Temas dos Queen pelas vozes de Jenna Lee James, Jon Boydon, Rachael Wooding e Peter Eldridge, acompanhados pelaBanda Sinfónica da PSP e pela Lisbon Film Orchestra , no Campo Pequeno.
“Bohemian Rhapsody”, “Radio Ga Ga”, “We Are the Champions”, “Don’t Stop Me Now”, “We Will Rock You” ou “I Want it All” são temas incontornáveis da história da música e todos assinados por uma das mais acarinhadas bandas de sempre. Com quase 50 anos de existência, os Queen de Freddie Mercury “regressam” a Lisboa, em Setembro, em formato sinfónico e com 50 músicos em palco.
Acompanhado pela Banda Sinfónica da PSP e pela Lisbon Film Orchestra, Queen Symphonic, o projecto sinfónico que conta com o apoio de Brian May, guitarrista da banda britânica, chega a Lisboa para trazer alguns dos maiores hits dos Queen à Praça de Touros do Campo Pequeno.
Jenna Lee James, Jon Boydon, Rachael Wooding e Peter Eldridge, que participaram no musical We Will Rock You (West End londrino), integram a banda que oferece "uma dimensão ainda mais épica" às reinterpretações do reportório dos Queen, tal como explicou o maestro Richard Sidwell, também responsável pelos arranjos musicais deste concerto, em entrevista ao jornal francês Jornal Du Dimanche.
Freddie Mercury e os seus companheiros deixaram um dos maiores legados musicais da actualidade. Quase 50 anos depois da formação original, em 1970, os Queen e as suas canções, como os êxitos “Bohemian Rhapsody” — que deu nome ao filme que tornou Rami Malek o primeiro actor de descendência egípcia a ganhar o Óscar de Melhor Ator — ou “I Want it All” continuam a ser tocados e adorados um pouco por todo o mundo.
Queen Symphonic está marcadopara as 21h30 dos dias 13 e 14 de Setembro e os bilhetes já estão à venda nos locais habituais.
Em 2018, o Mosteiro de São João de Tarouca era palco de uma encenação inédita que trazia à luz do dia um texto com mais de 800 anos. Um ano depois, no dia 15 de junho, às 17h00, o Vale do Varosa apresenta uma nova adaptação da “Apologia para Guilherme”, mas agora interpretado pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Tarouca. Entrada livre.
“Apologia para Guilherme”, enquanto proposta de Serviço Educativo, parte do evento que levou ao Mosteiro de São João de Tarouca a reconstituição da leitura da carta de São Bernardo da Claraval ao abade Guilherme. Até então nunca apresentado cenicamente, este foi um projeto inédito que recriou o momento da leitura de um documento que, no século XII, foi lido em todos os mosteiros cistercienses e que voltou a ter voz na Sala do Capítulo do primeiro mosteiro cisterciense a ser construído em Portugal.
A inovação e sucesso do projeto levou em 2019 a direcioná-lo para as escolas do concelho de Tarouca, numa iniciativa que pretende aproximar a comunidade do património, sensibilizando ao mesmo tempo para a sua importância e salvaguarda.
Ao longo dos últimos meses, os alunos tiveram oportunidade de refletir sobre um texto que apesar de escrito há mais de 800 anos continua atual, constituindo esta uma oportunidade de (re)pensar o Homem e os seus comportamentos.
O resultado final será apresentado no próximo dia 15 de junho, através da apresentação cénica do texto, onde os atores principais serão os alunos. Os participantes terão ainda oportunidade de viver um dia no teatro, desde a reunião informal com todos os participantes, passando pelos exercícios de voz e corpo, o ensaio geral, a atribuição do guarda-roupa, até ao momento em que a recriação da reconstituição da leitura adaptada da “Apologia para Guilherme” é levada à cena.
No final das atividades haverá uma conversa informal entre os intervenientes, aberta a toda a comunidade. A adaptação de “Apologia para Guilherme” é o resultado de uma parceria entre o Museu de Lamego, Vale do Varosa, Teatro Solo, Agrupamento de Escolas de Tarouca e Município de Tarouca.
