METROPOLITANA | Concerto Clássico de Natal | Lisboa e Loures
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SERRALVES APRESENTA GRANDE EXPOSIÇÃO DE
LOUISE BOURGEOIS
UMA DAS MAIORES ARTISTAS DO SÉC XX
Louise Bourgeois: Deslaçar um tormento
Esta grande exposição dedicada ao trabalho de Louise Bourgeois (Paris, 1911- Nova Iorque, 2010) cobre um arco temporal de sete décadas, revelando obras realizadas pela artista - considerada uma das mais relevantes artistas do séc. XX - realizadas entre o final dos anos 1940 e 2010, o ano da sua morte, aos 98 anos.
Visitada e revisitada em inúmeras exposições realizadas durantes as últimas décadas, em diversos espaços museológicos do mundo inteiro, a vasta e singular obra de Louise Bourgeois lida com temas indelevelmente associados a vivências e acontecimentos traumáticos da sua infância – a família, a sexualidade, o corpo, a morte e o inconsciente – que a artista tratou e exorcizou através da sua prática artística.
Em esculturas, têxteis, livros, desenhos e instalações arquitetónicas, Louise Bourgeois deu expressão à tensão entre forças opostas — masculino/feminino, passivo/ativo, arquitetura/corpo, amor/ódio — através de equivalentes formais e simbólicos. Embora as raízes do seu trabalho possam ser encontradas num universo profundamente pessoal e introspetivo, foi capaz de exprimir emoções universais e a vulnerabilidade das nossas vidas quotidianas. A artista fez psicanálise durante vários anos e o conhecimento de si mesma e o discernimento que isso lhe trouxe refletem-se na sua arte. Expôs conscientemente os seus próprios traumas e emoções na sua obra, agregando narrativa pessoal e lucidez psicológica a uma extraordinária inovação artística.
Sentimentos de insucesso, receios, inveja, opressão ou rejeição e o impacto das nossas relações e interações com outros encontram nas suas obras uma forma física. Através delas, a artista convida o observador a confrontar-se com as suas emoções.
Esta visita ao universo de Louise Bourgeois reúne em Serralves 32 obras, que se estendem pelo Museu e pelo Parque de Serralves. No exterior, encimando o Parterre Central do Parque de Serralves, impõe-se talvez a mais emblemática das suas famosas Aranhas - Maman [Mamã],1999, uma das mais representativas da sua obra. Com oito esguias e gigantescas patas, Maman marca o seu território. No abdómen, esta aranha de aço e bronze carrega uma bolsa de ovos de mármore. Louise criou Maman como uma ode à sua mãe, tecelã de tapeçarias, sendo uma metáfora de reparação: tece a sua teia e repara-a quando danificada. Tal como a aranha protege os seus ovos, uma mãe tem de proteger os seus filhos. Ao mesmo tempo, também via a aranha como um autorretrato: constrói a sua própria arquitetura a partir do seu corpo, tal como ela criava esculturas a partir do seu interior psicológico.
Nas salas do museu, várias são as obras que levam o visitante a emergir no universo de Louise Bourgeois. Uma obra que abordou vários temas de diferentes perspetivas, ao longo do tempo, em diferentes materiais. E não se furtou a fazer confluir contradições. Por outras palavras, Bourgeois cultivava um jogo dinâmico entre facto e ficção — não é uma coincidência que a escrita tenha um lugar relevante no seu trabalho.
“O aspeto das minhas figuras é abstrato e poderão não parecer de todo figuras ao espectador. Elas são a expressão, em termos abstratos, de emoções e de estados de consciência. Os pintores do século XVII faziam “quadros de conversação”; as minhas esculturas poderiam ser chamadas “quadros de confrontação”.[1] Louise Bourgeois
A exposição LOUISE BOURGEOIS: DESLAÇAR UM TORMENTO é organizada pela Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea e o Glenstone Museum, Potomac, Maryland, EUA, em colaboração com a The Easton Foundation, Nova Iorque, e coproduzida com o Voorlinden Museum & Gardens, Wassenaar, Países Baixos.
A exposição tem curadoria de Emily Wei Rales, Diretora e cofundadora do Glenstone Museum. Em Serralves, a exposição foi organizada por Philippe Vergne, Diretor do Museu, com Paula Fernandes, Curadora.
Esta exposição contou com o generoso apoio da Hauser & Wirth Gallery.
