Conversa em torno da exposição «(Ainda) o Desconforto Moderno», com Miguel Palma, Miguel von Hafe Pérez e José Bragança de Miranda | 30 nov. | Entrada gratuita
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A cineasta Teresa Villaverde acaba de lançar o seu primeiro livro: Sem Fiordes. Caos e/ou o processo criativo, uma edição Livros Cotovia.
A apresentação do livro realiza-se no dia 7 de Dezembro, às 17:00, no salão de festas do Edifício das Águas Livres, em Lisboa, com a presença da autora, do escultor José Pedro Croft e da jornalista Maria João Seixas.
Segundo Teresa Villaverde, "o texto foi escrito na ressaca de um filme, o Transe (2006), filmado na Rússia, na Alemanha, em França, e em Portugal. O primeiro dia de rodagem foi a bordo de um quebra gelo no mar Báltico, o último perto de Lisboa num dos dias mais quentes daquele ano, 60 graus de amplitude térmica. Por muitas razões, para além dessas, foi um dos filmes mais duros que fiz.
Quando considerei o filme pronto, não percebi logo que em mim aquele tempo não estava completamente fechado, nem que se tinha confundido com muitas outras coisas que eu já tinha vivido antes. Penso que este texto vem inconscientemente da necessidade de despir tudo o que sobrou.
A vontade de partilhá-lo agora, porque podia tê-lo deixado numa gaveta em vez de agora o ter trabalhado, organizado, limpado, vem da noção de que ainda me sobra mais uma camada para largar, vem da esperança ingénua de que ao partilhá-lo essa camada desapareça.
O processo criativo tem várias fases, sobretudo quando o que se está a criar é um filme que já de si tem várias fases quase estanques. Começa-se pela escrita, imagens soltas, vozes vagas de pessoas que não sabemos quem são, lugares primeiro totalmente desconhecidos. Tudo se vai acumulando até formar um caos que é preciso começar a organizar. No caso do cinema vem ainda depois a coisa material de procurar o dinheiro, de procurar os actores, os colaboradores, encontrar os lugares reais que possam tomar o lugar dos imaginados. Mas na rodagem já não pode haver caos. Na rodagem só pode haver pensamento organizado. Depois escreve-se de novo porque a montagem é uma outra forma de escrita, e depois vem o som, e por aí a fora. É um processo muito longo onde não se pode perder o foco, mas ao mesmo tempo, não se pode esquecer nunca o caos de onde primeiro partimos. Não é fácil. Ouvi o maestro Celibidache explicar isto de uma forma muito bonita, disse que no momento exacto de chegar à última nota quando acabava de dirigir uma sinfonia, se nesse momento conseguisse sentir que tinha acabado exactamente no mesmo ponto onde tinha começado, e conseguido durante toda a direcção não largar esse lugar, era quando ele sabia que tinha conseguido fazer o que estava certo.
Este Sem Fiordes trata do momento em que ainda quase só há o caos”.
O livro está à venda na Cotovia (livraria e em www.livroscotovia.pt) e em diversas livrarias do país, com o preço de 13,00€.
Estão oficialmente abertas, a partir desta quinta-feira, 28 de novembro, e até ao dia 31 de dezembro, as candidaturas para a Bolsa de Apoio ao Teatro a atribuir pela Câmara Municipal de Loulé ao meio associativo e artístico (agentes e estruturas com personalidade jurídica e sediados no concelho), designadamente a projetos amadores e profissionais na área do Teatro, no valor total de 50 mil euros para o ano de 2020. Em Loulé, a Bolsa de Apoio ao Teatro foi retomada em 2014 e verificou-se que é um relevante instrumento de apoio à criação teatral no concelho por parte da Autarquia, uma vez que o seu foco é a apresentação de peças inéditas, o que tem permitido aos agrupamentos amadores e profissionais sediados no concelho terem um efetivo suporte à componente criativa.
Esta Bolsa constitui, por outro lado, uma importante forma de descentralização das práticas e dinâmicas culturais no concelho de Loulé, uma vez que existe o compromisso de apresentação, por parte de cada grupo amador, de três espetáculos, sendo dois deles obrigatoriamente realizados nas freguesias do concelho. Ao mesmo tempo, é estimulada a promoção externa e circulação das estruturas teatrais profissionais louletanas através da obrigatoriedade de realização de duas apresentações das mesmas noutros concelhos do Algarve que integram a Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve, da qual o Cine-Teatro Louletano é membro.
A Bolsa de Apoio ao Teatro prevê ainda uma dimensão formativa, o que contribui gradualmente para uma maior capacitação e qualificação artísticas das diversas estruturas concorrentes de cariz amador e dos seus membros e projetos.
