O Cineteatro São João, em Palmela, recebe, a 21 de setembro, pelas 21h30, o espetáculo Sítio, pela Companhia da Chanca, Associação Teatral.
Sítio conta a história de um casal de idosos que vive numa aldeia do interior de Portugal e recebe um postal a anunciar o nascimento do seu neto, que se encontra no estrangeiro. Os dois decidem então enviar-lhe uma encomenda com algumas prendas, partindo numa longa caminhada…até à estação de correios da vila mais próxima.
Um espetáculo de teatro físico, sem recurso a texto, espelho da vida de algumas pessoas num interior desertificado, envelhecido e isolado.
Peça inserida na 3ª edição do MANOBRAS – Festival Internacional de Marionetes e Formas Animadas, promovido pela Artemrede.
Criação e Interpretação André Louro e Catarina Santana Máscaras e Espaço Cénico António Jorge Apoio Artístico Sílvia Brito e Caroline Bergeron Desenho de Luz e Direção Técnica Mafalda Oliveira Figurinos Maria Ribeiro
Duração: 50 minutos Entrada: 1€ M/6
Cineteatro São João Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, Palmela Tel. 212 336 630 cultura@cm-palmela.pt
Uma parceria entre o Teatro Nacional D. Maria II e o Grupo Ageas Portugal, este prémio anual pretende ser um incentivo ao desenvolvimento do trabalho artístico no âmbito teatral.
O Teatro Nacional D. Maria II e o Grupo Ageas Portugal apresentaram este sábado, dia 14 de setembro, a primeira edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II. A apresentação pública deste prémio decorreu durante o Entrada Livre, iniciativa que assinalou o arranque da temporada 2019-2020 do D. Maria II, com dois dias de atividades e espetáculos de entrada gratuita.
O Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II é um galardão de caráter anual que pretende reconhecer e promover os talentos emergentes no panorama teatral, motivando os jovens a desenvolverem o seu percurso profissional neste setor.
O Prémio, no valor de 5000 €, será atribuído a um profissional de teatro, que tenha até 30 anos de idade (completos até 31 de dezembro de 2019), e cujo trabalho artístico se tenha destacado no ano de 2019. O vencedor, eleito por um júri composto por 15 profissionais do setor, será anunciado no próximo Dia Mundial do Teatro, a 27 de março de 2020.
O júri do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II é constituído por quinze profissionais, representativos de diversas áreas associadas ao meio artístico e cultural português: Albano Jerónimo, Álvaro Correia, Beatriz Batarda, Carlos Avilez, Catarina Barros, Cristina Carvalhal, Inês Barahona, John Romão, José António Tenente, Marta Carreiras, Mónica Garnel, Nuno Cardoso, Rui Horta, Rui Pina Coelho e Tónan Quito.
Segundo Tiago Rodrigues, Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II, “É de extrema importância a criação de um Prémio anual, atribuído por um júri de pares, que dá expressão ao modo como a comunidade teatral portuguesa valoriza os jovens criadores.”
Para Inês Simões,Diretora Comunicação Corporativa e Marca do Grupo Ageas Portugal, “Este prémio é mais um passo do Grupo Ageas Portugal no incentivo do trabalho artístico, neste caso, no âmbito teatral. É também uma das muitas iniciativas do Grupo Ageas Portugal no apoio a jovens talentos, que noutros projetos estendemos a áreas tão variadas como as artes, a literacia, projetos sociais ou mesmo na área do desporto.”
Na avaliação dos artistas selecionados para este Prémio Revelação, serão tidos em conta os seguintes critérios:
Qualidade da sua prestação artística no ano a que se refere o prémio;
Contributo da sua prestação artística para o desenvolvimento e fortalecimento da área teatral;
Capacidade de crescimento e valorização da sua carreira, nacional e internacionalmente;
Introdução de elementos de inovação ou diferenciação na sua prática profissional.
O Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II é uma das iniciativas desenvolvidas em parceria entre o D. Maria II e o Grupo Ageas Portugal, no âmbito de uma parceria a três anos entre as duas entidades, anunciada em maio deste ano, que tem como objetivo de fortalecer o serviço público de cultura prestado pelo Teatro.
