Magusto arranca quinta-feira no Jardim de Monte Belo
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A pintora Minela Reis e a escultora Ivone Gaipi apresentam os seus mais recentes trabalhos na exposição “No Desaguar dos Corpos” na Galeria Artistas de Angola, em lisboa. A mostra tem curadoria e mentoria de Olga Maria e Sousa. A inauguração será no dia sete de outubro, sexta-feira, a partir das 17h, na Rua Sousa Lopes N.º 12A em Lisboa e ficará patente até 14 de novembro.
Para a exposição Minela Reis, pintora angolana, traz um combinado de trabalhos feitos a pastel seco, a óleo e aguarela, nos suportes de papel e tela, onde a figura humana é predominante. A presença e diversidade das cores fortes é a força que origina um conjunto de contrastes entre o claro e o escuro, e o quente e o frio. O corpo pintado e desenhado parece estar em movimento, tem textura, curvas, brilho e cheiro, os rostos e os olhares são profundos e vivos, sorriem e têm emoções.
Na arte de Minela a presença da figura humana é uma constante, através da pintura consegue regressar a Angola, às cores, cheiros e aos céus africanos. Pinta com a emoção do que sente no momento.
Já a escultora Ivone Gaipi vai explorar o Alginato, o Gesso e as Resinas, onde a técnica de body casting é transposta para a escultura. Ivone viveu quatro anos em Angola, onde foi profundamente tocada pelo país. O calor, as cores, os ritmos, as gentes sorridentes e alegres, e a mistura ardente do cheiro a terra, formam a sua grande fonte de inspiração para as esculturas que integram esta exposição. A nostalgia destas emoções, resultaram no reviver Angola materializada em expressões de Arte. É essa transmutação que transporta para o trabalho de escultura, numa linguagem que expressa a exploração do corpo através da sua desconstrução, conexão e simbiose com o que o rodeia.
10 a 13 novembro >> Lagos
É já a partir desta quinta-feira que Lagos recebe o Pedra Dura - Festival de Dança do Algarve. Até domingo, espalham-se pela cidade diversas propostas do universo da dança contemporânea. De espetáculos à projeção de filmes, de masterclasses a palestras, o programa surpreende-nos ainda com uma noite à luz das estrelas para observar o céu noturno, em parceria com o Centro Ciência Viva de Lagos.
O pontapé de saída é dado com ‘Um corpo que dança – Ballet Gulbenkian 1965 -2005’. Este é um documentário assinado por Marco Martins, que observa o desenvolvimento da dança em Portugal e da história do país a partir das vivências de uma companhia emblemática: o Ballet Gulbenkian. Para ver no Centro Cultural de Lagos, na quinta-feira, às 21h.
Na manhã seguinte, a dança vai às escolas com 'A grande viagem do pequeno Mi’, um espetáculo-oficina de Madalena Victorino, Ana Raquel e Beatriz Marques sobre o poder da imaginação. Ao final da tarde de sexta-feira, aos miúdos podem juntar-se os graúdos, numa divertida palestra para toda a família. No Centro Ciência Viva de Lagos, o astrónomo Máximo Ferreira fala sobre as estrelas em 'Lágrimas do Céu'. A entrada é livre, a partir das 18h30. À noite, no Centro Cultural de Lagos, é a vez de Duarte Valadares apresentar 'Rubble King', um espetáculo que evoca a presença de um artificial inteligente. As portas abrem às 21h. Após o espetáculo será projetado o vídeo 'Escala Reduzida' de Sofia Dias, Vítor Roriz e Joana Linda. E porque um festival de dança não se faz sem se dançar, a partir das 23h há música no Nox Club com o Dj set 'Pashon Froot'.
No sábado, o festival continua na Escola de Dança de Lagos, onde, às 10h30, a coreógrafa Amélia Bentes dá uma masterclass. Às 21h, Ana Borralho & João Galante apresentam a performance 'Estrelas Cadentes (Metal e Melancolia)’, um objeto abstrato que fala através do som tocado ao vivo. Depois, o convite é para sair à rua e olhar para as estrelas. Às 22h30, o ponto de encontro está marcado junto à Estátua de S. Gonçalo de Lagos para uma observação do céu noturno para desvendar alguns dos segredos do universo. E da luz das estrelas para os projetores da pista de dança, sábado terminará madrugada adentro com o DJ set de Sónia Trópicos e João Pissarro no Nox Club.
A encerrar o festival, no domingo, 'Atlas da Boca', é apresentado, às 16h30, no Centro Cultural de Lagos. Este espetáculo de Gaya de Medeiros parte de uma investigação de dois corpos trans acerca da boca como lugar de interseção entre a palavra, a identidade e a voz, o público e o privado, o erotismo e a política, numa busca por novas narrativas.
Quatro dias em que Lagos poderá dançar entre palcos, pistas, céu e terra.
O Pedra Dura - Festival de Dança do Algarve conta com a direção artística de Daniel Matos e Joana Duarte. A produção é da CAMA a.c. e o financiamento é da Câmara Municipal de Lagos.