Alguns dos mais notáveis mestres do Shakuhachi reúnem-se no Museu do Oriente, a 26 e 27 de Julho, para dois concertos que celebram a música japonesa tradicional e contemporânea, bem como a espiritualidade da flauta Shakuhachi. Com repertórios e protagonistas distintos, os concertos constituem o ponto algo do Festival Europeu de Shakuhachi.
Entre os intérpretes em destaque nestes concertos contam-se o aclamado Zenyoji Keisuke, o solista e artesão de Shakuhachi, Kodama Hiroyuki, e ainda, a estrela em ascensão e vencedor do concurso mundial de Shakuhachi em 2018, Kuroda Reison, bem como vários professores de toda a Europa. Entre os músicos acompanhantes em instrumentos tradicionais japoneses contam-se os igualmente ilustres Miyazaki Mieko (koto) e Takahashi Gaho (shamisen).
Os concertos integram o Festival Europeu de Shakuhachi, que traz a Lisboa músicos profissionais, amadores e entusiastas deste instrumento milenar, num evento que conta também com três conferências de entrada livre. Assim, na quinta-feira, 25 de Julho, às 17h00, Katherine Rawdon explica “A estética do Shakuhachi e a tradição da flauta ocidental”, numa palestra-recital. No dia 26 (17h00), Kiku Day aborda “A peregrinação pelos 88 templos de Shikoku”. E no sábado, 27 de Julho (17h00), David Hughes faz uma demonstração dos Contos Min'yo (música folclórica japonesa).
Concertos Mestres do Shakuhachi - Festival Europeu de Shakuhachi
Um júri, coordenado por José Manuel Mendes, constituído por Guilherme d’Oliveira Martins, Isabel Cristina Mateus e Teresa Carvalho atribuiu, por unanimidade, o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga ao livro Jalan Jalan, de Afonso Cruz (Companhia das Letras).
Da acta do júri consta: “…por unanimidade, deliberou o júri atribuir ao Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga na edição do ano em curso à obra Jalan, Jalan de Afonso Cruz, destacando a coerência, a fluidez narrativa e a consistência de uma leitura do mundo a partir da temática da viagem de que é um interprete privilegiado.”
Nesta 2.ª edição da Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores com o patrocínio da Câmara Municipal de Braga, concorreram, as obras saídas no ano de 2018, e a título excepcional, 2017.
O valor monetário deste Grande Prémio é, para o autor distinguido, de € 12.500,00.
A cerimónia de entrega do prémio será anunciada oportunamente.
Falta menos de um mês para a aldeia de Cem Soldos e todos os seus habitantes acolherem de braços abertos toda a música portuguesa que aí vem e os milhares de visitantes que até lá se deslocam para viver a magia do festival.
Para que isto aconteça da melhor forma, os cem-soldenses, dos mais velhos aos mais novos, preparam tudo até ao mínimo pormenor: cedem terrenos e quintais que se transformam em palcos e em restaurantes, cozinham, limpam, avós e netos do grupo de costura criativa preparam chapéus ou porta-chaves com a famosa Tixa, mascote do festival, entre outras peças artesanais que estarão à venda na loja do BONS SONS.
Neste ano de comemoração dos 13 anos e das 10 edições, há também uma novidade: os vídeos comunitários que, em parceria com a Ondamarela, estão a ser produzidos para ir de encontro aos 10 pontos do Manifesto do BONS SONS, revelando tudo o que Cem Soldos e todos os seus habitantes fazem para acolher os visitantes.
E como não podia deixar de ser, há, no BONS SONS, muitas atividades que ultrapassam o universo musical numa programação que vai desde espectáculos de dança, teatro, cinema e muito mais. Esta programação é de acesso gratuito a quem é portador de bilhete do festival (pago a partir dos 12 anos) e limitada à lotação.
Dança, Teatro e Performance
No ano em que o Festival Materiais Diversos completa dez anos, a parceria com o BONS SONS renova-se para potenciar o conhecimento e experiência das duas e formar esta simbiose entre música e artes performativas que dão origem a este programa composto por três espetáculos de dança.
Coexistimos , de Inês Campos, é uma das propostas de espetáculos de dança este ano e trata-se de uma colagem de metáforas sobre o desafio de se ser tantos. Ser o tigre, o domador, o palhaço triste e o ataque de riso, viver vários corpos e ser a realidade dos seus sonhos. Uma experiência que aglomera dança, teatro, cinema, manipulação de objectos e artifícios variados que tentam criar uma sucessão de ilusões.
Em Danza Ricercata , de Tânia Carvalho, contrasta-se a ideia de improviso a que estamos habituados no que toca a dança com a ideia de movimentos coreografados que são exagerados ou reduzidos dependendo do que a música pede. Um piano, um compositor, uma música, uma pianista, uma coreógrafa, uma bailarina, uma dança.