EM TEMPO DE SANTOS FALAMOS DE FESTAS, ROMARIAS E ARRAIAIS, UMA TRADIÇÃO MUITO PORTUGUESA
AS FESTAS POPULARES SÃO O TEMA CENTRAL DA 4ª SESSÃO DE DEBATES DAS JORNADAS CULTURAIS
Dia 22 de junho será realizada a 4ª sessão de debates das Jornadas Culturais | “Porque Se Fazem As Festas?”, que abordará o tema das “Grandes Festas Populares”. A sessão decorrerá a partir das 16h00, no Centro de Documentação da Bugiada e Mouriscada, em Sobrado, Valongo.
Aproveitando o facto de estarmos em plena época de celebração das tradicionais festas populares, que acontecem um pouco por todo o país, convidamos o público para uma conversa sobre estas manifestações culturais e sobre vários aspetos multidisciplinares que as envolvem, debruçando-nos em particular com a festa dos Bugios e Mouriqueiros.
Tendo como principal objetivo a divulgação e valorização do património cultural de Portugal, estas Jornadas Culturais proporcionam um amplo debate e a reflexão sobre a importância cultural, identitária e socioeconómica de tradições portuguesas na comunidade de hoje, utilizando uma abordagem de carácter multidisciplinar.
Jornadas Culturais | “Porque Se Fazem As Festas? é uma iniciativa da Progestur em parceria com a Fundação Inatel, que conta com o apoio da Universidade Lusófona e das Câmaras Municipais envolvidas neste projeto (Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Castelo de Vide e Valongo).
Palmela e a sua música vão estar representadas na 5.ª edição da Feira de Música Ibero-americana “EXIB Música” que, este ano, acontece de 13 a 15 de junho, em Setúbal. O “Palmela é Música”, processo de candidatura de Palmela à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na área da Música, terá o seu stand promocional na zona profissional da Feira, nas instalações da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal que, nestes dias, será transformada numa área exclusivamente dedicada ao mercado especializado e à divulgação e circulação da música da América Latina, Espanha e Portugal.
Para além da área profissional, a Feira conta com um programa completo de showcases e conferências, que pode ser consultado em http://exibmusica.com/pt.
A “EXIB Música” é já um encontro obrigatório para profissionais da indústria musical e um lugar onde são concebidas importantes ações de colaboração. É, atualmente, uma plataforma única nas suas características, por assentar nas premissas do estímulo à produção criativa, da diversidade, da identidade e do equilíbrio na indústria musical, com consciência e compromisso de sustentabilidade.
Para conhecer melhor o “Palmela é Música” - projeto que une o Município e os agentes culturais e artísticos do concelho em torno de uma estratégia de promoção e valorização das práticas musicais de Palmela - e ficar a par de todas as novidades da candidatura, visite o site www.palmelaemusica.pt.
Jorge Gonçalves nasceu a 3 de março de 1983 em Coimbra. Iniciou os seus estudos de piano em 1992 no Conservatório Regional de Tomar com o Professor Joaquim Branco. Em 1993 transferiu-se para Coimbra, onde prosseguiu os seus estudos de piano no Conservatório de Música de Coimbra com a Professora Isilda Margarida, e onde terminou o Curso Geral de Piano em 2001. Neste conservatório estudou também trompa entre 1995 e 2001 na classe do Professor Ivan Kucera.
Em 2001, iniciou os seus estudos superiores de piano na École Normale de Musique de Paris Alfred Cortot com o Professor Marian Rybicki. Nesta escola obteve em 2002, o Diplome d’enseignement du Piano e o Diplome Supérieur d’ensignement du piano no concurso de 2004. Entre 2008 e 2011 estudou em Varsóvia na Polónia com a Professora Elzbieta Tarnawska. Neste país, frequentou os seus estudos de pós-graduação (individual postgraduate artistic training) na Universidade de Música Fryderyk Chopin que concluiu em 2011 onde obteve a classificação máxima. Em 2015, iniciou os seus estudos de mestrado na Universidade de Aveiro onde obteve o grau de Mestre em Música em 2017 sob a orientação da Professora Shao Ling. Em 2017 teve oportunidade de complementar a sua formação em piano num masterclass com o prestigiado Professor Andrzej Jasinski.
