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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Ciclo "Café com Filmes" - 2.º trimestre de 2022

 

O ciclo “Café com Filmes”, produzido pela Câmara Municipal de Torres Vedras em parceria com o Académico de Torres Vedras, prossegue.

Recorde-se que este ciclo parte da tradição de Torres Vedras na área do cinema, nomeadamente de um passado cineclubista. É objetivo da iniciativa dinamizar um conjunto de atividades à volta do mundo do cinema e vídeo, sobretudo mediante a exibição de filmes que contribuam para a formação de olhares sobre o mundo e a sociedade, para a descodificação da linguagem e para a formação de novos públicos.

As próximas sessões a realizar no âmbito do ciclo “Café com Filmes” acontecerão no Teatro-Cine de Torres Vedras. Nelas será exibido: o documentário O movimento das coisas, de Manuela Serra (13/4, 21h00); o documentário Avenida Almirante Reis em três andamentos, de Renata Sancho (28/4, 21h00); o filme France, de Bruno Dumont (12/5, 21h00); o documentário Douce France, de Geoffrey Couanon (26/5, 21h00); o filme Céus do Líbano, de Chloé Mazlo (9/6, 21h00), e As aventuras do príncipe Achmed, de Lotte Reiniger (24/6, 21h45).

A participação nas sessões do ciclo “Café com Filmes” são gratuitas.

Mais informação sobre o ciclo “Café com Filmes” pode ser obtida na área de agenda do site da Câmara Municipal de Torres Vedras ou no Facebook da iniciativa.

 


O movimento das coisas

Sinopse: O primeiro e único filme de Manuela Serra, estreado 30 anos depois. Histórias de quotidiano e de silêncio. Em caminhos desertos de vento inquietante numa aldeia do Norte. Há um dia de trabalho atravessado por três famílias: quatro velhas, o campo, o pão, as galinhas, e, a lembrar-nos, clareiras de histórias velhíssimas de gestos saboreados em mineralógicas palavras.

Uma família de dez filhos numa quinta mergulha na largueza do tempo, no gesto todo do trabalho, o pai corta uma árvore. Mais longe, a água do rio habitado por gente, numa barca, o sol, e o largo da aldeia, a ponte em construção, a varanda, a refeição, a densidade e o misticismo ao domingo, a missa e a feira: ritualizada ao sábado. Nestes fragmentos de cenário, move-se Isabel, também, com os olhos postos no futuro, para lá dos outros em que o sentido da vida é apenas viver. O tempo atravessa o nascer e o pôr-do-sol. É um respirar a vida, usando o campo como meio numa aldeia do Norte, de gestos antiquíssimos e pousados. (The Stone and Plot)

Com a participação do Povo de Lanheses. | Título do Projeto Original: Mulheres em Portugal

Portugal, 1985

Realização: Manuela Serra
Género: Documentário 
Duração: 88 min

 

 

Avenida Almirante Reis em três andamentos

Sinopse: Avenida Almirante Reis em três andamentos documenta esta grande artéria da cidade de Lisboa. Elaboramos um mapeamento, ao longo do séc. XX, circunscrito à memória do espaço da avenida e às vivências que ali ocorreram e ocorrem. A avenida Almirante Reis poderia funcionar como uma máquina do tempo. Subimos e descemos a avenida através de imagens de arquivo recuando à sua abertura em 1908 e às grandes enchentes dos comícios republicanos. Assistimos ao 1.º de maio de 1974. Entre 2016 e 2018 registamos a atualidade na avenida acompanhando o quotidiano dos que nela trabalham e habitam.

Após a exibição do filme terá lugar uma conversa com a realizadora.

Portugal, 2018

Realização: Renata Sancho
Género: Documentário 
Duração: 66 min

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France

Sinopse: Um dos filmes sensação da Seleção Oficial em Competição do Festival de Cannes, France oscila entre a sátira política, a crítica aos media e o melodrama, apresentando-nos o retrato de uma jornalista, de um país e dos seus meios de comunicação. France de Meurs - cujo nome não foi escolhido ao acaso - é uma célebre jornalista que se desdobra entre a televisão, uma guerra distante e o frenesim da sua vida familiar. Após um acidente de viação, do qual resulta um ferido, France vê o seu mundo abalado e tenta refazer a vida de forma anónima, mas a fama dificulta-lhe a prossecução desse plano. Bruno Dumont tece uma crítica mordaz ao meio jornalístico, no seio do qual tudo parece fielmente apresentado, mas onde o real é, na verdade, encenado e reconstruído, constituindo-se como o resultado de uma sociedade do espetáculo e do sensacionalismo, na qual o imediato assume o papel principal.