Francisco Pinho, João Dinis Pinho e Dinis Santos propõem Nem a Própria Ruína , o primeiro espetáculo do trio nortenho e que tem como base o álbum de 1978 10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte de José Cid. Um espetáculo que se foca na efemeridade humana, no nosso desaparecimento e nos gestos e abraços que, na ruína, são as formas de nos salvar.
Portuguesas Inesquecíveis , com direção de Cláudia Gaiolas e dramaturgia de Alex Cassal, é a peça que dá a conhecer duas figuras femininas importantes da nossa história. De um lado, Leonor de Almeida, a Marquesa de Alorna, que esteve 18 anos trancada num convento por um crime que não cometeu. Do outro, Carolina Beatriz Ângelo, médica, mãe, feminista, revolucionária e a primeira mulher a votar em Portugal, em 1911. As interpretações são de Cláudia Gaiolas e Leonor Cabral.
Já Volta a Portugal em Coreto , por Tiago Madaleno, é um monumento em forma de coreto que visita várias regiões do país com o intuito de promover uma homenagem ao performer amador. Um autêntico palco para todos aqueles que sempre desejaram mostrar o seu talento, dando espaço à cultura popular e à cultura sem dono.
O cinema, o vídeo e a fotografia têm mais uma vez um papel importante em Cem Soldos. No 10.º aniversário do festival itinerante Curtas em Flagrante , dá-se o seu regresso ao BONS SONS com duas sessões de cinema onde são exibidas várias curtas-metragens para abrir novos horizontes.
A exposição de fotografia Dar e Receber , de Adriana Boiça Silva, transporta-nos através de imagens para momentos vividos desde 2010 na aldeia que, todos os anos, acolhe tantos visitantes temporários. Adriana partilha aqui o seu carinho especial por todos os habitantes que elevam aquela que é a experiência de ver concertos no festival. Uma exposição instalativa espalhada ao longo da aldeia que é, nas suas palavras “acolhedora e que está sempre pronta para receber e, acima de tudo, dar o melhor a quem a visita”.
Em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar, Ao longe, vejo de perto a aldeia , instalação de vídeo ao longo de um percurso que convida a sair do espaço central da aldeia e a conhecer as suas redondezas. O olhar de oito jovens estudantes de Cinema sobre o quotidiano da aldeia de Cem Soldos.
Dando a conhecer o lado menos visível do festival e da aldeia, Ana Bento e Bruno Pinto convidam os visitantes a participar no percurso artístico Cem Soldos, por detrás do BONS SONS . Uma viagem por entre as pedras, os canteiros e as portas que contaminam e se deixam contaminar pelo BONS SONS para revelar as histórias escondidas por entre a História e desvendar os segredos de quem habita no local o ano inteiro.
Conversas e debates
O projeto de jornalismo independente Fumaça apresenta dois momentos de reflexão e crítica sobre quem somos e o que fazemos: podem as artes e a cultura ser o motor das aldeias, vilas e cidades do país que não está à beira-mar plantado?
No sábado, 10 de agosto, Territórios e Interioridade é uma conversa em torno daquilo que é possível fora das grandes áreas metropolitanas e sobre como fortalecer a contemporaneidade no campo, com a participação de Rogério Roque Amaro (economista e professor no ISCTE) e Rui Amaro Alves (professor no Instituto Politécnico de Castelo Branco e especialista em ordenamento do território).
No domingo, dia 11, a conversa Artes e produção cultural conta com a participação de Elisabete Paiva (diretora do Festival Materiais Diversos) e Ana Deus (cantora – Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso) e pretende responder às perguntas: Há uma política pública de apoio cultural? Devem os impostos subsidiar a criação artística ou o mercado encarregar-se-á disso? O que é mesmo a formação de públicos?
ATIVIDADES PARA TODA A FAMÍLIA
Como todos os anos, o BONS SONS não seria o mesmo se não oferecesse uma grande quantidade de atividades divertidas para crianças e famílias.
Sessões de música para grávidas, sessões para bebés até aos cinco anos e oficinas musicais para crianças dos seis aos 12 anos fazem com que os vários sons da música sejam introduzidos na vida de todos bem cedo. As inscrições são limitadas à lotação.
Os Jogos do Helder estão de volta, com brincadeiras e um circuito refrescante pela aldeia. Jogos de inspiração medieval, para os quais o mais importante é estar cheio de energia, e que desenvolvem competências pessoais e sociais de uma forma divertida.
A Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) marca presença no curral do BONS SONS para dar a conhecer o grande amigo que pode ser o Burro de Miranda, animal esse já muito pouco visto e usado em trabalhos rurais. Único ao nosso país, esta raça é dócil e dá um ótimo professor, guia e terapeuta. Não há família que não goste de conhecer este animal tão especial.
