O Município de Palmela promove uma sessão de apresentação do livro de Eduardo M. Raposo “Amor e Vinho. Da poesia luso-árabe à nova música portuguesa (sécs. XI-XXI)”, a 19 de fevereiro, às 17h00, na Adega ASL Tomé, em Pinhal Novo.
A iniciativa, apoiada pela Adega ASL Tomé, contará com as presenças de Janita Salomé (autor do prefácio), Rui Curto (Brigada Victor Jara), João Carlos Calixto (RTP Memória/RDP Internacional) e Rúben Martins (músico) e será pretexto para um momentode partilha intercultural do vinho, à música e à poesia.
Eduardo M. Raposo nasceu em 1962, na Funcheira, Ourique. Dedica-se à escrita há 40 anos, no jornalismo e não só. Tem dirigido revistas culturais (Alma Alentejana, nos anos 90, e Memória Alentejana, desde 2001), organizou mais de 80 colóquios, tertúlias e encontros culturais e publicou mais de 500 artigos e entrevistas na imprensa. Publicou três biografias (Cláudio Torres, Urbano e Fonte Santa), dirigiu uma antologia poética, lançou dois livros sobre o Canto de Intervenção e participou na Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX.
É Doutor em História da Cultura e das Mentalidades e Investigador do CHAM - NOVA FCSH - Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Integra a Comissão Científica do II Congresso sobre o Cante, em preparação, e desenvolve estudos sobre o Cante, as tabernas e a revisitação da convivialidade.
Sobre o livro:
«Com a sensibilidade à flor da pele, o autor desarma-nos (digo, fascina-nos) ao falar de amor, vinho, música, poesia e luta pela liberdade, para nos conduzir num percurso único por caminhos pouco trilhados na História de Portugal. É disso prova clara a evidência posta na importância que teve, para a construção dos alicerces da nossa identidade, o espantoso fenómeno do encontro de civilizações operado ao longo de milénios no espaço mediterrâneo. Voltemos ao amor, ao vinho e à poesia que, ao longo da nossa história, foram alimento fundamental na vivência e sedimentação do que de mais nobre e enriquecedor a memória pode guardar num olhar longínquo sobre o nosso passado. Quanto à poesia luso árabe, rios de amor e vinho, sem margens nem foz, inundaram a nossa memória e neles navegámos até aos nossos dias, tendo por companheira a certeza de que o vinho vivo do amor é ambrosia que nós, deuses da nossa existência, teremos como alimento na eternidade libertadora da poesia». - Janita Salomé
Estreia esta sexta-feira 11 de Fevereiro no Teatro Aberto, o espectáculo The Cradle Will Rock, com texto e música do compositor norte-americano Marc Blitzstein (1905-1964).
Fotos promocionais, créditos Filipe
Estamos em cena a 11, 12 e 13 de Fevereiro, espectáculo apresentado no âmbito do programa MÚSICA EM PALCO, com direcção musical de João Paulo Santos e encenação de João Lourenço.
Considerada uma impiedosa sátira brechtiana à corrupção nas mais diversas instituições da sociedade e, simultaneamente, um hino ao trabalho e às pessoas pobres em luta pela sobrevivência no período conturbado que se seguiu à Grande Depressão, The Cradle Will Rock foi objecto de censura, mas acabou por ser estreada, apesar de todas as proibições, a 16 de Junho de 1937, no Venice Theatre, em Nova Iorque, com encenação de Orson Welles. Os acontecimentos invulgares que rodearam a produção e a estreia deste espectáculo tornaram-no um momento marcante na história da música.
FICHA ARTÍSTICA
Direcção musical e piano João Paulo Santos
Encenação e cenário João Lourenço
Dramaturgia Vera San Payo de Lemos
Figurinos Marisa Fernandes
Coreografia Cifrão
Com Ana Ester Neves | Diogo Oliveira | João Merino | João Oliveira | Leila Moreso | Marco Alves dos Santos | Mariana Castelo Branco | Mário Redondo | Nuno Dias | Ricardo Panela | Ricardo Raposo
A Jacarandá acaba de publicar o livroGosto Mais de Ti do Que de Todas as Estrelas do Céu, com texto de Becky Davies e ilustrações de Dana Brown. Escrito em forma de poema, inclui frases bonitas sobre o amor e ilustrações suaves, impressas em tons de prateado sobre um fundo azul-noite.
