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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

1ª Edição do Natal dos Animais acontece em Arroios

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Arroios, reconhecido como o Bairro Mais Cool do Mundo, abre as portas à 1ª edição do Natal dos Animais, uma iniciativa solidária que terá lugar no Mercado do Forno do Tijolo, no dia 7 de dezembro, e que reúne associações e movimentos de proteção animal que atuam no concelho de Lisboa.

Entre as 14:00h e as 19:00h os amantes dos animais podem desfrutar de vários momentos lúdicos, com atividades dirigidas às criançaspartilha de boas práticas apresentada pelo Regimento de Bombeiros Sapadores e ainda a apresentação do livro de Mário Cordeiro “Fernando Pessoa não tinha cão”. É ainda possível assistir a uma tertúlia sobre os nossos deveres para com os animais que conta com convidados surpresa.

A tarde culmina com a atuação especial de Lena D’ Água e com o discurso de encerramento pelas mãos da Provedoria dos Animais de Lisboa.

Com entrada livre, o Natal dos Animais está aberto aos companheiros de quatro patas que adorem passear. Esta iniciativa é organizada pela Provedoria Municipal dos Animais e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia de Arroios.

Esta sexta, há uma festa com whisky, moda vintage e música ao vivo (free)

Monkey Shoulder, marca de whisky 100% de Malte Escocês, lança a “Shakers Gonna Shake, Re-fashion Collection”, uma coleção de roupa exclusiva, de apenas 50 peças, personalizadas pelos artistas Carol From Lisbon e Fiumani . A apresentação vai acontecer amanhã, 6 de dezembro, na loja de roupa vintage A Outra Face da Lua, numa festa aberta ao público, onde todos vão poder provar o whisky e habilitar-se a ganhar peças da coleção.

Blusões, cintos e malas são algumas das peças que serão personalizadas, expressando o lado mais irreverente da marca. Inspirado pelo skate e pela street art, Fiumani traz para esta coleção o ativismo e inconformismo que marca o seu trabalho. Já Carol From Lisbon contribui com o estilo leve que a caracteriza, conciliando várias técnicas, como estampagem e fada do lar. “Customized clothes approved by Mr. Earth” é assinatura escolhida pela artista para as suas peças.

Considerada este ano, e pela quarta vez consecutiva, a marca de whisky mais trendy do seu segmento, Monkey Shoulder reforça com esta coleção a irreverência e jovialidade que caracterizam a marca e aproveita para partilhar parte da sua nova imagem.  “Lançada em Portugal em 2016, a Monkey Shoulder é uma marca jovem e rebelde por natureza, que procura reinventar a categoria associando-se a novas áreas que lhe permitam transmitir este seu posicionamento. A coleção ‘Shakers Gonna Shake’ é um desses exemplos e vai surpreender, mais uma vez, os portugueses, que vão poder ganhar algumas destas peças e entrar, também, no espírito da marca”, afirma Mariana Andrade, brand manager da Monkey Shoulder em Portugal.

Rico e vibrante, com aromas frutados e notas de baunilha, este whisky 100% malte é especialmente concebido para mixar, criando cocktails criativos que os portugueses vão poder provar na festa de apresentação da coleção, no dia 6, a partir das 18h e até às 20h, no espaço d’A Outra Face da Lua, na Rua Assunção 22, em Lisboa. No evento, onde os presentes vão poder também estar com os artistas e conhecer o seu trabalho, serão ainda sorteadas algumas peças da “Shakers Gonna Shake, Re-fashion Collection”.


Foi a Boutique Criativa The Hotel que desenvolveu a estratégica e criativamente esta activação para a marca Monkey Shoulder. Conceito, identidade e toda a dinâmica da activação que culmina no evento de amanhã foi pensada pelo The Hotel.    

Lionesa oferece concerto solidário de Gospel no Mosteiro de Leça do Balio

8 de dezembro | domingo | 17h00 | Mosteiro de Leça do Balio

 

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Em plena época natalícia, a Igreja do Mosteiro de Leça do Balio recebe o grupo musical Saint Dominic’s Gospel Choir para um concerto solidário único e cheio de alegria.

Uma iniciativa da Lionesa que já vai na 4ª edição e este ano irá apoiar a Associação Rumo à vida.