Fotos, legendas e créditos: https://we.tl/t-TYEI3rqACL
Sobre Louise Bourgeois(1911–2010)
Nasceu em Paris; os seus pais tinham uma galeria de tapeçarias e uma oficina de restauro. Antes de se dedicar completamente à arte, estudou matemática por um breve período de tempo na Sorbonne. Em 1938 conheceu o historiador de arte americano Robert Goldwater e casaram três meses após o seu primeiro encontro. Menos de um mês depois, emigrou para Nova Iorque. Depois de duas exposições a solo de pintura, Louise Bourgeois expôs em 1949 as suas primeiras esculturas, feitas de madeira. Embora obras suas tenham sido cedo adquiridas pelo Museum of Modern Art (MoMA), de um modo geral a artista permaneceu à margem do cânone da história da arte. Apenas nos anos 1980 o seu trabalho foi mais amplamente reconhecido. Em 1982 torna-se a primeira artista do sexo feminino a ter uma retrospetiva no MoMA. Pela mesma altura, publica uma narrativa autobiográfica descrevendo as experiências e os traumas da infância, que deixariam uma marca indelével na sua obra — uma obra que continuou a desenvolver até à sua morte, aos 98 anos.
A relação com os pais teria nela um impacto significativo. A mãe morreu de sequelas da gripe espanhola quando Louise tinha vinte anos. Durante a sua doença, foi Louise quem frequentemente tratou dela. O pai era um homem encantador, dominador e infiel. A sua morte em 1951 marcou profundamente a artista, agravando os seus sentimentos de abandono, depressão, culpa e traição. Louise Bourgeois fez psicanálise de forma intensiva de 1952 até meados dos anos 1960 e ao longo da vida continuou a envolver-se com as teorias da disciplina.
Sobre o Mecenas:
BPI e Fundação ”la Caixa”
A Fundação de Serralves, o BPI e a Fundação “la Caixa” estabeleceram um acordo de colaboração para o desenvolvimento de projetos de caráter social e cultural em Portugal, na sequência da entrada do BPI para o Grupo CaixaBank, que marcou o inicio da implementação dos programas e iniciativas de ação social da Fundação “la Caixa” no país, com o compromisso de alcançar um investimento de até 50 milhões de euros anuais nos próximos anos.
Um dos princípios de atuação da Fundação “la Caixa” é promover uma sociedade melhor, com enfoque especial nos grupos mais vulneráveis. A Fundação dá especial atenção aos seus programas estratégicos na área da integração laboral de pessoas em risco de exclusão social, da atenção aos idosos, do apoio às crianças e jovens em risco e da assistência às pessoas com doenças em estado avançado, promovendo ainda os Prémios de Solidariedade BPI “la Caixa”, em conjunto com o BPI. A Fundação “la Caixa” também atua na área da investigação na saúde e nas ciências sociais, e possui um prestigiado programa de bolsas de estudo. Em Portugal, incentiva ainda o desenvolvimento do interior do país através do programa Promove, nos eixos de gestão de recursos naturais, criação de polos de desenvolvimento e fixação de residentes. As atividades de divulgação cultural são também uma das grandes prioridades da Fundação “la Caixa” através da colaboração com uma vasta rede de museus e entidades culturais de referência, nacionais e internacionais.
Mais de 110 anos após a sua criação, a Fundação “la Caixa” representa hoje um modelo único de compromisso social e é primeira fundação de Espanha e uma das mais importantes do mundo.
www.bancobpi.pt e www.fundacaolacaixa.pt
Surender, Surender de Nikolai Nekh
para implicar uma imaginação coletiva
Surender, Surender, Nikolai Nekh
Curadoria: João Silvério
Inauguração: 4 de dezembro, sexta-feira, 14h – 21h00
Patente até dia 19 de janeiro de 2021
Segunda a sexta-feira 14h – 19h30
A galeria Balcony inaugura no dia 4 de dezembro, sexta-feira, às 14h, a exposição Surender, Surender de Nikolai Nekh com curadoria de João Silvério. O projeto insere-se no Museu da Gentrificação, a “estrutura para uma imaginação coletiva” que o artista desenvolve desde 2018.
O título Surender, Surender nomeia um imigrante que trabalha como motorista em Lisboa e com quem Nekh viajou, por coincidência, duas vezes? Resulta da apropriação do nome de um hotel - “Sur Ender” -, em Beirut, onde o artista esteve em residência em outubro de 2019, altura em que rebentou a revolução no Líbano, após o governo decidir taxar as chamadas através do WhatsApp? Do inglês a palavra surrender sugere “rendição”. O curador João Silvério rendeu-se ao projeto pelo rigor ou pela imaginação?
“Quando trabalho sobre um tema gosto que as coisas sejam implícitas, que impliquem as pessoas ou que impliquem alguma coisa. O que é diferente de criticar”, esclarece o artista. “Aqui não há nada para perceber no sentido do significado, isto faz parte de um processo que tem certas regras, regras que se vão criando à medida que os objetos surgem. São vestígios de algo, não são propriamente intensões”.
Surender, Surender mostra um conjunto de esculturas criadas a partir de objetos que Nekh tem vindo a recolher nas ruas de Lisboa. Estrados de camas, andaimes, cadeiras, suportes de loiça e letreiros, são exemplos de elementos do dia-a-dia que o artista usa para desenvolver novos mecanismos narrativos. Porque, como o próprio descreve, “as histórias sobre como as imagens são produzidas e a sua distribuição fazem parte da obra. Não trabalho com simbologia, trabalho com o índice e estes objetos são indícios da gentrificação”.
Antes de existirem na escala que será apresentada pela primeira vez na galeria Balcony, os objetos escultóricos foram produzidos como elementos ou maquetas minuciosas, que o artista usou para criar composições fotográficas com grande realismo e rigor técnico. “A ideia foi pegar no código da fotografia de exposição e produzir algo totalmente falso”, Nekh acredita que a fotografia de exposição “revela uma ideologia”, e que o mesmo acontece com as fotografias de casas que são usadas pelas agências imobiliárias, “as pessoas querem aquilo, não há muito para inventar”. O realismo das imagens produzidas por Nekh despertaram a atenção de João Silvério e no final de 2019 o curador contactou o artista com o propósito de ver ao vivo as peças fotografadas, porque imaginou que estas existiam noutra escala.
Foi o processo de “descoberta estética da escala” que orientou a atual exposição e que abre um novo capítulo na investigação de Nekh em torno de um museu que não existe. O Museu da Gentrificação surgiu em 2018 e é definido pelo artista como “estrutura para uma imaginação coletiva e um processo dialógico que colide com as estratégias discursivas praticadas pelas instituições que participam na construção deste fenómeno”. O projeto foi apresentado em janeiro de 2019 na revista Wrong Wrong, em formato de ensaio visual e entrevista a Alexandra Trejo Berber, “diretora artística do Museu da Gentrificação”, por Carolina Montalvão, “editora da revista Conflict & Theories”. Duas personagens ficcionadas, com nomes inspirados em nomes de profissionais do imobiliário com anúncios nas fachadas de edifícios em Lisboa. Mais recentemente, Nekh expôs Três cartazes para o Museu da Gentrificação, na Mupy Gallery dos Maus Hábitos, no Porto. O objeto final do projeto será a publicação de um livro de artista ou de um catálogo do museu.
A exposição Surender, Surender pode ser visitada até 19 de janeiro, de segunda a sexta-feira, entre as 14h e as 19h30. A admissão na Balcony é livre, mas encontra-se limitada a 10 pessoas em simultâneo no interior da galeria, é também obrigatório o uso de máscara individual e o cumprimento das normas da DGS a respeito do distanciamento social.
Música, bailado, teatro e cinema encerram programação de 2020 da Casa das Artes de Famalicão
A Casa das Artes de Famalicão encerra 2020 com uma programação variada ao nível das artes e dos públicos-alvo. Música, bailado, teatro e cinema fazem parte do menu final de dezembro.
No dia 09, às 20h30, David Fonseca traz a Vila Nova de Famalicão o seu recente espetáculo “RADIO GEMINI_CLOSER”: o cruzamento do cinema e das imagens com a sua música num espetáculo único que se propõe a levar o público numa viagem intimista através do seu imaginário peculiar. Uma oportunidade única de descobrir muitos dos caminhos secretos que este artista percorre através das suas composições e dos seus olhos, um filme interativo em tempo real para acompanhar em conjunto com a sua performance ao vivo.
A 11 de dezembro, às 20h30, é a vez do bailado subir ao palco da Casa das Artes com “O PRIMO BASÍLIO”, um bailado em II atos a partir da obra homónima de Eça de Queirós. Direção artística de Solange Melo e Fernando Duarte. Elenco: Luísa_Solange Melo, Basílio_Fernando Duarte, Juliana_Cristina Maciel, Jorge_Filipe Portugal, Leopoldina_Carlota Rodrigues, Sebastião_Pedro António Carvalho.
No dia 18, às 20h45, após uma remarcação da anunciada estreia que estava prevista acontecer em novembro e integrando o 3.º capítulo da Poética da Palavra | Encontros de Teatro, é exibida a peça de teatro "AIRBNB E NUVENS - uma radionovela", numa encenação de Manuel Tur e interpretação de Diana Sá, Eduardo Breda, João Castro, Pedro Almendra e Teresa Arcanjo. Em "AIRBNB E NUVENS - uma radionovela", Manuel Tur entrega-se a uma íntima reflexão sobre o processo de comunicação e expõe em palco a mecânica da comunicação radiofónica, os seus artifícios, recursos e métodos. Mais importante do que a exposição que se queira levar a cena, de tudo quanto aí venha a acontecer, interessa, acima do mais, dar a ouvir, simples e ludicamente, por puro prazer. Transmitir esse gozo que é, na verdade, a génese da rádio. Uma “radionovela” sobre um país falido, alugado e com a mania das grandezas (sim, Portugal),
No mês do Natal, a pensar no público mais jovem, no dia 19, às 11h00, é exibido o filme de animação “O SEGREDO DAS BOLACHAS” (versão portuguesa). É uma comédia de animação inspirada em bolachas em forma de animais. A história gira à volta de uma família que tem de usar uma embalagem dessas bolachas para impedir que o tio malévolo tome conta de um circo antigo caído em desgraça. É corealizado pelo veterano Tony Bancroft, animador com vasta carreira e corealizador de "Mulan", e Scott Christian Sava, que trabalhou nos "Power Rangers" americanos e também é co-autor do guião. Um filme para toda a família.
RAY DONOVAN
Já disponível, na HBO Portugal.
Protagonizada pelo nomeado ao Emmy® e ao Globo de Ouro®, Liev Schreiber, naquele que é o seu primeiro papel principal em televisão,
esta série desenvolve-se em torno de Ray Donovan, um solucionador de problemas profissional que trabalha para os ricos e famosos de Los Angeles.
Todas as temporadas disponíveis.
A série RAY DONOVAN, já estreou na HBO Portugal, com as temporadas 1 a 7 disponíveis.
Passada em Los Angeles, RAY DONOVAN é protagonizada pelo nomeado ao Emmy® e Globo de Ouro®, Liev Schreiber, naquele que é o seu primeiro papel principal em televisão, como o melhor solucionador de problemas profissional de Los Angeles. Ray é o homem a quem celebridades, atletas famosos e magnatas dos negócios recorrem para resolver situações complicadas. Este poderoso drama desenrola-se quando o seu pai, Mickey Donovan, interpretado pelo vencedor do Óscar®, Jon Voight, é inesperadamente libertado da prisão, desencadeando uma cadeia de eventos que abala a família Donovan.
Ray trabalha com dois sócios – o primeiro, Avi (Steven Bauer), um israelita imponente, e a segunda, Lena (Katherine Moennig), uma mulher obstinada e de poucas palavras. A maior parte do trabalho de Ray é feito para o Goldman/Drexler, o escritório de advogados mais poderoso da cidade, liderado pelo seu confidente e mentor, Ezra Goldman (Elliott Gould), e pelo seu sócio, Lee Drexler (Peter Jacobson).
Os únicos problemas que ele não consegue resolver são os que envolvem a sua própria família problemática em South Boston. Para Ray, todos os problemas remontam a uma pessoa: o seu pai, Mickey, um gangster da máfia irlandesa que nunca protegeu a família. Mas, tudo muda quando Mickey, depois de vinte anos preso, vai para Los Angeles sedento de vingança. Ele quer dinheiro, uma nova vida e o seu lugar enquanto chefe da sua família.
RAY DONOVAN foi criada por Ann Biderman (Southland), que é também produtora executiva da série, ao lado de Mark Gordon e Bryan Zuriff. A série é uma produção da SHOWTIME®.