Em 2003, obteve o 3º prémio no "Concurs National de Musique du Maroc" em Casablanca, Marrocos.
Efetuou inúmeros recitais e concertos em diversas localidades como: Lajes, Coimbra, Fundão, Tomar, Porto, Moita, Castelo Branco (no Festival da Primavera), Sintra, Palmela, Lisboa (Centro Cultural de Belém), Vila Nova de Famalicão, Viseu, Aveiro, Águeda, Leiria, Ourém, Torres Novas, na Polónia (Varsóvia e Dabrowica) em Marrocos (Tétouan) e no Brasil (Natal).
Colaborou com várias orquestras como solista: com a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, Banda de Música da Força Aérea Portuguesa, Filarmónica União Taveirense e Orquestra Sinfónica da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Teve uma forte presença nos meios de comunicação nacionais, aparecendo em vários artigos, reportagens e programas, como “Grande Reportagem SIC-Visão”, “Herman SIC”, “Consigo” da RTP, Antena 2, “Perdidos e Achados” da SIC, “Boa Tarde” da Conceição Lino (SIC), entre outros. Em 2005 foi um dos rostos do Pirilampo Mágico.
Além da sua atividade como concertista e performer, é também professor de piano e especialista na área do ensino de música para cegos e o Braille musical.
_________________________________________
JUN7
Sexta 19:00 · #EntradaLivre
Music from the Americas
para Soprano, Clarinete & Piano
Megan Barrera, soprano
Ben Redwine, clarinete
João Paulo Casarotti, piano
__________________________
JUN8
Sábado 18:00 #EntradaLivre
UM MÚSICO, UM MECENAS
BACH em RECITAL
Pedro Meireles, Violino e Viola de Arco
Depois de um inesquecível primeiro concerto, no qual Artur Pizarro tocou Liszt no piano de Luís de Freitas Branco no Dia Internacional dos Museus, a 7.ª temporada do ciclo "Um Músico, Um Mecenas" prossegue com o solista Pedro Meireles, que interpretará Bach num violino de Joaquim José Galrão (1794) e numa viola de Francesco Emiliani (1748)
A viola de arco em destaque é do construtor Francesco Emiliani (MNM 30), que trabalhava ao estilo de David Tecchler, famoso luthier alemão que exercia em Roma. Francesco esteve ativo nesta mesma cidade durante a primeira metade do séc. XVIII. O exemplar que vai ser tocado data de 1748. Etiqueta: Franciscus de Emilianis fecit / Roma Anno Dni 1748.
Violino Galrão de 1794 (MNM 74)
Joachim Jozeph Galram (ou 'Galrão', como também assina) foi um fabricante muito hábil de instrumentos de cordas que teve a sua oficina em Lisboa durante o séc. XVIII. Destaca-se de outros construtores pelo requinte dos instrumentos que produziu e foi, sem sombra de dúvidas, o melhor construtor português de violinos e violoncelos do séc. XVIII.
A arte de Galrão revela que não era autodidata, embora não exista nenhuma pista sobre o país onde terá aprendido. No entanto, tanto o estilo de construção como o facto de ter sido contemporâneo de músicos italianos na Capela Real, sugerem Itália como uma boa hipótese. Dez instrumentos musicais deste autor têm paradeiro conhecido: os cinco da coleção do Museu da Música (dois violinos, dois violoncelos e uma viola), um violoncelo que se encontra no Conservatório de Lisboa, um violino do Conservatório do Porto e mais três exemplares de particulares, um deles localizado em Espanha. O violino MM 74 da coleção do Museu da Música é o mais recente e data de 1794.
No Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes de Ernesto Vieira (edição de 1900), podemos ler: " (...) No museu de el-rei o senhor D. Carlos, creado por seu fallecido pae, guardam-se com grande estimação dois violinos, uma viola e um violoncello d'este fabricante, que tem a seguinte etiqueta: Joachim Joseph Galram, fecit Olesiponae 1769".