“Uma obra prima espectral e deslumbrante, talhada à medida, com uma delicadeza de ourives, sobre a imbecilidade nas redes, o cinismo das elites e as injustiças gritantes que fazem parte do nosso quotidiano.” Le Monde

“Uma tragicomédia contemporânea sobre a máquina mediática cada vez mais descontrolada nos canais de informação contínua. […] France é o reflexo da nossa alienação e de um real esquecido, desmoronando-se sobre a sua própria reprodutibilidade." Cahiers du Cinéma

Festival de Cannes - Seleção Oficial em Competição

TIFF Toronto International Film Festival - Special Presentations

França | Alemanha | Itália | Bélgica, 2021

Realização: Bruno Dumont
Género: Comédia, Drama 
Duração: 134 min

 

 

Douce France

Sinopse: Amina, Sami e Jennyfer são estudantes de liceu nos subúrbios de Paris. Juntamente com a sua turma envolvem-se numa investigação inesperada a um projeto para um enorme complexo comercial – EuropaCity, que implica a urbanização de uma área de cultivo perto das suas casas. Mas, quando se tem 17 anos, ter-se-á capacidade de agir no seu próprio território? Divertidos e intrépidos, estes jovens cidadãos levam-nos a conhecer os habitantes locais, promotores imobiliários, agricultores e até deputados eleitos da Assembleia Nacional. Uma busca encantadora que questiona ideias pré-concebidas e faz reviver a nossa ligação à terra!

Vencedor do Grande Prémio Ambiente / Competição Internacional Longas-Metragens no Cine Eco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela

França, 2020

Realização: Geoffrey Couanon
Género: Documentário
Duração: 1h35 min

 

 

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Céus do Líbano

Sinopse: Céus do Líbano marca a estreia de Chloé Mazlo na realização de longas-metragens, tendo integrado a Semana da Crítica do Festival de Cannes. Esta é a história de Alice, uma mulher que abandona a Suíça para ir trabalhar no Líbano, onde se apaixona por Joseph, um jovem astrofísico, com o qual casa e tem uma filha, Mona. Anos mais tarde, em 1975, com o despoletar da guerra civil do Líbano e a escalada de violência, a família vê-se confrontada com dúvidas sobre permanecer ou abandonar o local de residência, o que origina uma série de desentendimentos no seio do próprio casal, ameaçando a sua estabilidade familiar. Chloé Mazlo oferece-nos uma visão poética sobre os impactos de um cenário de guerra na estrutura familiar e na esfera da vida pessoal.

"A originalidade do filme alicerça-se na singularidade das imagens animadas que descobrimos à volta de um plano.” Le Monde

“A realizadora extrai da impossibilidade de um relato racional uma admirável força evocativa, mostrando-nos que por vezes o imaginário pode suprir a História de forma eficaz.” Positif

Festival de Cannes - Semana da Crítica

França, 2020

Realização: Chloé Mazlo
Género: Drama
Duração: 1h30min




As aventuras do príncipe Achmed (sessão musicada ao vivo, ao ar livre)

Sinopse: Um feiticeiro maligno engana o Príncipe Achmed, convencendo-o a cavalgar num cavalo alado. O Príncipe percebe ser capaz de conduzir o cavalo que o leva por diversas aventuras, até que acaba por se apaixonar pela linda princesa Peri Banu. As Aventuras do Príncipe Achmed, de Lotte Reiniger, é considerado a primeira longa metragem de animação europeia. O filme é um jogo simples de luzes e sombras, um conceito que surgiu e foi muito popular na China, de onde são oriundas as famosas caixas de sombras. As figuras do filme, repleto de batalhas, comédia, romance, magia e confrontos com pequenos demónios, foram recortadas e manipuladas à luz de câmara pela realizadora.

"Uma obra-prima! Ela nasceu com mãos mágicas." Jean Renoir

Musicado ao vivo por Sérgio Costa e Jorri

Alemanha, 1926

Realização: Lotte Reiniger
Género: Animação/Fantasia
Duração: 65min