O BONS SONS proporciona ainda o Espaço Criança, que conta com algumas atividades diárias como jogos, trabalhos manuais, brincadeiras, ginástica, entre muitas outras. Este local tem também disponível uma zona de fraldário, um serviço de babysitting e de aluguer de auriculares infantis
A pensar em quem privilegia ambientes tranquilos e nas famílias, este ano, o parque de campismo (de acesso gratuito aos portadores de passe geral) terá uma zona reservada que convida ao sossego e ao silêncio.
BILHETES À VENDA
É sempre importante ter em conta que os bilhetes de cada fase têm um número de unidades limitado e podem esgotar antes de terminar cada uma das fases. Esgotado o número de bilhetes da fase em curso, passam a vigorar os valores da fase seguinte.
PASSE 4 DIAS 50€* (dá acesso gratuito ao parque de campismo)
BILHETE DIÁRIO 22€ ABRIL — JULHO (bilhete a preço reduzido para dia 10 de agosto está esgotado) 25€ AGOSTO*
Bilhetes à venda nos locais habituais. * Também disponível nas bilheteiras do recinto
Em julho e agosto, o concelho da Moita recebe a iniciativa “Maré de Histórias”, com a escritora Manuela Ribeiro, dirigida ao público infantil e sénior.
A 24 de julho, a sessão, dirigida a crianças e famílias, realiza-se às 10:00h, na Biblioteca Estival do Parque José Afonso. Às 14:00h, Maré de Histórias tem lugar no Lar de Sarilhos Pequenos, na iniciativa dirigida, desta vez, ao público sénior.
No dia 7 de agosto, às 10:00h, a Biblioteca Estival da Praia do Rosário recebe a “Maré de Histórias”, para crianças e famílias. No mesmo dia, às 14.30h, a escritora irá partilhar histórias na Biblioteca Municipal do Vale da Amoreira.
A participação é gratuita.
Manuela Ribeiro nasceu nas Caldas da Rainha em 1951.
É licenciada em Estudos Germanísticos, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
É autora dos romances juvenis “Horas de Acordar” e “Eu Sou Bom Mas Não Me Gabo”, das coleções “Aventuras de Miguel e Ricardo” e “Para os Mais Pequenos” (cujos títulos “A Plantinha dos meus Pais” e “História que há de Ser” integram as listas do Plano Nacional de Leitura, estando recomendados para apoio a projetos de Educação para a Cidadania – 1.º/2.º anos) e dos livros de poemas “Uma Letra, Mil Palavras” e “Versos Para Meninos que Comem Sempre a Sopa Toda”.
Atualmente dedica a maior parte do seu tempo à escrita e a dinamizar sessões de promoção da leitura em escolas e bibliotecas de todo o País.
Frederico Muñoz, IT Chief Enterprise Architect da IBM Portugal, é o orador convidado
O Hospital CUF Descobertas continua a promover o ciclo de conferências “Cultura no Hospital”. Destinado ao público em geral, “Cultura no Hospital” é um ciclo de eventos que pretende trazer mensalmente ao Auditório do Centro do Conhecimento do Hospital variados momentos culturais, assim como de debate e reflexão sobre temas tão diversos como a ciência, a cultura, a tecnologia, a saúde e a música, entre outros.
Na próxima quarta-feira, dia 24 de julho, entre as 13h00 e as 14h00, o Auditório do Centro do Conhecimento do Hospital CUF Descobertas tem a honra de receber Frederico Muñoz, IT Chief Enterprise Architect da IBM Portugal, que irá abordar o tema “O supercomputadorWatson (IBM) e a decisão terapêutica”, sobre a crescente importância da Inteligência Artificial e das inovações tecnológicas na Saúde.
Frederico Muñoz é Chief Architect da IBM Portugal com experiência em diversos campos das Tecnologias da Informação (TI), como programação, engenharia de sistemas e desenvolvimento aplicacional. Nos últimos anos, tem desenvolvido projetos-chave em áreas de crescimento em destaque na IBM, como as Smarter Cities, Analítica e Inteligência Artificial. Com 20 anos de experiência na área das TI é reconhecido como Thought Leader, partilhando a visão e estratégia da IBM, uma empresa centenária que tem a saúde como um dos seus principais focos, construindo equipamentos tecnológicos de diagnóstico cada vez mais avançados. Para o efeito, foi criado o IBM Watson, o sistema cognitivo da IBM, uma solução de inteligência artificial ao serviço de uma medicina personalizada.
As conferências, abertas à comunidade em geral, têm entrada livre, sujeita à capacidade da sala, realizando-se no Auditório do Centro do Conhecimento do Hospital CUF Descobertas, localizado no Edifício 2 desta unidade.