O espectáculo, Quem é esta gente nos Painéis de São Vicente? estreia a 7 de Novembro, no Museu Nacional de Arte Antiga. É um espetáculo baseado no livro homónimo de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada – uma edição INCM e coordenação da editora Pato Lógico - que nos prenderá a uns minutos de pura ficção (e diversão!) e convidará a desvendar este grande mistério com mais de 5 séculos. Quem é esta gente? De onde vêm? O que simbolizam? Um bispo? Um pescador? Para onde olham? O que querem dizer?
Os Painéis de São Vicente são a magnífica obra de Nuno Gonçalves que pode (e deve!) ser visitada no Museu Nacional de Arte Antiga. É um retrato de época, representativo da Corte, que junta 58 figuras em torno da dupla figuração de São Vicente. Não se sabe ao certo quem são estas pessoas. Por isso, e justamente agora que a obra se encontra em processo de conservação e restauro, regressam as discussões e as teorias de especialistas e historiadores de arte. Quem era esta gente? Porque terá Nuno Gonçalves alterado algumas das figuras iniciais nos painéis?
Quem é esta gente nos painéis de São Vicente?
Criação e encenação VASCO LETRIA com TOBIAS MONTEIRO Edição e vfx DANIEL RONDULHA Desenho de som RICARDO FIALHO Figurinos INÊS SÁ RIBEIRO Assistência de encenação CECÍLIA HENRIQUES Construção de cenografia DECOR GALAMBA Produção INÊS SÁ RIBEIRO
ESTREIA | Auditório do Museu Nacional de Arte Antiga (R. das Janelas Verdes, 1249-017 Lisboa) 7 Novembro às 16H00 Reservas: 91 676 27 06 / producao@focolunar.com
Portimão e Évora acabam de se juntar a Lisboa, Porto e Guimarães, na digressão nacional que ao longo de seis dias de festa, a partir do dia 11 de dezembro, irá trazer o Musical “Panda e os Caricas”de regresso aos palcos com o novo espectáculo “Na Ilha”.
Este novíssimo musical que leva os tão acarinhados Caricas a seis cidades portuguesas, depois de dois anos de interregno devido à pandemia, retrata um momento de férias na Ilha onde, inesperadamente, dão à costa um Pirata e um Papagaio naufragados. Caberá ao grupo encontrar uma forma de devolver os novos amigos à vida aventureira no mar.
Na antevisão da 10º edição do musical, acaba de estrear no YouTube do Panda e os Caricas a nova canção “Super Fantástico”, baseada numa versão do músico brasileiro Djavan e que fará parte do repertório do Musical de Natal “Na Ilha”.
Um total de 22 filmes integram a selecção oficial das secções Cinema Falado e Cinema Novo que, no Porto/Post/Doc, traçam um olhar para os filmes produzidos em Portugal ou de expressão portuguesa produzidos no último ano. Destaque aos regressos de Lois Patiño, Matías Piñeiro e Eryk Rocha, às novas propostas de Salomé Lamas, Susana Nobre e Welket Bungué, e as descobertas do novo brasileiro, como Madiano Marcheti e Luiz Bolognesi.
Anunciada hoje também a estreia, no Porto, de As Filhas do Fogo, espectáculo interdisciplinar que junta Pedro Costa aos Músicos do Tejo, onde se retrata a fuga de três jovens irmãs de uma erupção devastadora do vulcão Fogo, em Cabo Verde. Entre o teatro, o cinema, a performance e o musical, o cineasta e o colectivo de música barroca reinventam um espectáculo que percorre os dias e as noites, a miséria, a escuridão dos becos e a vida invisível de tantos migrantes. A apresentação terá lugar no Coliseu do Porto, no dia 30 de outubro, pelas 21h30. Os bilhetes custam 12 euros e já se encontram à venda no site do Coliseu.