De entrada gratuita, as sessões do próximo semestre vão integrar textos de uma vasta seleção promovida pelo Comité Português da EURODRAM
O trabalho desenvolvido pela EURODRAM – uma rede informal que promove a tradução, circulação e divulgação de textos dramáticos contemporâneos – vai estar em destaque nas sessões das Leituras no Mosteiro dos próximos seis meses. Agendadas para todas as terceiras terças-feiras do mês, e com entrada gratuita, as sessões da nova temporada vão integrar textos de uma seleção mais vasta da rede, promovida pelo Comité Português da EURODRAM. Com coordenação de Nuno M Cardoso e Paula Braga, as Leituras no Mosteiro decorrem às 21h00, no Centro de Documentação do Teatro Nacional São João (TNSJ), localizado no Mosteiro de São Bento da Vitória.
Agendada já para amanhã, dia 17 de setembro, a primeira sessão da temporada vai focar-se nos textos Objetivamente, Um Diálogo Monológico ou Um Monólogo Dialógico, do grego Dimítris Dimitriádis, e Quero Um País, da autoria de Andreas Flourakis. Para acompanhar as leituras destes dois textos dramáticos, são convidados Maria João Vicente, da EURODRAM, e José António Costa Ideias, professor universitário, doutorado em Estudos Portugueses/Estudos Comparatistas, pela Universidade Nova de Lisboa.
O Centro de Documentação do TNSJ foi fundado no ano 2000. O espaço integra um Arquivo, um núcleo essencial para os investigadores dos campos cénicos e para a preservação de documentos como registos vídeos de espetáculos, textos de teatro, dossiês fotográficos ou materiais promocionais das peças do TNSJ. Localizado no Mosteiro de São Bento da Vitória, contempla ainda uma Biblioteca considerada a melhor em Portugal no que toca às artes performativas. Disponibiliza gratuitamente a consulta de cinco mil livros, além de compilar vídeos, filmes e documentários sobre teatro e dança, óperas dirigidas por encenadores relevante, e ficheiros de teatro radiofónico. O Centro de Documentação está aberto ao público de segunda a sexta-feira, entre as 14h30 e as 18h00.
Ellen Rabiner (contralto) e Joe Coronado (fagotista e pianista), músicos que fizeram carreira na Metropolitan Opera e na Orquestra Gulbenkian, respectivamente, juntaram-se pela primeira vez a 8 de Dezembro de 2015, no Teatro Armando Cortez, em Lisboa, para um concerto com músicas natalícias na Casa do Artista. Desde essa data, continuam a fazer espectáculos variados como duo, e as vezes com convidados como Dorothy Stone (Nova Iorque), Pessoa Júnior e Vítor Paiva (Lisboa). O repertório é variado, da ópera às músicas da Broadway, passando pelo fado e por canções dos países da Europa e Américas.
No Museu Nacional da Música vão estrear-se com o convidado Christopher Hooley, violista da Orquestra Gulbenkian. O programa terá músicas do Alfredo Keil (1850-1907) e de músicos seus contemporâneos: Ernest Chausson (1855-1899), Gabriel Fauré (1845-1924), Henri Duparc (1848-1933), Johannes Brahms (1833-1897) e Giacomo Puccini (1858-1924).
PROGRAMA Alfredo Keil e Compositores do seu Tempo
Sérénade italienne, Op. 2, Nº5 (1875) – Ernest Chausson/Paul Bourget Un grande sommeil noir (1903) – Alfredo Keil/Paul Verlaine Clair de lune, Op. 46, Nº2 (1887) – Gabriel Fauré/Paul Verlaine L’Invitation au voyage (1870) – Henri Duparc/Charles Baudelaire Angoisse apaisée – Alfredo Keil/Antoin-Hippolite Cros Après un rêve (1878) – Gabriel Fauré (com viola, arr. J. Coronado 2019)
Beauté, Op. 15 (Romance para piano) – Alfredo Keil
Zwei Gesänge (para Contralto, Viola e Piano), Op. 91 (1884)– Johannes Brahms/1 Friedrich Rueckert, 2 Emanuel Geibel/Lope de Vega
Ballade, Nº1, Op. 10 (1854) – Johannes Brahms
Sacrilégio, Op. 103 – Alfredo Keil
Terra e mare (1902) – Giacomo Puccini/Enrico Panzacchi Sole e amore (1888) – Giacomo Puccini Il Bacio in bocca – Alfredo Keil/Venturino Camaiti
Christopher Hooley
Viola
Christopher Hooley iniciou os seus estudos como violetista na Chethams School of Music, em Manchester, onde estudou com Rudolf Botta e Jackie Leonard. Estudou também no Royal Northern College of Music, sob a orientação de Nobuko Imai, Rusen Gunes e Eli Goren. Participou em cursos de aperfeiçoamento para quartetos de cordas, sob a orientação dos quartetos Lindsey, Vermeer e La Salle, na Britten-Pears School of Music, em Aldeburgh. A par dos seus estudos em Manchester, fez parte da Orquestra Juvenil da Comunidade Europeia, sob a direção dos maestros Claudio Abbado, Georg Solti e Daniel Barenboim.
