Os Artistas Unidos estarão em Ponte de Lima, no Teatro Diogo Bernardes, para apresentar MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller na 6ª feira 1 de Outubro, às 22h00.
O espectáculo é intrepretado por Américo Silva, Joana Bárcia, André Loubet, Pedro Caeiro, Pedro Baptista, José Neves, Paula Mora, Tiago Matias, Rita Rocha Silva, Ana Amaral, António Simão, Hélder Braz e Joana Resende, e a encenação é de Jorge Silva Melo.
Em Ponte de Lima, no Teatro Diogo Bernardes a 1 de Outubro 6ª feira, às 22h00
HappyTudo bem, miúdo. Vou mostrar-te a ti e a toda a gente que Willy Loman não morreu em vão. Ele tinha um sonho bom. O único sonho que vale a pena ter — ser o número um. Lutou muito, e agora hei-de consegui-lo por ele.
Arthur Miller, Morte de um Caixeiro Viajante
Estados Unidos, anos 40. Como pano de fundo o sonho americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso. Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos, quer que o conquistem. Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos, esperanças e ilusões desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência e inutilidade do fracasso a derradeira violência.
É tão bom voltar àqueles autores que foram abrindo caminhos inesperados ao teatro. Fizemo-lo com Harold Pinter, fizemo-lo com Pirandello, fizemo-lo recentemente com Tennessee Williams. Tão bom passar uns tempos, uns anos, com o mesmo autor, ver-lhe os recursos, as obsessões, os segredos. E mostrar aos espectadores que o teatro se vai fazendo. Sim, somos herdeiros. Herdeiros daqueles que não se subjugaram a uma lógica do entretenimento nem se resumem a “eventos” e que obrigaram o palco a ser um lugar de conflito e pensamento. Agora, com Arthur Miller.
44.ª edição do festival de Santa Maria da Feira começa no Dia Mundial da Música
FIMUV arranca com valores emergentes
em concerto por streaming a partir de Paris
A 44.ª edição do Festival Internacional de Música de Paços de Brandão arranca a 01 de outubro com um concerto emitido a partir de Paris, pelo duo de pianistas MusicOrba, constituído pelo português Ricardo Vieira e pelo japonês Tomohiro Hatta, ambos com residência em França e carreiras em ascensão. Após ano e meio de paragem e mais de 50 concertos cancelados, inclusive os de uma segunda tournée na China, os pianistas encaram este regresso como um gesto vital tanto em termos artísticos como profissionais. “É voltar a respirar”, garantem.
– Santa Maria da Feira, 28 de setembro de 2021 –
A 01 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Música e, precisamente por isso, a direção do Festival Internacional de Música de Paços de Brandão (FIMUV) apostou para a sua abertura oficial num formato diferente, disponível para uma audiência global, através da internet, e cruzando várias culturas: um concerto por um artista português e outro japonês, emitido a partir da capital francesa e com conteúdos gravados na Turquia, num espaço arquitetónico cuja construção remonta à era romana e que hoje é candidata a património da UNESCO. Para materializar todas essas referências culturais, o protagonismo caberá ao duo de pianistas MusicOrba, em que Ricardo Vieira, músico natural de Santa Maria da Feira, explorará com o nipónico Tomohiro Hatta excertos do “Sonho de uma noite de verão”, de Mendelssohn.
O concerto “FIMUV pelo Mundo” está assim marcado para as 21h30, tendo transmissão a partir da página do festival na rede social Facebook e seguindo-se também a partir do Auditório do CiRAC, onde músicos, estudantes, docentes, autarcas, jornalistas e público em geral poderão dialogar em tempo real com os pianistas, antes de esses difundirem o concerto que em agosto gravaram ao vivo na Turquia, em específico na ágora de Izmir, cuja construção remonta ao século IV a.C.. Da conversa que acompanha o espetáculo também farão parte três gestores culturais: Hermano Sanches, o lusodescendente que é vereador na Câmara de Paris; Emídio Sousa, presidente do Município de Santa Maria da Feira; e Gil Ferreira, que, além de vereador da Cultura na mesma autarquia, é também músico e professor de guitarra.
