedicada à produção literária, a sessão conta com os contributos do investigador Bruno Sena Martins, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC), de educadores e professores vindos de vários estabelecimentos de ensino da Grande Lisboa, dos membros da associação Afrolis, Apolo de Carvalho e Carla Fernandes, e de Raquel Lima, da associação Pantalassa, ambos espaços importantes de expressão cultural para os afrodescendentes.

 

A iniciativa será também uma oportunidade para conhecer o que estão a produzir os autores negros, da literatura infantil aos temas de cariz político-filosófico, através do projeto Literaturas Afrikanas, que disponibilizará uma banca de livros com uma seleção de obras alusivas às questões em debate.

 

O roteiro, com entrada livre, prossegue a 9 de março com o tema “Eurocentrismo e silenciamento nos manuais escolares”.

 

IPS reflete sobre educação intercultural e para a cidadania

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Roteiro para uma Educação Antirracista | 4 de maio | Biblioteca Municipal

“Educação intercultural, antirracista e para a cidadania” é o próximo tema em debate no âmbito do Roteiro para uma Educação Antirracista, uma iniciativa da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS), em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal (CMS), que decorre desde janeiro em vários espaços da cidade de Setúbal.

 

Agendada para o próximo sábado, dia 4, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal de Setúbal, esta quinta sessão, com entrada livre, propõe debater de que forma pode a educação contrariar processos de desigualdade étnico-racial e de racismo e quais os principais desafios que se colocam no terreno aos profissionais da área.

 

A reflexão será conduzida pelas investigadoras Inocência Mata, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), Ana Sequeira e Cristina Gomes da Silva, ambas da ESE/IPS, dirigindo-se preferencialmente a educadores e professores do Ensino Básico e Secundário, bem como aos estudantes de Educação, mas igualmente aberta ao público em geral.

 

O Roteiro para uma Educação Antirracista encerra, a 1 de junho, com o seminário “Políticas de combate ao racismo e desigualdade étnico-racial”, que convida para a discussão, ente outros intervenientes, os secretários de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, e da Educação, João Costa, a presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Emília Brederode Santos, e Vasco Malta, representante do Alto Comissariado para as Migrações.

 

Para setembro, está ainda agendada uma visita à descoberta da “Presença Negra na Região de Setúbal”. 

EMARP - Exposição INTERMITÊNCIA, SINTAXE E CINTILÂNCIA - Via Imaterial

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INTERMINTÊNCIA, SINTAXE E CINTILÂNCIA
Exposição de Via Imaterial

25 de março a 3 de maio de 2019
Dias úteis das 8h30 às 17h30

Arte é história de rotina da não funcionalidade, da submersão de uma longa jornada de atitude e revelação, indecisão e determinismo. Novas modalidades da experiência e da enunciação são presentemente fomentadas como práticas sociais; nesta medida, o acto criativo está indissoluvelmente associado à ordem do distintivo, ao nominal, designadamente por meio de hábitos e procedimentos por via dos quais uma geração inscreve singularidade, mantendo, contudo, uma relação dominada pela produção de um discurso que se regista de acordo com o curso de uma operação de natureza colectiva.
 
A série Intermitência, Sintaxe e Cintilância (2019) especialmente concebida para esta ocasião, reúne um conjunto de seis propostas que derivam de um arquivo no qual se encontram depositados centenas de documentos que conjugam informação relativa a uma prática que entre outros princípios, considera uma linguagem iniciada ainda antes do final do séc. XIX, nomeadamente por van Gogh, que numa das cartas escritas ao irmão descreve um invulgar cenário, uma paisagem repleta de estranhos objectos, formas e cores, resultado de uma caminhada ao longo de uma lixeira local.
 