BACH IN RECITAL
Pedro Meireles, Violino e Viola de Arco
PROGRAMA
Sonata para violino N.º 1 em Sol Menor, BWV 1001:
I. Adagio
II. Fuga
III. Siciliana
IV. Presto
Suite para violoncelo N.º 5 em Dó Menor, BWV 1011 (transc. para viola de arco):
I. Prélude
II. Allemande
III. Courante
IV. Sarabande
V. Gavotte
VI. Gavotte
VII. Gigue
Partita para violino N.º 2 em Ré Menor, BWV 1004:
I. Allemande
II. Courante
III. Sarabande
IV. Gigue
V. Chaconne
NOTAS
Pedro Meireles apresenta-se a solo num recital exclusivamente constituído por obras de Johann Sebastian Bach: uma Sonata, uma Suite e uma Partita, que representam porventura o expoente máximo das obras escritas por Bach para um instrumento solista.
Alternando entre o violino e a viola de arco, Pedro Meireles assume o desafio técnico, estético e musical de se propor a tocar apenas Bach, o compositor que mais o inspirou e que nunca deixou de o surpreender enquanto músico.
Este recital terá início com um andamento lento, como todas as restantes sonatas e partitas para violino solo de Bach, tornado singular pelas infinitas possibilidades de execução dos seus inúmeros acordes, e terminará com a famosa Chaconne, o último dos cinco andamentos da segunda Partita para violino, tantas vezes interpretada como uma peça independente, de exigência sem dúvida proporcional à sua beleza e magnitude.
BIOGRAFIA
Pedro Meireles nasceu em 1981 na cidade do Porto.
Foi aluno do Conservatório de Música do Porto, onde estudou com Carlos Fontes e Suzanna Lidegran, e mais tarde Royal Academy of Music, em Londres, onde concluiu a licenciatura e o mestrado em Violino e Viola de Arco, tendo-lhe sido atribuído um DipRAM, assim como o Prémio J & A Beare.
Venceu o Concurso da Juventude Musical Portuguesa aos nove anos de idade e foi galardoado com primeiros lugares em concursos como o Prémio Maestro Silva Pereira, o Prémio Marjorie Hayward, o Prémio Mica Comberti, o Prémio de Viola Theodore Holland, o Sir Arthur Bliss Memorial Prize e o Prémio de Viola Max Gilbert. Venceu também, por três vezes, o Prémio Jovens Músicos da RTP, nas modalidades de Violino e Viola.
Como concertista e como músico de câmara, realizou mais de duzentos concertos em algumas das mais conceituadas salas da Europa. Foi concertino e concertino adjunto das orquestras Royal Philharmonic, Orion Symphony, New London Orchestra, Brandenburg Sinfonia, Ashover Festival Orchestra e Orquestra Gulbenkian.
Pedro Meireles orientou inúmeras masterclasses de Violino e Viola e integrou o júri dos principais concursos e prémios de Música em Portugal.
Mais recentemente gravou o Concerto para 2 violinos de Sérgio Azevedo, o Concerto para Violino de Luís de Freitas Branco e um disco com obras do violinista e compositor Pedro Teixeira da Silva, a sair brevemente.
É, com a violoncelista Irene Lima, fundador e impulsionador dos “Solistas de Lisboa”, projeto de câmara que integra solistas de instrumentos de corda das principais orquestras desta cidade. É também 1.º Violino do Quarteto Camões.
Em 2016, Pedro Meireles foi nomeado Membro Associado da Royal Academy of Music (ARAM).
Presentemente, e desde 2015, ocupa o lugar de Concertino Principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa, apresentando-se regularmente a solo com esta e outras orquestras nacionais e estrangeiras.