 

No próximo domingo (8 de dezembro), dia da Imaculada Conceição, um dos coros de gospel mais antigos de Portugal, o Saint Dominic’s Gospel Choir, vai atuar na Igreja do Mosteiro de Leça do Balio, em Matosinhos, pelas 17h00, com acesso livre (com ou sem convite) oferecido pela Lionesa. Será num ambiente de muita alegria e emoção que este grupo irá apresentar um reportório onde não faltarão as clássicas músicas natalícias assim como os memoráveis cânticos de gospel.

 

Organizado pela Lionesa, com o apoio da Hilti e da Retail, e em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos, e envolvendo toda a comunidade de lioneses, bem como a comunidade vizinha. Cumprindo a sua vocação solidária, o concerto deste ano vai apoiar a instituição de solidariedade matosinhense Associação Rumo à Vida, uma associação sem fins lucrativos que tem como missão apoiar pessoas com deficiência moderada procurando dar continuidade ao desenvolvimento, autonomia e inclusão na vida social.

 

Eduarda Pinto, diretora executiva do Centro Empresarial Lionesa, sublinha que «este espetáculo é já uma tradição tradicional de Natal que a Lionesa tem mantido sempre com o propósito de envolver a comunidade lionesa numa celebração de Natal especial porque se destina a ajudar uma instituição e os seus utentes, só assim faz sentido. Este ano quisemos que o concerto solidário contribuísse para ajudar cidadãos com deficiência que se encontram na Associação Rumo à Vida, uma instituição que faz toda a diferença na vida quotidiana destas pessoas. Nesse sentido, todos os espetadores são também convidados a poderão contribuir através de um donativo presencial ou através da aquisição de peças desenvolvidas pelas crianças e adultos da instituição.»

 

O Saint Dominic's Gospel Choir foi fundado em 2002, sendo atualmente um dos maiores e mais prestigiados coros de gospel em Portugal. As suas atuações destacam-se pela alegria, melodias repletas de ritmo e muita animação, proporcionando momentos inesquecíveis.

 

A entrada para o concerto do Saint Dominic’s Gospel Choir é gratuita (com ou sem convite) e pode ser efetuada através do seguinte linkhttp://bit.ly/LionesaGospel

 

Miguel Moreira ('Djon África') recebe Prémio Novo Talento nos Prémios Actores de Cinema da Fundação GDA

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O actor Miguel Moreira sagrou-se vencedor nos Prémios Actores de Cinema da Fundação GDA, na categoria Novo Talento, pelo desempenho no filme Djon África, de Filipa Reis e João Miller Guerra, numa cerimónia realizada hoje, no Teatro da Trindade. No filme – produzido pela Terratreme e co-produzido pela Desvia, Oll e Uma Pedra no Sapato - Miguel Moreira faz o papel de um jovem que vai para Cabo Verde em busca do pai que nunca conheceu.

Miguel Moreira (John Tibars África Noventaz) nasceu em Lisboa em 1990. No cinema, como protagonista, participou nos filmes Li Ké Terra (2010), Fora da Vida (2015) e Djon África (2018), todos realizados por Filipa Reis e João Miguel Guerra. Começou o seu trabalho na música, em 2004, num estilo de hip-hop original e underground. Fez várias colaborações com músicos portugueses e de diversos países africanos e lançou, em 2018, o EP Nada Fazi (F.P. NOVENTAZ). 

Antes deste prémio atribuído pela Fundação GDA, ganhou o prémio de melhor música original, representando Djon África, nos Prémios Sophia 2019, em conjunto com o director de fotografia, Vasco Viana.

Djon África teve estreia mundial, em competição, no festival de Roterdão (secção Tiger), em Janeiro de 2018, foi exibido no New Directors/New Films, em Nova Iorque, no festival do Uruguai - onde ganhou o prémio FIPRESCI, atribuído pela crítica, e uma menção especial atribuída pelo júri - entre muitos outros festivais, e teve estreia comercial em Portugal, Brasil, Inglaterra e Alemanha.

Os Prémios Actores de Cinema da Fundação GDA têm a particularidade de serem atribuídos entre pares: são prémios de interpretação atribuídos a atores por atores, anualmente. Nesta 12ª edição, o júri foi constituído pelos actores Diogo Dória, Joana Bárcia e João Reis, que avaliaram a qualidade, a excelência e o mérito do trabalho de interpretação dos colegas nas obras analisadas.

