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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

O cartaz do Mel - piquenique das artes 2022

 

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O PROGRAMA 

Apresentamos um serviço de aprendizagem, organizado em torno da experimentação do fenómeno da câmara obscura, um aparelho óptico que está na base da fotografia. O cinema, o vídeo e a música são outras das disciplinas pensadas para completar a programação.

19 de Agosto (sexta-feira)
16:00 | Serviço de Aprendizagem | CÂMARA OBSCURA | Fotografia
20:00 | Piquenique
21:30 | ÁS DE ESPADAS, de Rúben Marques | Cinema
22:30 | LUÍZ CARACOL | Música

20 de Agosto (sábado)
16:00 | Serviço de Aprendizagem | CÂMARA OBSCURA | Fotografia
20:00 | Piquenique
21:00 | BEM-VINDOS AO ANTROPOCENO | Música e Vídeo
22:00 | BALEIA, BALEIA, BALEIA | Música
23:15 | KILLIMANJARO | Música

 

 

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CÂMARA OBSCURA

MARGARIDA RIBEIRO | FOTOGRAFIA
MEL – PIQUENIQUE DAS ARTES | PARQUE DA DEVESA | 19 e 20..AGO.2022

A proposta é viajar ao interior de uma câmara escura, espaço escuro onde se reflete, através de um pequeno orifício, a luz de um espaço exterior. Perceber a magia que este fenómeno natural cria e como funciona o mecanismo de reflexão da imagem que originou a descoberta da fotografia. Contemplar o exterior, no interior.

Pretende-se parar e criar um espaço de análise e reflexão.

A partir da Alegoria da Caverna de Platão pensaremos em conjunto sobre Interior| exterior; escuro |claro ; realidade | ficção ; liberdade | prisão.

A acção humana perante o mundo, o conhecimento e a educação como ferramentas poderosas de superação da ignorância e de construção colectiva de uma sociedade mais empática, livre e justa.

 

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ÁS DE ESPADAS

RÚBEN MARQUES | CINEMA
MEL – PIQUENIQUE DAS ARTES | PARQUE DA DEVESA | 19..AGO..2022

O que é o Rock?

Ás de Espadas é um documentário com pessoas do Porto, que aceitaram andar pelo labirinto do rock, tentando assim fazer uma destilação da essência do rock. Filmado durante a pandemia e tendo como pano de fundo dois bares de rock do Porto, o Barracuda Clube de Roque e o Woodstock 69.

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Luiz Caracol

MÚSICA
MEL – PIQUENIQUE DAS ARTES | PARQUE DA DEVESA | 19..AGO..2022

Luiz Caracol é um músico, cantor e autor que tem na génese do seu trabalho, uma identidade e uma personalidade muito próprias, fruto da influência urbana entre a cidade de Lisboa, onde vive, e a ligação cultural que sempre teve com os países de língua portuguesa, como são Portugal, o Brasil, Cabo Verde, Moçambique ou Angola.

Em 2012 dá início à gravação do seu primeiro álbum “Devagar”, lançado em 2013, onde contou com convidados e parcerias autorais como Fernanda Abreu, Valete, Sara Tavares, Mia Couto, Zeca Baleiro e Jorge Drexler. Em 2017 lançou o seu segundo álbum, “Metade e meia”, onde volta a contar com colaborações e parcerias de Aline Frazão, Fred Martins, Edu Mundo, Remna Schwarz ou José Luis Peixoto.

Luiz Caracol acaba de editar "só.tão", o seu mais recente EP, onde concilía o seu lado multi-instrumentista com o cantautor que é, trazendo nas suas canções, ambientes e texturas sonoras que já são marca daquilo a que se pode chamar o seu ADN musical.

 

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BEM VINDOS AO ANTROPOCENO

HENRIQUE ZAMITH | MÚSICA | VÍDEO
MEL – PIQUENIQUE DAS ARTES | PARQUE DA DEVESA | 20.AGO.2022

Um Homo Sapiens Sapiens amnésico, “olha" sem sucesso, através de uma JANELA, em busca da sua consciência.

Da intimidade de sua "sala", com a música, poesia, ciência e vídeo como linguagem.

