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Cultura de Borla

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MNSR assinala 150 anos de O Desterrado
com exposição de aguarelas de Nelson Ferreira
e filme do cineasta italiano Gianmarco Donaggio

O Museu Nacional Soares dos Reis assinala em 2022 os 150 anos da obra-prima do escultor António Soares dos Reis com a exposição Azul no Azul - Estudos sobre os 150 anos do Desterrado,que junta aguarelas do artista Nelson Ferreirae um filme do cineasta italiano Gianmarco Donaggio. A mostra, que traz outros olhares sobre O Desterrado, abre a 10 de dezembro (sábado), às 15h30, com uma visita orientada, e fica até 19 de março de 2023.

Feito em Roma e enviado em 1872 para a Academia Portuense de Belas Artes como prova final de pensionista, O Desterradorepresenta um jovem, em tamanho natural, sentado num rochedo onde bate uma onda do mar, e reflete a expressão máxima da saudade, tendo o escultor inspirado no poema Tristezas do Desterro, do poeta Alexandre Herculano.

“Esta exposição revela bem o quanto a obra de Soares dos Reis influencia a criação de artistas contemporâneos, pois é uma obra intemporal, arquétipa”, destaca Nelson Ferreira, que apresenta agora no MNSR pinturas criadas ao vivo durante a residência artística que fez no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa.

 

A partir de estudos de mestres clássicos, nomeadamente de António Soares dos ReisNelson Ferreirarecorre à técnica de alla prima e explora, sem correção posterior, o Azul em aguarelas sobre papel absorvente. Já o filme é o resultado do encontro entre o pintor e o cineasta italiano Gianmarco Donaggio eespelha como o pintor vê o mundo enquanto cria as suas obras. “O azul é o espaço liminar onde o movimento atravessa a estática, a pintura encontra o cinema, e a tensão dinâmica liberta os sonhos. O azul, no filme, não é uma afirmação nem uma cor, mas sim o surgimento de um sentimento”, lê-se no texto de abertura da exposição, assinado pela historiadora de arte Hilda Frias.

 

Nelson Ferreiraespecializou-se em técnica clássica, incluindo métodos de pintura flamenga primitiva do século XV e métodos de desenho e pintura acadêmicos do século XIX. Tem lecionado em instituições como o Victoria & Albert Museum, dá aulas de desenho e pintura a artistas da Walt Disney e da Industrial Light & Magic e foi escolhido por duas vezes pela National Portrait Gallery como o artista convidado para ensinar técnicas de desenho do Renascimento –  inclusive durante a grande exposição Encounter: "Foi uma honra ser convidado a demonstrar no grande auditório como artistas como Leonardo da Vinci, Dürer ou Holbein desenhavam com materiais como ponta de prata". O pintor fez um retrato da poetisa Filomena Camacho, usando ponta de ouro – uma técnica que não permite correções quase nenhumas.

Gianmarco Donaggioé um premiado diretor de cinema, diretor de fotografia, ensaísta e artista. Fez parte da equipa que foi nomeada para o Oscar de melhor documentário, com o filme "Gunda" do diretor Viktor Kossakovsky. O seu cinema avant-garde foi premiado em diferentes festivais e acabou por atrair a atenção da Kodak, que irá patrocinar o jovem cineasta.

 

 


Horário

3ª feira a domingo | 10h / 18h

ENTRADA 3 EUR*

*gratuito aos domingos das 10h às 14h para residentes em Portugal

:::"TRIO DE MADEIRAS" ATUA NA CAPELA DO PAÇO DUCAL DE VILA VIÇOSA

"TRIO DE MADEIRAS"
SOB A DIRECÇÃO MUSICAL DE ANTÓNIO SAIOTE

ATUA NA CAPELA DO PAÇO DUCAL DE VILA VIÇOSA

DIA 9 DE DEZEMBRO | 21H00 | ENTRADA LIVRE

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Sob a direção musical do internacionalmente aclamado maestro, clarinetista e pedagogo António Saiote, o Trio de Madeiras (clarinete, flauta e fagote), formação única no panorama musical português pela excelência dos músicos que a integram, apresenta dia 9 de dezembro, na Capela do Paço Ducal de Vila Viçosa, um inesperado concerto com obras de compositores tão diversos como Beethoven, Poulenc, Françaix, Villa-Lobos, Koechlin e Kummer.

O Trio de Madeiras é formado por António Saiote, que escreveu a história do Clarinete em Portugal e desde 1998 desenvolve paralelamente uma profícua carreira de maestro tendo dirigido todas as orquestras portuguesas e orquestras em Espanha, Venezuela, França e Alemanha. Com um percurso profissional extenso, rico e único junta-se a Anabela Malarranha, na Flauta, que conta com atuações como solista em várias orquestras nacionais e atual membro da Orquestra Sinfónica Portuguesa. O Trio fica completo com Lurdes Carneiro no Fagote, desde 2017 na Orquestra Metropolitana de Lisboa como Fagote - Solista B, e desde 2018, no lugar de Solista A.

Os concertos da Fundação da Casa de Bragança acontecem sempre na última sexta-feira de cada mês, exceto o de Dezembro, que tem sempre lugar antes do Natal, na Capela do Paço Ducal de Vila Viçosa, às 21h, com entrada livre.