____________________________________
JUN11CICLO DE CONCERTOS DO CONSERVATÓRIO NACIONAL NO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA
SEIXAS 315
Concerto pela Classe de Cravo e Atelier Barroco da
Escola Artística de Música do Conservatório Nacional
Filomena Afonso, Francisco Esteves, Guilherme Reis – Violino 1
Francisca Bonacho, Mariana Rosado, Sofia Weffort – Violino 2
Francisco Feyo, Leonor Gil – Viola
Marta Nabeiro, Eduardo Teixeira- Violoncelo
Pedro Martins – Contrabaixo
Programa:
Minueto em Fá Maior Matilde Veiga
(Sonata nº 43 - 80 S.)
Sonata nº 4 em Dó Maior (80 S.) Leonardo Amorim
Allegro
Minueto em Mi m Guilherme Lopes
(Sonata nº 37- 80 S.)
Sonata nº 6 em Ré menor (25 S.) Tomás Guerra
Andante
Sonata nº 25 em Ré menor (80 S.) Simão Duarte
Allegro – Adagio – Minueto
Sonata nº 27 em Ré menor (80 S.) Mª Teresa Neves
Sonata nº 28 em Ré menor (80 S.) Miguel Ferreira
Allegro
Sonata nº 44 em Fá m (80 S.) Leonor Gonçalves
Allegro
Concerto em Lá M
Allegro - Adagio – Allegro (Giga) Rosa Vieira e Atelier Barroco
CARLOS SEIXAS (Coimbra, 11 de Junho de 1704 – Lisboa, 25 de Agosto de 1742), cravista, organista e compositor, ocupa lugar de destaque na música e tecla da primeira metade do séc. XVIII em Portugal.
Nasceu em Coimbra, onde o seu pai era organista na Sé, tendo-lhe sucedido nesse cargo com apenas 14 anos. Passados dois anos foi para Lisboa, onde foi organista da Capela Real e da Sé Patriarcal, dando aulas na corte. Aí terá convivido com Domenico Scarlatti, que se encontrava em Lisboa de 1719 a 1727, como Mestre de Capela Real e professor da Infanta Maria Bárbara, filha de D. João V. Scarlatti terá afirmado ao ouvir Carlos Seixas que “ele (Seixas) é que me pode dar lições” e que “é um dos maiores professores que tenho ouvido”.
Das setecentas sonatas de que Barbosa Machado fala na sua Biblioteca Lusitana (1741), apenas conhecemos pouco mais de cem, devendo as restantes ser consideradas extraviadas, provavelmente devido ao terramoto de 1755.
Não existem manuscritos autografados pelo autor, apenas cópias, que se encontram na Biblioteca Nacional, Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda e Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Devemos ao Professor M. S. Kastner a publicação moderna das sonatas, tendo as primeiras sido impressas em 1935, na Ed. Schott.
Carlos Seixas foi um inovador, antevendo o estilo galante, que esteve em voga na Europa apenas na segunda metade do séc. XVIII. O seu Concerto para Cravo e Orquestra em Lá Maior também é um dos primeiros exemplos do género na Europa.
M. S. Kastner refere a genuidade lusitana da obra de Seixas, onde estão presentes a introversão e melancolia do nosso povo, em sonatas de carácter muito variado, tanto cheias de vitalidade e energia, como de suavidade e lirismo.
Tomás Borba: o compositor revisitado de Duarte Gonçalves Rosa
Palestra com Duarte Gonçalves Rosa e Edward Luiz Ayres d'Abreu Momento musical com a colaboração de Rui Baeta, João Rodrigues e Duarte Pereira Martins
Eis uma recente boa-nova no panorama bibliográfico português: a publicação de um novo livro dedicado ao legado do ilustre pedagogo Tomás Borba enquanto compositor. Professor de tantos músicos portugueses e mestre querido da Academia de Amadores de Música, a sua vasta obra permanece, em larga medida, por redescobrir. O estudo de Duarte Gonçalves Rosa, este ano publicado sob a chancela do Instituto Açoriano de Cultura e do Instituto Histórico da Ilha Terceira, revela-se assim contributo fundamental para a divulgação da obra do obscuro criador. O MPMP associa-se à iniciativa com a apresentação do livro em Lisboa, promovendo uma conversa em torno de algumas particularidades do projecto e oferecendo um breve momento musical. | Produção Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (MPMP)
Primeira edição do Congresso Internacional do Senhor de Matosinhos é a grande novidade do programa das festas e incluirá o lançamento da terceira edição do livro que Joel Cleto dedicou à celebração.
