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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Baixa da Banheira: Cinema Infantil no Fórum Cultural

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“Como Treinares o Teu Dragão, O Mundo Secreto”, de Dean Deblois, é o filme exibido, no dia 23 de fevereiro, pelas 11:00h, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira. Esta sessão de cinema infantil é dirigida a crianças a partir dos 6 anos e famílias e tem entrada gratuita, mediante levantamento de bilhetes.

 

Hiccup, o pequeno "viking", agora já adulto, assumiu-se como líder do seu clã e é a prova viva de como a gentileza, a inteligência e o caráter são muito mais importantes do que a bravura ou força física. Mas a amizade do jovem Hiccup com o seu dragão Desdentado, até agora nunca questionada, vai ser posta à prova quando Grimmel, um homem ganancioso e sem escrúpulos, ali chega determinado a enriquecer à custa do tráfico de dragões.

Do mesmo estúdio que criou "Shrek", "Madagáscar" ou "O Panda do Kung Fu", chega a terceira aventura protagonizada por grandes guerreiros escandinavos e seus extraordinários dragões.

 

Reserva de Bilhetes:
Fórum Cultural José Manuel Figueiredo
Rua José Vicente, Baixa da Banheira
Tel. 210888900
Horário da Bilheteira:

De 3ª a sábado – 14:30h às 19:30h

Dias de espetáculo e cinema – uma hora antes do início do espetáculo ou sessão.

As reservas podem ser levantadas, no máximo, até 1h antes do início do espetáculo, com um limite de cinco bilhetes por reserva.

18 FEV | Contos de Lisboa de Mónica de Miranda expõe memórias da cidade pós-colonial

Contos de Lisboa

Inauguração: 18 de fevereiro, terça-feira, 18h30

Exposição patente de 19 de fevereiro a 16 de maio

Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico
Rua da Palma, 246 | 1100-394 Lisboa

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A artista Mónica de Miranda inaugura no dia 18 de Fevereiro, pelas 18h30, no Arquivo Municipal de Lisboa, a exposição Contos de Lisboa, com curadoria de Bruno Leitão e Sofia Castro.

A actual exposição da artista e investigadora insere-se no projecto Pós-Arquivo, que envolve a criação de um arquivo digital com documentos, vídeos, áudio e fotografia, reunidos no âmbito da sua ampla pesquisa sobre as relações que se estabelecem entre migrações, associadas à descolonização e aos movimentos independentistas africanos, e as paisagens urbanas da Europa. Paralelamente, Contos de Lisboa assinala a doação do arquivo de trabalho da artista, composto por 239 imagens em bruto que retratam bairros informais da antiga Estrada Militar, ao Arquivo Municipal de Lisboa.

 

O arquivo de Mónica de Miranda reúne imagens captadas ao longo de mais de uma década de pesquisa nos bairros do Talude, Azinhaga dos Besouros, Fim do Mundo, Mira Loures, 6 de Maio e outros bairros localizados na periferia da cidade. O conjunto de imagens agora doadas ao Arquivo Municipal de Lisboa constitui um importante registo visual das geografias pós-coloniais da cidade e antecipa a transformação, nalguns casos a demolição total, dos bairros que até há poucos anos dominavam o traçado da Estrada Militar. A Estrada Militar Caxias-Sacavém ou Estrada Militar de Defesa de Lisboa mantinha na periferia da cidade os habitantes, maioritariamente imigrantes de origem africana, dos bairros informais que nos anos 70 do século XX começaram a marcar a paisagem da histórica circular, prosseguindo, ironicamente, o propósito que no início do século XIX orientou a sua construção - proteger a cidade contra invasões estrangeiras.

 

“A exposição Contos de Lisboa surge deste arquivo visual criado ao longo de uma década, mas é muito mais do que a recolecção fotográfica destes bairros, é um objecto polimórfico, uma continuação desse arquivo inicial composto por fotografias”, descreve o curador Bruno Leitão no texto que acompanha o projecto. O curador prossegue: “A artista mergulha num processo inquisitivo e humanizante destes lugares e ao ficcionar estes espaços cria um exercício de empatia. Uma possibilidade de reconhecermos emocionalmente uma Lisboa fora do centro, mas que se afirma por dentro”.

