Concerto de Música Tradicional Persa com Poesia de Florbela Espanca - 9 de NOV
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Depois da apresentação, em Nova Iorque, Alvin Ailey Theater, no primeiro trimestre de 2020, o bailado 'O Primo Basílio', regressa aos palcos nacionais a 13 de novembro de 2021, pelas 21H30, no Cine-Teatro de Alcobaça - João D'Oliva Monteiro. Eespectáculo no âmbito da 7ª edição do Festival Books & Movies de Alcobaça.
‘O Primo Basílio’, uma das mais notáveis obras literárias de Eça de Queirós é um bailado em II atos, graças à iniciativa de Solange Melo e Fernando Duarte, diretores artísticos de Dança em Diálogos. As fascinantes personagens criadas pelo escritor, aliadas ao seu estilo único e inconfundível, constituíram o ponto de partida para um espetáculo de dança que se pretende intenso, dramático e transversalmente cativante.
Incorporando uma linguagem que alia a estética neo-clássica à dança contemporânea, ‘O Primo Basílio’ alude assim à reinvenção da fórmula de bailado narrativo, aliando à criação coreográfica um desenho cénico de cariz minimalista.
Deste modo, o romance transcende a fronteira literária, fazendo despertar o interesse em descobrir a obra de Eça de Queiroz e valorizando também o património musical português, através de um suporte musical com base nas obras de Luis de Freitas Branco e de Fernando Lopes Graça.
08 NOVEMBRO, 18h30
ASSINATURA DO CONTRATO DE DEPÓSITO DE TEREZA SIZA EM SERRALVES
TEREZA E ÁLVARO EM CONVERSA, MODERADA POR CARLOS CASTANHEIRA
Este momento contará com a presença do Ministro de Estado, da Economia eda
Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
A Fundação de Serralves e Tereza Siza assinam, dia 08 de novembro, às 18h30, no Auditório de Serralves, um contrato de depósito em Serralves da coleção de desenhos e aguarelas do arquiteto Álvaro Siza pertencentes a Tereza Siza. De seguida realizar-se-á uma conversa entre Tereza Siza e Álvaro Siza, moderada por Carlos Castanheira.
A Fundação de Serralves, instituição vocacionada para e proficiente na gestão, conservação, catalogação e divulgação de arquivos e acervos documentais, considera de extrema relevância a incorporação desta coleção de desenhos e aguarelas do arquiteto Álvaro Siza, proposta por sua irmã Tereza Siza, guardiã de parte do espólio da família.
Este conjunto de desenhos, em várias técnicas, alguns de finais da década de 1940, a maioria dos anos 1950, é ilustrativo da propensão de Álvaro Siza para desenhar tudo à sua volta. Figuras humanas, retratos da família, banda desenhada, cenas domésticas, interiores, paisagens e reproduções de quadros célebres povoam os cadernos de desenhos que desde sempre o acompanham.
Nunca antes divulgados, estes desenhos motivarão por certo o interesse não apenas investigadores, estudiosos e admiradores de um arquiteto que nasceu para o desenho “por culpa do [seu] Tio Quim”, que lhe comprava lápis de cor, o sentava ao colo, depois de jantar, e lhe ensinava a desenhar cavalos, logo então o aconselhando a assinar a sua obra.
Este depósito reforçará de forma expressiva a presença incontornável de Alvaro Siza na coleção e arquivos de arquitetura da Fundação de Serralves, um vetor estratégico da sua atividade. Em 2015 por iniciativa do próprio, o Museu recebeu em doação 40 projetos do Arquiteto com datas de produção entre 1954-2003, fazendo referência a várias tipologias de edificação, entre as quais edifícios de caracter religioso, edifícios públicos, culturais e intervenções urbanas. Um volume documental de mais de 50 mil documentos, entretanto digitalizados, onde se incluem cerca de 6500 desenhos.
A esta doação veio juntar-se, em 2020, o depósito de Siza/Castanheira, que reforça de forma ainda mais expressiva a presença incontornável de Álvaro Siza na coleção e arquivos de arquitetura da Fundação de Serralves. Este conjunto é composto por esquissos, maquetas, esculturas, objetos de design, mobiliário, fotografias e vídeos de outros projetos de Álvaro Siza, alguns deles testemunhando a sua colaboração com Carlos Castanheira, sobretudo no continente asiático.
Em 2021, Álvaro Siza e a família doaram 100 desenhos da autoria do próprio Arquiteto, que passaram a integrar a coleção de obras da Fundação de Serralves.
A coleção de fotografia entregue à Fundação de Serralves, em maio deste ano, permitiu complementar a documentação textual doada em 2015, ao expor um núcleo de relevância histórica, composto por cerca de 7000 documentos fotográficos, documentando a visualidade de construção do arquiteto Álvaro Siza, desde finais da época de 1960 até 2000, na sua maioria imagens inéditas que nos permitem observar a evolução da sua obra.
O depósito dos 200 desenhos de Álvaro Siza à guarda da sua irmã Tereza, que agora se concretiza, será ainda reforçado com um posterior depósito de mais fotografia e livros de banda desenhada. De salientar ainda que mais peças – documentos e projetos - estão a ser selecionados para integrarem os arquivos de arquitetura da Fundação de Serralves.
Notas biográficas:
Tereza Siza é licenciatura em Filosofia (1970). Foi Professora do ensino secundário (1970-97); Professora efetiva do ensino secundário (Filosofia, Comunicação Social e Fotografia, 1970-97); Professora do curso superior de Fotografia da Árvore, Cooperativa de Ensino Superior Artístico, (1984 a 1989) e diretora do curso (1986-89). Foi Diretora-adjunta e comissária de exposições dos Encontros de Fotografia de Coimbra (l991-96) e Diretora do Centro Português de Fotografia/Ministério da Cultura (1997-2007). Fotógrafa e autora de textos sobre fotografia.
Álvaro Siza estudou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto e foi professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, cidade onde exerce a sua profissão. É membro: da American Academy of Arts and Sciences; é "Honorary Fellow" da RIBA/Royal Institute of British Architects; da BDA/Bund Deutscher Architekten; “Honorary Fellow” e “Honorary FAIA” da AIA/American Institute of Architects; da Académie d'Architecture de France; da Royal Swedish Academy of Fine Arts; da IAA/International Academy of Architecture; Sócio Honorário e Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos Portugueses; da American Academy of Arts and Letters. O seu trabalho tem amplo reconhecimento internacional, tendo sido distinguido com alguns dos mais importantes prémios no âmbito da arquitetura.
Carlos Castanheira tirou o curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes no Porto e trabalhou em Amsterdão como arquiteto, onde frequentou o Curso de Arquitetura da Academie Voor Bouwkunst Van Amsterdam. Em 1993, criou o escritório Carlos Castanheira & Clara Bastai, Arquitectos Ldª, com a arquiteta Maria Clara Bastai. Desenvolvendo a sua atividade essencialmente no campo das obras privadas, tem participado em júris de concursos de arquitetura, conferências, orientado cursos, comissariado e organizado exposições, editando e publicando livros e catálogos. Desde estudante que colabora em projetos com o Arquiteto Álvaro Siza.