Para raparigas e rapazes, a partir dos 4 anos, é o presente perfeito para oferecer a quem mais gostamos.
A 18 de fevereiro, pelas 10h00, a Biblioteca Municipal de Loulé recebe “Meia-História Encaixa”, a partir da obra “Memorial do Convento”, de José Saramago, por Dança em Diálogos.
Partindo da obra literária “Memorial do Convento” de José Saramago, “Meia-História Encaixa” surge como parte integrante do programa educativo associada à criação do bailado “Memorial do Convento”. Como primeiro contacto com a obra de Saramago, esta leitura coreografada e oficina para crianças une o universo literário às possibilidades da dança enquanto expressão narrativa que parte do corpo e do movimento.
A sonoridade da palavra e a narração da história encontram eco no corpo do intérprete que se encadeia num movimento narrativo entre os personagens. Poderá um só corpo coreográfico fazer surgir a fluência que narra as histórias de Baltasar, Blimunda, Frei Lourenço e de outras personagens do romance? E de onde surgem as vontades? E como surge a construção de um convento como cenário de uma história de amor que se rodeia das maiores complexidades da atitude humana. Após a leitura coreográfica segue-se uma oficina onde as crianças são convidadas a explorar a base narrativa do movimento e como este se propõe a caracterizar as figuras, o espaço e o tempo da ação do romance.
A sessão tem uma duração aproximada de 55 minutos e destina-se a turmas do 2º ciclo. Já no dia seguinte, sábado, 19 de fevereiro, pelas 10h30, a iniciativa tem como público-alvo crianças dos 8 aos 12 anos, acompanhadas por um adulto. As inscrições podem ser feitas em biblioteca@cm-loule.pt
Este é um evento limitado em termos do número de participantes devido às recomendações da DGS. CML/GAP /RP
Os Artistas Unidos acolhemOUVIDOR GERAL de Miguel Castro Caldas! Um espectáculo com encenação e interpretação de Manuel Wiborg, noTeatro da Politécnica de 9 a 19 de Fevereiro, de 3ª a Sábado sempre às 19h00.
OUVIDOR GERALdeMiguel Castro CaldasComManuel WiborgCenografiaAna ToméFigurinosLuis MouroSonoplastiaAndré PiresLuzCárin GeadaAssistência de encenação e produçãoJoão Pedro MamedeEncenaçãoManuel WiborgDirecção de ProduçãoManuel WiborgProduçãoTeatro do InteriorParceiro InstitucionalFundo de Fomento Cultural – Programa Garantir CulturaApoiosMário Mendes – Ferragens,Batatas Neto, Autovidreira de Campo de Ourique, TNDMII, CMLM16
No Teatro da Politécnica de 9 a 19 de Fevereiro 3ª a Sáb às 19h00
Nos documentos, há um Fernão Lopes que não é o Cronista. Viveu um século depois, partiu em 1506 para a Índia com Afonso de Albuquerque. Foi, ao longo da vida, escudeiro, católico, depois traidor, renegado, mercenário, muçulmano. Ao contrário do seu homónimo, nunca escreveu uma palavra. Viveu os seus últimos vinte e tal anos exilado na pedregosa ilha de Santa Helena, como Napoleão trezentos anos depois. Completamente sozinho, olhava para o que via de si mesmo - as suas mãos - só que não tinha mãos. Mesmo assim, sem mãos nem orelhas nem nariz, mas com as sementes que os barcos deixavam quando ali faziam aguada, transformou a ilha num jardim globalizado.
O Forum of Worldwide Music Festivals (FWMF), rede de festivais de músicas do mundo à escala global, realizará em Portugal o seu próximo encontro anual, que tinha sido adiado em 2020 devido à pandemia. Programadores de festivais de mais de quinze países reúnem na cidade de Águeda, de 7 a 9 de abril, sendo anfitriã a d'Orfeu AC, no âmbito daMostra OuTonalidades.