Os candidatos deverão apresentar as suas propostas à Câmara Municipal de Loulé através do Cine-Teatro Louletano via e-mail – cinereservas@cm-loule.pt -, ou enviar pelo correio para o Cine-Teatro Louletano, Av. José da Costa Mealha, 8100-501, Loulé, pelo que todas as candidaturas que deem entrada após 31 de dezembro serão excluídas.
Para mais informações os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça a sexta-feira, das 13h00 às 18h00) ou pelo email cinereservas@cm-loule.pt. Além disso, podem consultar a sua página de facebook – www.facebook.com/cineteatrolouletano ou o seu renovado website http://cineteatro.cm-loule.pt, ambos em permanente atualização, bem como a sua conta no instagram (cineteatrolouletano).
O Cine-Teatro Louletano é uma estrutura cultural no domínio das artes performativas da Câmara Municipal de Loulé e está integrado na Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve e na Rede 5 Sentidos.
CML/GAP /RP
Nos próximos sete dias, a ciência e a tecnologia vão dominar a agenda dos portugueses.
É a Semana da Ciência e da Tecnologia 2019, com visitas guiadas a laboratórios, palestras com investigadores, exposições, cafés de ciência e actividades experimentais para todas as idades, num total de 350 acções gratuitas em todo o país.
A "semana de ouro" começa já este domingo, 24 de Novembro, Dia Nacional da Cultura Científica, com a entrega dos Prémios Ciência Viva Associação Mutualista Montepio, às 16.00, no Auditório José Mariano Gago, no Pavilhão do Conhecimento.
O astrofísico Rui Agostinho, o professor de Físico-Química Paulo Sanches e o magazine de ciência e tecnologia Falar Global são os vencedores da edição deste ano.
Segunda, dia 25, às 14.00, no Teatro Thalia, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Agência Nacional de Inovação e o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas organizam o seminário "CERN - Oportunidades para a Indústria, Transferência de Conhecimento e Formação Avançada".
Terça, dia 26, às 14.00, o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica, em Viseu, abre as portas ao público e revela como o DNA e as várias metodologias da biologia molecular e da genética podem ter aplicação clínica, industrial e até forense.
Quarta, dia 27, às 14.00, os laboratórios do Grupo de Engenharia Bioquímica do UCIBIO - FCT NOVA estarão de portas abertas para mostrarem ao público os espaços onde as bactérias se transformam em fábricas de bioplástico.
Quinta, dia 28, às 11.30, inaugura-se no Pavilhão do Conhecimento a "E se Mendeleev estivesse aqui?". Esta mostra interactiva, desenvolvida pela Universidade de Aveiro em parceria com a FÁBRICA Centro Ciência Viva de Aveiro, celebra uma das ferramentas mais importantes da ciência. Foi o génio de Mendeleev que, depois de várias tentativas de outros cientistas, conseguiu chegar a esta organização que mudou a história da ciência. Ainda neste dia, às 10.00, o Instituto Politécnico de Bragança promove a actividade "Caviar de groselha na cozinha molecular", que dará a conhecer ao público o alginato, substância com propriedades gelificantes e uma das mais utilizadas na cozinha molecular.
Sexta, dia 29, às 21.00, o Centro Ciência Viva de Lagos será o palco de uma conversa com o astrónomo Tiago Campante. As estrelas e os planetas extra-solares vão ser o ponto de partida para uma tertúlia animada que liga astrobiologia, exploração do sistema solar, robótica, buracos negros e ondas gravitacionais. Também neste dia, às 14.30, o INESC TEC, no Porto, abre ao público o seu Laboratório de Robótica e revela as soluções inovadoras que está neste momento a desenvolver para a indústria.
Sábado, dia 30, às 15.00, o Centro Ciência Viva de Vila do Conde propõe ao público conhecer mais a fundo as vespas asiáticas. Quais os perigos associados a esta espécie invasora? Esta e outras questões serão respondidas numa palestra com o investigador José Manuel Grosso Silva, do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
Programa completo da Semana da Ciência e Tecnologia 2019 em cienciaviva.pt
// LANÇAMENTO DO LIVRO "FERNÃO SIMÕES DE CARVALHO, ARQUITETO E URBANISTA"
21/11 | 18h30
Oradores: Célia Maia, autora do livro; Jorge Ferreira, diretor editorial da Caleidoscópio; Rui Duarte, autor do prefácio.
Co-organização: Caleidoscópio e Roca
Este livro, que parte do inventário do espólio de Simões de Carvalho, apresenta a sua obra arquitetónica e urbanística
em Angola, Portugal e Brasil e tem como principal objetivo a definição dos contributos conceptuais, compositivos, técnicos,
económicos, sociais e ecológicos. Nele se destacam os vários papéis que Simões de Carvalho desempenhou ao longo do seu
percurso, tanto na arquitetura como no urbanismo, em funções públicas e na atividade privada. O seu método de trabalho,
as influências que recebeu e os domínios que teceu são analisados ao logo da obra.