Augusto Trindade, diretor artístico da 44.ª edição do FIMUV, realça que esse concerto a quatro mãos deixará bem evidentes as razões pelas quais a parceria criada em 2010 por Ricardo Vieira e Tomohiro Hatta para comemorar os 150 anos de cooperação entre a França e o Japão evoluiu para um projeto musical próprio, com carreira firmada em alguns dos mais prestigiados festivais do mundo e em salas míticas como o Tribeca de Nova Iorque e o Olympia de Paris. “O duo MusicOrba é uma das formações de excelência no que à atual música de câmara diz respeito”, garante. “Ainda em 2018, realizaram uma digressão na China em que, ao longo de 23 dias, se apresentaram em 18 das mais importantes salas de espetáculos desse país. Além disso, as excelentes críticas da imprensa internacional confirmam que os MusicOrba constituem um dos duos mais proeminentes do panorama musical atual”, acrescenta o também violinista e docente.
Para Augusto Trindade, outro fator concreto merece ser destacado no historial do duo: “Se é verdade que esta dupla luso-nipónica tem desenvolvido uma atividade ímpar em prol da divulgação da música contemporânea e dos seus dois países de origem, também é um facto que Ricardo Vieira realizou a sua formação em Portugal antes de prosseguir carreira em França. Isso sublinha a qualidade da formação pianística em Portugal, aspeto essencial para catapultar internacionalmente jovens instrumentistas promissores que tão bem vêm representando o nosso país”.
“Dar cartas mundo fora”
Ricardo Vieira reconhece que a qualidade desse ensino é essencial, mas realça que há outros aspetos de caráter formativo a influírem na progressão artística e profissional de um músico, entre os quais o contributo dos próprios festivais. “O FIMUV é há já muitos anos um marco importante na vida cultural de Santa Maria da Feira, não só pela sua qualidade artística, em que se supera todas as edições, mas também – e o que mais me sensibiliza – porque, acima de tudo, estimula toda uma região e incentiva os jovens músicos locais que, mais tarde, inspirados, vão dar cartas pelo mundo fora”, explica o pianista.
A capacidade de adaptação a diferentes contextos performativos, palcos e culturas também sai beneficiada dessa exposição de jovens músicos a certames internacionais, o que se revela particularmente necessário quando a atividade regular das salas de espetáculos fica sujeita a alterações profundas em termos sociais e económicos, como se vem verificando devido à pandemia de covid-19. “Em poucos meses tivemos mais de 50 concertos anulados, entre os quais os do nosso regresso às salas chinesas, com a MusicOrba China Tour 2020, o que nos entristeceu bastante”, recorda Ricardo Vieira. “Retomámos no final de agosto a nossa atividade, após um ano e meio completamente parados, e divulgámos esse retorno apenas poucos dias antes de o concerto acontecer, pois só acreditávamos quando pisássemos realmente o palco... Até lá, ainda se podia anular o espetáculo a qualquer momento”.
É o momento especial desse regresso que será transmitido no auditório do CiRAC a 01 de outubro. “Foi fantástico”, garante o pianista português. “Tocámos na ágora de Izmir, cuja construção remonta ao século IV a.C., e que agora consta da lista de espaços que se candidataram a ser reconhecidos como património da humanidade pela UNESCO, sob proposta da República da Turquia”.
Para depois do FIMUV, os próximos concertos “estão sob negociação porque o medo ainda está presente em todo o mundo”. A expectativa não invalida, contudo, uma certeza: “É preciso que tudo possa voltar ao normal porque precisamos de respirar – e isso também significa respirar arte”. ■
No dia 1 de outubro assinala-se o Dia Internacional da Pessoa Idosa e o Município de Loulé promove um programa de atividades recreativas direcionado à população sénior do concelho, no fim de semana seguinte.
Assim, nos dias 2 e 3 de outubro, pelas 15h00, o Cineteatro Louletano será palco de um momento musical que integrará atuações na área do fado mas contará também com a participação dos alunos do Conservatório de Música de Loulé Francisco Rosado. Haverá ainda animação teatral, com o grupo Ao Luar Teatro que leva à cena “Caminhos da Terra – A carroça da tradição oral”.