 

No Arquivo Fotográfico de Lisboa, Mónica de Miranda apresenta um conjunto de trabalhos de fotografia e vídeo, na sua maioria novas obras como Tales of Lisbon (2020), Timeline (2020) e Torres Gémeas (2020), bem como o vídeo Estrada Militar (2009), criado na fase inicial da sua pesquisa. A exposição integra também uma instalação de som e fotografia que retrata seis casas que foram alvo de demolição, ali convocadas a partir de imagens de objectos deixados para trás pelas pessoas que nelas habitavam e que posteriormente foram recolhidos e fotografados pela artista. Uma cassete de VHS com o título “Arma Mortífera”, uma cassete de áudio partida com marcas de lama, um dicionário sem capa, apontamentos do curso de economia política da Universidade de Lisboa, um vinil, uma boneca e sapatilhas “Deeply”, são alguns dos objectos que estarão presentes na instalação, junto com seis contos inéditos de Djaimilia Pereira de Almeida, Kalaf Epalanga, Yara Monteiro, Ondjaki e Telma Tvon, autores que foram convidados a imaginar universos habitados a partir dos objectos recolhidos nas imediações de cada casa. 

 

Contos de Lisboa estará patente até dia 16 de maio, contempla a edição de um catálogo com os seis contos originais, textos de Jorge Malheiros, Manuela Ribeiro Sanches, Sónia Vaz Borges e outros contributos. Na sala de leitura do Arquivo Municipal de Lisboa será possível aceder à página da internet do projecto Pós-Arquivo, onde Mónica de Miranda disponibiliza um arquivo em permanente actualização e, particularmente, as imagens dos objectos encontrados nas seis casas.

 

Além da actual exposição, a pesquisa que o arquivo sobre a paisagem da Estrada Militar materializa, está na base de trabalhos que a artista tem vindo a apresentar, individualmente ou em colectivo, em contextos como o Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2019 (MAAT, Lisboa), a exposição e publicação Devir Menor: arquitecturas e práticas espaciais críticas na iberoamerica, Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, e na investigação e exposição Underconstruction and New territories 2009 (Pav28, Lisboa).

 

 

Mónica de Miranda é uma artista visual e investigadora portuguesa com origem angolana. Baseia o seu trabalho em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais, apresentando-o na forma de desenho, instalação, fotografia, vídeo e som, e prosseguindo uma pesquisa que procura esbater fronteiras entre ficção e documentário.

Foi nomeada para o Prémio EDP Novos Artistas (2019), o Prémio Novo Banco (2016) e para o Prix Pictet Photo Award (2016). Participou em eventos artísticos de relevo, como os Encontros Fotográficos de Bamako (2015), a Bienal de Arquitectura de Veneza (2014), a Bienal de Dakar (2016), e em inúmeras residências artísticas, de entre as quais se destacam: Artchipelago (Instituto Francês, Ilhas Maurícias, 2014); Verbal Eyes (Tate Britain, 2009); Muyehlekete (Museu Nacional de Arte, Maputo, 2008); Living Together (British Council/ Iniva, Georgia/London 2008).

Começou a expor em 2004 e das suas exposições individuais destacam-se: Hotel Globo (Museu Nacional de  Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, 2015); Arquipélago (Galeria Carlos Carvalho, Lisboa, 2014); Erosion (Appleton Square, Lisboa, 2013); An Ocean Between Us (Plataforma Revólver, Lisboa, 2012); Novas Geografias (198 Gallery, Londres / Plataforma Revólver, Lisboa / Imagem HF, Amsterdão, 2008).

Entre as exposições colectivas em que participou, destacam-se: Telling Time (Rencontres de Bamako  Biennale Africaine de la Photographie 10 éme edition, Bamako, 2015); Ilha de São Jorge (14ª Bienal de Arquitectura de Veneza, Veneza, 2014); Line Trap (Bienal de São Tomé e Príncipe, 2013); An Ocean Between Us (Paris Foto e Arco Madrid, 2013); Do silêncio ao outro Hino (Centro Cultural Português, Mindelo, Praia); Arquivos Secretos (AFL, 2012); Once Upon A Time (Carpe Diem, Lisboa, 2012); L’Art est un sport de combat (Musée des Beaux Arts de Calais, França, 2011); This location (Mojo Galeria, Dubai, 2010); She Devil (Studio Stefania Miscetti, Roma 2010); Mundos Locais (Centro Cultural de Lagos / Allgarve, Portugal, 2008); Do you hear me (Estado do Mundo, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2008); United Nations (Singapura Fringe Festival, Singapura, 2007).

O seu trabalho está representado nas colecções públicas do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia (MAAT), Fundação Calouste Gulbenkian, Arquivo Municipal de Lisboa, entre outras.

Mónica de Miranda é investigadora de Pós-doutoramento no Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa. Licenciada em Artes Visuais pela Camberwell College of Arts (Londres, 1998) e Doutorada pela Universidade de Middlesex (Londres, 2014). É uma das fundadoras do projecto de residências artísticas Triangle Network em Portugal e do Hangar - Centro de Investigação Artística, em Lisboa.