Não há um termo exacto para definir ou determinar aquilo que esta série de imagens poderá desencadear, ou melhor, existem vários termos que não reúnem consenso, o que num sentido poderá ser positivo. Significa isto que, embora a natureza daquilo que aqui se vislumbra dependa invariavelmente de toda uma livre associação, incrementada ao longo de pelo menos dois séculos, aquilo que se corporiza na mente do observador é intimamente subjectivo.
 
A palavra “poesia”, que pode e deve continuar a ser lembrada como princípio da transformação de uma linguagem noutra, como transubstanciação, era originalmente uma palavra grega que significava literalmente “criar”, e que não era exclusividade da linguagem escrita ou falada.
 
A razão desta lógica parece justificar-se de acordo com o facto da nossa linguagem e dos nossos pensamentos, relativamente a coisas naturais, considerando por exemplo uma planta, terem à sua volta uma espécie de balão de informação repleto de associações. A “coisa” tem as suas qualidades físicas e o respectivo “balão” gera todo um contexto metafísico, produto de uma estética, história ou mitologia. Temos vivido na presença de um mundo natural com o qual temos tido oportunidade de desenvolver relações próprias. A velocidade com que temos vindo a equacionar novas imagens é de uma intensidade indescritível. Não temos tido naturalmente o tempo necessário para nos envolvermos mais intimamente com todo este material. Tentar devolver a estas coisas maior significado é definitivamente um dos grandes desafios da arte actual.
 
É portanto claramente evidente que a arte do final do séc. XIX traduzia já a consciência da existência de um mundo também ele artificial. Foi nesta medida que a produção industrial começou a ter um impacto estético. De forma mais genérica, poderemos olhar para todo este processo como o princípio de uma tendência para enumerar uma série de possibilidades segundo um processo nominativo, seletivo. Hoje, séculos depois da formalização do princípio da nominação, e do início da modernidade, por volta de 1800 – com a consequente autonomia da obra de arte -, podemos usar de tudo na concepção de imagens e objectos. Qualquer material pode ser incluído como portador de informação relevante, e não apenas no que toca a materiais, considerando igualmente técnicas e possibilidades formais. O problema é que, mesmo num mundo finito, o leque de possibilidades é de tal forma abrangente que, aparentemente, parece ser irrelevante o desenvolvimento de novos meios na produção de arte. Parece já não constituir a principal motivação. Será isto matéria de um passado demasiadamente premente, envolto em tradição, inviabilizando um futuro totalmente promissor?

Via Imaterial é a designação dada ao espaço que marca a passagem de recursos físicos para o meio virtual, tornando-os imateriais e, por esta via, visíveis aos olhos de um observador — na sua casa, num café ou escritório, independentemente da sua localização —, diante de um dispositivo, o mesmo com que reserva uma mesa num restaurante ou, uma entrada para uma peça de teatro. Poderá dizer-se que estas são imagens da literal tradução de um fluxo de informação que se torna na generalidade acessível, pelo menos potencialmente, por um período indefinido de tempo, a todos aqueles que de uma forma ou outra passaram a habitar e a tirar partido de um espaço oficialmente inaugurado em 1989. Estamos na presença de repositórios virtuais, de uma gama de coisas interpretativas, de um carácter especulativo, perante um mundo físico, afirmativo, repleto de objectos e, de uma vasta esfera de associações daí proveniente, reflexo de uma actividade não visível nem quantificável. Além do espaço de representação — segundo condição — ocupamos, por optação, o tempo da ficção. É esta a actualidade.

Nova composição de Mário Laginha abre ciclo de piano em Matosinhos

Sábado, 4 de maio // 19 horas // Real Vinícola – Estúdio da Orquestra Jazz de Matosinhos

 

 

Arranca no próximo sábado, 4 de maio, às 19 horas, no novo espaço da Orquestra Jazz de Matosinhos no quarteirão cultural da Real Vinícola, o ciclo de piano do programa Música em Matosinhos 2019. A abertura estará a cargo de Mário Laginha, um dos mais conceituados pianistas e compositores nacionais, que escreveu a peça “Quinteto para estes tempos” propositadamente para ser interpretada com o Quarteto de Cordas de Matosinhos, que em 2014 conquistou o prémio Rising Star da Organização Europeia de Salas de Concerto.