Em 2003 iniciou estudos de violino barroco, com Richard Gwilt, dos London Baroque, seguindo-se a Academia de Música Antiga de Lisboa. Participou nos Cursos Internacionais de Música Antiga, no Convento de Cristo, em Tomar, sob a orientação de Richard Gwilt, Rainer Zipperling, Ketil Haugesand, Ana Mafalda Castro e Jill Feldman. Estudou também com Enrico Onofri. Toca um violino William Forster de 1780 e uma viola de arco Dorfino (c. 1910). É violetista da Orquestra Gulbenkian desde 1988.
Ellen Rabiner
Contralto
Ellen Rabiner estreou-se na Metropolitan Opera em 1994 como Erste Magd em Elektra (papel que também interpretou em Tóquio com Seiji Osawa na Opera Nomuri), regressando a esta companhia como solista durante 17 temporadas. No Met interpretou Sonyetka em Lady Macbeth de Mtsensk, Schwertleite em Die Walküre e Die Kranke em Moses und Aron.
Actuou também nos palcos de companhias de São Francisco (Erda em Das Rheingold), Nova Iorque (Suzuki em Madama Butterfly), Santa Fé (Gaia em Daphne), L’Opera National du Rhin (Kontchakovna em Knyaz Igor) e na DNO em Amsterdão (Pasqualita em Doctor Atomic).
Rabiner apresentou-se em recitais com as melhores orquestras dos EUA, como a Cleveland Orchestra e a Boston Symphony. O seu repertório inclui Messiah de Handel, Missa em Si menor, El Amor Brujo, Alexander Nevsky e a Sinfonia #3 de Mahler.
Rabiner tem um mestrado em Música na Indiana University School of Music e um doutoramento em Direito em Harvard. Nasceu em Nova Iorque e mora actualmente em Lisboa.
José Coronado
Pianista
José Coronado nasceu nos Estados Unidos da América (Aurora, Illinois). Passou metade da vida em Lisboa, onde desenvolve a sua abrangente carreira, como fagotista, pianista, cantor, actor, arranjador, compositor e maestro.
Tomou pela primeira vez contacto com o género do musical ao assistir ao espectáculo “Anything Goes” (Cole Porter) que o marcou profundamente, despertando, deste modo, a sua apreciação e a sua dedicação ao género. Desse momento em diante, realizou pequenas intervenções no palco, em peças como “Christmas Carol” e “Oliver,” de Charles Dickens. Como actor, cantor, fagotista ou pianista, participou em “Guys and Dolls,” “Carousel,” “West Side Story,” “Godspell,” “South Pacific,” “The truth about Cinderella,” “Music Man,” “Man of la Mancha,” “Superman,” “My Fair Lady,” “Hello Dolly” e “Pajama Game.” Aos treze anos, foi pianista responsável por toda a preparação e interpretação do musical “Cabaret.”
Desde os seus tempos de estudante, integrou várias orquestras como fagotista (Orquestra Sinfónica de Fox Valley e Orquestra Sinfónica Juvenil de Greater Chicago) e, em 1979, foi dispensado do seu curso regular, por ordem do Presidente dos Estados Unidos da América, para uma tournée como fagotista da McDonald’s All American High-School Band e All Amerciacn Jazz Band. Nesta ocasião, apresentou-se no Carnegie Hall (Nova Iorque), executando fagote e flautim com Lionel Hampton. Foi vencedor do concurso para solista no concerto em memória de Arthur Schnabel, tendo também tocado sob a direcção do maestro Leonard Bernstein. Por mérito, como vencedor de um concurso em 1980, foi bolseiro do New England Conservatory of Music, onde terminou o curso com distinção (1985) com os diplomas de “Bachelor of Music Education” e “Bachelor in Applied Music Bassoon Performance”. Estudou com os professores das orquestras sinfónicas de Chicago, Philadelphia, Boston e Ópera Metropolitana de Nova Iorque. Participou em inúmeros concertos nos estados de Massachussets e de New Hampshire e em cidades como Chicago, Las Vegas, e Toronto. Deu concertos na Europa, Asia, e América de Sul.