Matías Piñeiro e Lois Patiño, uma combinação improvável. Do argentino conhecemos as comédias shakespearianas feministas, do galego as deambulações fantasmagóricas pela paisagem. Para este encontro escolheram um meio caminho, os Açores e por lá rodaram, Sycorax, um filme que parte de A Tempestade, de Shakespeare. Estreia nacional no Porto/Post/Doc e regresso ao festival de dois nomes que têm sido queridos à selecção do festival. Regresso também para Eryk Rocha a quem foi dedicado um foco na edição de 2016). Em Edna, um filme tecido a partir dos relatos da própria no caderno que intitulou A História de Minha Vida, o realizador brasileiro desenvolve uma narrativa híbrida que se inspira no diário de Edna e reencena os fantasmas do colonialismo (passado e presente). E se de Brasil falamos aqui, destaque a uma das suas novas vozes, Madiano Marcheti, que no seu Madalena nos entrega um filme que impressiona pela narrativa de ausência, a tocar na ferida da transexualidade e da violência de género. Um discurso de presente que marca também a estreia em festivais nacionais de Maíra Tristão, realizadora, artista e investigadora feminista e de questões de género, com Transviar, um filme sobre o romper das regras. Imenso território, físico, histórico e social, o Brasil indígena é a personagem central de A Última Floresta, longa metragem de Luiz Bolognesi. Integrada também no programa temático Ideias para Adiar o Fim do Mundo, a longa acompanha o líder indígena Davi Kopenawa, dos Yanomami, traçando um retrato sobre a cultura e a língua deste povo, no momento em que a Amazónia está a saque de garimpeiros.
Cinema de sensibilidades e do real, é também o que encontramos no novo trabalho de Susana Nobre, No Táxi Do Jack, um road-movie sobre as condições do trabalho em Portugal, conduzido pelo sexagenário Joaquim Calçada, um ex-emigrante perto da reforma que se vê obrigado a cumprir as regras e burocracias exigidas pelo centro de emprego, para usufruir do subsídio. Nome incontestável também na nova cinematografia portuguesa, Salomé Lamas volta, em Hotel Royal, a guiarmos pela idiossincrática forma com que analisa o mundo, num filme em que volta a explorar o tema do contacto humano e da nossa necessidade de convivência. Também presença assídua em festivais por todo o país, Welket Bungué encontra-se, em Mudança, com a política Joacine Katar Moreira, numa conversa-análise em torno da essência dos seus trabalhos que deixa ecoar sinais de uma revolução iminente. Uma que urge fazer no Porto filmado por Tiago Afonso em Distopia. Ao longo de treze anos, de 2007 a 2020, o filme acompanha a mudança no tecido social da cidade, por entre demolições, expulsões e realojamentos que afetaram a comunidade cigana do Bacelo, a população do Bairro do Aleixo e os vendedores da Feira da Vandoma. Finalizar com uma palavra especial para Sortes, de Mónica Martins Nunes, um filme rodado no Alentejo, que traça um olhar sobre a família da realizadora, num registo que assenta em duas das mais importantes premissas do cinema do real: as pessoas e a paisagem.
O programa das seções Cinema Falado e Cinema Novo integram ainda filmes novos de Ana Vaz, Silas Tiny, Emily Wardill, Daniel Soares, Fábio Silva, Mariana Bártolo, Ana S. Carvalho, João Pedro Soares, João Garcia Neto, Inês Costa, Luísa Campino, Melanie Pereira, Gonçalo L. Almeida e da equipa: Gonçalo Eugénio, Luísa Campino, Benjamim Gomes, Gonçalo Eugénio, Miguel Mesquita, Vasco Bäuerle, David Arrepia e Francisca Sá.
O Porto/Post/Doc realiza-se entre os dias 20 e 30 de novembro no Teatro Municipal do Porto - Rivoli, Passos Manuel, Coliseu Porto Ageas, Casa Comum da Reitoria da Universidade Porto e Planetário do Porto - Centro Ciência Viva. À semelhança do que aconteceu em 2020, o festival contará ainda com uma extensão ao online, onde será possível visualizar grande parte dos filmes seleccionados.