Todos os anos a Fundação GDA escolhe um júri diferente composto por três atores que analisa as obras da lista de produções cinematográficas de longa-metragem portuguesas, de ficção, estreadas comercialmente em sala entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro no ano anterior ao da atribuição do prémio.

Para além de Miguel Moreira, foram vencedores os actores Adriano Carvalho, na categoria de Melhor Actor Principal, pelo desempenho no filme Vazante, de Daniela Thomas, e Ana Cristina Oliveira, que interpreta o papel de Sveta, no filme Carga, de Bruno Gascon.

Ao troféu Melhor Actor/Actriz corresponde um prémio de €3.000 euros, ao de Melhor Actor/Actriz Secundário(a) um prémio de €2.000 euros e ao Novo Talento um prémio de 1.000€.

Sobre o filme:
http://www.umapedranosapato.com/pt/#djon-africa

EMARP - Atividades culturais novembro 2019

"VIDA - Vida Selvagem do Botswana e África do Sul"

Exposição de Fotografia de Vítor Azevedo

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Até 6 de dezembro 2019
Dias úteis das 8h30 às 17h30
 
Até ao próximo dia 6 de dezembro a África está presente no Atendimento da EMARP através da exposição VIDA – Vida Selvagem do Botswana e África do Sul, do fotógrafo Vítor Azevedo.

A exposição versa sobre a vida mas também sobre a morte entendida como um elemento de constante renovação e mostra um pouco da beleza, brutalidade, doçura, agressividade e sobrevivência da fauna africana.

A preferência de Vítor Manuel Nascimento de Azevedo em fotografar África e a vida selvagem está relacionada com a vivência ao ar livre, com os seus amigos que se dedicam a fazer safaris profissionalmente e pela adrenalina de estar mesmo ali ao pé dos bichos, alguns de grande porte. Além disso, porque na natureza não existem barreiras, há que se tomar em consideração que os fotografados são animais selvagens, cujo espaço tem que ser respeitado.

Vítor Azevedo é, desde miúdo, apaixonado pela fotografia e 41 anos de trabalho em hotelaria e aviação comercial proporcionaram-lhe a oportunidade de conviver e contactar com muita gente, viajar pelo mundo, fotografar, fazer amigos, conhecer outras culturas e costumes. Sendo um bom apreciador da gastronomia local também gosta de cozinhar e dar a conhecer a nossa para os amigos, sempre com uma pitada do bom humor que o carateriza.

Em exposição estão 25 fotografias captadas no Parque Nacional de Chobe (Botswana, 10.000 km2) e na Reserva Privada de Timbavati (África do Sul, 533,92 km2), que pode apreciar na EMARP até ao próximo dia 6 de dezembro.

V Café Filosófico | Porque gostamos de Super-Heróis?

 

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V Café Filosófico 

«Porque gostamos de Super-Heróis?»



Quinta, 05 de Dezembro, 19h30
Espaço Arkhé
(Terraço em frente ao nº 51 da Av. dos Bombeiros Voluntários de Algés)


Entrada livre mediante inscrição
no seguinte formulário: https://bit.ly/2OdZVrK


Todos participam!


V Café Filosófico
 organizado pela Nova Acrópole Oeiras-Cascais


Muito bem, desta vez teremos um Café dedicado... aos Super Heróis!

Porque gostamos de Super-Heróis?

Desde as crianças aos adultos, quantos heróis não nos fascinam
e nos atraem?

Estão nos livros, nos filmes, enchem cinemas a cada passo...

Mas então o que haverá de tão especial em personagens como Batman, Super-Homem, Sangoku ou o Homem-Aranha?

Vamos a mais um Café Filosófico?

Anda, vamos a isso!