 

Para além desta composição, estreada há dias no âmbito do III Festival Internacional de Piano do Algarve, e que terá agora a sua primeira audição no Norte do país, o recital de Mário Laginha incluirá ainda o “Quarteto de cordas op.20, nº1”, de Alberto Ginastera, para além de quatro das peças mais conhecidas do pianista: “Fuga em Ré Maior”, “Fado”, “Berenice” e “Um choro feliz”.

 

O ciclo de piano do programa Música em Matosinhos vai decorrer até 29 de junho, com concertos no espaço da OJM na Real Vinícola, e reunirá nomes como os de Pedro Burmester, Fausto Neves, Artur Pizarro, Luís Pipa, Marta Meneses ou Vasco Dantas, este último um jovem matosinhense já com um notável percurso internacional. A entrada nos concertos é gratuita.

 

A Música em Matosinhos, programa de música erudita da Câmara Municipal de Matosinhos, acontece há mais de uma década e inclui este ano, entre outros concertos, um conjunto de recitais do Quarteto de Cordas de Matosinhos nas igrejas do concelho, com o objetivo de descentralizar e democratizar o acesso e a fruição da música clássica.

 

Grândola - Experimenta - Workshop de Pinturas Faciais - atividade gratuita

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No âmbito do “Experimenta – Workshops/Oficinas” O Município de Grândola promove no dia 3 de maio, um Workshop de Pinturas Faciais dinamizado por “O Mundo da Zingarela”. O Workshop que decorrerá no Estúdio Jovem das 19h às 21h, é limitado a 12 participantes com idade igual ou superior a 15 anos.

 

“Experimenta – Workshops/Oficinas” é um projecto do Município de Grândola que promove ao longo do ano um conjunto de workshops e oficinas sobre diferentes temáticas, envolvendo sempre que possível, dinamizadores e formadores do concelho. Enriquecimento individual, aprendizagem de novos conhecimentos, aprofundamento de áreas de interesse e a troca de experiências são objectivos.

*Inscrições gratuitas no Estúdio Jovem até 29 de abril: gab.jovem@cm-grandola.pt / 269 450 083

Grândola apresenta a Exposição "Alves Redol - Horizonte Revelado"

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A exposição sobre a vida e obra de António Alves Redol (1911 - 1969) estará patente entre os dias 5 de Abril e 4 de Maio no Cineteatro Grandolense. Organizada pela Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo e Câmara Municipal de Grândola, a inauguração na próxima sexta-feira, às 18h30, conta com a participação de António Mota Redol.

 

Alves Redol, escritor, cronista, contista, novelista, crítico de teatro, guionista para cinema, investigador e conferencista, é uma figura maior da cultura portuguesa pela dimensão, qualidade e versatilidade da sua obra. Com a publicação em 1939 do romance de estreia "Gaibéus",  Redol constituiu a referência inicial do movimento literário neorrealista em Portugal, que reuniu uma geração de escritores em torno do advento de uma consciência social e  intervenção cultural e política sobre as condições de vida dos camponeses  e a necessidade de transformação da sociedade pela  afirmação da dignidade do ser humano.

A Exposição dá  a conhecer uma visão alargada sobre aspetos centrais da sua vida pessoal e sobre o seu percurso literário, com destaque para um conjunto significativo de documentos essenciais para  se entender os valores e as ideias que marcaram grande parte do século XX em Portugal.

 

A Exposição "Alves Redol - Horizonte Revelado" integra o programa

das Comemorações dos 45 anos da Revolução de Abril na Vila Morena que vai decorrer ao longo de todo o mês com um programa preparado pelo Município de Grândola em parceria com as Juntas de Freguesia e o movimento Associativo.