O Porto/Post/Doc é realizado em parceria com a Câmara Municipal do Porto, contando com o apoio do Ministério da Cultura e do Instituto do Cinema e Audiovisual e o mecenato da Fundação “la Caixa”/BPI.
Mais detalhes sobre a programação serão revelados nos próximos meses. Informações e acreditações em http://portopostdoc.com/.
SELEÇÃO CINEMA FALADO
13 Ways of Looking at a Blackbird, Ana Vaz, Portugal, 2020, EXP, 31' Constelações Do Equador, Silas Tiny, Portugal, São Tomé and Príncipe, 2021, DOC, 106' Distopia, Tiago Afonso, Portugal, 2021, DOC, 61' Edna, Eryk Rocha, Brasil, 2021, DOC, 64' Hotel Royal, Salomé Lamas, Portugal, 2021 , FIC, 29' Madalena, Madiano Marcheti, Brasil, 2021, FIC, 85' Mudança, Welket Bungué, Portugal, 2020, DOC, 27' Night for Day, Emily Wardill, Portugal, Áustria, 2020, DOC, FIC, 47' No Táxi Do Jack, Susana Nobre, Portugal, 2021, FIC, 70' O Que Resta, Daniel Soares, Portugal, 20' Sortes, Mónica Martins Nunes, Portugal, 2021, DOC, 39' Sycorax, Lois Patiño, Matías Piñeiro, Espanha, Portugal, 2021, FIC, 21' Transviar, Maíra Tristão, Brasil, 2021, 13'
SELEÇÃO CINEMA NOVO
(In)Quietude, Ana S. Carvalho, Portugal, 2021, FIC, 15' A Incessante Conquista da Escuridão, João Pedro Soares, Portugal, 2021, DOC, 10' A Straight Story, João Garcia Neto, Portugal, 2021, DOC, 10' Amélia, Inês Costa, Portugal, 2021, DOC, 3' Barbas de Baleia, Mariana Bártolo, Alemanha, 2021, DOC, 11' Fruto do Vosso Ventre, Fábio Silva, Portugal, 2021, DOC, 20' Hysteria, Luísa Campino, Portugal, 2021, DOC, 10' Lugares de Ausência, Melanie Pereira, Portugal, 2021, DOC, 27' Musgo, Alexandra Guimarães, Gonçalo L. Almeida, Portugal, 2021, DOC, 26' Paralympia, Gonçalo Eugénio, Luísa Campino, Benjamim Gomes, Gonçalo Eugénio, Miguel Mesquita, Vasco Bäuerle, David Arrepia, Francisca Sá, Portugal, 2021, DOC, 13'
No próximo dia 11 de Novembro estreia a 43ª produção d'a bruxa TEATRO' que poderá ver até dia 27 do mesmo mês!
Numa sala de espera, o homem do jornal, a mulher do véu, o velho da bengala. A um canto, o homem com o violoncelo toca o seu instrumento sem parar. Os outros começam a ouvi-lo, apreciando-o. Mas, muito rapidamente, a melodia repetitiva e assombrosa começa a deixá-los incomodados. Eles tentam, por sua vez, convencê-lo a parar, pelo menos por alguns minutos, alguns segundos... Mas o homem do violoncelo não os vê, não responde. Ele toca, cada vez mais ameaçador, sozinho contra todos... Os outros terão que se organizar contra essa imprevista agressão musical...
Tradução JOANA CASPURRO Cenografia e figurinos FILIPE REBELO Encenação FIGUEIRA CID Com DUARTE BANZA, ELSA PINHO, FIGUEIRA CID e SAMUEL SANTOS, ao violoncelo
Fotografia e imagem do espectáculo LUÍS CUTILEIRO Desenho de luz DUARTE BANZA e FIGUEIRA CID Operação de luz e vídeo HENRIQUE MARTINS Design gráfico JULIANA FONSECA
A Biblioteca Comunitária do CCI dá-lhe uma oportunidade no seu Concurso Literário de Prosa e Poesia
"Comunidade" e "livros" são duas palavras obrigatórias para participar no primeiro Concurso Literários de Prosa e Poesia, promovido pela Biblioteca Comunitária do Centro Comunitário de Inserção (CCI) da Cáritas de Coimbra.