 

 

Conteúdos adicionais:

Mais sobre Mónica de Miranda - https://monicademiranda.org/

Pós-Arquivo / Objectos – https://postarchive.org/objetos/

Locuções dos seis contos originais - https://soundcloud.com/user-323862203

 

 

Contos de Lisboa – Tales of Lisbon

Mónica de Miranda

19 de fevereiro a 16 de maio

 

Inauguração: 18 de fevereiro, 18h30
Visitas guiadas pelos curadores: 14 de março e 16 de maio,15h00
Finissage e lançamento do catálogo: 16 de maio,17h00

Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico
Rua da Palma, 246
1100-394 Lisboa

Segunda a sábado, das 10h00 às 19h00, encerra aos feriados

Entrada Livre

 

“A materialidade da imaterialidade” é o tema da nova exposição do Welcometoart art gallery, com as exposições individuais de Rui Carruço e Rogério Timóteo

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Já pode apontar na sua agenda o seu programa do mês de Fevereiro. A Galeria Welcome to Art, que se situa na Embaixada do Príncipe Real vai receber duas novas exposições individuais nos próximos dias. A partir do dia 15 de Fevereiro e até ao final do mês poderá com a presença de duas exposições individuais de Rui Carruço e Rogério Timóteo.

 

Rui Carruço nasceu a 19 de Janeiro de 1976, em Lisboa. Desde novo que a Arte, particularmente a pintura, esteve presente na sua vida. Apesar do seu percurso académico inicial estar ligado às ciências exatas, Rui Carruço, decidiu juntar as duas paixões na sua vida profissional. Investiu a sua educação em diversos cursos direcionados às variantes da pintura: desenho, gravura e técnica de pintura renascentista. Neste sentido, as suas obras representam precisamente a combinação do que mais admira: a arte e as ciências. Atualmente, encontra-se a desenvolver workshops e cursos de pintura no Atelier Internacional de Belas Artes.

 

Rogério Timóteo, nasceu em Anços, Sintra, em 1967, e desde cedo que se interessou pelas artes, mas foi no encontro com Mestre Anjos Teixeira, de quem foi aluno durante cinco anos, que abriu os horizontes para a escultura. Reforçando essa aprendizagem, frequentou o curso “Novas Tecnologias do mármore” em Vila Viçosa e o curso de desenho - Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. Tendo nascido e crescido numa região ligada à extração e transformação de mármores é com naturalidade que escolhe inicialmente o mármore como matéria-prima para as suas esculturas, não excluindo, no entanto, abordagens a novos materiais e técnicas, tais como bronze e resina. Conta com mais de 40 exposições individuais e mais de 300 exposições coletivas. Encontra-se representado em coleções particulares em Portugal e no estrangeiro.

 

Os apreciadores de pintura e escultura podem visitar as duas exposições individuais, que apesar de se traduzirem em expressões plásticas distintas, se assemelham no gosto pela representação do movimento através da Arte.

 

As exposições da Welcome to Art podem ser visitadas todos os dias na Embaixada do Príncipe Real entre as 12h e as 20h, exceto ao domingo, que fecha às 19h. O acesso à galeria é sempre gratuito.

 

A Welcome to Art gallery expõe, divulga, promove e vende obras de arte de artistas portugueses contemporâneos vivos com quem trabalha diretamente.

Workshop de cozinha para crianças com síndrome de down em Lisboa

Realiza-se a 22 de fevereiro, na Academia Auchan

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A Academia Auchan, em Alfragide, recebe no próximo dia 22 de fevereiro um workshop de cozinha para crianças com síndrome de Down, integrado no projecto «Down Cooking – Estrelas na Cozinha», da responsabilidade da empresa especializada em fardamento Prochef. Uma sessão com início marcado para as 15h00 e que conta com a participação do chef José Serrano.

Esta iniciativa procura tornar cada vez mais a culinária inclusiva e dar a conhecer o trabalho desenvolvido por jovens que, apesar de terem necessidades especiais, podem ser verdadeiras estrelas de cozinha. O projeto integra crianças, adolescentes e jovens adultos com necessidades especiais, despertando-lhes assim o interesse pelo mundo da gastronomia. Os trabalhos que se revelam muito enriquecedores para todos os participantes, vêm demonstrar a capacidade de aprendizagem e empenho nas tarefas propostas.