Anualmente, o FWMF promove um encontro com todos os seus membros, integrado em diferentes feiras de profissionais do mundo da música, tendo tal sucedido já em destinos tão longínquos como Canadá, Finlândia, França, Marrocos ou Coreia do Sul. Em 2022, pela primeira vez, o destino é Portugal. O meeting vai trazer à região dezenas de profissionais estrangeiros, que aproveitarão também a Mostra OuTonalidades, certame profissional que terá lugar Águeda, a 8 e 9 de abril.
O Fórum of Worldwide Music Festivals reúne mais de 50 festivais de todo o mundo, permitindo aos seus membros a criação de uma forte rede com todos os profissionais e excelentes oportunidades de intercâmbio e capacitação constante. O Festim - festival intermunicipal de músicas do mundo, organizado pela d'Orfeu AC em parceria com vários Municípios da região, integra esta rede. Juntos, os festivais do FWMF alcançam mais de 3 milhões de espectadores e convidam, todos os anos, centenas de artistas de todo o mundo para os seus festivais.
Está, assim, confirmado o primeiro encontro do Forum of Worldwide Music Festivals em Portugal, uma honra para a d'Orfeu AC.
Em todas as forças da lei existem sempre detetives que simplesmente não sabem desistir, mesmo quando uma investigação de homicídio chega a um beco sem saída. São heróis incansáveis na luta pela justiça contra um inimigo desconhecido. A cada episódio conhecemos a vida de um detetive e o caso mais marcante com que se deparou ao longo da sua carreira. São casos trágicos que ameaçam levar os detetives ao limite. ‘Detective Diares’ é uma série que retrata as dificuldades encontradas pelos investigadores ao longo dos anos em casos que os marcaram profundamente, aliando testemunhos, fotos e imagens reais dos envolvidos.
A estreia de‘Detective Diares’, a não perder, quarta-feira, 23 de fevereiro, às 22:00h, no ID, o canal de crime real exclusivo da NOS (posição 74).
Em noite de fado, o Casino Estoril acolhe, na próxima Quinta-Feira, 10 de Fevereiro, a partir das 21h30, um espectáculo de homenagem a Carlos do Carmo. Num encontro de gerações, António Pinto Basto, Joana Amendoeira e Matilde Cid sobem ao palco do Lounge D para recordar uma figura ímpar do meio artístico nacional. Com entrada gratuita, a não perder, no Lounge D.
António Pinto Basto
A carreira de António Pinto Basto assumiu um cariz profissional no início dos anos setenta, período em que efectuou numerosas actuações pelo País. Mas foi, apenas, em 1988 que editou o seu primeiro disco, intitulado “Rosa Branca”. No ano seguinte, lançou “Maria”, repetindo o sucesso de vendas. Seguiram-se “Confidências à Guitarra”, em 1991, e “Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto”, em 1993.
Em 1996, o artista gravou “Desde o Berço”. A convite de João Braga, em 2000, integrou o grupo “Land of Fado”. O meio televisivo também faz parte do seu percurso profissional. Em Outubro de 2000, a convite de João Braga, assumiu as funções de apresentador do programa televisivo “Fados de Portugal”, na RTP.
António Pinto Basto lançou, em 2004, o projecto “Quatro Cantos” ao lado de Maria Armanda, Teresa Tapadas e José da Câmara. Com um perfil revivalista, o grupo distinguiu-se, desde logo, pela interpretação de grandes êxitos da história do Fado, os quais foram já registados nos CDs e DVDs: “5 Décadas de Fado” e “Do Presente ao Passado no Fado”. Em Dezembro de 2007, "Bodas de Coral" marcou o seu retorno à linha de Fado tradicional. Posteriormente, em 2010 lança “Prata da Casa” em que faz uma compilação de todos os seus temas.
Joana Amendoeira
É considerada uma das mais importantes fadistas da nova Geração. No seu cantar o fado ganha novo brilho, nova atitude sem se desviar da tradição. Nascida em Santarém, muito cedo descobriu o apelo para ser fadista e, aos 12 anos, vence a Grande Noite do fado do Porto. Ao longo da sua carreira, teve a oportunidade de cantar nas melhores casas de Fado de Lisboa (Clube de Fado e Sr. Vinho) e nessa “escola” absorveu os grandes ensinamentos dos fadistas mais antigos e dos músicos. Todos lhe reconheciam a voz especial, a atitude, o talento e, gentilmente, lhe passaram a sua arte, as poesias e as histórias vividas. O seu último disco, “Amor Mais Perfeito” (2012), é um tributo especial ao seu grande mestre, José Fontes Rocha, um dos maiores guitarristas e compositores do Fado.
O seu percurso conta com oito discos editados e várias participações em compilações especiais de Fado, nacionais e internacionais, assim como vários prémios (entre eles, o de melhor Disco de Fado 2008, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues), foi selecionada para se apresentar em diversas Feiras de World Music, como o Mercat de Musica Viva de Vic 2003 (Espanha) e a Strictly Mundial 2005 (Canada) e teve a oportunidade de fazer digressões por diversos países como Espanha, Itália, Hungria, Lituânia, Suécia, Brasil, Argentina, EUA, India e Japão. Joana Amendoeira defende com orgulho o legado do Fado sem de esquecer da sua própria expressão artística.
Matilde Cid
Nasceu em Estremoz e cresceu no seio de uma família ligada à música. Os serões familiares eram passados a tocar viola, piano e a cantar. O pai era fã de jazz, blues e bossa-nova, a mãe de fado e foi assim, através da mãe que o fado se tornou na sua música de eleição. A fadista começou por cantar, primeiro em vários cafés de Estremoz e, mais tarde, em Évora, em simultâneo com a vida universitária.
Posteriormente, veio para Lisboa onde encontrou a verdadeira essência do fado no ambiente boémio das casas de fado da capital. Com uma voz doce e melodiosa, Matilde Cid aborda a canção de Lisboa de uma forma muito particular. PURO, o disco de estreia foi editado em Setembro de 2019.
O Casino Estoril foi distinguido com o certificado “Clean & Safe” do Turismo de Portugal e aderiu ao serviço COVID OUT, Selo de Confiança, Clean Surfaces Safe Places, emitido pelo ISQ.
O Casino Estoril abre às 15h00 e encerra às 03h00. O acesso é livre, sendo que a partir das 22 horas, é para maiores de 14 anos, e maiores de 10 anos acompanhados pelos pais. Nas áreas de Jogo é para maiores de 18 anos.
O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida inaugura, no dia 19 de fevereiro de 2022, em Évora, a exposição ALVEX, de Maite Cajaraville
Resultado do acrónimo de AL(entejo) V(irtual) EX(tremadura),ALVEXé fruto da colaboração entre o Centro de Arte e Cultura daFundação Eugénio de Almeidae o MEIAC (MuseuExtremeñoe Ibero-Americano de Arte Contemporânea) em diálogo com a artista Maite Cajaraville, e estará aberto a visitas de terça-feira a domingo, a partir do dia 19 de fevereiro, no Centro de Arte e Cultura, em Évora.
Com curadoria de Natalia Piñuel Martín e co-curadoria de José Alberto Ferreira, o projeto artísticoALVEXé uma extensão deVEXTRE, criado pela artista extremenha para exibição no MEIAC em 2021. Apresenta-se originalmente como uma escultura concebida digitalmente onde é possivel avaliar parâmetros económicos, demográficos, urbanos, de modalidade, emprego, entre outros, da região da Extremadura espanhola. A versão portuguesa acrescenta-lhe uma outra escultura dedicada ao Alentejo, também concebida e produzida por Maite Cajaraville, onde a recolha e análise minuciosa dos dados socioeconómicos do Alentejo é traduzida para uma linguagem artística que convida à reflexão sobre as condicionantes do presente e as possibilidades de futuro de uma região.