Este concurso, tal como a própria Biblioteca, tem como objetivo promover e incentivar o gosto pela leitura, consolidar hábitos de escrita e divulgar novos talentos literários. Esta iniciativa está aberta à participação da comunidade em geral, mas os concorrentes deverão ter mais de 18 anos. Os textos deverão ser entregues até ao dia 19 de novembro e terão que ser, obrigatoriamente, inéditos e originais. Todas as normas de participação poderão ser consultadas em https://caritascoimbra.pt/wp-content/uploads/2021/10/Concurso-Literario_Normas-Participacao.pdf.
Para premiar os melhores textos, a Biblioteca Comunitária CCI irá atribuir quatro cartões FNAC, dois por cada modalidade. Os primeiros prémios para prosa e poesia receberão 70€ em cartão FNAC e os segundos receberão 40€. Pretende-se assim que os vencedores, se assim o desejarem, possam traduzir o seu prémio em acesso à cultura ou a obras literárias.
Os vencedores serão conhecidos por ocasião do 20º aniversário do Centro Comunitário de Inserção, que será comemorado no dia 28 de novembro, domingo, nas instalações do equipamento.
A Cáritas de Coimbra lança o desafio, a todos os que queiram mostrar a sua veia artística literária, para que participem neste concurso inclusivo e promotor da cultura urbana da cidade de Coimbra
São mais de 99 filmes aqueles que, entre os dias 20 e 30 de novembro, constituem o esqueleto programático da edição 2021 do Porto/Post/Doc. No ano em que o festival retorna ao seu formato normal, com sessões em seis salas da cidade, há espaço para cinema, performance, festas e uma extensão ao online que alarga a presença dos conteúdos do evento a todo o país. Anunciados hoje os 10 filmes que desenham uma das mais interessantes competições internacionais dos últimos anos, a inclusão de Moby Doc no alinhamento competitivo do Transmission, assim como os intervenientes nos dois ciclos de conversas que o festival propõe: o Fórum do Real, que responde ao tema central do PPD’21 - Ideias para Adiar o Fim do Mundo, e o Call to Action, programa de conversas-acção que pretende envolver a comunidade cinematográfica e civil em torno de ideias e acções concretas para combater as urgências do nosso tempo
Comecemos com o regresso de Sergei Loznitsa ao alinhamento de festivais nacionais com aquela que será a estreia nacional de Babi Yar. Context, depois da sua primeira passagem no festival de Cannes deste ano. Recorrendo àquela que é a sua principal assinatura, Loznitsa reúne materiais de arquivo para nos fazer mergulhar na atmosfera da Ucrânia ocupada pelas tropas nazis que em setembro de 1941, altura pela qual perpetraram um dos seus maiores massacres. Chega de Cannes também, o mais recente filme de Zhao Liang (vencedor do grande prémio da segunda edição do Porto/Post/Doc em 2015). Em I Am So Sorry, o realizador reflete sobre as consequências nos humanos da energia nuclear. Também em estreia pelo nosso país, depois da passagem pelo CPH:DOX, Gabi, Between Ages 8 and 13 de Engeli Broberg e The Last Shelter de Ousmane Samassekou. O primeiro a propor um retrato íntimo sobre as dificuldades e as alegrias de uma infância liberta das normas de género, o segundo um olhar para os interiores da “Casa dos Migrantes”, um espaço que acolhe refugiados na fronteira do deserto do Sahel. Vencedor do grande prémio do festival Visions du Réel, Faya Dayi, de Jessica Beshir, leva-nos numa jornada espiritual pela região de Harar (onde a realizadora nasceu) imersa nos rituais em torno da planta