//Participação gratuita. Inscrições em breve.
//MUNDO 4.0: CIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS – PRÉMIOS KNX PORTUGAL
27/11 | 18h00
Moderador: Rui Carneiro, secretário executivo da Associação KNX Portugal
Oradores: Nuno Vasconcelos – Modusnefer – Prémio KNX Projeto: Hospital Internacional dos Açores; David Silva – Domotica
Solutions – Prémio KNX Integrador: Bairro Alto Hotel; Daniel Afonso – Projedomus – Prémio KNX: Hotel Portobay Flores
Co-organização: KNX e Roca
A conferência «Mundo 4.0 – Cidades inteligentes e sustentáveis» será dedicada aos Prémios KNX Portugal, que promovem o
protocolo KNX Portugal, destacando empresas e profissionais que incluem nos seus projetos e investigações, as soluções
mais inovadoras no âmbito da gestão integrada de edifícios, recorrendo às diretrizes incluídas neste protocolo.
//Participação gratuita. Inscrições em breve.
//WORKSHOP INTRODUÇÃO À HIDROPONIA
30/11 | 10h00 às 16h00
Formador: Estevão Anacleto, engenheiro ambiental, presidente da Associação Portuguesa de Hidroponia, CEO e fundador da
empresa“GroHo Hidroponia” e da “Campónio – Real Farm Experience”
Organização: GroHo
Aprenda os conceitos básicos da Hidroponia, uma técnica de cultivar plantas sem solo, onde os elementos minerais essenciais
para o crescimento e o desenvolvimento das plantas são fornecidos através de uma solução nutritiva que fornece na medida exata
e de forma constante todos os nutrientes que os vegetais necessitam.
Programa:
* Conhecer as diferentes técnicas de hidroponia;
* Como cultivar através das principais técnicas;
* Conhecer as culturas, pragas e doenças;
* Como elaborar a solução nutritiva e controlar;
* Demonstração prática de cultivo hidropónico
//Vagas limitadas. Inscrições AQUI.
Leituras encenadas de comédias portuguesas quinhentista
Sob a direcção de Silvina Pereira, o Teatro Maizum realiza, entre 25 e 30 de Novembro, na Livraria Sá da Costa - Galeria, a 4ª edição do projecto CLÁSSICOS EM CENA que apresenta leituras encenadas de comédias portuguesas quinhentistas e tertúlias com o público, com a presença de investigadores convidados.
Este programa é uma iniciativa que visa divulgar os textos teatrais clássicos portugueses, incentivando o trabalho artístico a partir dessa dramaturgia. Entrecruzando a História, a Literatura e o Teatro através de textos pouco conhecidos do público, mas reveladores da identidade cultural portuguesa, CLÁSSICOS EM CENA, ilumina o seu diálogo com a realidade presente.
As três sessões desta edição de CLÁSSICOS EM CENA irão incidir sobre a magnífica trilogia de ouro de Jorge Ferreira de Vasconcelos: Comedia Eufrosina, Comedia Ulysippo e Comedia Aulegrafia.
A entrada é gratuita.
(Livraria Sá da Costa – Galeria, Rua Garrett, 100/ Rua Serpa Pinto, 19, ao Chiado. Lisboa. Informações: 965 060 275/ teatro@maizum.pt)
Interpretação:
Ana Sofia Santos, Augusto Portela, Carlos Malvarez, Diogo Andrade, Eduardo Frazão, Eduardo Molina, Filipa Marcos, Guilherme Barroso, Isabel Fernandes, João Didelet, João Ferrador, Júlia Valente, Júlio Martín, Luzia Paramés, Margarida Rosa Rodrigues, Maria Ribeiro, Marta Kaufmann, Miguel Vasques, Paulo Lages, Paulo Matos, Silvina Pereira, Susana Sá, Teresa Faria, Tiago de Almeida
Programa:
Dia 25: 19h00 Leitura encenada da Comedia Eufrosina de Jorge Ferreira de Vasconcelos
20h00 Tertúlia em torno da obra e do autor com José Pedro Sousa, Santiago Pérez Isasi e Silvina Pereira;
Dia 27: 19h00 Leitura encenada da Comedia Ulysippo de Jorge Ferreira de Vasconcelos
20h00 Tertúlia em torno da obra e do autor com Armando Nascimento Rosa, Júlio Martín e Silvina Pereira
Dia 29: 19h00 Leitura encenada da Comedia Aulegrafia de Jorge Ferreira de Vasconcelos
20h00 Tertúlia em torno da obra e do autor, com Isabel Almeida, Vladimiro Nunes e Silvina Pereira
Dia 30: 17h00 Festa dos Clássicos - Leitura pública da trilogia:
17h00Comedia Eufrosina ?