Os interessados em assistir a esta tarde de animação cultural terão de inscrever-se através do telefone 289400882, até ao próximo dia 28 de setembro. A Autarquia assegurará o transporte até ao Cineteatro.
O Dia Internacional do Idoso foi instituído em 1991, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de proteger e cuidar da população mais idosa. O Município de Loulé associa-se anualmente a esta celebração, através da dinamização de iniciativas que pretendem proporcionar um dia diferente a pessoas idosas, com momentos de convívio, até porque algumas delas vivem sozinhas, em zonas isoladas do concelho.
Encenação única e genial do inglês John Mowat, um dos encenadores mais inovadores da sua geração, na linguagem de teatro físico, com trabalho reconhecido e bem premiado no panorama internacional
"A comédia ainda é a melhor forma de falar a sério"
Na linguagem de teatro físico, com encenação do excepcional encenador inglês JOHN MOWAT, esta peça de teatro retrata o momento histórico da chegada dos europeus à América do Sul no ano de 1500. Conhecer o passado é compreender o presente e ganhar consciência de que ele pode ser alterado. Este trabalho surge como uma resposta para esta problemática social que atinge milhares de cidadãos em todo o mundo, um dos principais focos da Agenda de 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU ou seja “dignificar as ações em prol da educação para o respeito dos direitos humanos, da igualdade de género e de oportunidades, a promoção de uma cultura de paz e de não-violência, da cidadania global e da valorização da diversidade cultural.” Um elenco jovem, energético composto por três incríveis profissionais da lusófonia. Uma obra dinâmica, oportuna, essencial nos tempos que correm e destinada a toda a família.
João Lima: Ator formado pela Escola Profissional de Teatro de Cascais, protagonista de várias peças, entre elas "Barulho das luzes" de Tiago Torres da Silva.
Anilson Eugénio: Recentemente integrou o elenco principal de ”O Bar do Gilmário” e o spin-off “After Party”, ambas as sériies de comédia escritas pelo actor e humorista angolano Gilmário Vemba e o argumentista português Henrique Dias, interpretando a personagem “Kapuka”. Uma seríe produzida pela SPi Televisão com transmissão na MUNDO FOX, em Angola e Moçambique.
Armando Amaral: Brasileiro, formado pela Escola Profissional Tablado no Rio de Janeiro, integrou o elenco de diversas telenovelas da da Globo, entre elas "33 Variações" de Wolf Maya.
Este programa abre com O Carnaval dos Animais - a «fantasia musical zoológica» que Saint-Saëns escreveu no Carnaval de 1886 para entreter os seus amigos. São 14 peças em que se propôs ilustrar animais como galinhas, cangurus… fósseis?!… pianistas?! Trata-se, portanto, de uma verdadeira sátira musical. As tartarugas dançam o cancan mais lento de que há memória, a desfiguração de uma criação de Offenbach. Aos elefantes calha um minueto de Berlioz, também este muito transformado. E os exemplos sucedem-se em tom trocista.
Temos depois a oportunidade de escutar os sons da orquestra e das vozes solistas que acompanharam o bailado Pulcinella que estreou na Ópera de Paris em 1920 com cenários de Picasso e coreografia de Massine. Livremente inspirada em partituras de compositores setecentistas italianos, esta produção marcou a carreira de Stravinsky, já que a «descoberta» da música do passado lhe mostrou o estilo neoclássico que o acompanhou daí em diante.
PULCINELLA 9 OUTUBRO, SÁBADO, 21H00 10 OUTUBRO, DOMINGO, 17H00 CENTRO CULTURAL DE BELÉM
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Camille Saint-Saëns (1835-1921) Le carnaval des animaux (O Carnaval dos Animais) (1886)
Evento hibrido, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória em www.serralves.pt
O link de acesso e mail de confirmação de inscrição serão enviados até à véspera do evento.
