O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) apresenta o Tratado de Tordesilhas em sessão comentada da rubrica A Peça do Mês – A Escolha do Público. A sessão realiza-se a 15 setembro (quinta-feira) às 13h30, com repetição no mesmo horário no dia 16 de setembro (sexta-feira).
A ratificação do Tratado, pergaminho do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, integra a exposição temporária FERNÃO DE MAGALHÃES. PELOS MARES DO MUNDO INTEIRO, patente até 16 de outubro no MNSR.
Habitualmente interpretado como uma partilha do mundo entre Portugal e Castela, Amândio Barros, comissário da exposição, apresentará o tema a partir da explicação: "Portugal e Castela não dividiram o mundo, nem sequer o podiam fazer”.
“Fica-se, igualmente, com a ideia, muito difusa, de que se tratou apenas de decidir coisas com o aval do Papa. E embora a figura do chefe da Igreja esteja subjacente às negociações, a verdade é outra e importa conhecê-la. Finalmente, que com este tratado ficava garantida a Portugal a possibilidade de descobrir o Brasil. O que, não sendo de todo descabido, não foi a principal razão para a fixação das linhas divisórias", continua Amândio Barros na apresentação do tema.
A exposição “Margens Atlânticas” inaugura no dia 17 de setembro e será a segunda de cinco exposições a apresentar no âmbito das celebrações finais do Espaço Espelho D’Água.
Inaugurado em setembro de 2014, o projeto do Espaço Espelho D’Água em Belém, Lisboa cumprirá o seu propósito. O de evidenciar neste local histórico o lado afetivo da viagem dos portugueses pelo mundo, através da gastronomia, da música e das artes plásticas.
Na sequência da exposição “Vultus Meus” de Jorge Correia, que se mantém até dia 15 de setembro,inaugura dia 17 de setembro, no Espaço Espelho D’Água, a exposição “Margens Atlânticas”, de Ariel de Bigault e Francisco Vidal.Este dia ficará marcado por um encontro-diálogo, no qual o artista e a cineasta darão a conhecer o projeto e algumas curiosidades na relação entre este e os seus percursos.
Inserida na Temporada Portugal-França 2022, “Margens Atlânticas” nasce em Lisboa, do encontro entre Francisco Vidal, artista angolano-cabo-verdiano que explora as identidades africanas e diaspóricas, e Ariel de Bigault, autora e realizadora francesa com um longo percurso em Portugal e nos países lusófonos. Inspirado nos filmes da cineasta, Francisco Vidal procura utilizar o desenho e a pintura para explorar momentos, como se de um storyboard “pós-filme” se tratasse.
Trabalhando em co-autoria no âmbito desta exposição, apresentam diversas instalações, nas quais serão integrados múltiplos materiais e recursos audiovisuais: dos trechos de filmes da cineasta e respetivos espaços de visualização, à reprodução de imagens dos mesmos que serão confrontadas com os múltiplos desenhos do artista. No Espaço Espelho D’Água visam recriar personagens e situações: de Grande Othelo, Gilberto Gil e Zeze Motta (Éclats Noirs du Samba, 1987), a Lourdes Van-Dúnem (Canta Angola, 2000), passando por José Eduardo Agualusa e Mariza (Margem Atlântica, 2006) e ainda Fernando Matos Silva e Ângelo Torres (Fantasmas do Império, 2020).
As últimas exposições irão explorar territórios artísticos tão vastos como o cinema, a pintura, a fotografia, entre tantos outros, que se irão sobrepor através de instalações e colaborações. Serão vários os artistas representados, tal como poderá ser consultado no calendário disponibilizado abaixo:
3 a 15 de setembro| Jorge Correia | “Vultus Meus”
17 a 29 setembro| Ariel de Bigault e Francisco Vidal | “Margens Atlânticas” (apresentada no contexto da Temporada Portugal-França 2022)
1 a 13 outubro| Luís Jesus | “Memórias de Um Futuro Passado: as Cores São o Que Foram”
15 a 27 outubro| Jonny Páscoa, Igor Costa e Fernandes de Pinho | “Não Temos Aulas Amanhã”
28 outubro a 5 novembro| Lino Damião | “Lândana ao Virei”