do khat, usada em meditações religiosas e, atualmente, o cultivo mais lucrativo da Etiópia. Também destacado no festival francês, a primeira longa de Stefan Pavlović, Looking for Horses, é um western delicado, feito de afetos e cumplicidades, pintando, no grande ecrã, a ligação entre dois amigos: o realizador, gago, e um pescador, surdo e cego de um olho. Eva Sommer recebeu o prémio de melhor atriz no festival FIDMarseille pela sua interpretação em Beatrix, de Lilith Kraxner e Milena Czernovsky, uma longa que se nos apresenta um retrato físico e gestual de uma mulher que passa grande parte do Verão sozinha em casa e cujo universo tem sido comparado com o cinema de Chantal Akerman. Regressando aos ensaios sobre a história. Eles Transportan a Morte, de Helena Girón e Samuel M. Delgado, habita-se de personagens que querem enganar a morte, num filme que nos impele a uma reflexão sobre as origens do mundo ocidental: colonialista, esclavagista e explorador dos recursos. No dia 3 de novembro de 1995, a realizadora Natalia Garayalde (então com apenas 12 anos) registou, acidentalmente, a explosão da fábrica de munições militares de Río Tercero. Em Esquirlas, fundem-se memórias pessoais e nacionais naquele que viria a ser um dos mais graves casos de corrupção e tráfico de armamento da Argentina. Fechar o alinhamento de propostas da competição central deste ano com Taming The Garden, de Salomé Jashi, que acompanha o extravagante passatempo do ex-Primeiro Ministro da Geórgia: a construção de um jardim onde coleciona árvores centenárias.
Já anunciado estava o programa central do PPD deste ano. A frase título de um livro de Ailton Krenak, Ideias para Adiar o Fim do Mundo, marca então os dois ciclos de conversas propostas pelo festival. O habitual Fórum do Real dividir-se-á em três temas: Terra, Comunidade e Liberdade; e contará com as participações, entre outros, de Álvaro Domingues, Rob Hopkins e Selma Uamusse. Novidade este ano, o ciclo de debates Call to Action será orientado por duas plataformas de jornalismo independente e ativista, Gerador e Divergente, e contará com a participação, entre outros, de Ailton Krenak (líder indíngena e ativista), Truls Lie (jornalista e crítico de cinema na Modern Times Review), Marc Bauder (realizador de Who We Were), Ana Milhazes (Lixo Zero Portugal), Elsa Cerqueira (docente distinguida com o prémio de Melhor Professora do Ano em 2021) e Constança Carvalho Homem (programadora do Queer Lisboa e Porto).
Volta a ter lugar este ano o 180 Media Laboratory, resultante de uma parceria com o Canal180, um espaço que se propõe a abrir novos horizontes para velhos formatos de exibição, através do desenvolvimento de um conjunto de acções experimentais. Um circuito artístico, uma emissão performativa de televisão e uma performance multidisciplinar integram o programa deste ano.
Fechar o anúncio de hoje com um destaque especial para as sessões especiais do Porto/Post/Doc deste ano. Em estreia pelas salas portuenses: Jane Par Charlotte, o filme de Charlotte Gainsbourg sobre a sua mãe, Arte da Memória, o mais recente filme do Rodrigo Areias onde o mesmo visita o processo criativo de Daniel Blaufuks, Pedro Bastos e José Rufino; Pato Pathos, filme de Cunha Pimentel, sobre o enólogo Luís Pato e Do Bairro, de Diogo Varela Silva, uma longa sobre as histórias de vida que ainda persistem nos bairros de Alfama e Mouraria. Em estreia nacional, Ljubomir Stanišić - Coração na Boca, documentário sobre a vida do reputado chef.