Assim, a peça física 3D e a peça virtual de realidade expandida doALVEX, serão exibidas ao mesmo tempo, colocando os espectadores frente a duas realidades silenciosas divididas por uma fronteira. Um dispositivo de realidade aumentada (QR) acrescentará esferas de legibilidade a cada região, acesso a informações complementares e a possibilidade de inclusão dos visitantes na exposição.
Nos dias 16, 17 e 18 de fevereiro, alunos e professores poderão acompanhar a impressão 3D da peça, em cerâmica, e dialogar com a artista e com os restantes membros criativos da equipa sobre todo o processo de conceção e materialização. A participação é gratuita, e as marcações podem ser efetuadas através doe-mailou do contacto telefónico 266 748 350.
“É preciso despertar a curiosidade pela experimentação tecnológica na sociedade e nos artistas, facilitando uma transferência tecnológica, científica e criativa para a sociedade como um todo, e promover uma mudança de mentalidade que motive o pensamento crítico sobre o meio rural e que desperte as possibilidades de sobrevivência e o orgulho em pertencer”, afirma Maite Cajaraville, artista extremenha.
Já para a curadora Natalia Piñuel Martín, “falar da obra de Maite Cajaraville significa reivindicar uma das artistas pioneiras da arte digital em Espanha. A sua trajetória é um contínuowork in progress, integrando narrativas não ficcionais em diferentes projetos que trabalham em torno damedia art. Uma característica fundamental ao longo de toda a sua carreira é a capacidade de reverter imaginários e condicionamentos sociais por meio da interação com o público, utilizando para isso dispositivos atuais da nossa realidade a partir dos contextos da arte contemporânea. ComVEXTREeALVEXdá passos mais além, construindo esculturas do futuro e criando uma Extremadura e um Alentejo expandidos que refletem os interesses e as preocupações do presente nestes territórios”.
A exposição poderá ser visitada de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 13h00 e as 14h00 e as 18h00, com entrada livre no Centro de Arte e Cultura em Évora. Para informações adicionais, consultar osite da Fundação Eugénio de Almeida.
Em noite de fado, o Casino Estoril acolhe, na próxima Quinta-Feira, 10 de Fevereiro, a partir das 22h30, um espectáculo de homenagem a Carlos do Carmo. Num encontro de gerações, António Pinto Basto, Joana Amendoeira e Matilde Cid sobem ao palco do Lounge D para recordar uma figura ímpar do meio artístico nacional. Com entrada gratuita, a não perder, no Lounge D.
António Pinto Basto
A carreira de António Pinto Basto assumiu um cariz profissional no início dos anos setenta, período em que efectuou numerosas actuações pelo País. Mas foi, apenas, em 1988 que editou o seu primeiro disco, intitulado “Rosa Branca”. No ano seguinte, lançou “Maria”, repetindo o sucesso de vendas. Seguiram-se “Confidências à Guitarra”, em 1991, e “Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto”, em 1993.
Em 1996, o artista gravou “Desde o Berço”. A convite de João Braga, em 2000, integrou o grupo “Land of Fado”. O meio televisivo também faz parte do seu percurso profissional. Em Outubro de 2000, a convite de João Braga, assumiu as funções de apresentador do programa televisivo “Fados de Portugal”, na RTP.
António Pinto Basto lançou, em 2004, o projecto “Quatro Cantos” ao lado de Maria Armanda, Teresa Tapadas e José da Câmara. Com um perfil revivalista, o grupo distinguiu-se, desde logo, pela interpretação de grandes êxitos da história do Fado, os quais foram já registados nos CDs e DVDs: “5 Décadas de Fado” e “Do Presente ao Passado no Fado”. Em Dezembro de 2007, "Bodas de Coral" marcou o seu retorno à linha de Fado tradicional. Posteriormente, em 2010 lança “Prata da Casa” em que faz uma compilação de todos os seus temas.