Outro dos objetivos destes workshops, que se realizam desde 2011, passa por dar conhecimentos teóricos e práticos de forma a que os participantes possam, um dia mais tarde, estar habilitados a integrar o mundo do trabalho. Aliás, este desiderato, já foi alcançado com alguns formandos, que já se encontram integrados em quadros de empresas do ramo da hotelaria e restauração.

Todos os interessados poderão inscrever-se através do email comercial@hig.pt.

Os Artistas Unidos esta semana

Esta semana, os Artistas Unidos continuam a apresentar A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller, no Teatro da Politécnica. Em Setúbal, na Casa da Cultura, continua a exposição NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves, até 1 de Março. Em Cascais, este Sábado dia 15 às 18h30, na Casa Sommer, Lia Gama e Luís Lucas lêem António Ramos Rosa EM VOZ ALTA. Também no dia 15, apresentam VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward em Viana do Castelo, no Teatro Sá de Miranda às 21h30.

 

A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo e Jorge Silva Melo Com Américo SilvaAndré LoubetHugo TouritaInês PereiraJoão Estima, João Madeira, João Pedro Mamede e José Vargas Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Música original João Madeira Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Inês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12

A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller_fotografia de

 



No Teatro da Politécnica de 15 de Janeiro a 22 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb às 16h00 e 21h00

Quero habitar nas minhas veias, na medula dos meus ossos, no labirinto do meu crânio.
Heiner Müller, A Máquina Hamlet

Um homem ergue-se das ruínas da história para anunciar que foi Hamlet. Para escapar à violência cíclica e contínua da história, o passado é questionado e desconstruído. Longe da narrativa psicológica, a paisagem da revolução traída. "O slogan da era Napoleónica ainda se aplica: Teatro é a Revolução em marcha."

Ainda li este texto manuscrito, passado clandestinamente da antiga RDA até à casa de Jean Jourdheuil no Bolulevard St Germain, em Paris onde tantas noites ouvi Heiner conversar bebendo uísque e café até nascer o dia. Traduzi-o então (1977?), no rescaldo do 25 de Novembro, quando sobre os nossos desejos se erguia a asa da normalização democrática. Li-o vezes sem conta, voltei a traduzi-lo. E eis que chega a altura de o lembrar. De o fazer com actores novos com quem quero conversar sobre o que perdemos, o que quisemos, o que tentámos, o que traímos, o que não soubemos, o preço desta vida que lhes deixamos, e as mulheres. E claro, convosco, falar da Esperança, imensa Maldição. Volto a Heiner Müller como quem volta àquelas longas conversas na cozinha do Jean. “Olha, já é manhã! Temos de ir dormir!”

JSM

NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves


Na Casa da Cultura de Setúbal de 1 de Fevereiro a 1 de Março

São retratos, são cenas de peças, são planos gerais, são cenas de conjunto, são momentos. Jorge Gonçalves fotografa-nos  desde 1998. E agora, depois de exposição do Teatro da Politécnica, começamos a mostrá-los nos locais nossos amigos. Tanta gente, nestes últimos tempos. Com o coração.

Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves

 

EM VOZ ALTA

os nossos poetas

leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos

 

Eu gosto de ler em voz alta, eu gosto de ouvir poesia lida pelos actores com quem trabalho, eu gosto de poesia lida para várias pessoas, eu gosto de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.

 

Em Cascais, na Casa Sommer, às 18h30:
Sábado, 15 de Fevereiro - António Ramos Rosa por 
Lia Gama e Luís Lucas.

 

 

VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward Tradução Miguel Esteves Cardoso Com Rúben GomesRita DurãoTiago MatiasVânia RodriguesIsabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Encenação Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos Co-Produção Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém M12

VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward - fotografia de Jor

 

Em Viana do Castelo, no Teatro Sá de Miranda a 15 de Fevereiro de 2020

Devem ser muito raras as pessoas que são completamente normais, lá no fundo das vidas privadas de cada um. Tudo depende de um dado conjunto de circunstâncias. Se todas as geringonças cósmicas se fundem ao mesmo tempo e se solta a faísca certa, sabe-se lá o que uma pessoa não será capaz de fazer.

Noël Coward, Vidas Íntimas

"A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos", diz a Madame De na obra-prima de Max Ophüls. E podia aplicar-se a este teatro de dinner jackets, champanhe, rosas, camélia e muita malícia. Mas vistas agora estas Private Lives são uma das mais cruéis análises das relações matrimoniais. Sob a doçura de uma primavera na Cote d´Azur quanto veneno, quanta maldade, quanto amor perdido? Uma obra-prima que queremos revisitar, um grande autor "menorizado" e fundamental. Depois de Pinter, Williams, Miller, quem? E com um sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas.

Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves