Art Week une, de 10 a 15 de dezembro, os trabalhos de um artista belga e dois brasileiros em atelier da Graça.
Três artistas, três vertentes e uma conexão clara: a emoção. O belga Jan Samyn e os brasileiros Ronan Horta e Ricardo Lemos se unem em Portugal para a exposiçãoFind Your Emotions, que acontece noArt Week, de 10 a 15 de dezembro no atelier da Cerâmica Lemos, na Graça.
“O conceito da exposição é unir três artistas que convergem num mesmo interesse na arte, que é falar sobre emoções. Temos um escultor, um pintor e um storyteller, que trabalha com máscaras e desenvolveu a Máquina das Emoções. Cada um, da sua maneira, apresenta a sua interpretação sobre o tema”, explica a curadora Renata Hessel.
Jan Samyn é um contador de histórias e promove com suas obras o debate da expressão das emoções pela sua arte. As suas máscaras já foram expostas em diversos lugares do mundo como Estados Unidos, Holanda, Itália, Espanha e França. Para a exposição em Lisboa, Jan também trará a incrível obra Máquina das Emoções, em que a luta para expressar as emoções é simbolizada por um grande homem ajoelhado sobre uma cadeira de madeira, com as garras agarradas, onde estão disposta 523 emoções, numa ordem complexa de números primos, categorias, cores, símbolos, línguas e textos.
“Durante esta exposição, apresentarei novos trabalhos, todos concentrados em sete máscaras, que representam todas emoções diferentes da Máquina das Emoções. Medo, raiva, tristeza, alegria, espanto, repugnância e arrepio. Estou entusiasmado por esta exposição especial e muito íntima em Lisboa, este país e esta magnífica cidade está a se tornar o novo centro na minha vida”, contou Jan Samyn, que fez questão de elogiar Horta e Lemos:
“Fiquei intrigado com a personalidade de Cerâmica Lemos, mas quando conheci melhor o seu trabalho, fiquei fascinado. As suas esculturas contam histórias que só posso imaginar por palavras, sendo eu um escritor. Sinto uma forte sinergia. Ronan é para mim o elemento vibrante desta exposição, as cores do seu trabalho atraem-me, desenhos emocionais com linhas quentes e comoventes”.
Ronan Horta traz para a pintura e a liberdade de emoções como tema central da sua coleção. A ideia é não ter regras e emocionar o público. O brasileiro busca tocar o inconsciente coletivo de pessoas, que percebem em seus gestos firmes uma liberdade sem medo de utilizar as cores. Ronan inspira-se nos traços de sua tia, a artista plástica Ana Horta, morta precocemente em 1987.
Ricardo Lemos, que abre o seu atelier para receber o evento, traz das emoções de seu subconsciente a inspiração para suas esculturas na cerâmica.
“As minhas esculturas representam uma retrospectiva de três anos em busca da minha arte bruta. Durante essa jornada, expressei através das minhas mãos, modelei, esculpi os meus pensamentos, momentos que vivenciei durante esse período. São esculturas que se movimentam. Por isso, desafiam o equilíbrio e a técnica cerâmica. No fundo, são imagens que vêm do meu inconsciente, carregadas de simbologia e transformam-se em esculturas. Tornam-se vivas e ficarão sempre viva aos olhares”, afirma o artista,que vive em Lisboa há 3 anos, e já teve o trabalho exposto em Noruega, França, Estados Unidos e Brasil.
Os Palankalama vão apresentar ao vivo em Lisboa, no início de Dezembro o novo álbum, “Lama pela Anca”, uma incursão sonora sobre influências folk, jazz e rock. A banda portuense de música instrumental vai atuar no dia 2 de Dezembro, às 22h na ADAO, a Associação Cultural para o Desenvolvimento das Artes e Ofícios, no Barreiro.
Os Palankalama vão também estar no dia 1 de Dezembro, no Fórum da Fnac Colombo, às 16h, a apresentar o novo disco; e às 18h30 estarão na Fnac Oeiras.Nodia 2 de Dezembro vão apresentar alguns temas de "Lama pela Anca"noFórum da Fnac Chiado às 18h30.
Os Palankalama contam na sua formação com Afonso Passos na bateria e percussão, Aníbal Beirão no contrabaixo, Pedro João no cavaquinho, bandolim, viola braguesa, guitarra eléctrica, e Ricardo Nogueira na guitarra e viola braguesa. Têm actuado em vários Festivais nacionais e internacionais: desde o Bons Sons, Paredes de Coura- Jazz na relva, até a concertos na Hungria, Espanha, entre outros.
A música dos Palankalama pode ser traduzida como uma longa citação de lugares geográficos, reais e imaginários, e uma exploração dos universos musicais sugestivos do cinema, ou da música popular. É um trabalho sobre paisagens sonoras, quase familiares, onde se procura que o lado plástico e abstracto da música funcione como uma janela para lugares de desvio e de ficção.
1 Dezembro 16h - Fnac Colombo 18h30 - Fnac Oeiras
2 Dezembro 18h30 - Fnac Chiado 22h - ADAO, Barreiro
Má Vizinhança será a banda que vai participar no próximo concerto do projeto Toca e Foge – Música no Património.
«Este renovado projeto da autarquia, na área da juventude, continua a valorizar o trabalho artístico de jovens músicos do distrito, promovendo atuações ao vivo em diferentes equipamentos municipais», refere o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva.
Estes espetáculos contam, além do público presente, com transmissão online nas redes sociais da autarquia e estarão logo disponíveis no canal do município do YouTube.
O primeiro concerto decorreu a 29 de outubro, na Oficina de Carbonização da Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, e contou com a atuação de Filipe Fuso. No dia 3 de dezembro, a partir das 19 horas, na Mundet – Oficina de Rebaixar, atuam os Má Vizinhança, uma banda de rock da Margem Sul que orgulhosamente canta em português. A sua história está intimamente ligada ao percurso do rapper Kyra, que, movido pelo desejo de atuar em palco acompanhado por instrumentistas, acaba por juntar todos os membros numa banda: Kyra, na voz, João Messias, na bateria, Nelson Lança, no baixo, e Miguel Valente e Tiago Andrade, nas guitarras. A banda conta já com três singles, «Jade», «À Minha Espera» e «Passaporte Ucraniano», lançados em 2021.
Os In Extremis atuam a 17 de dezembro, às 19 horas, na Mundet – Oficina de Champanhe Aglomerado. Os In Extremis iniciaram a sua carreira em 2015 com Sandro Almeida, no baixo e voz, Bruno Silveira, na voz, Tomás Salavessa, na bateria e voz, e Filipe Concha e Tiago Camacho, nas guitarras. Com influências bastantes distintas, do rock português, com as referências dos Xutos & Pontapés, UHF e Tara Perdida, até outros grandes nomes da música internacional, como Iron Maiden, Metallica e Dream Theater, assumem o compromisso de fazer o que mais gostam: «tocar, pois sentimos que é uma maneira de exprimir a palavra através de cada nota que é tocada».
A partir do dia 22 de outubro de 2022, o Centro de Arte e Cultura daFundação Eugénio de Almeida, em Évora, convida ao encontro com a obra pictórica de Jorge Martins na exposiçãoTopomorphias.
Com uma intensa carreira internacional fortemente premiada, atestando o reconhecimento crítico que faz dele uma referência incontornável, Jorge Martins mantém, desde 1961 e até aos dias de hoje, a atividade artística, sendo frequentes as suas exposições, nomeadamente de desenho, campo em que nos últimos anos tem trabalhado de forma intensiva. Pintura e desenho dialogam em múltiplos planos, mas seguem caminhos perfeitamente autónomos e distintos. A sua pintura explora frequentemente as grandes dimensões, numa intensa aproximação à cor e a uma plasticidade exuberante. Durante a pandemia desenvolveu várias séries de trabalho que permanece inédito, parte do qual será agora apresentado em Évora, no Centro de Arte e Cultura.
Como escreve Sérgio Mah, no catálogo que acompanha a exposição: «As obras reunidas nesta mostra foram escolhidas pelo artista seguindo um desejo prévio: o de conceber uma exposição a partir da sua produção mais recente em pintura. Algumas obras remontam ao início dos anos de 2010, mas a grande maioria foi produzida após 2018, incluindo inúmeras obras realizadas durante o período do surto pandémico. É, pois, revelador que, num tempo de angústia, isolamento social e desencanto anímico, o artista não tenha esmorecido a sua verve criativa. Pelo contrário, o volume e a qualidade das obras patenteiam um fulgor inventivo que, contornando os constrangimentos do mundo exterior, compõem um imaginário pleno de luminosidade e vitalidade estética.” Estas características são, na verdade, uma constante no seu trabalho: «Desde o final da década de cinquenta que Jorge Martins, movido por uma inesgotável e inconformada energia criativa, vem produzindo obras que configuram um mundo singular e incomensurável, onde se observam inúmeros fenómenos, movimentos, avanços, desvios ou regressos, mais acelerados ou subtis, sintomas de uma geofísica estética extraordinariamente idiossincrática.»
É este mundo singular dedeclinações estéticasque, através das pinturas convocadas pelo artista, a exposiçãoTopomorphiaconvida a conhecer até 26 de março, de 3ª feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, com entrada livre.
O 39.º Festival de Teatro do Seixal vai decorrer de 11 de novembro a 3 de dezembro, aliando a apresentação da melhor arte dramática para diferentes idades à reflexão sobre temas e questões bastante atuais, tais como a democracia, a liberdade e a igualdade. Também não serão esquecidos os temas da saúde mental e emocional. À semelhança dos anos anteriores, o festival irá realizar-se de forma descentralizada, passando por todas as freguesias do concelho, contemplando representações no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, no Cinema S. Vicente, no Auditório Municipal de Miratejo e em diversas coletividades do município.
Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, afirma que «o Festival de Teatro do Seixal é já uma referência incontornável do nosso concelho e uma iniciativa que devemos apoiar e acarinhar. O envolvimento que sentimos em torno deste festival é tão grande que nos leva a crer que este é um verdadeiro acontecimento cultural que extravasa largamente as fronteiras do município e que tem um alcance verdadeiramente nacional». O presidente da autarquia adianta ainda que este ano a entrada é livre para todas as peças «de forma que a cultura seja efetivamente para todos.»
O Teatro da Terra, companhia sediada no Seixal, terá honras de abertura do certame com a apresentação da peça de comédia «A Maluquinha de Arroios», no dia 11 de novembro (sexta-feira), pelas 21.30 horas, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal. No dia seguinte, será a vez da companhia Teatro Bravo apresentar a peça «Magdalena» no Cinema S. Vicente e, a encerrar o primeiro fim de semana, no domingo (dia 13), a companhia Mente de Cão apresenta «Todas as Coisas Extraordinárias», no Ginásio Clube de Corroios, consistindo numa peça de teatro única e inspiradora que nos fala sobre os temas da depressão e do suicídio.
No dia 19 de novembro (sábado), será a vez da companhia O Grito (Seixal) animar o serão no Clube Recreativo da Cruz de Pau com a exibição da peça «A Serpente e a Pítia». Também oriundo do Seixal, o grupo de teatro Pé de Palco levará à Sociedade Musical 5 de Outubro (Aldeia de Paio Pires), no dia 1 de dezembro (quinta-feira), a peça «O Sorteio do Presidente» que pretende «denunciar o flagelo das notícias falsas que populam nos meios de comunicação social». No total, serão exibidos ao público 11 espetáculos que, ao longo de quase um mês, vão colocar o concelho do Seixal no centro das atividades cénicas.
A complementar a exibição das peças teatrais, vão realizar-se várias atividades, envolvendo os estabelecimentos de ensino concelhios, além de um workshop de expressão dramática, no Cinema S. Vicente (dias 26 de novembro e 3 de dezembro), e a apresentação da revista «Women On Scene – Mulheres no Teatro e na Performance», no dia 19 de novembro (sábado), pelas 16 horas, no foyer do Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal.
Mais informações e reservas prévias em cm-seixal.pt.