Joana Amendoeira
É considerada uma das mais importantes fadistas da nova Geração. No seu cantar o fado ganha novo brilho, nova atitude sem se desviar da tradição. Nascida em Santarém, muito cedo descobriu o apelo para ser fadista e, aos 12 anos, vence a Grande Noite do fado do Porto. Ao longo da sua carreira, teve a oportunidade de cantar nas melhores casas de Fado de Lisboa (Clube de Fado e Sr. Vinho) e nessa “escola” absorveu os grandes ensinamentos dos fadistas mais antigos e dos músicos. Todos lhe reconheciam a voz especial, a atitude, o talento e, gentilmente, lhe passaram a sua arte, as poesias e as histórias vividas. O seu último disco, “Amor Mais Perfeito” (2012), é um tributo especial ao seu grande mestre, José Fontes Rocha, um dos maiores guitarristas e compositores do Fado.
O seu percurso conta com oito discos editados e várias participações em compilações especiais de Fado, nacionais e internacionais, assim como vários prémios (entre eles, o de melhor Disco de Fado 2008, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues), foi selecionada para se apresentar em diversas Feiras de World Music, como o Mercat de Musica Viva de Vic 2003 (Espanha) e a Strictly Mundial 2005 (Canada) e teve a oportunidade de fazer digressões por diversos países como Espanha, Itália, Hungria, Lituânia, Suécia, Brasil, Argentina, EUA, India e Japão. Joana Amendoeira defende com orgulho o legado do Fado sem de esquecer da sua própria expressão artística.
Matilde Cid
Nasceu em Estremoz e cresceu no seio de uma família ligada à música. Os serões familiares eram passados a tocar viola, piano e a cantar. O pai era fã de jazz, blues e bossa-nova, a mãe de fado e foi assim, através da mãe que o fado se tornou na sua música de eleição. A fadista começou por cantar, primeiro em vários cafés de Estremoz e, mais tarde, em Évora, em simultâneo com a vida universitária.
Posteriormente, veio para Lisboa onde encontrou a verdadeira essência do fado no ambiente boémio das casas de fado da capital. Com uma voz doce e melodiosa, Matilde Cid aborda a canção de Lisboa de uma forma muito particular. PURO, o disco de estreia foi editado em Setembro de 2019.
O Casino Estoril foi distinguido com o certificado “Clean & Safe” do Turismo de Portugal e aderiu ao serviço COVID OUT, Selo de Confiança, Clean Surfaces Safe Places, emitido pelo ISQ.
O Casino Estoril abre às 15h00 e encerra às 03h00. O acesso é livre, sendo que a partir das 22 horas, é para maiores de 14 anos, e maiores de 10 anos acompanhados pelos pais. Nas áreas de Jogo é para maiores de 18 anos.
Estreia na próxima quinta-feira, dia 10 de fevereiro, às 18h30, no Salão Nobre da Junta de Freguesia do Bonfim, a criação colectiva “Por Que Não Posso?”
É o culminar de 4 meses de trabalho, de criação de um espaço seguro e de liberdade onde se abordaram várias facetas da exclusão e da opressão. Histórias pessoais, sim, mas cruzadas com reflexões acerca de problemáticas e discriminações quotidianas das nossas sociedades, numa história que é de cada um e de todos.
“Por que não posso?” parte de um texto inédito de um dos participantes, o Ricardo Mestre, para questionar o condicionamento e recriminação social e familiar quando estão em causa escolhas de vida de cada um, - por exemplo, em ser artista - e é, ao mesmo tempo um diálogo crítico contra os julgamentos e preconceitos de que são vítimas todos aqueles que têm um aspecto diferente ou estereotipado.
Com a facilitação de Janne Schröder e Maria João Mota, artistas e formadoras da associação PELE.
“Por que não posso?”Interrogações permanentes de vidas suspensas. Olhares que julgam, corpos que desistem e sonhos aprisionados. Estes são os dias de muitos com quem nos cruzamos nas ruas, nas estações de metro … e de quem às vezes desviamos o olhar.“Por que não posso?” Esta história que contamos é feita de muitas histórias que se cruzam num lugar: o lugar da vontade, de um e de todos. Vontade de mudar! Vontade de bater o pé! Vontade de olhar de frente. Olhos nos olhos.
Enquadramento
Esta oficina de Teatro Fórum, dinamizada pela PELE, integra o projecto SomoS - Existimos, Criamos, Somamos(P)Artes coordenado pela Apuro, integrado no Programa AIIA da Câmara Municipal do Porto.