18h30 Comedia Ulysippo
20h00 Comedia Aulegrafia
21h30 Tertúlia e iguarias com os actores e espectadores.
Depois da “Exposição de Brinquedos: Mobilidade Móvel”, que deu a conhecer carrinhos, triciclos, quadriciclos e trotinetas que fazem parte do espólio do colecionador Hélder Esdras Martins, o Centro Cultural de Poceirão vai receber, de 10 de outubro a 30 de novembro, a “Exposição de Brinquedos Mobilidade Estática: Cavalos de Baloiço”, do mesmo colecionador.
Hélder Esdras Martins, natural de Pinhal Novo, dedica-se, desde os 16 anos, ao colecionismo. Numa viagem a França, apaixonou-se pela temática dos brinquedos, ao visitar uma exposição. Atualmente, possui cerca de 10 mil peças, numa coleção que integra os mais variados tipos e origens de brinquedos, desde o século XIX. Tem participado em congressos, jornadas e exposições, representando Portugal em diversos países.
Org: Câmara Municipal de Palmela
Com entrada livre e organizada pela Câmara Municipal de Palmela, a Exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 22h30, e ao sábado, das 14h00 às 24h00.
A próxima Sessão de Poesia “Palavras na Nossa Terra”, marcada para 29 de novembro, às 21h00, na Biblioteca Municipal de Pinhal Novo vai evocar o poeta Vasco Graça Moura.
Personagem polifacetada da vida cultural portuguesa, Vasco Graça Moura (1942-2014) foi poeta, romancista, ensaísta, tradutor, secretário de Estado, diretor na RTP, na Imprensa Nacional e na Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e deputado no Parlamento Europeu.
Em 1996, a sua obra foi reunida em volume. Dos títulos do autor, destacam-se “Concerto Campestre”, os romances “Quatro Últimas Canções” (1987) e “Meu Amor Era de Noite” (2001) e os livros de poesia “Uma Carta no Inverno”, que lhe valeu o prémio da Associação Portuguesa de Escritores, e “Poemas com Pessoas” (ambos de 1997). Recebeu o Prémio Pessoa, em 1995, e a medalha de ouro da Comuna de Florença, em 1998, ambos atribuídos à sua tradução da “Divina Comédia”, de Dante.
A participação nestes encontros de poesia, que decorrem uma vez por mês, na Biblioteca Municipal de Pinhal Novo, é livre e aberta a todas as pessoas que gostem de ouvir, escrever, ler ou declamar poesia.
Esta sexta-feira, 29 de novembro, pelas 21h00, a Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen, em Loulé, recebe o Recital “Brel”, por Afonso Dias. Esta será uma noite dedicada a um dos vultos da música francófona, com quinze canções do grande Jacques Brel num serão musical.
A entrada é livre.
Jacques Brel (1929-1978) nasceu em Schaerbeek, Bruxelas (Bélgica), filho de pai flamengo mas francófono e de mãe de sangue francês e italiano. Cantor, compositor, ator e diretor de cinema, foi uma das personalidades mais marcantes do mundo artístico europeu do século XX. As suas músicas atravessaram o tempo e as fronteiras, sendo traduzidas e executadas no mundo todo até aos dias de hoje. A universalidade de sua obra fez com que ele fosse um dos poucos artistas em língua francesa a ser famoso também nos Estados Unidos (onde foi tema um musical de grande sucesso, "Jacques Brel is alive and well and living in Paris", e de um filme com o mesmo nome, além de diversas homenagens em disco).
Brel foi um marco fundamental na música francesa, juntamente com os seus contemporâneos Georges Brassens, Léo Ferré, Guy Béart, Edith Piaf e Yves Montand. Original, inconformado, revolucionário, marcou profundamente toda uma geração. Todas as suas músicas romperam dois estereótipos antigos: em primeiro lugar, o de que a canção poética é sutil demais para chegar ao grande público. Em letras de um lirismo e elaboração extraordinários, Jacques Brel colocou melodias envolventes, explosivas, contagiantes, que arrebatam o ouvinte na primeira audição. Em segundo lugar, destruiu o conceito do cantor "parado", apenas com a voz e viola, bastante comum na sua época. No palco, Jacques Brel é um "ator musical", que vive cada música com uma força impressionante. Cada interpretação é uma pequena "peça de teatro", onde ele representa os personagens de suas letras com a intensidade exata, na medida certa, sem exageros. Dessa forma, Brel consegue conciliar o que parecia contraditório na época: a qualidade de suas músicas e a sofisticação da interpretação no palco. Nas décadas de 60 e 70, época da popularização da televisão, incorporou intuitivamente a sua linguagem, atingindo um público cada vez maior sem abrir mão da qualidade.
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