Este Homo Sapiens Sapiens explora o seu contacto pessoal com o Antropoceno num futuro impensável, possivelmente próximo.

 

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BALEIA BALEIA BALEIA

MÚSICA
MEL – PIQUENIQUE DAS ARTES | PARQUE DA DEVESA | 20.AGO.2022

Dupla formada por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral
(bateria).

"A meio caminho entre o pop rock sem vergonha e um punk mais vibrante e soalheiro, os Baleia Baleia Baleia pegam nos elementos mais alegres e coloridos que o rock alguma vez engendrou, agitam-nos numa garrafa com gasosa e tiram a tampa para molhar toda gente."

André Franco (Tracker)

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KILLIMANJARO

MÚSICA
MEL – PIQUENIQUE DAS ARTES | PARQUE DA DEVESA | 20.AGO.2022

Os Killimanjaro chegaram, viram, venceram. Rock do melhor tipo que se exporta a partir de Barcelos, trouxeram o refrescante ao que estava estagnado. Do metal clássico aos seus desvios mais musculados de frequências graves, da escola Sabbath ao cabedal dos Iron Maiden, desenvolveram a tecnica de abordagem perfeita.

Entre o hastear de pavilhoes, a execu ao perfeccionista de nos e uma sincope de riffs robustos e de cora oes cantantes, mantêm-se invictos na arte de embalar os corpos em headbangs bem justificados. Ao artesanato refinado que constroem so lhe interessa o palco, onde num so folego dissipam qualquer tipo de duvidas sobre aquilo que fazem: os Killimanjaro sabem como disferir um gancho Mike Tyson sem nos arrancar as orelhas.

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MEL – PIQUENIQUE DAS ARTES 2022

O festival, realizar-se-á nos dias 19 e 20 de Agosto de 2022, terá como local o Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão.

Retomamos o tema escolhido para a quarta edição:
“O INDIZÍVEL” [in·di·zí·vel (in- + dizível)].

É abordado nas seguintes dimensões:
- O que não se sabe dizer [o inexplicável];
- O que não se pode dizer [o sagrado].

Desdobra-se nos seguintes três ciclos programáticos: experiência, memória e mito.

Partimos do fenómeno de emergência, associado às teorias dos sistemas complexos, entendido enquanto o processo de formação de padrões complexos a partir de uma multiplicidade de interacções relativamente simples.

De forma popular, uma das propostas de explicação dum fenómeno emergente é postulado pela seguinte máxima: “O todo é maior do que a soma das suas partes.” A própria consciência é um fenómeno emergente: são as sinapses geradas entre os vários neurónios que geram processo consciente.

A cultura é um fenómeno emergente. Um indivíduo isolado, ainda que ele mesmo seja um sistema complexo, não gera cultura. É a interacção entre indivíduos que gera atitudes, práticas, metas, objetivos, costumes, conhecimento, crenças, ou seja, valores centrais. Grande parte dessas interacções são intangíveis, originando processos não revelados e, no entanto, emergentes num determinado sistema.

São os mesmos valores que retro-alimentam o sistema, re-transmitidos aos seus elementos. É precisamente essa de retro-alimentação que viabiliza a sobrevivência de um sistema complexo. Uma cultura que não consiga absorver, adaptar e produzir valores tende à extinção. Aconteceu com civilizações, organizações, línguas, religiões, comunidades, espécies.

A aprendizagem permite a retro-alimentação de uma cultura. A capacidade de reflectir acerca da utilidade dos valores transmitidos e a produção de valores novos revela a sua vitalidade. Se preferirmos, revela-se a parte invisível que informa o dizível.

De uma experiência cria-se uma memória, transmitida no tempo dentro de uma cultura até se transformar em mito. O indizível torna-se dizível, por explicação ou por sacralização.

No presente estamos preocupados com a relação da nossa espécie no ecossistema. Os valores consumistas que nos foram transmitidos revelaram-se nocivos à sobrevivência de várias espécies, incluindo a nossa. O Mel – piquenique das artes organiza o seu programa assente na consciência de relação entre sistemas e nos processos de aprendizagem de valores.