É entre África e a Europa que se constrói o som de Kel Assouf, a banda com raízes no Níger e baseada na Bélgica que encerra o segundo ano de programação do ciclo de músicas do mundo Terra no próximo dia 27 de novembro, às 19h30, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG). Blues psicadélicos do deserto do Níger, via Bruxelas. Assim a banda Kel Assouf recria a tradição das guitarras tuaregues a partir da Bélgica, onde o seu criador, Anana Harouna, passou a viver desde 2006, depois de um longo exílio. Desde então, tem explorado vários estilos e fórmulas, reunindo músicos de países africanos e europeus, com os quais gravou três álbuns, que vão da tradição ao rock puro e duro. O mais recente, Black Tenere, saiu em 2019. As melodias e ritmos são diretamente inspirados na música bérbere e as suas frases curtas dispostas em escalas e ritmos da música tradicional Kel Tamasheq (tuaregue).
Kel Assouf, que significa "nostalgia" e "filho da eternidade" em Tamashek, a língua dos nómadas do Saara, é uma banda criada por Anana Harouna em 2006, quando se estabeleceu na Bélgica – depois de um longo exílio na Líbia após ter deixado o Níger, onde nasceu, durante a rebelião tuaregue do início dos anos 1990.
Harouna, que chegou a tocar com os Tinariwen, banda fundamental do rock do deserto, recria a tradição das guitarras tuaregues a partir da Bélgica, onde tem explorado vários estilos e fórmulas, reunindo músicos de países africanos e europeus. Gravou já três álbuns, que vão da tradição ao rock puro e duro. O mais recente, Black Tenere, saiu em 2019 e é o mote para o concerto em Guimarães onde Harouna é acompanhado por Olivier Penu, na percussão, e Djakrave Dia, baixista com quem colaborou nos seus primeiros anos na Europa e que, mais recentemente, passou a integrar a banda que acompanha habitualmente Bombino, outro dos nomes grandes do rock tuaregue.
O concerto de Kel Assouf em Guimarães está marcado para o dia 27 de novembro, às 19h30, um horário adaptado às atuais restrições ao funcionamento dos equipamentos culturais devido à situação sanitária, cujas normas atuais implicam também uma redução na lotação da Black Box CIAJG, entre os vários procedimentos de higiene e segurança que são escrupulosamente cumpridos.
Tendo em conta as limitações impostas pela pandemia, os espectadores são obrigados a usar máscara ao longo de todo o concerto. Por isso, na compra de um bilhete para o Terra 2020 será oferecida uma máscara com design exclusivo. Os ingressos, com o valor de 10 euros ou 7,5 euros com desconto, já podem ser adquiridos online em www.aoficina.pt ou nas bilheteiras da cooperativa A Oficina, concretamente no Centro Cultural Vila Flor, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Casa da Memória de Guimarães e Loja Oficina, bem como nas lojas Fnac, Worten e El Corte Inglés.
Esta é a terceira proposta de 2020 do ciclo de músicas do mundo Terra, depois da estreia da programação deste ano no passado dia 18 de setembro com o concerto da lenda-viva do Funaná de Cabo Verde, Julinho da Concertina, e do memorável concerto dos galegos Baiuca a 2 de outubro. O ciclo Terra é uma organização da Capivara Azul – Associação Cultural, com o apoio do Município de Guimarães e da Direção-Regional de Cultura do Norte, com coprodução da cooperativa A Oficina, entidade gestora do Centro Internacional das Artes José de Guimarães. |