De 1990 até 2017 tocou na Orquestra Gulbenkian como 2º. Fagote Solista. Como pianista, arranjador, maestro e cantor, participa nos agrupamentos Castafiore Trio (opereta), 4 por 4 (música popular de Macau, África, Portugal e Brasil), Vozes da Broadway. Em Abril de 2006, cantou em “Salome” de R. Strauss, na Fundação Gulbenkian. Participa com muitos outros artistas em recitais de canto e de instrumentos. Desde 2015 tocou recitais com Ellen Rabiner.
A 17 de setembro, o CCVF convida o público a celebrar com um espetáculo original nascido em Guimarães: “At the still point of the turning world”, de Joana Gama e Luís Fernandes
A 17 de setembro, dia em que assinala os seus 14 anos, o Centro Cultural Vila Flor (CCVF) abre as portas e convida o público a celebrar com o espetáculo “At the still point of the turning world”, peça musical criada em 2017 por Joana Gama e Luís Fernandes para o Westway Lab, com José Alberto Gomes e a Orquestra de Guimarães – que nesta reposição é apresentada com um ensemble de músicos clássicos e com componente vídeo de Miguel C. Tavares. “At the still point of the turning world” põe a descoberto o potencial criativo da música e a mestria de quem tenta dominar este universo de possibilidades infindáveis e surpreendentes. Com carimbo vimaranense, esta criação já percorreu diversas salas nacionais e junta-se agora à celebração do 14º aniversário do CCVF. As cortinas do Grande Auditório abrem-se às 21h30 para mais um momento de celebração, em conjunto. “At the still point of the turning world” é uma peça transformadora e desde a estreia no festival Westway Lab, em 2017, já colecionou amplos elogios da crítica. Quando responderam ao desafio deste festival, Joana e Luís criaram um trabalho original para piano, eletrónica e ensemble, aventurando-se assim por novos caminhos e tirando a orquestra da sua zona de conforto. Com a cumplicidade de José Alberto Gomes na orquestração e arranjos, amplificou-se e complexificou-se a sua sonoridade. Este trabalho, intitulado “At the still point of the turning world” - um verso do poema “Burnt Norton” de T. S. Eliot, foi lançado pela editora australiana Room40 em abril de 2018. No 26º Curtas Vila do Conde foi estreada a colaboração com Miguel C. Tavares, que acrescentou ao concerto uma componente de vídeo, operada em tempo real.
Desde a estreia, o concerto foi apresentado em diversas salas portuguesas, nomeadamente no passado mês de janeiro no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, com a Orquestra Metropolitana, e no Teatro Micaelense, como concerto de abertura da edição de 2019 do Festival Walk&Talk. O espetáculo tem agora regresso marcado ao palco onde nasceu, desta vez com um ensemble de músicos clássicos dirigidos por José Alberto Gomes e vídeo de Miguel C. Tavares.
No caminho que têm traçado em conjunto, Joana e Luís somam o lançamento do álbum Shhpuma (com génese num concerto encomendado pelo Theatro Circo), considerado um dos melhores desse ano por diversos críticos nacionais e realizaram concertos nas principais salas nacionais e nos festivais Novas Frequências (Rio de Janeiro), MadeiraDiG (Madeira), Rooster Gallery (Nova Iorque) e Festa da Palavra (Praia, Cabo Verde). Nos últimos anos, o duo fez duas bandas sonoras para curtas-metragens que estrearam no Curtas Vila do Conde, A Glória de Fazer Cinema em Portugal de Manuel Mozos e Penúmbria de Eduardo Brito. Fizeram igualmente uma versão de Music for Amplified Toy Pianos de John Cage para a série Old New Electronic Music Sessions, promovida pela Digitópia / Casa da Música.
“At the still point of the turning world” é um projeto de Joana Gama e Luís Fernandes, promovido pelo Westway Lab e coproduzido pelo Centro Cultural Vila Flor. A entrada neste espetáculo é gratuita até ao limite da lotação da sala e o levantamento dos convites pode ser realizado no dia do concerto nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), Casa da Memória de Guimarães (CDMG) e Loja Oficina, até ao limite de 2 bilhetes por pessoa.