Ao longo de 4 meses realizaram-se sessões regulares de reflexão, discussão e criação colectiva a partir de histórias do quotidiano, partilhadas pelo grupo.
O formato do Teatro Fórum propõe uma teatralização da realidade e, a partir dela, o ensaio de alternativas para a mudança. Não se pretende poetizar ou simplificar o processo complexo de transformação da realidade, mas que o Teatro permita, pelo menos, sentir a liberdade criativa, a troca de papéis, a reescrita de narrativas e que todo este processo contagie as nossas vidas e os nossos corpos, para a potência da acção colectiva.
Esta oficina teve como objetivo
- Estimular a reflexão, discussão e acção colectiva sobre temas que se revelem como urgentes para o grupo;
- Promover o contacto e experimentação com as linguagens artísticas - nomeadamente do Teatro Fórum;
- Exploração de diferentes técnicas do Teatro do Oprimido e interiorização de alguns dos seus princípios
- Criação coletiva de uma apresentação de Teatro Fórum.
O que é o Teatro Fórum?
Teatro Fórum é uma das ferramentas do Teatro do Oprimido, um movimento artístico/político criado por Augusto Boal na década de 60 do século passado no Brasil, inspirado pela corrente Freiriana da pedagogia do oprimido. Este método sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais com o objectivo da desmecanização física e intelectual dos/as participantes permitindo o “ensaio” de alternativas para situações da vida quotidiana. Desta forma, o TO procura criar condições práticas para que o indivíduo se aproprie dos meios de produzir teatro ampliando as suas possibilidades de expressão. Uma característica fundamental do TO é estabelecer uma comunicação directa, activa e participada entre espectadores e actores. Boal fala mesmo do “espect-actor”, remetendo para a ideia de o individuo poder alternar entre fases de espectador da acção e de actor dessa mesma acção “exercitando-se para a acção na vida real e tomando conhecimento das possíveis consequências das suas acções”
Ficha Artística
Criação Colectiva e Interpretação
Artur Pereira, Augusto José Luís, Carlos Medina, Cynthia Sousa,Daniela Couceiro, Emílio Costa,Fernando André, Fernando Sá Pinto, Francisca Carvalho, José Miguel Oliveira, Manuel Teixeira, Mara Barros, Miguel Monteiro, Vilma Ranito
Texto original- Ricardo Mestre
Facilitadoras de Teatro Fórum- Janne Schröder e Maria João Mota (PELE)
Músico- Pedro Santos
Mediação Socioeducativa- Mara Barros (EAPN)
Produção Apuro- Fernando André
Produção PELE- Beatriz Brás
Comunicação- Rui David (Apuro)
Apoio- ASAS de Ramalde, Junta de Freguesia do Bonfim
Informações
Data: 10 de fevereiro, das 18h30 às 21h00
Local: Salão Nobre da Junta de Freguesia do Bonfim
A iniciativa está enquadrada no projeto “SOMOS”, Existimos, Criamos, Somamos (P)ARTES – no âmbito de uma candidatura da Câmara Municipal do Porto ao Programa Operacional Norte 2020 do AIIA - Abordagens Integradas para a Inclusão Ativa, com o qual se pretende reforçar e qualificar o ecossistema de empreendedorismo social do Porto e capacitar, organizar, alinhar e mobilizar os agentes envolvidos na inovação social e, mais concretamente, na capacitação e integração social pela arte.
As (p)artes de um todo
Depois da iniciativa “Quem És Porto” - Bibliotecas Vivas, que reuniu em outubro várias dezenas de participantes decididos a contar a sua história de vida, esta oficina de Teatro Forúm é a segunda de três oficinas artísticas que compõem o projeto “SOMOS”, Existimos, Criamos, Somamos (P)ARTES e que entre 2021 e 2022 estão a trabalhar com diferentes grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade social. E estas duas oficinas servirão de ponto de partida para um espetáculo final, a partir de um texto cénico que será construído a partir da experiência e dos contributos dos participantes das oficinas anteriores, ao qual se juntará uma estrutura artística profissional.