Orador:
Professor Jorge Paiva
Somos Árvores é o tema nuclear do Plano de Atividades do Parque para o ano 2022 e que dá nome a um ciclo de conversas que agora inicia. Procura apresentar a árvore, na sua diversidade e complexidade biológica, e as suas interações com as outras formas de vida, bem como dar a conhecer os distintos contextos e formas da relação entre as árvores e nós - a relação com o Homem, na ciência, na arte, na cultura, na literatura.
As árvores, por serem plantas de ampla longevidade (ex. ca. 5.000 anos tem um pinheiro-da-califórnia, Pinus longaeva) são testemunhos de alguns ecossistemas que existiram, assim como da atividade tectónica das placas da crosta terrestre. Além disso, por serem lenhosas, fossilizam melhor do que as ervas. Alguns dos respetivos fósseis são, igualmente, testemunhos da história da cobertura florestal do Globo e da deriva continental.
As árvores funcionam como autênticas fábricas vivas, utilizando ingredientes tão simples como a água e sais minerais absorvidos através das raízes, o dióxido de carbono da atmosfera e a luz do sol como fonte de energia. Uma particularidade destas "fábricas", é que o seu funcionamento, não provoca qualquer poluição, melhorando até a qualidade do ar que respiramos, contribuindo, assim, para a nossa saúde e bem-estar.
No entanto, estas plantas notáveis podem ter, para pessoas diferentes, significados diversos. Para os nossos antepassados, constituiu a principal fonte de alimento, de combustível, de proteção e ainda objeto de culto. As lendas provenientes de algumas regiões do país, são a prova da atenção que merecem da nossa população e da origem de alguns topónimos e patronímicos. Para o homem atual pode representar uma sombra aprazível, um elemento de adorno da paisagem, a fonte de madeira e de pasta para papel ou a origem de substâncias com aplicação medicinal e cosmética. Para os restantes seres vivos, as árvores fornecem alimento, abrigo e até mesmo suporte físico e algumas espécies chegam até a explorar preferencialmente certas partes da árvore, estando dependentes destas para sobreviverem. Como se ainda não bastasse, as árvores são, dos seres vivos que se conhecem, os que atingem maiores dimensões e maior longevidade. São testemunhos vivos da história e do clima do passado.
Na Natureza, há árvores de enorme biomassa como, por exemplo a Gilbertiodendron maximum, descrita, em 2015, com 100 toneladas e 45 m de altura e uma Sequoiadendron giganteum com 1487 m3 de volume); altíssimas, com o máximo de 116 m de altura de uma Sequoia sempervirens; e até tão baixas e atarracadas, constituído autênticos “bonsais” naturais como, por exemplo, a Cyphostemma uter.
Além disso, muitas árvores possuem características muito singulares adaptativas aos ecossistemas e aos polinizadores e dispersores dos seus diásporos.
Por outro lado, sobre as árvores vivem muitas plantas (epífitas), como musgos, fetos, orquídeas e até arbustos, muitos animais, como pequenos roedores, aves, moluscos, insetos, fungos e microrganismos.
Uma árvore não é, pois, apenas um indivíduo; é um conjunto de ecossistemas. Quando se abate uma árvore, destroem-se muitos ecossistemas.
Jorge Paiva
Biólogo
Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet. University of Coimbra
PROGRAMA
17h30
– Boas vindas:
Enquadramento “Somos Árvores” e apresentação do Professor Jorge Paiva)
Professora Helena Freitas, Direção do Parque
17h40
– Intervenção
Professor Jorge Paiva, Investigador Centre for Functional Ecology e Investigador aposentado do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
18h30 – Saída de Campo
Professor Jorge Paiva e Ricardo Bravo, Coordenador do Serviço de Manutenção do Parque de Serralves
O espectáculo BRASA, do encenador e actor Tiago Cadete, inserido no BoCA – Biennial of Contemporary Arts, estreia esta quarta-feira 29 de Setembro no Teatro das Figuras em Faro e estará em Lisboa de 14 a 17 de Outubro nas Carpintarias de São Lázaro.
O espectáculo aborda a temática do processo migratório, Portugal e Brasil, os actores partilham as suas próprias experiências como migrantes e é lançado um olhar crítico sobre a relação histórica entre Portugal e o Brasil.
Sinopse:
A palavra Brasil tem origem na grande quantidade de árvores de pau-brasil existentes na região do litoral brasileiro. Brasil deriva de brasa, pois esta árvore possui uma seiva avermelhada, cor de brasa. Durante anos essas árvores foram extraídas e vendidas para o continente europeu. Podemos dizer que foi um dos objectos que mais cruzou o Atlântico.
Nos últimos anos, novos grupos migratórios escolheram Portugal ou o Brasil para estudar, em busca de novas oportunidades de trabalho ou para sair do seu país de origem por motivos políticos. Quem são esses novos migrantes brasileiros e portugueses? Que desejos têm quando decidem migrar? Em “Brasa”, Tiago Cadete lança um olhar crítico sobre a relação histórica entre Portugal e Brasil.
ESTREIA | TEATRO DAS FIGURAS, Faro 29 de Setembro às 21h30 Reservas: 289 888 110
Lisboa acolhe a terceira edição do CINENOVA, único festival internacional de cinema universitário em Portugal. Entre 28 de setembro e 3 de outubro, o CINENOVA exibe 31 curtas-metragens de 19 países. Entre a NOVA FCSH, a Cinemateca Portuguesa e a Casa do Capitão, serão ainda promovidos painéis de discussão sobre cinema contemporâneo e uma exposição de cinema expandido.
Das mais de 1.400 submissões de filmes para esta terceira edição do CINENOVA, 9 produções portuguesas e 19 internacionais vão estar a competir nas categorias de Melhor Filme a Concurso (2.000€) e Melhor Filme Português (1.000€). O festival arranca já na próxima terça-feira, dia 28 de setembro, pelas 19H00, com a Cerimónia de Abertura na Cinemateca Portuguesa. Entre os dias 29 de setembro, quarta-feira, e 1 de outubro, sexta-feira, serão exibidas duas sessões de filmes por dia entre as 18H00 e as 21H00, na NOVA FCSH. Na quinta-feira, dia 30 de setembro, pelas 11H, ocorrerá ainda o Painel de Discussão “Ecos de uma Pandemia: Filmes de confinamento e os seus processos” com os realizadores Francisca Alarcão e João Garcia Neto. As entradas para as sessões e para o painel de discussão na NOVA FCSH são gratuitas.
Paralelamente, na Casa do Capitão no Hub Creativo do Beato, e a ser inaugurada já esta sexta-feira, dia 24 de setembro, pelas 18H, estará a ocorrer a exposição “Entre o Real e a Imagem”, com 8 obras de 9 artistas. Esta exposição marca a estreia da secção “CINENOVA Expandido” dedicada ao cinema expandido e a levar ainda mais longe o jovem talento, para lá do espaço da universidade. A exposição estará aberta até dia 3 de outubro.
Para mais informações, consulte o website oficial do CINENOVA aqui.
Sobre o CINENOVA
O CINENOVA é promovido, desde 2019, pela NOVA FCSH e organizado por estudantes e professores universitários. Os seus principais objetivos são dinamizar a produção cinematográfica em contexto universitário e estimular o debate em torno da relação que pode existir entre o Cinema, o Conhecimento e a Comunicação. Em 2020, mais de 600 pessoas visitaram o festival.
JÁ ESTÁ DISPONÍVEL O VIDEOCLIP DE "ALINE", DE JARVIS COCKER, QUE INTEGRA A BANDA SONORA DO NOVO FILME DE WES ANDERSON
CRÓNICAS DE FRANÇA DO LIBERTY, KANSAS EVENING SUN estreia brevemente nos cinemas portugueses
Já se encontra disponível o videoclip de “Aline”, com realização de Wes Anderson, interpretação de Jarvis Cocker (Tip-Top) e ilustração e animação de Javi Aznarez. “Aline” faz parte da banda sonora de CRÓNICAS DE FRANÇA DO LIBERTY, KANSAS EVENING SUN (FRENCH DISPATCH), filme realizado por Wes Anderson, que estreia nos cinemas a 11 de novembro.
Da mente visionária do realizador nomeado ao Óscar® Wes Anderson, CRÓNICAS DE FRANÇA DO LIBERTY, KANSAS EVENING SUNdá vida a um conjunto de histórias da última edição de uma revista americana, publicada numa cidade francesa fictícia, do século XX. O filme é protagonizado por Benicio del Toro (“Sicario – Infiltrado”, “Traffic - Ninguém Sai Ileso”), Adrien Brody (“O Pianista”, “O Grande Budapeste Hotel”), Tilda Swinton (“O Grande Budapeste Hotel”, “Ilha dos Cães”), Léa Seydoux (“007 Spectre”, “Oh Mercy!”), Frances McDormand (“Três Cartazes à Beira da Estrada”, “Missouri”, “Fargo”), Timothée Chalamet (“Lady Bird”, “Chama-me pelo Teu Nome”), Lyna Khoudri (“Selvagens”, “The Specials”, “Papicha”), Jeffrey Wright (“O Mundo do Oeste”, saga “The Hunger Games”), Mathieu Amalric (“O Grande Budapeste Hotel”, “Sound of Metal”), Stephen Park (“Fargo”, “The Mindy Project”), Bill Murray (“Ilha dos Cães”, “O Amor é um Lugar Estranho”) e Owen Wilson (“Father Figures”, “Marley e Eu”).
Por ocasião da morte do seu amado editor Arthur Howitzer Jr., nascido no Kansas, a equipa das Crónicas de França, uma revista americana de ampla circulação, com sede na cidade francesa de Ennui-sur-Blasé, reúne-se para escrever o seu obituário. Memórias de Howitzer fluem para a criação de quatro histórias: um diário de viagem das seções mais sórdidas da própria cidade do O Repórter Ciclista; “A Obra-Prima Concreta”, sobre um pintor criminalmente louco, o seu guarda e a sua musa, e seus vorazes negociantes; “Revisões a um Manifesto”, uma crónica do amor e da morte nas barricadas no auge da revolta estudantil; e “A Sala de Jantar Privada do Comissário de Polícia”, um conto de suspense sobre drogas, rapto e jantares chiques.
A Searchlight Pictures e a Indian Paintbrush apresentam um retrato empírico americano, CRÓNICAS DE FRANÇA DO LIBERTY, KANSAS EVENING SUN, realizado por Wes Anderson, com guião de Wes Anderson, a partir de uma história de Anderson e Roman Coppola e Hugo Guinness e Jason Schwartzman. O filme também é protagonizado por Liev Schreiber (Ray Donovan do Showtime, O Caso Spotlight, Ilha dos cães), Elisabeth Moss (“The Handmaid's Tale”, da Hulu, “O Homem Invisível”), Edward Norton (“Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”, “O Grande Budapeste Hotel”), Willem Dafoe (“O Farol”, “Homem-Aranha”), Lois Smith (“Lady Bird”, “Ray Donovan”), Saoirse Ronan (“Mulherzinhas”, “Lady Bird”), Christoph Waltz (“Django Libertado”, “A Lenda de Tarzan”), Cécile de France (“Rebels”, “Django Libertado”), Guillaume Gallienne (“Down by Love”, “Cézanne e Eu”), Jason Schwartzman (“Gostam Todos da Mesma”, “Moonrise Kingdom”), Tony Revolori (“O Grande Budapeste Hotel”, “Homem-Aranha: Regresso a Casa”), Rupert Friend (“Homeland”, “Um Pequeno Favor”), Henry Winkler (“Arrested Development”, “Barry”), Bob Balaban (“Ilha dos Cães”, “The Politician”), Hippolyte Girardot (“Mama Weed”, “Inside”) e Anjelica Huston (“Ilha dos Cães”, “A Família Addams”) como narradora.
A equipa criativa inclui os produtores Wes Anderson, Steven Rales e Jeremy Dawson, os produtores executivos Roman Coppola, Henning Molfenter, Christoph Fisser e Charlie Woebcken, a co-produtora Octavia Peissel, o diretor de fotografia Robert Yeoman ASC, o designer de produção Adam Stockhausen, a figurinista Milena Canonero, o editor Andrew Weisblum, o compositor Alexandre Desplat e o supervisor musical Randall Poster.
“Vazio”, o primeiro single do álbum Vida Portátil-Edição: 24/09/2021
“Vazio” é o primeiro single do mais recente álbum de Luciano Mello, Vida Portátil. A sua inspiração partiu de uma notícia despercebida que o compositor leu num jornal e que contava como um jovem brasileiro foi a Portugal, mais precisamente ao Porto, encontrar o amor da sua vida, amor este que conheceu na internet e que ao chegar, não viu nada, não viu ninguém, encontrou tudo vazio. Ao procurar o amor nas redes sociais, o jovem constatou que tudo tinha sido apagado, não havia rastro de quem o tinha chamado. Luciano sabe que esta não é a primeira vez que uma história assim acontece e que talvez não seja a última, a internet e sua tecnologia permitem que alguém se personifique num desejo não existente e que simplesmente se esfume durante o voo de outro alguém. “Fiquei comovido lendo a história de uma pessoa que junta o pouco que tem para encontrar alguém que não existe, ou melhor, um robô sem alma que testou os limites da confiança e a sensibilidade vulnerável de um indivíduo que acreditou em algo que nunca existiu.”
“Quando cheguei
Não vi você
Não vi ninguém
Tudo vazio
Tudo bem mais vazio que o frio vazio
Que congelava a imensidão”
Sem entregar o acontecido, Mello apresenta detalhes da história real que agora pode servir de fundo para qualquer desencanto. O artista acredita que quando se canta a dor, se expurga o mal e com isso se planta a esperança, a real matéria que faz o homem viver e suportar os dias difíceis. Com arranjo contemporâneo composto por piano acústico, um sintetizador analógico, uma caixa de ritmos em loop e voz, Mello forja sua Orchestra Falsa, a orquestra secreta em que ele mesmo toca ou simula todos os instrumentos. O lançamento de Vazio, no dia 24 de Setembro, conta ainda com um videoclipe do artista visual Patrick Tedesco que propôs imagens do artista em posição de desamparo, como alguém que chega a um lugar que não conhece, alguém que deseja sumir de todos os lugares, alguém em desintegração.
O Artista Luciano Mello
Luciano Mello é um compositor, cantor, pianista e arranjador brasileiro. Tem obras gravadas por Elza Soares, uma das mais importantes cantoras do Brasil na atualidade e também por Marina Lima, entre outros nomes da MPB. Luciano Mello, que atualmente vive em Braga, tem 4 álbuns disponíveis nas plataformas de streaming de música, além de singles, EPs e inúmeras bandas sonoras compostas para teatro, dança e algumas incursões pelo cinema. Conhecido pelas composições, tem também o seu nome marcado pelos espetáculos de lançamento de seus álbuns, verdadeiras performances multimídia em que vídeo, música eletrónica e acústica dialogam, proporcionando ao público uma experiência de imersão ímpar. Segundo aquela que no Brasil chamam de Deusa, Elza Soares, “Luciano Mello é um dos meus compositores prediletos”.
Com a vida absolutamente ligada à produção musical, já esteve à frente de produções com o lendário compositor contemporâneo erudito Leo Masliah, Arthur de Faria, Marina Lima, Vitor Ramil (parceiro musical de Luciano Mello e de Jorge Drexler), entre outros grandes artistas. Luciano Mello é o criador do conceito Orchestra Falsa, uma orquestra construída de samples de gravações antigas, que eleva a sonoridade única das suas produções.
Vida Portátil, com Luciano Mello e Orchestra Falsa-Edição: 19/11/2021
Qual é o espaço real da nova vida que vivemos, existe o novo normal, o que é normal e o que é real?