Para a edição deste mantêm-se ainda as sessões de cinema imersivo no Planetário do Porto, os espaços familiares e infanto-juvenis do School Trip e as incursões no novo cinema espanhol propostas pela secção CineFiesta. Anunciadas estavam já o alinhamento do Transmission, secção de filmes sobre música, os focos na obra de Theo Anthony e Basir Mahmood, as propostas de cinema nacional ou de expressão portuguesa e os novos filmes de jovens realizadores saídos das escolas nacionais. No campo das performances e sessões de cruzamento artístico, duas propostas: filme-concerto Maria do Mar, de Jorge Leitão Barros, musicado ao vivo pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa com direção musical de Vasco Pearce de Azevedo e participação especial de Pedro Burmester, a partir de uma partitura original de Bernardo Sassetti, e As Filhas do Fogo, de Pedro Costa e Os Músicos do Tejo.
O Porto/Post/Doc realiza-se entre os dias 20 e 30 de novembro no Teatro Municipal do Porto - Rivoli, Passos Manuel, Coliseu Porto Ageas, Casa Comum da Reitoria da Universidade Porto, Sala Estúdio Perpétuo e Planetário do Porto - Centro Ciência Viva.
O Santander lançou o Prémio de Arte Edifício dos Leões, que tem como finalidade reconhecer e apoiar os artistas, promovendo a produção e a inovação artística.
Podem concorrer os artistas das áreas de artes plásticas, design ou cinema, apresentando uma obra a concurso subordinada ao tema “A Representação Humana”. Os candidatos devem ter também formação numa instituição nacional ou internacional reconhecida.
Serão selecionados três vencedores, que terão a oportunidade de expor as suas obras no Edifício dos Leões – Espaço Santander, integrando a exposição sobre o tema do “Retrato”, que será inaugurada ainda este ano. Receberão ainda um prémio monetário no valor bruto de 5.000 euros (3.000€ para o 1º classificado e 1.000€ para o 2º e 3º classificados).
Do Júri do Prémio fazem parte os seguintes nomes: Inês Oom de Sousa, Administradora do Banco Santander; Cristina Carvalho, Responsável do Edifício dos Leões – Espaço Santander; Anísio Franco, Subdiretor do Museu Nacional de Arte Antiga; e Filipa Oliveira, Curadora e Programadora.
Para apurar os vencedores, o júri irá basear-se nos seguintes critérios de avaliação: originalidade e inovação, qualidade técnica da obra, qualidade criativa, ligação à realidade e atualidade nacional/internacional e impacto do trabalho na sociedade e na opinião pública.
Os premiados serão conhecidos até ao dia 3 de dezembro.
O Edifício dos Leões – Espaço Santander, localizado na Rua do Ouro 88, em Lisboa, abriu ao público em dezembro de 2019. O Banco transformou o emblemático edifício sede de origem pombalina num espaço cultural para expor relevantes obras de arte do seu espólio, bem como exposições temporárias.
A exposição DEVOLUTION, de Tomaz Hipólito, decorre de um processo de trabalho e de pesquisa que remonta às suas primeiras experiências na série draw (c. 2010) com o desenho enquanto gesto e agente performativo sobre a arquitectura construída, o corpo e a sua interacção na paisagem, seja esta urbana ou campestre, natural, tanto quanto a natureza ainda persiste no nosso modus vivendi e deste modo no nosso imaginário individual vs. colectivo.
Para esta exposição, Tomaz Hipólito desenvolveu um sistema contraditório de objectos escultóricos que nos sujeitam a uma visão introspectiva sobre a nossa relação com a natureza, a sua transformação e todo o campo de possibilidades que cada uma das esculturas evoca na sua construção, que integra o natural e o artificial, unificando essas entidades através da manualidade da pintura a negro e da adição de materiais industriais. Contudo, esse negro genérico apenas conhece o seu assentamento sobre os troncos e ramos de madeira que são a estrutura base destas entidades metaforicamente biónicas, híbridas, que transitam entre o vegetal, o animal e o artificial. É neste gesto contraditório que Hipólito realiza uma acção sobre uma projecção vídeo, onde executa um movimento regular, repetitivo na manualidade da pintura, que irá transformar esse registo videográfico, sem o alterar nas condições geradas pelo meio digital, mas ao qual não poderemos resistir enquanto corpos no espaço dessa pintura que se faz desenho e se refaz como escultura no espaço da exposição. Apenas nos resta uma memória efémera da matéria e do gesto. DEVOLUTION é desta forma uma sucessão de gestos que materializa uma ideia melancólica sobre o resgate da memória de uma ideia de natureza transformada por acções, imagens e reconfigurações que, na aparência imediata do olhar, parecem ser apenas um corpo, mas que na prática artística do autor se revelam como seres irreversivelmente transmutados.