 
Participação: 3€ (inclui o café)
Pagamento por transferência para a seguinte
conta da Nova Acrópole:
0045 5492 4029 1166 0659 8

 
 *
  Próximas actividades 

Seminário | Introdução à Logoterapia e Análise Existencial

 7 de Dezembro | 10h30 - 19h | Espaço Arkhé
Inscrição no seguinte formulário: https://bit.ly/2KSVO3u

*

Visita MN Arte Antiga | Símbolos e Ideal na Pintura Portuguesa

 8 de Dezembro | Museu Nacional de Arte Antiga
Inscrição no seguinte formulário: https://bit.ly/2Olj1xt

*
Informações:
oeiras-cascais@nova-acropole.pt
963 925 758


Organização:
Nova Acrópole Oeiras-Cascais
Espaço Arkhé


Apoio:
Câmara Municipal de Oeiras

 
 

Fórum Turismo Palmela 2019 está a chegar!

 

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É já no dia 6 de dezembro que se realiza o Fórum Turismo Palmela, este ano com o tema “As Ordens religioso-militares na valorização turística dos destinos”. As inscrições, gratuitas, ainda estão a decorrer.

A edição de 2019, que decorre a partir das 9h30, no Cineteatro S. João, debate este tema, no ano em que o Município de Palmela comemora 30 anos de investigação e divulgação de conhecimento historiográfico em Ordens Militares.

Organizado pela Câmara Municipal de Palmela, com o apoio da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e da Rota de Vinhos da Península de Setúbal, o evento assume-se como um momento anual de partilha de experiências na área do Turismo, focando, todos os anos, temas diferentes e de grande interesse para o setor. Os trabalhos desta edição são centrados em dois grandes painéis: “A Ordem Militar de Santiago e a sua influência nos destinos turísticos” e “O papel das Ordens religioso-militares na valorização turística dos destinos / Exemplo e Práticas”. São convidadas/os oradoras/es a nível nacional e internacional, que farão intervenções relacionadas com as suas áreas de ação, para partilha de exemplos e boas práticas.

Mais informações e inscrições: 212 336 668, turismo@cm-palmela.pt, turismo.cm-palmela.pt ou www.facebook.com/TurismoPalmela.

 

Programa

 

9h30

Sessão de Abertura

 

Turismo de Portugal - Teresa Ferreira

Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa - Vítor Costa

Câmara Municipal de Palmela - Álvaro Balseiro Amaro

 

10h00-12h30

A Ordem Militar de Santiago e a sua influência nos destinos turísticos

Moderação: Jorge Humberto Silva - Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa

 

Palmela: História, Arqueologia e Arte da Ordem de Santiago como Atrativo Turístico

Isabel Cristina Ferreira Fernandes - GesOS - Câmara Municipal de Palmela

 

A Relevância da Ordem de Santiago em Alcácer do Sal: Castelo, Convento, Igrejas e Panteão

Maria Teresa Lopes Pereira - Instituto de Estudos Medievais - Universidade Nova de Lisboa

 

A Ordem de Santiago no Alentejo: Valor Histórico e Artístico no Quadro de um Turismo Cultural

José António Falcão - Direção-Geral do Património Cultural

 

O Projeto Ordo Christi: Do Estudo do Património à Implementação e Promoção de Rotas de uma Ordem Religioso-Militar

João Neves e Ricardo Silva - Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco

 

Território Hospitalário (Aracena, Aroche, Serpa, Moura) – Quatro Castelos, um mesmo horizonte. Um projeto transfronteiriço de turismo cultural

EduardoRomero Bomba - Ayuntamiento de Aracena

Miguel Serra - Câmara Municipal de Serpa

 

Debate

 

14h00-16h45

O papel das Ordens religioso-militares na valorização turística dos destinos / Exemplo e Práticas

Moderação: Paula Magalhães - Câmara Municipal de Palmela

 

A sede das Ordens do Templo e de Cristo como motor de desenvolvimento no Médio-Tejo e na ligação cultural e científica com a Europa

Ernesto Jana - Município de Tomar

 

O Valor Cultural e Turístico do Património de Avis, sede da Ordem Religioso-Militar de Avis

Marta Alexandre - Centro Interpretativo da Ordem de Avis - Câmara Municipal de Avis

 

Ordem do Hospital / Ordem de Malta - Mosteiro Flor da Rosa

Jorge Rodrigues e Paulo Pereira - Museu Municipal do Crato

 

A Importância do Turismo no Desenvolvimento Regional

Bernardo Trindade - AHP - Associação de Hotelaria de Portugal

 