Se nas primeiras oficinas o centro é cada um dos participantes, nesta última, o centro será algo exterior a todos – um espetáculo! – em que todos e cada um contam como uma parte fundamental de um puzzle que ficará incompleto se alguma peça faltar. Da parte dos criadores há esta noção clara: “Nós precisamos de vocês, nós precisamos da vossa ajuda”. Estas são as bases da igualdade, da inter-dependência, da empatia que queremos que sejam a base de todo o processo, um processo em que pessoas em situação de vulnerabilidade se irão confrontar com a sua afirmação, proferindo frases empoderadoras como “Eu sou ator”, “Eu tenho a missão de interpretar esta personagem”, “Eu tenho a missão de fazer este espetáculo”, “Todos dependem de mim e eu dependo de todos”.
Este “Espetáculo P'ra Cidade” será dirigido pela Apuro Associação Cultural e Filantrópica e tem data prevista de estreia no segundo trimestre de 2022.
As (p)artes envolvidas
Saber Compreender
A Saber Compreender existe formalmente desde novembro de 2017 sendo uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover uma sociedade mais inclusiva, na qual, através do ativismo, as pessoas social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco, tenham acesso a condições para uma vida digna. Neste sentido as nossas ações orientam-se para o acompanhamento personalizado e individualizado dos cidadãos, promovendo a sua participação e envolvimento nos seus processos de inclusão e na defesa dos direitos humanos e em causas sociais. A este nível, importa referir que a Saber Compreender possui um Conselho Consultivo (que é constituído fundamentalmente por pessoas que vivenciam ou vivenciaram situações de sem-abrigo ou outro tipo de exclusão) onde impera o princípio da participação e onde a voz dos cidadãos na primeira pessoa é primordial. Para promover a voz dos cidadãos, a Associação tem apostado no desenvolvimento de metodologias participativas como por exemplo o Photovoice e as Bibliotecas Vivas onde os cidadãos são os verdadeiros protagonistas da ação. No entanto, temos consciência que estes processos não são fáceis e que nem todos os cidadãos se encontram no mesmo nível de participação. Por isso, temos de garantir as condições mínimas para que a participação se concretize: respeitar os interesses e as perceções das pessoas; tempo para participar e sobretudo informação. Muito dificilmente conseguiremos a participação das pessoas se estas não tiverem informação suficiente sobre as questões em análise e/ou em discussão. Por isso, a Saber Compreender possui know-how no desenvolvimento de processos participativos e a identificação de pessoas com estas vivências é facilitado pelo trabalho de proximidade que a associação desenvolve diariamente com estes públicos.
PELE, Associação Social e Cultural
A PELE é um coletivo que desenvolve projetos de criação artística enquanto espaços de reflexão, ação e participação cívica e política, potenciando processos de transformação individual e coletiva. Desde 2007 procura que a sua atuação se mantenha alinhada com as urgências dos territórios e das comunidades, privilegiando a acessibilidade e a participação artística em múltiplas centralidades. Através do cruzamento de públicos, sectores, linguagens artísticas, territórios e parceiros, gera espaços de tomada de decisão horizontais e modelos alternativos de criação coletiva.
APURO, Associação Cultural e Filantrópica
A Apuro – Associação Cultural e Filantrópica foi fundada em 2012 e desde então produziu 76 produções culturais nas suas diversas áreas de atuação: Cinema, Teatro, Spoken Words, Novo-Circo, Música e Edição de Livros que correspondem a mais de 260 eventos.
Apoiou vários intermitentes do espetáculo e cidadãos em situação de carência e foi coordenadora do Eixo “Vozes do Silêncio” do NPISA – Porto entre 2016 e 2018. Com a nova estratégia nacional para os sem-abrigo, integra o “Eixo 4 – Participação e Cidadania” do NPISA. É membro da Rede Social do Porto.
Colaborou também com a Associação do Porto de Paralisia Cerebral tendo editado dois livros associados à mesma.
A Apuro conta com mais de 100 associados e estabeleceu-se como uma rede dinâmica de produção cultural e apoio social.