Os First Breath After Coma são a lufada de ar fresco essencial para este regresso aos festivais! O grupo natural de Leiria já havia participado na versão adaptada do Azeméis Seasons Sounds que ocorreu o ano passado, mas desta vez poderás ouvi-los na primeira pessoa no nosso palco!
Depois da nomeação para melhor disco europeu com Drifter e de quatro digressões europeias, os First Breath After Coma regressaram com o terceiro disco, NU, que apareceu nomeado como um dos melhores discos do ano de 2019 nas principais listas nacionais (Antena 3, Blitz, Vodafone FM, CCA, RUC) e em algumas internacionais (Musikexpress, Mindies, Nosolofado).
Sem medo de explorar e arriscar o seu universo sonoro, “NU”, é uma revolução na sonoridade deste projeto ímpar no panorama musical nacional.
Este é muito mais que um disco, é um álbum visual com todos os temas a ganharem imagens pelo olhar único da Casota Collective, num alinhamento narrativo com Rui Paixão (performer português que integra o Cirque Du Soleil) como personagem principal.
A 6ª edição do festival irá decorrer no dia 20 de novembro de 2021, em Oliveira de Azeméis nos antigos Cinemas Gemini (um espaço de referência na cidade).
6ª EDIÇÃO AZEMÉIS SEASONS SOUNDS
Foram quase 2 anos sem música ao vivo, mas depois da tempestade vem a bonança, aliás, vem também a música, a arte e a dança! O Azeméis Seasons Sounds regressa a Oliveira de Azeméis, uma vez mais ao Cinema, no próximo dia 20 de novembro e fica a promessa de regressar em jeito de celebração!
O sarau irá começar com as melodias imersivas dos Bluish, duo lisboeta que lançou o seu primeiro EP no final de 2018, On Our Own. Entre sintetizadores vindos diretamente das profundezas dos nossos sonhos e guitarras melancólicas, a banda de dream pop promete envolver o público numa experiência extrassensorial. Segue-se o cardápio sonoro, como descrevem os próprios, de Time for T. A banda une membros das mais diversas nacionalidades e vem apre- sentar o seu álbum Galavanting, que carregado de sons tórridos e melodias vibrantes irá levan- tar os ouvintes das cadeiras! A pièce de résistance será conduzida pelas batidas e ritmos dos First Breath After Coma, que literalmente nos irão dar uma lufada de ar fresco após um coma cultural induzido. Sem medo de explorar e arriscar o seu universo sonoro, NU, álbum editado em 2019, é uma revolução na sonoridade da banda e até da música convencionalmente produzida em Portugal.
Além da música, também as artes plásticas estarão presentes na forma de uma oficina dirigi- da pelo Mantraste. Ilustrador e autor português, Mantraste é um amante do misticismo popular e conta com mais de uma centena de capas desenhadas para autores como J.G. Ballard, Ali Smith e Michel Rio entre outros.
Como já tem sido habitual, o festival irá uma vez mais promover causas sociais. Desta vez, no sentido de sensibilizar as pessoas para a importância da saúde mental, estarão à venda tote bags solidárias em parceria com a designer Beatriz Freitas onde todo o dinheiro angariado será doado a uma associação de saúde mental.
O Azeméis Seasons Sounds traz a assinatura da Associação Agir Fora da Caixa e o Conselho da Juventude da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Uma coorganização que visa a promoção de eventos e atividades culturais na cidade de Oliveira de Azeméis. Também a Comunidade Cultura e Arte mantém-se como parceira oficial deste evento com o intuito de promover e dar a conhecer os artistas emergentes do panorama cultural português.