As autoridades policiais e de proteção civil estimam que os 200 mil metros quadrados do recinto das Festas do Senhor de Matosinhos acolham cerca de 840 mil pessoas entre a noite de sexta-feira, 7 de junho, e o fim de terça-feira, 11 de junho, dia do feriado municipal dedicado ao Bom Jesus de Matosinhos. A previsão consta do Plano de Coordenação de Segurança preparado para aquela que é uma das maiores romarias do norte do país, com mais de seis séculos de história.
A programação do grande fim-de-semana do Senhor de Matosinhos inclui o grande espetáculo pirotécnico de sábado à noite, a procissão solene, os concertos de Blaya e dos GNR (acompanhados pela Banda de Matosinhos-Leça), a eucaristia presidida pelo bispo do Porto e o tradicional Fogo de Bonecos, tendo como ponto alto, e principal novidade, a primeira edição do Congresso Internacional do Senhor de Matosinhos, que decorrerá nos Paços do Concelho, entre os dias 11 e 13 de junho.
Concebido para celebrar a dispersão do culto do Senhor de Matosinhos, o congresso contará com a participação de especialistas portugueses, espanhóis, peruanos e brasileiros, estes vindos nomeadamente do estado de Minas Gerais, onde existe um grande número de templos dedicados ao Bom Jesus de Matosinhos. O encontro tratará não só destes cultos tributários – em Congonhas do Campo o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos está mesmo classificado como Património Mundial –, mas também de lendas semelhantes à de Matosinhos, como a do Santo Cristo de Ourense.
No âmbito do congresso será ainda apresentada a terceira edição (revista e aumentada) do livro “Senhor de Matosinhos. Lenda. História. Património”, do historiador Joel Cleto. A obra conta agora com um texto do arquiteto Álvaro Siza Vieira, narrando a sua passagem, na década de 1950, pela comissão de festas do Senhor de Matosinhos, e com um desenho original da sua autoria, produzido para o cartaz da romaria, mas então recusado. A capa do livro contará também com um desenho original do arquiteto (em anexo)
“Sendo, como afirmou o historiador José Hermano Saraiva a propósito da primeira edição, “um livro que ensina tudo o que se pode saber sobre o Senhor de Matosinhos”, este volume é, porém, muito mais do que isso – é o espelho em que podemos rever-nos e que nos ajuda a compreender o que somos e o que fomos, mas também o trajeto de fé que transformou o Bom Jesus de Matosinhos em objeto de devoção em terras tão distantes (e recônditas) como Congonhas do Campo, Conceição do Mato Dentro, São Miguel do Piracicaba, São João del-Rei, Santo Antônio do Pirapetinga, Jaboatão dos Guararapes ou Terra Nova (onde o Bom Jesus de Bouças se transformou em Bom Jesus de Bolsas)”, escreveu a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos no texto que serve de preâmbulo a esta terceira edição.
O Congresso Internacional do Senhor de Matosinhos deverá, refira-se, passar a realizar-se alternadamente em Portugal e no Brasil, procurando valorizar o património e a fé disseminados pela diáspora portuguesa e dar corpo a um grande movimento transatlântico de preservação da história e da devoção comum ao Bom Jesus de Bouças.
O programa completo das Festas do Senhor de Matosinhos poderá ser consultado em http://www.cm-matosinhos.pt/cmmatosinhos/uploads/writer_file/document/20934/programa_senhor_de_matosinhos_2019.pdf. De referir ainda que o Plano de Coordenação de Segurança da romaria determinou a instalação de um posto de assistência pré-hospitalar e de transferências de eventuais vítimas de acidentes no recinto das festas, localizado na Casa da Juventude. (Avenida D. Afonso Henriques, 487, com acesso também a partir do Parque 25 de Abril).