A pandemia trouxe uma série de questões ao mundo e Luciano Mello sentiu o peso da fragilidade da vida quando percebeu que a pandemia havia adentrado as portas da cidade que vive em Portugal, a cultural e tranquila Braga. O isolamento, a distância do Brasil inúmeras vezes aumentada pelo fecho dos voos intercontinentais, o silêncio das ruas e a necessidade cada vez maior de se estar presente nas redes sociais, junto a um telemóvel, de se necessitar de uma câmara, um microfone, uma rede de internet... O desespero de se estar junto e presente sem se estar em nenhum lugar e estando em todos ao mesmo tempo. A vida tinha ganho uma nova dimensão, a necessidade da portabilidade nunca fora tão grande. Assim nasceu o projeto Vida Portátil.
As notícias vindas por vídeos e fotografias transmitidos via satélite, as distâncias aplacadas por afetos intocáveis, o homem mais contemporâneo e avançado do que nunca, estava preso novamente na caverna, o amor voltara a ser platónico. Ao lado do artista visual Patrick Tedesco, e com auxílio da encenadora Tainah Dadda, Mello pôs-se a pensar a fundo sobre a qualidade das novas relações e sobre a dependência do homem contemporâneo da nanotecnologia. “Percebi que o telemóvel era o tapete mágico que os ciganos vendem no livro Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marques, passamos a voar através de transmissores de sinais, nada é real nesta realidade, tudo isso me moveu e me incomodou ao mesmo tempo”.
Nesta altura, ainda em 2020, Luciano Mello criou, junto de Patrick Tedesco, a performance Vida Portátil. Na impossibilidade de subirem aos palcos, armaram a cena na sala do apartamento e, isolados pela pandemia, montaram o espetáculo musical/visual Vida Portátil - Experiência #1. A performance dos dois artistas, também orientados por Tainah Dadda, foi filmada ao vivo por Tedesco que, com a sua experiência em produção audiovisual, somada aos computadores eletrónicos de Luciano, resultou mum videoespetáculo contemplado pelo ACTUM - Convocatória de Projetos Artísticos da Câmara Municipal de Braga, que será relançado à propósito da edição do álbum, em Novembro próximo.
O álbum Vida Portátil, com lançamento marcado para dia 19 de Novembro de 2021, recebeu o apoio do Programa de Apoio à Criação e Edição da DGArtes e reúne canções do repertório da performance e outras inéditas, autorais. Entre estas, a última faixa, um texto chamado “Antenas” avisa: “Estamos repletos de sinais, espectros não captáveis por nossos sensores físicos (...) estamos embebidos do que não sabemos sentir”. Vida Portátil é isto, uma explosão de percepções súbitas, um novo mundo se desenhando, dependente da alta tecnologia. Existe amor nesta hora? Provavelmente sim, talvez seja este sentimento que conduza e solidifique a viagem por este impacto que nos causou a vida após a pandemia.
A Orchestra Falsa
“A Orchestra Falsa, de facto, não existe, nunca existiu, ou melhor, eu a inventei. Ela toca na minha cabeça, eu ouço, escrevo e daí nascem músicas para teatro, dança e até mesmo participações em bandas sonoras de cinema", explica Luciano Mello. O artista continua: "Desta vez, diferente das demais, foi a Orchestra Falsa quem começou a criar os arranjos do novo álbum, deixei fluir. Brincadeiras à parte, sempre gostei de criar timbres nos sintetizadores, ou, por exemplo, como faço em uma das músicas deste álbum,“Gus Van Sant”(o segundo single de Vida Portátil), em que o refrão pergunta insistentemente “O que você vai ser quando crescer?”, busquei as vozes de um coral de crianças gravado em 1967. Paro para imaginar que esses miúdos teriam, ou têm, hoje,um pouco mais de idadedoque eutenhoe que a tecnologia permitiu queelescantassem, quando crianças,em meu álbum de agora.Sim, num álbum que só fiz agora. Essa mistura de passado e futuro que a tecnologia permitehaver,nos prova que o tempo não é linear. Uso recursos assim em todo o álbum e,desta maneira, expando a coisa para os tempos de antes de eu nascer e certamente para os tempos posteriores à minha vida. Esta é a essência deste projeto chamado Vida Portátil, brincar e questionara sérioas possibilidades que nos dá a tecnologia.”