Os bilhetes encontram-se já disponíveis aqui, estando à disposição pelo valor fixo de 7€.
É também fulcral que as normas estabelecidas pela Direção Geral da Saúde sejam cumpridas pelo que se torna obrigatório o uso de máscarade forma adequada no interior do recinto, assim como se deve zelar pelo distanciamento físico e a higienização das mãos.
Vem celebrar este regresso aos festivais connosco!
O Cinema | Rua Marquês Abrantes, Oliveira de Azeméis, 3720
Bilheteira Bilhete: 7€ (Disponíveis)
Os bilhetes estão limitados a um número de unidades disponíveis. É obrigatório fazer a troca de bilhetes por pulseira no recinto do festival.
Crianças até aos 8 anos inclusive poderão entrar de forma gratuita sempre que acompanhados pelos seus pais ou tutores.
É obrigatório utilizar máscara de forma adequada, bem como cumprir as medidas de segurança recomendadas pelas autoridades de saúde — designadamente o distanciamento físico e a higienização das mãos.
Termina a 26 de novembro o prazo de candidaturas exteriores ao Júri
Está aberto o concurso para atribuição da 7ª edição do Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural, instituído pela Estoril Sol e com o valor pecuniário de 20 mil euros. Lançado em 2015, este Prémio é considerado uma das mais prestigiadas iniciativas que integram o calendário de eventos culturais a nível nacional. Expira no dia 26 de novembro o prazo de recepção das candidaturas exteriores ao júri.
Com periodicidade anual, o Prémio Vasco Graça Moura, está reservado a uma personalidade de nacionalidade portuguesa, que se tenha notabilizado por um conjunto de obras, ou por uma obra original e inovadora de excepcional valia para a Cidadania Cultural do País.
Segundo o regulamento, o Prémio poderá ser atribuído a um escritor, ensaísta, poeta, jornalista, tradutor ou produtor cultural que, ao longo da carreira haja contribuído para dignificar e projectar no espaço público o sector a que pertença.
Ao promover este Prémio, a Estoril Sol assume a convicção de que a sua natureza e abrangência serão o justo reconhecimento pela obra multidisciplinar de Vasco Graça Moura, e pela sua imensa, profícua e invulgar polivalência criativa.
As candidaturas deverão ser apresentadas e fundamentadas pelos membros do Júri e por personalidades ou entidades que o desejem fazer.
Todas as candidaturas exteriores ao Júri deverão ser remetidas em correio registado, ou serem entregues, por protocolo, até 26 de Novembro de 2021, no seguinte endereço: “Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural ” Gabinete de Imprensa da Estoril Sol – Casino Estoril – Av. Dr. Stanley Ho - 2765-190 Estoril."
Recorde-se que, o escritor e ensaísta Eduardo Lourenço venceu, em 2016, a primeira edição e, no ano seguinte, foi distinguido o director do quinzenário “JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias” José Carlos Vasconcelos. Em 2018, foi a vez de Vítor Aguiar e Silva, académico, ensaísta e prestigiado camoniano, enquanto na edição seguinte, em 2019, foi Maria do Céu Guerra a receber o galardão, como reconhecimento pelo trabalho que desenvolveu, ao longo de mais de cinco décadas, uma carreira ímpar ligada às artes.
Em 2020, o prémio coube a Carlos do Carmo, figura impar do meio artístico nacional, que se distinguiu como uma das vozes mais relevantes do fado e que com o seu talento projectou o nome de Portugal a nível internacional. Já este ano, em sexta edição, foi galardoado Emílio Rui Vilar, pela constante, importante e significativa acção cultural desenvolvida durante um longo percurso, mormente como administrador ou gestor com responsabilidades em grandes instituições.
O Prémio será atribuído por um Júri presidido por Guilherme D`Oliveira Martins, cuja base é comum à dos Prémios Literários Fernando Namora e Revelação Agustina Bessa-Luís ao qual presidiu Vasco Graça Moura.