Ordem de Santiago e Valorização Patrimonial – Perspetivas e Desafios de Futuro

Luís Miguel Calha - Câmara Municipal de Palmela

 

Debate

 

Encerramento com Moscatel de Honra

Museu Nacional da Música: Solistas da Metropolitana - 6 de Dezembro, 18h, Entrada Livre | UM MÚSICO, UM MECENAS - 7 de Dezembro, 18h, entrada livre (pré-lançamento do primeiro CD no cravo Antunes de 1789)

 
 
PÉCHÉS DE JEUNESSE | Solistas da Metropolitana
Sexta, 06 de Dezembro, 18H, Entrada Livre   
 

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«Péchés de jeunesse» (Pecados de juventude) é o título de um livro de poemas de Alexandre Dumas (filho) publicado em 1845. Poesia «à parte», serve aqui para evocar duas obras musicais mais tardias completadas por dois compositores em início de carreira. Como é próprio, a palavra «pecado» aplica-se com a bonomia que merecem duas criações onde o talento e o genuíno entusiasmo do jovem artista trespassam com generosidade. É o caso do trio para violino, violoncelo e piano que o francês Claude Debussy compôs aos 18 anos de idade, no verão de 1880, numa altura em que viajava pelo sul da Europa ao serviço de Madame von Meck, a célebre mecenas que financiou parte importante da produção de Tchaikovsky. A obra foi composta para ser tocada em saraus de convívio privado em que o próprio compositor se sentava ao piano na companhia de dois outros jovens intérpretes formados em Moscovo. Trata-se de uma partitura que se pensou perdida durante décadas, mas que foi recuperada nos anos 1980.

De igual modo, também a sonata para violino e piano de Manuel Ivo Cruz foi composta quando este era bastante jovem, em 1922, aos 21 anos de idade. Ivo Cruz veio a fundar em 1937 a Orquestra Filarmónica de Lisboa, foi diretor do Conservatório Nacional de Lisboa durante mais de três décadas, também do Teatro de São Carlos e foi pai de outra figura proeminente do panorama musical nacional no século passado, que batizou com o seu nome – razão porque se distingue como «(pai)». A sonata, dividida em três andamentos, antecedeu os seus estudos na Alemanha, pelo que denota bastante a influência das sonoridades que nos chegavam de França, com a característica harmonia modal e o desenvolvimento cíclico das ideias melódicas.

PROGRAMA
M. Ivo Cruz (pai) - Sonata para Violino e Piano
C. Debussy - Trio com Piano em Sol Maior

Carlos Damas, violino
Jian Hong, violoncelo
Anna Tomasik. piano
 
 
 
 
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Em destaque:
 
UM MÚSICO, UM MECENAS
Temporada de concertos com instrumentos históricos | 6 de Dezembro, 18H, entrada livre  

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JOSÉ CARLOS ARAÚJO no cravo de JOÃO BAPTISTA ANTUNES de 1789 (MNM 0373)
Pré-lançamento da primeira gravação de sempre no cravo de João Baptista Antunes de 1789
inserido na colecção discográfica "melographia portugueza" - integral da obra para tecla de Carlos Seixas do MPMP, movimento patrimonial pela música portuguesa

PROGRAMA
Carlos Seixas (1704-1742)


Sonata em mi menor, K. 37

Minuete em mi menor
Fuga em si menor, K. XXV
Sonata em ré menor, K. 29
Sonata em fá# menor, K. XIV
Sonata em dó menor, K. IV
Sonata em dó menor, K. 12
Minuete e glosas (em fá menor)



SOBRE O CRAVO ANTUNES DE 1789
Este é um dos poucos exemplares que testemunham a arte da família Antunes, cujos membros se distinguiram como exímios construtores de cravos e pianofortes em Lisboa, no século XVIII.
Em 1789, João Baptista Antunes (1737-1822), então com 52 anos, constrói um cravo com uma extensão de teclado mais longa do que o habitual e uma qualidade tímbrica e precisão do mecanismo únicas, talvez para que o instrumento pudesse competir com o pianoforte (ou cravo de martelos, como também era conhecido). O pianoforte, então em voga por toda a Europa, viria, como sabemos, a destronar o cordofone beliscado. Este cravo é, portanto, representativo dos últimos tempos de uma época em que duas tecnologias diferentes coexistiram no nosso país.
Segundo Ana Paula Tudela, investigadora e autora do estudo sobre a Família Antunes, livro lançado em 2019 pelo Museu Nacional da Música e Imprensa Nacional - Casa da Moeda, “(…) o instrumento construído em 1789 por João Baptista Antunes (1737-1822) e restaurado em 2018 por Geert Karman, já não se ouvia há seguramente 74 anos ou talvez mais, uma vez que tinha sido adquirido para a colecção antiga do museu em 1944 e desde então não voltou a ser tocado".
Foi pela primeira vez apresentado ao público em concerto em Setembro de 2018, lado a lado com o cravo construído em 1758 por Joaquim José Antunes (1733-1801), classificado como tesouro nacional, também ele uma das jóias da Colecção de Lisboa. Os cravistas convidados foram Miguel Jalôto e José Carlos Araújo.
Ao estudar os percursos e caligrafias dos diversos mestres desta família, Ana Paula Tudela conseguiu demonstrar que estes dois instrumentos foram construídos por dois irmãos, filhos de Manuel Antunes (1703-1766), fundador da emblemática oficina portuguesa “Antunes”, cuja excelência é internacionalmente reconhecida.
Desde Setembro de 2018, o Cravo Antunes de 1789 pôde ser ouvido mais duas vezes: A primeira vez, a solo, por Cremilde Rosado Fernandes, acompanhada pela soprano Ana Paula Russo, e a segunda vez em Setembro último, novamente acompanhado pelo seu irmão Antunes de 1758, tocado pelas cravistas Cândida Matos e Elisabeth Joyé.
O cravo seguiu depois para a Fundação Calouste Gulbenkian, onde foi gravado pela primeira vez. Este pré-lançamento é, pois, o resultado desse trabalho, que resulta duma união de esforços entre o Museu Nacional da Música e o MPMP, movimento patrimonial pela música portuguesa, com a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian    


JOSÉ CARLOS ARAÚJO
Apontado como «um dos mais importantes intérpretes portugueses da actualidade» (Jornal de Letras), José Carlos Araújo tem desenvolvido o seu trabalho sobretudo em torno da música para tecla de autores ibéricos do período barroco e, muito particularmente, da obra de Carlos Seixas.
Em Lisboa, estudou instrumentos históricos de tecla, baixo contínuo e interpretação de música antiga. Desde cedo influenciado pelas perspectivas interpretativas reveladas por Cremilde Rosado Fernandes e José Luis González Uriol, a oportunidade de trabalhar, mais tarde, com ambos estes mestres viria a informar de forma acentuada a sua abordagem aos repertórios para instrumentos de tecla do Sul da Europa.
A parte mais importante da actividade artística que mantém consiste em recitais em instrumentos históricos (órgão, cravo, clavicórdio e pianoforte), dedicando-se frequentemente a repertórios pouco explorados dos séculos XVII e XVIII.
Colaborou com o Teatro da Cornucópia, sob a direcção de Luís Miguel Cintra. Tocou com as principais orquestras e agrupamentos de música antiga portugueses, sendo, todavia, com a orquestra barroca Divino Sospiro que tem vindo a trabalhar mais intensamente e com a qual realizou numerosas estreias modernas de obras do séc. XVIII e gravou música sacra de García Fajer e José Joaquim dos Santos para a editora Glossa.
José Carlos Araújo dedicou-se ainda ocasionalmente à música para órgão e cravo de autores do séc. XX, em particular Luiz de Freitas Branco, Armando José Fernandes e Clotilde Rosa, que tocou com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Ensemble MPMP.
Gravou para a RTP e para a Antena 2. Em 2004, foram-lhe atribuídos o Primeiro Prémio e o Prémio do Público do concurso Carlos Seixas, pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Inaugurou a colecção discográfica Melographia Portugueza (MPMP) em 2012, com os primeiros CDs da gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas.
Licenciou-se em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras de Lisboa, de cujo Centro de Estudos Clássicos é investigador e onde tem vindo a trabalhar na tradução e estudo de autores gregos e latinos. Colabora regularmente em Euphrosyne – Revista de Filologia Clássica.
Actualmente é director da revista Glosas.